Cidades

BUROCRACIA

Motoristas podem sair em debandada dos aplicativos

Lei deve afastar motoristas e encarecer corridas

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A aprovação do Projeto de Lei 9.430/19, que regulamenta o serviço de transporte por aplicativo em Campo Grande, preocupa motoristas de aplicativo, além de usuários. Para a categoria, caso seja sancionada, a lei deve afetar diretamente a oferta do serviço, já que muitos motoristas devem abandoná-lo diante da burocracia, o que acabará aumentando o valor das corridas.

Entre as exigências previstas no projeto, estão o pagamento do Imposto de Serviços de Qualquer Natureza (ISS) – do qual empresas como o Consórcio Guaicurus são isentas –, o curso de formação obrigatório aos motoristas, além da obrigatoriedade de se ter um CNPJ. “Quem vai dar o curso on-line? O que será  a matéria? Outra coisa, quanto vai ser cobrado de ISSQN? Não se sabe. O que eu sei é que vários motoristas devem abandonar o aplicativo, pelo menos, cerca de 30%, com tanta burocracia, não vai compensar”, considera Jhonny Coelho, presidente da Associação de Motoristas por Aplicativos Campo-Grandense.

O motorista ressalta, ainda, que muitos colegas trabalham com o aplicativo como forma de complementar a renda e, diante das exigências, ficariam impedidos de executar o serviço. “Muitos trabalham com carro locado. O serviço com aplicativo vem como extra. Agora, com o que estão exigindo, quem está em casa não consegue ligar o aplicativo e sair, porque ele precisa ter curso, estar cadastrado na prefeitura, uma série de coisas que entrou para complicar a vida do motorista”, disse.

Para a professora Fernanda Oliveira, que utiliza o aplicativo diariamente, com menos motoristas trabalhando, o preço das corridas deve aumentar. “É a lei da oferta e da procura. Com certeza, vai ficar mais caro, porque é assim que funciona o principal aplicativo, quanto maior a demanda, maior o valor. Eu acho um absurdo, porque é ruim para a população”, considera.

O mesmo conclui o publicitário, Lucas de Souza, 28 anos. “Eu tinha abandonado o ônibus e começado a usar Uber, porque saía até mais barato, mas agora acho que terei que voltar”, disse.

VOTAÇÃO

O projeto foi aprovado na quinta-feira na Câmara Municipal. Sob protestos e em regime de urgência, os vereadores aprovaram a lei por meio de votação simbólica, ou seja, sem manifestação nominal. Os únicos vereadores que se manifestaram contra o projeto são Vinícius Siqueira (DEM) e André Salineiro (PSDB), que reclamou de ter tido emendas rejeitadas.

O presidente da Câmara Municipal, João Rocha, que defendeu a aprovação da lei, disse que a emenda coletiva contemplou alterações feitas por todos os vereadores, dentro da preservação de direitos e deveres. “Esta Casa tem responsabilidade de promover equilíbrio, porque somos representantes do povo, e em tomar cuidado de fazer o melhor projeto, que atenda os usuários. O lado da Casa é o do cidadão, do prestador de serviço e do usuário”, argumentou.
Entre os que se posicionaram como favoráveis à lei estão os vereadores Ademir Santana (PDT), Ayrton Araújo (PT), Betinho (Republicanos), Carlão (PSB), Cazuza (PP), Chiquinho Telles (PSD), Delegado Wellington (PSDB), Dharleng Campos (PP), Dr. Antônio Cruz (PSDB), Dr. Cury (sem partido), Dr. Loester (MDB), Dr. Wilson Sami (MDB), Enfermeira Cida Amaral (PROS), Enfermeiro Fritz (PSD), Gilmar da Cruz (Republicanos), João Cesar Matogrosso (PSDB), Júnior Longo (PSB), Odilon de Oliveira (PDT), Otávio Trad (PTB), Papy (SD), Pastor Jeremias Flores (Avante), Valdir Gomes (PP), Veterinário Francisco (PSB) e William Maksoud (PMN). 

maus-tratos

Tutor de cachorro que morreu após ficar amarrado no sol é preso

Na delegacia, homem disse que não se tratava de maus-tratos e que teria esquecido que o animal estava amarrado

17/03/2025 17h00

Homem foi preso e encaminhado à Decat, autuado por maus-tratos

Homem foi preso e encaminhado à Decat, autuado por maus-tratos Foto: Divulgação

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Um homem de 44 anos foi preso após seu cachorro ser encontrato morto, após ficar amarrado no sol, nesta segunda-feira (17), no bairro Zé Pereira, em Campo Grande.

