Cidades

CAMPO GRANDE

MS 'descobre pedra inicial' do Fórum da Mulher, Criança, Adolescente e Idoso

Agenda na manhã desta terça-feira uniu Executivo e Judiciário de Mato Grosso do Sul em primeiro passo para unificação de estruturas de proteção social

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Representantes dos poderes de Mato Grosso do Sul se uniram, na manhã desta quinta-feira (30), em um terreno vizinho à Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande, para anúncio e descobrimento da pedra inicial de onde será edificado o Fórum da Mulher, Criança, Adolescente e Idoso.

Como bem esclarece a defensora pública, Zeliana Luzia Delarissa Sabala, que coordena o Núcleo de Defesa das Mulheres, ter um conglomerado de serviços em um só lugar reduz principalmente a revitimização da mulher e criança inseridas num contexto de violência. 

"O fórum que atende a parte jurídica dessa violência, ela vai estar próxima da Casa da Mulher Brasileira, que atende a mulher em situação de violência, e próximo de um outro equipamento que ainda vai ser instalado, que é nos mesmos moldes, com vista à proteção da criança e o adolescente em situação de violência", cita.

Secretário Adjunto de Estado de Justiça e Segurança Pública, Ary Carlos Barbosa esteve presente no evento e, em discurso, detalhou o cenário de Mato Grosso do Sul nos enfrentamento às formas de violência. 

Ary comenta que os índices positivos observados na redução de crimes como furto, roubo e homicídio, não se refletem para essa parcela da população para qual Fórum é voltada. 

"Mas nós temos crimes que acompanhamos pela Secretaria, que não conseguimos reduzir: o feminicídio, o estupro e os crimes de violência doméstica", afirma ele, indicando ser essa a motivação para criação do Fórum.

Da Superintendência do Patrimônio da União, Tiago Botelho destacou os 13 mil metros quadrados da área doados ao Poder Judiciário para construção do Fórum, que corresponde a cerca de R$ 6 milhões a ser incorporado ao patrimônio do Governo do Estado. 

"A Superintendência já procurou a Defensoria Pública e o Ministério Público Estadual, com tratativas bem avançadas e vamos ter então uma especializada... então, o Jardim Imá vai ter um complexo de proteção a sujeitos que vêm sendo violentados cotidianamente", disse ele. 

Marcelo Victor/Correio do Estado

O espaço

Nesses 13 mil metros quadrados, o então presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, desembargador Sérgio Fernandes Martins, ressaltou que o Fórum terá 1.545,40 metros quadrados de área construída. 

"Para onde serão remanejadas as varas da violência doméstica e familiar contra a mulher, também as especializadas em crimes contra a criança e o adolescente, bem como toda a estrutura de apoio para o Poder Judiciário Estadual desempenhar suas atribuições", disse o então presidente do TJ. 

Com assinatura para abertura do processo licitatório, o desembargador complementa que é necessário ter uma vencedora para indicar um prazo para entrega do Fórum, porém, destaca que os recursos do Poder Executivo, alocados em uma lei orçamentária, giram em torno de R$ 10 milhões.

Diante dos altos números citados por Ary Carlos Barbosa, para o governador, Eduardo Riedel, ressalta a força potencial desse Fórum no combate à impunidade. 

"A partir do momento que um espaço de acolhimento e rede de proteção a esse tipo de situação, seja feminicídio; violência contra mulheres; estupros ou qualquer situação contra nossas crianças e adolescentes, aqui você vai encontrar uma resposta ágil", diz Riedel. 

Riedel lembra que, com esse primeiro passo dado o Estado tem de lidar ainda com a subnotificação de muitos dos crimes, o que ele afirma existir. 
 
"E nessa ação onde a União, através do nosso intervento, Thiago Botelho, conseguiu viabilizar esse terreno para que numa parceria entre o Estado, repassando o recurso para o Judiciário, fazer a gestão desse fórum, a gente dá concretude a mais um equipamento que vai gerar essa resposta para a sociedade", conclui Riedel. 

 

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INTERIOR

Ladrões furtam cestas básicas e equipamentos de prédios públicos em MS

Nos últimos 10 dias, ao menos três casos de invasões à repartições públicas aconteceram em município do interior, além do furto de fios de cobre

21/02/2025 16h45

Ladrões invadiram, ao menos, três prédios públicos em 10 dias

Ladrões invadiram, ao menos, três prédios públicos em 10 dias Foto: Roni Silva/PMN

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Desde o dia 11 de fevereiro, quatro casos de invasão a prédios públicos municipais em Naviraí foram relatados, além de furto de equipamentos, fios de cobre e alimentos de cestas básicas.

