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espera árdua

Mesmo com 2,3 mil cirurgias por mês, fila por eletivas continua

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, pelo menos 6 mil campo-grandenses permanecem à espera de procedimentos cirúrgicos

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Campo Grande enfrenta uma situação delicada na fila de espera por cirurgias eletivas. Atualmente, pelo menos seis mil pessoas aguardam por operações para diversos procedimentos.

A Capital oferece, por mês, 2,3 mil intervenções médicas de caráter não emergencial, mas este número é insuficiente para suprir a demanda referente aos atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS).  

Segunda a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), a lista de espera é infinita: mesmo que zerada, no dia subsequente o número de cirurgias pode retornar e aumentar. Conforme a secretaria, o serviço será ampliado em breve.  

Em entrevista ao Correio do Estado, o titular da Sesau, José Mauro Filho, afirmou que, após o recuo dos indicadores da pandemia de coronavírus, as cirurgias eletivas foram retomadas, mas não na velocidade necessária.  

“Por exemplo, a Maternidade Cândido Mariano passou a oferecer cirurgias pediátricas e ginecológicas, o Hospital São Julião ficou encarregado de procedimentos cirúrgicos para reparação da hérnia de disco, o Hospital do Pênfigo e a Santa Casa ficaram com as cirurgias ortopédicas em geral”, pontuou o secretário.

OPERA MS

Agora, a antiga Caravana da Saúde, responsável pelos mutirões de procedimentos não emergenciais, chama-se Opera MS. 

O projeto foi lançado no dia 2 de dezembro do ano passado e, além do nome, tem algumas características diferentes, como, por exemplo, não ser mais voltado a grandes operações em massa.  

O objetivo da ação conjunta dos municípios com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), é atender de maneira periódica e contínua toda a população que aguarda por um procedimento cirúrgico.  

Segundo apurado pela reportagem, é de responsabilidade de cada cidade fomentar o cadastro dos hospitais para a realização dos procedimentos cirúrgicos, que contemplam diversas especialidades. Entre as áreas de maior procura estão as cirurgias de hérnia de disco, as operações vasculares e os procedimentos ortopédicos.  

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou na época do lançamento do novo projeto que, desta vez, seria realizada uma parceria com hospitais públicos e privados para acelerar a realização dos procedimento e, como consequência, desafogar as filas por cirurgias. 

No escopo do programa estavam prescritos 94 categorias de procedimentos cirúrgicos e 66 tipos de exames de média e alta complexidade.

O deputado Pedro Kemp (PT) reiterou na Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira, o apelo ao governo do Estado para que seja agilizada a realização das cirurgias eletivas.  

“Tínhamos informação da reedição da Caravana da Saúde, mas em novo formato. Só que continuamos recebendo pedidos, solicitações e apelos de pessoas que aguardam há muito tempo por uma cirurgia eletiva. Inúmeras pessoas aguardam até cinco anos, alguns vivem uma situação de bastante constrangimento, tendo, inclusive, que faltar ao trabalho”, descreveu Kemp.

Para o parlamentar, apesar de a cirurgia ser definida como não urgente, é necessário ter agilidade para a solução do problema, porque alguns casos requerem intervenção de forma mais célere.  

“É necessário uma agilidade maior na área de saúde para reduzir esse número represado de milhares de pessoas no Estado que aguardam cirurgias não emergenciais. Devemos reduzir a fila dos que esperam por esses acontecimentos para aliviar a dor e o sofrimento dessas pessoas”, salientou Kemp.

SAIBA:

Com previsão do início das obras para 2023, o Hospital Dia, em Campo Grande, deve colaborar para que a fila por procedimentos não emergenciais diminua na Capital. O local terá capacidade para 250 a 300 cirurgias por mês. 

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Cidades

Confira o que abre e o que fecha no feriado de 15 de novembro

Em Campo Grande, a data fechará órgãos públicos municipais e estaduais além de alterar o horário do comércio

13/11/2024 15h00

Confira o que abre e o que fecha no feriado de 15 de novembro

Confira o que abre e o que fecha no feriado de 15 de novembro Gerson Oliveira

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A Proclamação da República é celebrada nesta sexta-feira, 15 de novembro. A data é feriado nacional e, como cai no fim da semana, haverá emenda gerando feriadão.

No entanto, na data haverá alteração de funcionamento em alguns locais, enquanto outros não abre.

Governo do Estado

Com a mudança do ponto facultativo em alusão ao Dia do Servidor Público Estadual para o mês de novembro, a folga ocorrerá nos dias 14, 15, 16 e 17, neste período todos os órgãos deverão ser fechados.

Prefeitura Municipal de Campo Grande

Os órgãos municipais de Campo Grande devem ser fechados durante o dia 15 de novembro.

O decreto não se aplica às unidades e serviços considerados essenciais no atendimento à população. Com isso, o expediente segue normal nos Centros Regionais de Saúde 24h (CRSs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), serviços de limpeza e coleta de lixo domiciliar. A Capital possui quatro CRSs localizados nos bairros Coophavila II, Aero Rancho, Tiradentes, Nova Bahia e seis UPAs nos bairros Leblon, Coronel Antonino, Moreninha II, Universitário, Vila Almeida e Santa Mônica.