De acordo com a Polícia Civil, a príncipio, a Polícia Militar (PM) foi acionada, por meio de uma denúcnia de que havia um cachorro amarrado sob o sol desde o domingo.

Ao checar a situação, os policiais militares constataram que o animal já estava morto e acionaram a Delegacia  Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat), que foi até o local com a perícia.

Na casa, foi constatado que o cão havia sido preso no sol por uma corda, em cima de pedregulhos, sem comida e água à disposição.

O animal apresentava infestação por ectoparasitas e sinais visíveis de desidratação.

O tutor do animal foi preso em flagrante pelo delito de maus tratos a animais, quando é praticado contra cães e ocorre o óbito do animal.

Na delegacia, em sua defesa, o homem afirmou ter esquecido o animal amarrado desde o domingo.

Segundo os policiais que compareceram no local, a afirmação chama a atenção, pois o cachorro estava amarrado na varanda da frente da residência, em local visível.

Maus-tratos

A Lei Federal 14.064/2020 prevê penas de dois a cinco anos de prisão, além de multas, para quem for condenado por maus-tratos a cães e gatos.

Em Mato Grosso do Sul, em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e a Delegacia Virtual (Devir), há uma plataforma on-line para denúncias de maus-tratos contra animais domésticos.

A ferramenta funciona por meio da Superintendência de Políticas Integradas de Proteção da Vida Animal (Suprova) e Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc), e, conforme reportagem do Correio do Estado, recebe cerca de 40 denúncias por semana.

Segundo o superintendente da Suprova, Carlos Eduardo Rodrigues, o objetivo é democratizar o acesso à denúncia, permitindo que a população atue como aliada na proteção dos animais.

"Os principais casos reportados envolvem abandono, agressões físicas, negligência em cuidados básicos e animais mantidos em condições insalubres", explica.

Após o registro na plataforma, as denúncias são analisadas pelas equipes responsáveis, podendo resultar em vistoria nos locais indicados e, se necessário, aplicação de penalidades aos infratores.

Além disso, a Decat também recebe alto volume de denúncias.

Como fazer a denúncia

A população pode fazer denúncias diretamente na plataforma da Devir.

O sigilo do denunciante é garantido, e a ferramenta possibilita o acompanhamento do caso.

"A união entre população, autoridades e organizações é o caminho para um futuro onde todos os animais sejam respeitados e protegidos", concluiu o superintendente. 

INVESTIGAÇÃO

Atentado contra ex-prefeita pode ter sido forjado

Crime aconteceu em setembro de 2024, quando um casal de moto disparou contra a janela do quarto em que a ex-prefeita e seu marido dormiam

17/03/2025 16h45

Atentado contra ex-prefeita pode ter sido forjado

Atentado contra ex-prefeita pode ter sido forjado Divulgação

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A Polícia Civil de Dourados deflagrou na manhã desta segunda-feira (17) uma operação que investiga se o atentado contra a ex-prefeita de Jardim, Clediane Areco Matzenbacker foi forjado por um grupo político ligado à própria ex-candidata à reeleição.

Durante a ação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em quatro endereços, relacionados a três alvos relacionados à ela. A equipe também apreendeu celulares pertencentes ao poder público municipal, que estavam em posse da ex-prefeita, em outros alvos também foram encontrados dispositivos eletrônicos ligados ao crime de contravenção.

Por fim, a polícia informou que todo o material apreendido irá para perícia. Os envolvidos foram ouvidos e o inquérito policial será encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. 

Relembre o caso

O crime aconteceu durante a madrugada do dia 29 de setembro de 2024, quando um casal em uma moto efetuou diversos disparos que atingiram a janela do quarto em que dormia a ex-prefeita e o seu marido, Gilson Matzembacher. Os autores fugiram logo em seguida e o casal acordou com o som dos vidros estilhaçando.

À época, Clediane usou colete à prova de balas e pediu para que a polícia fizesse uma investigação rigorosa. 
 

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