Cidades

R$ 60 MILHÕES

Ministro anuncia quatro presídios com 1,6 mil vagas em MS

Serão dois presídios em Campo Grande e dois no interior; Déficit de vagas é de mais de 9 mil

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O Ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Flávio Dino, anunciou recurso de R$ 60 milhões para construção de quatro presídios de baixa complexidade em Mato Grosso do Sul, que somados, devem ter 1,6 mil vagas. 

O ministro cumpre agenda em Campo Grande nesta segunda-feira (28), onde repassa mais de R$ 120 milhões de investimentos para a área de segurança pública do Estado, sendo metade para os presídios.

Segundo o governador Eduardo Riedel (PSDB), as unidades prisionais serão construídos na Capital e no interior, sendo dois em Campo Grande, e os outros possivelmente um em Nova Andradina e um em Jardim.

"Vou pré-anunciar, mas com possibilidade de mudança, em Nova Andradina e Jardim. Estamos com a Rota Bioceânica em andamento e Jardim talvez seja o município polo de convergência dessa rota de acesso ao Oceano Pacífico, de entrada e saída de pessoas, e onde você tem um incremento de logística através da infraestrutura também tem a demanda de segurança pública, até por se tratar de fronteira internacional", explicou Riedel.

Flávio Dino disse que o investimento maior para o sistema penitenciário foi definido junto ao governador, devido ao Estado ter muitos presos pelo crime de tráfico transfronteiriço, que é crime federal, mas os criminosos acabam nos presídios estaduais.

"Há crimes que primacialmente seriam federais e são acolhidos para execução penal no sistema estadual, então é uma forma prática de nós apoiarmos", explicou Dino.

Ele cita ainda que o governo federal já envia recursos para a Operação Hórus, realizada pelas forças de segurança do Estado.

O secretário estadual de Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, afirmou que também está já está sendo discutida a criação de um novo presídio federal no Estado, na região do Complexo da Gameleira, para contemplar especialmente os presos do tráfico.

"E talvez a transferência do hoje presídio federal para o Estado, para que nós possamos ter lá os presos estaduais, porque o Mato Grosso do Sul hoje é o recordista em apreensões de drogas, é um crime de competência da Polícia Federal e que as forças estaduais o fazem por força de convênio", disse.

Ele disse ainda que o Estado tem per capitamente uma das maiores populações carcerárias do mundo e a ampliação das vagas é uma "forma direta de promover a segurança pública".

Atualmente, o sistema penitenciário estadual de Mato Grosso do Sul tem 20.809 presos, entre os sistemas aberto, semiaberto e fechado, enquanto o total de vagas é de 11.742, segundo os dados mais recentes da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).

Ou seja, Mato Grosso do Sul tem um déficit de 9.067 vagas em presídios. Os dados são de julho.

"É muito importante ter vagas para atender as demandas e aquilo que a segurança pública produz, a excelência na segurança pública tem reflexos diretos no sistema penitenciário, e o ministro sensível a essa questão veio agora nos contemplar", ressaltou Videira.

Investimentos

Flávio Dino anunciou investimentos de mais de R$ 121 milhões para o fortalecimento da segurança pública do Estado.

Ele participou do lançamento do Programa de Ação na Segurança (PAS) e o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci 2), em Campo Grande, em parceria com o governador Eduardo Riedel (PSDB).

Dentro das ações, foi entregue pelo ministro um cheque do Fundo Nacional de Segurança Pública para 2023, no valor de R$ 35.334.706,88.

Também houve a entrega de oito viaturas exclusivas para o combate a violência contra a mulher e 69 viaturas para uso da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que totalizam investimento de R$ 10.772.250,00.

Ainda na área do Pronasci, Flávio Dino entregou armamentos e outros equipamentos para a segurança pública, no valor estimado de R$ 6.225.313,97, sendo:

  • 103 pistolas
  • 163.050 munições
  • 34.489 insumos e equipamentos para a perícia
  • kit para uso das forças estaduais de segurança pública

Além disso, o ministro fez entregas da Secretaria Nacional de Políticas Penais, para uso do Sistema Penitenciário Nacional.

No relacionado aos armamentos e equipamentos, o investimento é de R$ 1.506.096,00, com a entrega de:

  • 200 pistolas
  • 120 detectores de metais
  • TVs para a educação
  • 4 raio-x
  • 4 portal de detector de metais

Três veículos SUVs e dois caminhões, para uso do Sistema Penitenciário, somam R$ 1.406.500,00.

Os repasses de recursos federais totalizam R$ 121.044.873,97.

