Cidades

Campo Grande

Motoristas prometem greve do transporte coletivo para a próxima semana

Por falta de reajuste salarial, Sindicato planeja nova paralisação para segunda ou terça-feira

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Na tarde desta quinta-feira (22), o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande (STTCU-CG), Demétrio Freitas, anunciou uma nova paralisação do transporte coletivo da Capital.

A decisão foi tomada após o Consórcio Guaicurus afirmar que não poderá firmar compromisso de futuros reajustes salariais para seus funcionários, já que não pode garantir que conseguirá pagar.

Em vídeo, Freitas explicou que duas reuniões foram feitas com o Consórcio Guaicurus para discutir sobre o reajuste, mas que as negociações foram paralisadas devido a indecisão a respeito do valor da tarifa para 2023.

“Nós pedimos, através de ofício, para que o Consórcio retornasse as negociações, até porque já está passando um mês da nossa data base, e fomos informados de que não vão mais sentar com o sindicato, porque não tem condições de estar assumindo nenhum compromisso sem o aumento da tarifa”, relatou.

Segundo Demétrio, o Sindicato prontamente comunicou a Prefeitura, através de ofício, de que irá paralisar o transporte coletivo na próxima semana.

“A partir da semana que vem, segunda ou terça-feira, a gente vai estar paralisando os ônibus, deixando as garagens, até que retornem as negociações”, anunciou.

O sindicato pediu a compreensão dos usuários, e reforçou que luta pelos direitos dos trabalhadores. 

Do outro lado, o Consórcio Guaicurus pressiona a Prefeitura. Em nota, também divulgada nesta quinta-feira (22), o Consórcio explicou que depende do reajuste tarifário - que está sendo analisado pela Prefeitura de Campo Grande -, para calcular o possível reajuste salarial da classe. 

Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, o valor da tarifa técnica apresentado pela Agereg para 2023 poderia chegar a R$ 8,00. O valor nem sempre é aceito pela Prefeitura. 

A resposta a respeito do novo valor da tarifa deve acontecer até o dia 31 de dezembro.

Cidades

Concurso Correios: resultado é adiado sem nova data definida

Em Campo Grande, serão 62 vagas para agentes e 5 destinadas à analistas de diversas especialidades; salários vão até R$10 mil

15/01/2025 13h15

Concurso Correios: resultado é adiado sem nova data definida

Concurso Correios: resultado é adiado sem nova data definida Foto: Emerson Nogueira/Futura Press/Estadão Conteúdo

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O concurso dos Correios realizado no dia 15 de dezembro, deveria ter o resultado divulgado até ontem (14), no entanto, o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC) - banca responsável pelo certame, informou que o resultado oficial foi adiado, ainda sem data definida. 

Em outubro, quando o edital foi publicado, o resultado deveria ser publicado em até 30 dias a contar do dia de aplicação da prova. Ao todo são 3.511 vagas imediatas para níveis médio e superior, o salário varia de R$2.429,26 até R$10.302,00. Do total de oportunidades, 67 são para trabalhar na sede da empresa, em Campo Grande.

Os extratos publicados no Diário Oficial da União desta quarta-feira (09), detalham que o concurso ofertará 3.099 vagas para nível médio - como agente dos Correios, e 412 de nível superior, destinada a analistas de diversas áreas. Na Capital são 62 para agentes, e 5, para analistas.

Dentre as especialidades oferecidas para o cargo de analista estão:

  • Advogado;
  • Analista de Sistemas – Desenho de Sistemas;
  • Analista de Sistemas – Produção;
  • Analista de Sistemas – Redes;
  • Analista de Sistemas – Suporte de Banco de Dados;
  • Analista de Sistemas – Suporte de Sistemas; Arquiteto;
  • Arquivista;
  • Assistente Social;
  • Engenheiro – Engenharia Civil;
  • Engenheiro – Engenharia de Produção;
  • Engenheiro – Engenharia de Redes e Comunicação;
  • Engenheiro – Engenharia de Telecomunicações;
  • Engenheiro – Engenharia Elétrica;
  • Engenheiro – Engenharia Eletrônica e
  • Engenheiro – Engenharia Mecânica

Para somar com as vagas imediatas, também terão 5.975 vagas para cadastro reserva, sendo 5.344 destinadas ao cargo de agente, e 631, para analista. Do total de vagas, 20% serão reservadas para candidatos negros e 10% à pessoas com deficiência.

Além do salário base, nos casos das vagas para Arquiteto Engenheiro, será acrescido um complemento salarial para atender o piso mínimo da categoria. Desta forma, o valor total será de R$10.302,00. Outros benefícios incluem: 

  • Auxílio para Dependentes com Deficiência: Limite máximo mensal de R$ 989,90 por dependente;
  • Reembolso Creche e Reembolso Babá: Máximo de R$ 686,50 para despesas com creche, berçário, jardim de infância ou babá;
  • Vale refeição/alimentação de R$ 1.382,42 por mês;
  • Vale-Transporte: R$ 835,83 mensais;
  • Plano de Saúde: será opcional;
  • Adicional de Atividade de Distribuição e/ou Coleta Externa (AADC): 30% do salário-base pago aos empregados que atuarem no exercício efetivo da atividade postal externa de Distribuição e/ou Coleta em vias públicas.
  • Adicional de Atendimento em Guichê em Agências de Correios (AAG): valor de R$ 312,26 pago aos empregados ocupantes do cargo de Agente de Correios na atividade Atendente Comercial e do cargo de Atendente Comercial I, II e III que executem atividades de guichê em Agências de Correios.
  • Em 2021 os Correios pagaram Participação nos Lucros e Resultados. O que fica em aberto, de um próximo Acordo Coletivo ter novamente a previsão do pagamento mediante o batimento de metas estabelecidas pela companhia.

