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MP denuncia ex-vigilantes de presídio de Goiás por estupro de duas detentas

MP denuncia ex-vigilantes de presídio de Goiás por estupro de duas detentas

ESTADÃO CONTEÚDO

23/07/2019 - 13h35
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O Ministério Público em Goiás denunciou dois ex-vigilantes penitenciários temporários pelo estupro de duas detentas da Unidade Prisional de Pontalina, localizada a cerca de 125 km da capital do Estado. Segundo a promotoria, Túlio Rosa da Silva e Leandro Santana Rezende Chaves abusaram das mulheres ameaçando-as com o registro de faltas disciplinares, que poderiam prejudicar suas progressões de penas.

A Justiça decretou a prisão preventiva dos denunciados - eles são considerados foragidos, segundo a Promotoria. As informações foram divulgadas no site do Ministério Público de Goiás.

A investigação teve início após a direção do presídio relatar o ocorrido ao Ministério Público e à autoridade policial. As vítimas foram ouvidas e passaram por exames de corpo de delito. Segundo a Promotoria, os laudos atestaram "conjunção carnal por meio de violência psicológica".

Os crimes teriam ocorrido no dia 15 de junho, após uma discussão entre as detentas que ocupavam a mesma cela, indicou o promotor de Justiça da comarca de Pontalina Guilherme Vicente de Oliveira Devido ao ocorrido, as presas foram levadas pelos funcionários até uma outra sala do presídio, mas retornaram ao espaço depois de passarem certo tempo algemadas.

Durante a noite, os homens teriam retirado as presas da cela novamente, sob o pretexto de que o diretor do presídio queria falar sobre o desentendimento que havia ocorrido mais cedo.

Túlio Silva teria então levado uma das detentas para uma sala e a estuprado. Segundo o Ministério Público, ele teria abusado de sua autoridade e ameaçado a mulher dizendo que "se ela não 'ficasse' com ele, assinaria uma falta disciplinar". O então vigilante teria dito ainda que relataria a discussão entre as detentas, o que poderia inviabilizar a progressão de regime das presas, indicou a Promotoria.

Já a segunda presa foi levada por Leandro Chaves até uma outra sala, apontou o MP. De acordo com a Promotoria, o homem colocou um colchão no chão e disse à mulher que ficasse "tranquila, pois 'só iam brincar um pouquinho', uma vez que ele já tinha feito muitos favores a ela".

Segundo o Ministério Público, o homem também teria, assim como Leandro, ameaçado a detenta, "usando a suposta comunicação de falta disciplinar que poderia prejudicar o cumprimento de sua pena como forma de pressão".

A Promotoria indicou que a pena aplicável ao crime é de detenção de 6 a 10 anos, podendo aumentada uma vez que os investigados possuíam autoridade sobre as vítimas.

Até o fechamento deste matéria, a reportagem não havia obtido o posicionamento dos citados. O espaço está aberto para as manifestações.

Cidades

Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS

Um dos suspeitos já estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, mas havia instalado dois bloqueadores de sinal para dificultar o monitoramento pela AGEPEN

20/03/2025 17h00

Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS

Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS Divulgação

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Três homens, incluindo pai e filho, foram presos por envolvimento em um roubo cometido contra um idoso de 66 anos no município de Miranda, ocorrido na noite do dia 18 de março de 2025.

Na ocasião, os homens invadiram uma conveniência em Miranda, onde, além de subtrair jóias e outros pertences da vítima, mantiveram o idoso sob ameaça, utilizando uma arma de fogo. Após tomar conhecimento do crime, o DRACCO iniciou as investigações para identificar os responsáveis, recuperar os objetos roubados e apreender a arma usada no crime.

A operação contou com a troca de informações entre as equipes do DRACCO e as Polícias Civil e Militar de Bonito. Após diligências, os policiais identificaram três suspeitos: I.P.O. (50), líder do grupo, seu filho W.F.O.L. (26) e J.S.R.J. (34).