Cidades

Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024

05/12/2025 19h00

Foto: Emerson Nogueira/Futura Press/Estadão Conteúdo

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Em crise, os Correios decidiram não renovar este ano um benefício de vale-natal de R$ 2,5 mil aos seus funcionários, valor que foi pago em 2024, após Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A empresa comunicou seus funcionários sobre o não pagamento na noite de quarta-feira. Ao mesmo tempo, a estatal espera a avaliação da equipe econômica sobre os próximos passos nas negociações com os bancos.

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024. Ele vem sendo renovado, enquanto a atual direção negocia novos termos, mas o benefício de Natal foi cancelado em função da crise e da necessidade de cortes de custos. A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.

Em paralelo, a empresa aguarda avaliação do Tesouro Nacional sobre o plano de recuperação, para poder voltar a negociar com os bancos um empréstimo na casa dos R$ 20 bilhões. A expectativa era de que isso fosse concluído ainda esta semana, mas o desfecho dessa análise deve ficar para a semana que vem.

Na terça-feira, o Tesouro informou à estatal que não dará aval a um empréstimo de R$ 20 bilhões caso as taxas de juros estejam acima de 120% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). A proposta dos bancos, segundo apurou o Estadão, foi de 136% do CDI. Ou seja: com essa taxa, a proposta foi recusada, dando início a uma nova rodada de negociação.

A equipe econômica estuda uma forma de dar um fôlego de curto prazo para a companhia, para que ela não negocie com os bancos sob forte pressão. Mas o desenho dessa ajuda ainda não foi definido.

Nesta quinta-feira, 4, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que se isso ocorrer com aportes do Tesouro, será dentro das regras fiscais.

Rombo bilionário

Os Correios correm para conseguir a liberação do empréstimo para lidar com uma crise financeira sem precedentes. De janeiro a setembro deste ano, a empresa teve prejuízo de R$ 6,05 bilhões, em uma combinação de queda de receitas com aumento de despesas.

Com o empréstimo, a empresa pretende quitar uma dívida de R$ 1,8 bilhão, além de financiar um programa de desligamento voluntário (PDV) e fazer investimentos para tentar recuperar espaço no mercado de encomendas e elaborar novas fontes de receitas.

A estatal também precisa regularizar pendências com fornecedores Isso é visto como crucial pela atual gestão para que a empresa recupere a performance no setor de entregas, a confiança de clientes e tenha aumento de receitas.

Cidades

Prefeita sanciona lei que dificulta emissão de atestado médico em Campo Grande

Lei pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestado

05/12/2025 18h45

Foto: Reprodução

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A prefeita Adriane Lopes (PP) sancionou a o Projeto de Lei que endurece e dificulta o acesso a atestado médico aos pacientes da rede municipal de Saúde em Campo Grande.

O texto foi aprovado em regime de urgência e única discussão instituindo o Programa Atestado Responsável, com a finalidade de endurecer a emissão de atestados, proposta  dos vereadores Rafael Tavares e André Salineiro.

Segundo o texto aprovado, a emissão de atestados deverá ocorrer de forma criteriosa e ética, sendo prerrogativa exclusiva do médico, que decidirá sobre a necessidade e o período de afastamento do paciente.

Quando não houver justificativa médica para afastamento, poderá ser emitida apenas uma declaração de comparecimento, comprovando a presença do paciente na unidade de saúde. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica sobre a apresentação deste documento para abonar  a falta no trabalho, ou seja, a empresa não tem a obrigação de pagar o salário do dia.

Conforme a lei, o programa “Atestado Responsável” tem objetivo de promover a emissão de atestados médicos de forma responsável e ética, priorizando as reais necessidades clínicas dos pacientes, contribuir para a redução da sobrecarga de atendimentos nas UPA’s e Postos de Saúde, direcionando os recursos para os casos de maior urgência e gravidade. 

Além disso, pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestados para fins de justificação de ausências sem real necessidade de afastamento laboral, fortalecer a autonomia, a segurança e a responsabilidade do profissional médico na tomada de decisão clínica sobre a necessidade de afastamento do trabalho.

Conforme o texto, o intuito do programa é implementar medidas de controle, registro e transparência na emissão de atestados médicos incluindo o monitoramento da quantidade de documentos emitidos, identificação de padrões de uso e eventuais fraudes, de modo a permitir a avaliação contínua da política pública e seus ajustes futuros.

O que diz as regras da CLT?

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica a declaração de comparecimento, exceto em situações específicas, prevista no Artigo 473, em que o trabalhador pode se ausentar sem prejuízo do salário para acompanhar a esposa ou companheira durante a gravidez até dois dias para consultas médicas e exames, ou para acompanhar um filho de até 6 anos em consulta médica, uma vez por ano.

Para outros tipos de consultas e exames, o abono de faltas não é previsto na lei e a aceitação do documento depende da política interna da empresa ou de acordos coletivos.

 

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