Confira os editais aqui: 

Agente;

Analista.

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OPERAÇÃO SNOW

Suspeito de integrar quadrilha, alvo do Gaeco é preso com armas e drogas no Damha

Durante cumprimento de mandados da Operação Snow, investigado resistiu à prisão e acabou ferido ao ser imobilizado

15/01/2025 13h00

Armas e drogas foram apreendidas na casa de um dos alvos de operação do Gaeco

Armas e drogas foram apreendidas na casa de um dos alvos de operação do Gaeco Foto: Divulgação / MPMS

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Um homem de 38 anos, alvo de operação do Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), foi preso por porte ilegal de arma e desobediência na manhã desta quarta-feira (15), no condomínio de luxo Damha, em Campo Grande. Ele é suspeito de integrar quadrilha que atuava no tráfico de drogas com ajuda de advogados e policiais.

De acordo com boletim de ocorrência, policiais e agentes do Gaeco foram até a residência por volta das 6h para cumprir os mandatos e, ao adentrarem na casa, o homem, que não teve a identidade divulgada, resistiu a prisão.

A polícia afirma que foi necessário uso de força física moderada para conter o investigado, que resultou em lesões nos braços, cotovelos e joelhos. Após a imobilização, o suspeito foi contido em uma cadeira na sala de jantar, enquanto as equipes faziam buscas na residência.

No local, foram encontradas e apreendidas duas armas de fogo, sendo um um revólver calibre .38 e uma pistola Glock 9 mm de uso restrito.

Além disso, foram apreendidos três comprimidos de ecstasy e 3,20 gramas de MDMA. As drogas foram encaminhadas à Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar).

Já quanto ao suspeito, foi levado para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac-Cepol), onde foi autuado por posse irregular de arma de fogo de uso permitido, posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, portar drogas para consumo pessoal e desobediência.

O suspeito informou aos policiais que passou por uma cirurgia abdominal há cerca de um mês e que está em processo de recuperação, motivo pelo qual utilizava uma cinta cirúrgica no momento da abordagem. 

Operação Snow

A segunda fase da Operação Snow foi deflagrada nesta quarta-feira (15) pelo Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). No total, foram cumpridos nove mandados de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão, em Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e Piratininga (SP).

O nome dos alvos não foi divulgado, mas entre eles estão um policial civil e advogados.

A primeira fase da operação foi desencadeada em março do ano passado e, na ocasião foram apreendidos diversos materiais que passaram por perícia.

Conforme o Ministério Público Estadual (MPMS), a partir da análise desse material apreendido, especialmente telefones celulares, foi identificado que pelo menos 17 pessoas faziam parte da quadrilha, entre eles advogados e um policial civil.

As investigações apontaram que o líder da quadrilha atuava para monitorar eventuais diligências policiais, por meio da cooptação de servidores públicos corruptos.

Essa cooptação era feita por advogados que trabalham a serviço da organização criminosa que, além da prestação de serviços jurídicos, faziam práticas ilícitas, como a corrupção dos agentes públicos para a obtenção de informações privilegiadas e monitoramento das cargas de drogas.

O transporte da droga era realizado por meio de empresas de transporte, incluindo empresas terceirizadas dos Correios. Na primeira fase, foi descoberto que policiais também faziam o transporte da droga em viaturas oficiais, já que os carros oficiais não costumam ser parados em fiscalizações nas rodovias por outras unidades de segurança.

"A organização criminosa é extremamente violenta resolvendo muitas de suas pendências, especialmente as questões relacionadas à perda de cargas de drogas e outros desacertos do tráfico, com sequestros e execuções, muitas vezes de seus próprios integrantes", disse o MPMS em nota.

Na operação desta quarta-feira, o Gaeco cumpriu mandados com apoio operacional do Batalhão de Choque e do Batalhao de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar.

A Ordem dos Advogados do Brasil e a Corregedoria da Polícia Civil também acompanharam as diligências.

Primeira fase

A operação de hoje é desdobramento da primeira fase, deflagrada em março de 2024. Naquela ocasião, foram cumpridos 21 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão para tentar desmantelar a quadrilha especializada no tráfico de cocaína. 

Conforme nota do MPE, a "organização criminosa, altamente estruturada, com uma rede sofisticada de distribuição, com vários integrantes, inclusive policiais cooptados, fazia o escoamento da droga, como regra cocaína, por meio de empresas de transporte, as quais eram  utilizadas também para a lavagem de capitais, ocultando a real origem e destinação dos valores obtidos com o narcotráfico".

Entre os membros, policiais faziam o transporte do entorpecente de Ponta Porã até a Capital através do chamado "frete seguro"  

De acordo com o Gaeco, os policiais faziam o chamado "frete seguro", com o escoamento da droga em viaturas oficiais.

O grupo também fazia o transporte de cocaína em meio a cargas lícitas, o que, de acordo com o Gaeco, dificultava a localização do entorpecente, principalmente quando a droga estava em meio a cargas refrigeradas, que são lacrados. 

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