Rede Municipal e Estadual

Escolas municipais e estaduais deverão aderir o feriado e não ter aula no dia 15 de novembro, voltando apenas no dia 18.

Agências bancárias

Os estabelecimentos bancários serão fechados. Caixas eletrônicos e canais de internet estarão funcionando normalmente.  

Shoppings

  • Campo Grande: 10h às 22h
  • Bosque dos Ipês: 10h às 22h
  • Norte Sul Plaza: 10h às 22h
  • Pátio Central: 9h às 16h

Supermercados

Os mercados e supermercados poderão funcionar normalmente durante o feriado, devendo apenas verificar o horário estabelecido por cada um.

Lotéricas

A abertura fica ao critério de cada proprietário, mas a maioria não deve abrir.

Delegacias

As delegacias da Capital estarão abertas apenas aquelas de urgência, ou seja, plantonistas: Depacs (Delegacias de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol e Centro, Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e 4ª DP (Delegacia de Polícia).

Camelódramo

Funcionamento normal na quinta-feira, já na sexta das 8h às 13h.

Casa da Saúde

Devido ao feriado, a Casa da Saúde Carlos Alberto Jurgielewicz não terá atendimento ao público nesta quinta e sexta-feira, dias 14 e 15 de novembro.

Comércio

O comércio poderá ser aberto durante o feriado, mas com ressalvas. Àqueles estabelecimentos que decidirem abrir, deverão seguir algumas normas que incluem informar em até cinco dias antes, o sindicato laboral, por escrito e com pagamento a mais por empregado, sendo isento quanto aos empregados e empresas contribuintes aos sindicatos.

Os empresários também deverão compensar seus funcionários com folga. A compensação deverá ocorrer na semana seguinte ou até no máximo 15 dias.

Coleta de lixo

A coleta de lixo acontecerá normalmente, no mesmo horário de dias normais.

Correios

As agências dos Correios ficarão fechadas no dia 15. 

Logística e transporte

TCU é favorável à permanência da CCR MSVia na BR-163

Com aval do Tribunal de Contas da União, concessionária poderá por em prática plano de investir R$ 12 bilhões na principal rodovia de Mato Grosso do Sul

13/11/2024 14h47

BR-163 é administrada pela CCR MSVia

BR-163 é administrada pela CCR MSVia Paulo Ribas

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Contrariando o voto do ministro-relator Aroldo Cedraz, a maioria do TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu que o Governo Federal poderá repactuar o contrato de concessão da BR-163 com a MSVia, desde que seja garantida a antecipação das obras e o aumento dos investimentos previamente previstos.

Com essa decisão, espera-se um investimento de R$ 12 bilhões, que incluirá a duplicação de 170 km da via, a construção de uma terceira faixa em outros 190 km e diversas obras adicionais.

A decisão contrária ao voto do relator foi tomada na tarde de desta quarta-feira (13), após a retomada da votação do relatório iniciado na semana passada. Seis ministros votaram a favor de uma nova solução consensual ajustada durante o debate pelo ministro Benjamin Zymler, que apresentou um voto em separado. O processo tramitava na Corte desde setembro do ano passado. O ministro Bruno Dantas estava ausente, e o presidente do colegiado, Bruno Dantas, não votou.

Ao perceber que seu voto seria derrubado, Cedraz declarou:

“Quero renovar minhas observações ao que considero ilegalidades”, argumentando que a proposta envolvendo a concessionária não se compara a outras decisões já tomadas pelo tribunal.

“Não verifiquei similitude com esse caso”, afirmou, acrescentando que as “alterações propostas não se amparam nas leis” e que as propostas adicionadas não demonstram atender ao interesse público.

Em seu parecer, Cedraz afirmou que a proposta é ilegal, defendendo que seria mais adequado utilizar o processo de relicitação – trâmite assegurado pela legislação –, já que o texto apresentado tem regras semelhantes ao contrato atual e seus aditivos.

A proposta permitiria a elevação da tarifa de pedágio e seus gatilhos de aumento, além de estender o prazo de concessão por 10 anos e alterar os investimentos obrigatórios. Na avaliação do relator, também não há garantias de que as obrigações serão cumpridas, uma vez que os parâmetros de fiscalização permaneceram inalterados.

Pelo voto de Zymler, haverá antecipação das obras a serem executadas e novos investimentos. Dessa forma, estão garantidos pelo menos R$ 12 bilhões em investimentos até 2052, com R$ 3 bilhões nos próximos três anos. Estão previstos, entre as melhorias, a duplicação de 170 km e a construção de uma terceira faixa em outros 190 km.

Entenda

A BR-163, uma das rodovias mais importantes do Mato Grosso do Sul, tem sido alvo de controvérsias e disputas judiciais há anos. A concessionária MSVia, responsável pela gestão da rodovia desde 2014, enfrentou dificuldades para cumprir o cronograma de obras previsto, incluindo a duplicação de trechos da estrada. 

Os investimentos da concessionária cessaram em 2017, ano em que a MSVia pediu o fim do contrato. Em seguida, em 2019, o governo federal abriu um processo de relicitação, que se arrastou até 2023, ano em que o mesmo governo federal, já sob nova gestão, chegou a um acordo com a MSVia para investir R$ 13 bilhões na via. 

Entre os investimentos previstos está a duplicação entre Nova Alvorada do Sul e Bandeirantes. 

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