O ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, foi recebido com protestos de produtores rurais, servidores federais e manifestantes contra a presidente Dilma Rousseff (PT) ao chegar em Campo Grande para reunião sobre os conflitos indígenas em Mato Grosso do Sul.
Depois de desembarcar na Base Aérea da Capital com comitiva de Brasília, Cardozo seguiu para a Governadoria da Capital, onde se reúne durante toda a manhã com autoridades. Na chegada do prédio, no Parque dos Poderes, servidores federais protestaram.
Com cartazes e aos gritos de "não tem acordo", os trabalhadores cobraram a reposição salarial de 41%. O forte esquema de segurança do ministro impediu que os manifestantes chegassem muito perto da comitiva.
O protesto foi "engrossado" por duas produtoras rurais de Aquidauana. Mônica Carvalho e Miriam Corrêa, que têm propriedade reivindicada por índios, estavam com cartazes que ironizaram a demora para solucionar o problema."Não quer decidir? Faça uma reunião", dizia um dos cartazes.
Depois do início das reuniões, também chegaram em frente à governadoria sete manifestantes do movimento Fora Dilma.
De acordo com uma das produtoras, a terra dela foi titulada pela União em 1873. "Reunião não adianta mais porque não resolve a situação do índio que está em miséria e o produtor que paga a conta", disse Mônica.
Participam o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), secretária nacional de segurança pública, Regina Miki, presidente da Funai, João Pedro Gonçalves, além de representantes de forças de segurança.