Apesar de reclamar ajuda da União para manutenção dos presos, Mato Grosso do Sul é a unidade federativa com maior número de internos no sistema penitenciário federal. São cerca de 60 sob custódia da União, divididos entre as penitenciárias federais de Campo Grande e Catanduvas, no Paraná. A previsão é de que mais detentos sejam transferidos. “Mato Grosso do Sul é a maior população carcerária nos presídios federais, são aproximadamente 60”, informou o secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, apesar de alertar que isso não resolve o problema de vagas no Estado. Ele justifica o ‘primeiro lugar’ com o fato de o Estado ter muitas lideranças negativas que surgiram por causa das drogas e crimes relacionados ao tráfico. “Crimes de pistolagem, por exemplo”, citou Jacini. Ponto positivo Para o secretário, ser o “campeão” nos presídios federais é positivo, porque mostra que os detentos de alta periculosidade estão sendo isolados e com isso, o risco de rebeliões, como as que aconteceram em 2006, é bem menor. Jacini explicou que estes presos ficam nas unidades federais por um ano, podendo ser prorrogado por mais um. Eles então voltam ao sistema estadual, e, em caso de apresentarem problemas novamente, podem retornar à prisão mais rígida. Foi o que aconteceu ano passado, com alguns detentos. Os detentos removidos já tinham passado por penitenciárias federais, mas voltaram a ser lideranças negativas e então retornaram ao controle da União. “ Eles começaram a se articular para promover rebeliões e então voltaram para os presídios federais”, esclareceu o secretário. Jacini disse que este é o resultado do trabalho de inteligência desenvolvido pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). (NC)