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Mercado vendia carne com casulo de moscas e vacinas em Campo Grande

Produtos eram armazenados no mesmo ambiente, onde foram encontrados diversos itens vencidos de origem clandestina

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Um homem de 51 anos foi preso nesta quarta-feira (15), após ser flagrado comercializando diversos produtos impróprios para consumo em um mercado, na região do bairro Itamaracá, em Campo Grande.

De acordo com informações da Polícia Civil, foram encontrados 1.081kg de carne bovina, 212kg de linguiça artesanal sem SIM - Serviço de Inspeção Municipal, um selo que certifica a qualidade higiênico-sanitária de produtos de origem animal - 41kg de coração de boi e 41kg de frios. 

Vacinas eram armazenadas junto com carne - Divulgação

Já na segunda câmara fria foram somados 272kg de carne suína, sem características organolépticas, ou seja, sem cor e textura que fosse própria de uma carne boa para ser comercializada, 235 salsichas vencidas a mais de três meses, 58kg de frango, 32kg de calabresa e 538kg de peixes com vísceras, vindos de uma produção clandestina. 

Embaixo do expositor também foi encontrado uma quantidade de carne para charque, infestada de casulos de larva de moscas, a mesma carne era utilizada na produção de linguiça e charque. 

No mesmo ambiente, havia armazenamento de vacinas para bovinos, equinos e cachorros, todas produzidas com vírus inativo, alguns lotes estavam abertos dentro da câmara, junto das carnes. 

A equipe policial apreendeu e encaminhou para descarte, seguindo a legislação federal de Mato Grosso do Sul. O responsável será apresentado pela DEPAC ao juíz de Custódia. Já a parte do medicamento, deve ser encaminhada para vigilância Sanitária.

Como identificar carne estragada

Doenças transmitidas por alimentos, como E.coli e Salmonella, causam milhões de casos de intoxicação alimentar todos os anos. Muitos desses casos estão relacionados ao consumo de carne bovina inadequada para consumo.  

Armazenar a carne de forma adequada é essencial, pois alimentos mal armazenados ou mais antigos aumentam o risco de contaminação. Identificar corretamente se a carne bovina está em condições seguras para consumo pode prevenir episódios graves de intoxicação alimentar.

  • Passo 1  

Antes de comprar carne, confira sempre a data de validade na embalagem. Se a carne estiver fora do prazo de validade, não compre, independentemente do preço. Caso o pacote não apresente data de validade, lote ou data de embalagem, evite a compra por questões de segurança.

  • Passo 2 

Observe a cor da carne, pois esse é um dos principais indicadores de sua qualidade. Mesmo dentro da validade, a carne pode estar comprometida, e a cor ajuda a identificar isso. Carne moída fresca geralmente apresenta um tom vermelho brilhante, mas essa não é sua cor natural, pois ela já teve contato com oxigênio. Se a carne estiver embalada a vácuo, sua tonalidade deve ser vermelho-púrpura.

  • Passo 3 

Sinta o cheiro da carne, pois essa é uma forma prática de verificar sua condição. Independentemente do tipo, se o odor for desagradável, a carne não deve ser consumida. Cheiros de ranço, mofo ou algo incomum indicam que ela está deteriorada. Um cheiro estranho também pode significar que foi utilizado monóxido de carbono (aditivo proibido) para manter a coloração avermelhada, mesmo após a deterioração.

  • Passo 4 

Examine a carne de perto. Carne estragada pode apresentar uma textura viscosa ou pegajosa, sinalizando a multiplicação de bactérias na superfície. Se houver áreas pretas, verdes ou qualquer elemento estranho, isso indica a presença de microorganismos.

  • Passo 5 

Para conservar a carne bovina adequadamente e evitar que perca suas propriedades, é essencial tomar medidas de segurança. A temperatura é um fator crucial, tanto no momento da compra quanto no transporte. A carne deve ser mantida em temperaturas inferiores a 7°C e nunca deve estar quente.

  • Passo 6 

Ao verificar se uma carne bovina preparada está estragada, observe se há pedaços viscosos. Esse é um dos melhores indicadores de que a carne está inadequada para consumo. Corte-a e examine o interior para identificar possíveis manchas ou alterações anormais. 