Há 10 dias, criminosos destruíram portas Blindex e invadiram uma sala da Gerência de Assistência Social, que fica do lado do prédio da prefeitura da cidade. Na ocasião, os meliantes pegaram algumas cestas básicas ao acessar o depósito do órgão.

Já no último sábado (15), outro prédio da Assistência Social do município foi invadido, desta vez o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS). Na ação, os criminosos depredaram o edifício e furtaram bens materiais, como um notebook e um celular, que estavam dentro da sala da coordenação, do qual foi arrombada por eles.

Além dos prédios públicos invadidos, foram relatados casos de furto de fios de cobre em postes, do qual as ruas Avenida Caarapó (região oeste) e da Rua João Rigonato (região norte) ficaram sem iluminação. 

Ainda, destruíram parte do forro da fachada do cemitério, arrancaram e furtaram fios elétricos e tomadas, já que o local estava escuro e sem fiscalização dos guardas.

Durante esta madrugada (21), novamente tentaram invadir um prédio de uma repartição pública, a Procuradoria Geral do Município. Porém, o alarme foi acionado e os criminosos fugiram. Até o momento, os envolvidos não foram identificados ou presos.

A administração pública já formalizou os boletins de ocorrências, visando o desenvolvimento das investigações sobre os crimes patrimoniais cometidos.

Cidades

Ladrão que fez família refém morre em confronto com a polícia

Em dezembro o criminoso havia invadido um edifício na Avenida Afonso Pena, feito uma família de refém e roubado itens entre armas de fogo, fuzil e mais de R$ 80 mil

21/02/2025 16h30

Ladrão que fez família refém morre em confronto com a polícia

Ladrão que fez família refém morre em confronto com a polícia Gerson Oliveira

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Um homem de 42 anos, identificado apenas como Michel, foi morto ao entrar em confronto com a polícia na manhã desta sexta-feira (21), no bairro Monte Castelo, em Campo Grande. 

No dia 2 de dezembro do ano passado, Michel entrou em um edifício localizado na Avenida Afonso Pena, esquina com a rua 13 de Junho, e rendeu uma família de 4 pessoas, entre elas, uma criança de 11 anos. 

Michel teria invadido o apartamento e se escondido no banheiro do local durante algumas horas até a família chegar. Ao rendê-los, conseguiu amarrar todos eles e procedeu com tortura psicológica, dizendo que ia matar o adolescente.

De acordo com o delegado Edgard Punsk, Michel conseguiu levar 4 armas de fogo, 1 fuzil e 3 curtas, 10 mil euros, 15 mil dólares e jóias, totalizando um prejuízo de crime no valor de R$ 500 a R$ 600 mil. 

Na fuga, Michel tentou furtar a caminhonete de uma vizinha, mas sem sucesso, então saiu a pé, furtando diversos veículos até chegar no estado de São Paulo, onde foi localizado no município de Mirandópolis.

Nesta semana, equipes da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (Derf) foram até o local para cumprir o mandado de prisão, no entanto, em parceria com a Polícia Civil de São Paulo, foi identificado que o ladrão havia saído da cidade de Mirandópolis e voltado para Campo Grande.

“Tivemos que voltar a campo, apurar algumas informações, e identificamos a localidade desse indivíduo hoje”, explicou o delegado.

Em uma operação realizada nesta manhã, uma equipe da Derf se posicionou fora do condomínio onde Michel estava, esperando o criminoso sair, e então foi realizada a abordagem. 

“Nesse momento, logo na saída do condomínio, foi dada a ordem de parada, ele tentou se evadir com a motocicleta, caiu ao solo, revidou uma das equipes, que também tiveram que repelir essa injusta agressão, ele ainda foi socorrido com vida, chegou na Santa Casa com vida, foi reanimado, mas não resistiu”, detalhou.

Os policiais ainda identificaram a namorada de Michel, que teria vindo com ele para Campo Grande no final de janeiro. De acordo com ela, Michel teria dito que "aqui seria uma cidade onde ele poderia prosperar". 

Com ele ainda foram apreendidas duas armas de fogo e cerca de dois quilos de maconha em tabletes.

Histórico

Conforme informado por Punsk, Michel iniciou a vida dele no crime no ano de 2003, quando rendeu outra família na região metropolitana de São Paulo.

Na situação, ele e outros três criminosos, amarraram essas pessoas, agrediram com coronhadas, atearam fogo em uma pessoa viva, em busca de dinheiro, jóias e armas.

Depois disso, Michel foi condenado a 33 anos de cadeia, mas cumpriu apenas 5 anos em SP. Ao sair continuou praticando delitos, furto, e tráfico de drogas.
 

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