Já na tarde da última quarta-feira (19), o líder do grupo foi localizado enquanto se deslocava para Campo Grande, dirigindo um veículo GM/Onix de cor prata. Durante a busca no veículo, os policiais encontraram as jóias roubadas, que foram prontamente reconhecidas pela vítima.

Além disso, foi constatado que o suspeito estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, mas havia instalado dois bloqueadores de sinal para dificultar o monitoramento pela AGEPEN/MS.

Dando continuidade às investigações, policiais civis e militares de Bonito conseguiram prender W.F.O.L. e J.S.R.J. e apreenderam a arma usada no crime um revólver calibre .38 além de roupas e outros objetos relacionados ao crime.

Os três suspeitos foram autuados em flagrante pelos crimes de roubo contra pessoa idosa, com as qualificadoras de concurso de agentes, emprego de arma de fogo e restrição da liberdade da vítima. Vale ressaltar que tanto I.P.O. quanto seu filho W.F.O.L. possuem passagens na polícia, por crimes como roubos e extorsão mediante sequestro.

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Cidades

Polícia indicia "falsa biomédica" que deformou paciente em Campo Grande

A suspeita, que não possui nível superior, foi investigada após quatro mulheres que passaram por procedimentos estéticos irem parar no hospital, e uma delas ficar com deformidades

20/03/2025 15h33

Crédito: Freepik

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Uma mulher de 27 anos, que atendia pacientes se passando por biomédica e esteticista e levou pacientes a diversas internações após o atendimento, foi indiciada pela Polícia Civil de Campo Grande.

A investigação teve início quando quatro mulheres que foram atendidas pela suspeita, que atuava em um espaço de coworking, apresentaram sintomas graves após um tratamento estético de preenchimento labial em setembro de 2024.

A suspeita sequer possui formação superior e, ainda assim, se apresentava para as clientes como biomédica e esteticista.

Para se ter ideia, depois de realizar o procedimento, as vítimas foram parar no hospital, passaram por atendimento médico e, em um dos casos, uma paciente precisou ser submetida a uma traqueostomia.

Os laudos do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) indicaram que, ocorreram lesões de natureza gravíssima, já que uma vítima acabou com deformidade permanente na região da mandíbula em decorrência de fibrose.

Investigação

Policiais da Segunda Delegacia de Polícia (2ª DP) apreenderam, na residência da investigada, medicamentos de uso estético que só podem ser utilizados por profissionais formados em medicina, odontologia e biomedicina.

Além disso, a medicação não estava armazenada da maneira indicada. Outro ponto é que os produtos não possuíam registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e foram importados ilegalmente.

Na casa da “falsa biomédica”, a equipe localizou um diploma de estética falsificado em nome de uma faculdade de Campo Grande, o que, segundo a investigação, foi utilizado para induzir os pacientes ao erro, já que confiavam na suposta formação técnica da profissional.

Ao analisarem o certificado, os peritos constataram que o documento era falso.

Com isso, a Polícia Civil acionou a Justiça, que proibiu a mulher de continuar atuando como esteticista. A suspeita foi indiciada por lesão corporal de natureza gravíssima, uso de produto medicinal sem registro na Anvisa, indução do consumidor a erro e uso de documento falso.

O próximo passo fica a cargo do Ministério Público, que definirá por quais crimes ela será denunciada. Para se ter ideia, somando apenas as penas mínimas dos delitos cometidos, a reclusão ultrapassa dez anos e pode chegar a mais de 25 anos no máximo.

“São, em geral, métodos invasivos, com injeção de medicação além da derme”, explica a delegada que atuou no caso, Bárbara Alves. “São procedimentos caros, então o interessado deve sempre desconfiar de preços muito promocionais e pesquisar antes se o profissional possui registro no conselho de sua categoria”, alertou a Polícia Civil.

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