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Desemprego e a informalidade de pretos e pardos estão acima da média

Mulheres também têm desocupação maior que a taxa nacional

14/02/2025 23h00

Desemprego e a informalidade de pretos e pardos estão acima da média

Desemprego e a informalidade de pretos e pardos estão acima da média PAULO PINTO/AGÊNCIA BRASIL

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Pessoas pretas e pardas vivenciam mais o desemprego do que as brancas, além de receberem salários menores e trabalharem mais na informalidade. A constatação faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (14), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento aponta que, no quarto trimestre de 2024, a população branca registrou taxa de desemprego de 4,9%, abaixo do índice de 6,2% da média nacional. Na outra ponta, pretos (7,5%) e pardos (7%) ficaram acima da média do país.

Segundo a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, essa desigualdade é uma característica estrutural do mercado de trabalho brasileiro, “não apenas relacionada a esse trimestre”.

O estudo do IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.

Informalidade

A desigualdade por cor também é percebida quando se analisa a taxa de informalidade, ou seja, a proporção de trabalhadores que não têm garantidos direitos como férias, contribuição para a Previdência Social e 13º salário.

Enquanto a taxa de informalidade do país no quarto trimestre de 2024 alcançou 38,6%, a dos pretos era 41,9%; e a dos pardos, 43,5%. O índice entre as pessoas brancas ficou abaixo da média: 32,6%.

O IBGE destaca que - entre os terceiro e quarto trimestres de 2024 - a taxa de informalidade caiu no país (de 38,8% para 38,6%) e entre os brancos (de 33,5% para 32,6%), mas ela se elevou entre pardos (43,2% para 43,5%) e pretos (41,8% para 41,9%).  

 “Vale ressaltar essa diferença estrutural desse indicador no recorte de cor ou raça”, frisa Beringuy.

De acordo com o Censo 2022, os pardos respondem por 45,3% da população. Brancos são 43,5%; pretos, 10,2%; indígenas, 0,6%; e amarelos, 0,4%.

Rendimentos

Quando se observa os salários dos trabalhadores, o rendimento médio mensal do país alcança R$ 3.215 no último trimestre de 2024. É mais um indicador que mostra os ocupados brancos acima da média com R$ 4.153 mensais. O inverso acontece com pretos (R$ 2.403) e pardos (R$ 2.485).

Mulheres

A pesquisa do IBGE apresenta, ainda, dados de desigualdade de gênero. A desemprego entre os homens no último trimestre de 2024 ficou em 5,1%. Já o das mulheres, 7,6%.

O desequilíbrio também é percebido no valor recebido por homens e mulheres. Eles fecharam o último trimestre de 2024 com rendimento médio mensal de R$ 3.540, enquanto elas receberam R$ 2.783.

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STF mantém descriminalização do porte de maconha para uso pessoal

Quantia de 40 gramas diferencia usuários de traficantes da droga

14/02/2025 22h00

STF mantém descriminalização do porte de maconha para uso pessoal

STF mantém descriminalização do porte de maconha para uso pessoal ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL

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A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta sexta-feira (14) manter a íntegra da decisão da Corte que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal e fixou a quantia de 40 gramas para diferenciar usuários de traficantes.

O Supremo julga, no plenário virtual, recursos protocolados pela Defensoria Pública e pelo Ministério Público de São Paulo para esclarecer o resultado do julgamento, que foi finalizado em julho do ano passado.

Até o momento, oito ministros seguiram o voto do relator, ministro Gilmar Mendes. Na semana passada, no início do julgamento virtual, o relator votou pela rejeição dos recursos.

Além de Mendes, os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Edson Fachin, André Mendonça, Luiz Fux e Cristiano Zanin votaram no mesmo sentido.  A deliberação virtual será encerrada às 23h59.

Não legaliza

A decisão do Supremo não legaliza o porte de maconha.  O porte para uso pessoal continua como comportamento ilícito, ou seja, permanece proibido fumar a droga em local público.

O Supremo julgou a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006). Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo.

 A Corte manteve a validade da norma, mas entendeu que as consequências são administrativas, deixando de valer a possibilidade de cumprimento de prestação de serviços comunitários.

 A advertência e presença obrigatória em curso educativo foram mantidas e deverão ser aplicadas pela Justiça em procedimentos administrativos, sem repercussão penal.

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