Cidades

ESTADO DE CALAMIDADE

MS envia nove bombeiros para socorrer vítimas da chuva no RS

Duas viaturas e dois barcos foram enviados por meio terrestre e um helicóptero da Sejusp será disponibilizado nos próximos dias por meio aéreo

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Nove militares do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) percorrerão aproximadamente 1,4 mil quilômetros até o Rio Grande do Sul para resgatar famílias ilhadas e vítimas da chuva que atingem o Estado desde terça-feira (30).

Eles saíram de Campo Grande (MS) na manhã desta sexta-feira (3) e chegarão em Monte Negro (RS) na tarde deste sábado (4). A previsão é que os bombeiros permaneçam, por no mínimo, 10 dias em solo riograndense.

Equipe composta por oito mergulhadores e um médico, duas viaturas e dois barcos motorizados estão a caminho do Estado Riograndense por meio terrestre.

Momento em que bombeiros miliatares partem em direção ao RS. Foto: Marcelo Victor

É provável que um helicóptero da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) também seja disponibilizado, por meio aéreo, nos próximos dias. No momento, é impossível pousar aeronaves e helicópteros no local, por conta das enchentes. 

Nos próximos dias, quando a água baixar, cães e mais seis militares também serão enviados para o serviço de resgate.

Após conversa com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), ordenou, nesta quinta-feira (2), que bombeiros militares de MS fossem enviados ao RS para socorrer vítimas das enchentes.  

Capitão BM Bueno é bombeiro militar há 14 anos e faz parte da equipe dos nove militares que irão resgatar famílias vítimas das chuvas do Rio Grande do Sul. De acordo com ele, as expectativas para ajudar a população riograndense são as melhores.

“É um momento de solidariedade. Nós que somos de uma tropa especializada do Corpo de Bombeiros, a gente tem essa expectativa de poder atuar em uma ocorrência desse vulto. É um misto de sentimentos, porque sabemos que tem pessoas sofrendo, sabemos do tamanho da catástrofe, mas também nos preparamos para esse momento. Estamos com expectativas de chegar lá com todos os recursos que [estamos levando] para ajudar da melhor forma possível o povo do Rio Grande do Sul. É uma viagem longa e o trabalho é árduo, são dez dias em condições precárias porque a cidade não tem infraestrutura. O bombeiro militar está pronto para auxiliar mesmo correndo risco da própria vida”, disse o militar.

"Através da LIGABOM, que é o Conselho dos Comandantes dos Corpos de Bombeiro do Brasil, fizeram uma central de gerenciamento de crise e determinaram que o MS providenciasse uma aeronave e dez militares de salvamento aquático, duas viaturas e todo o equipamento para auxiliar a cidade de Monte Negro, que está com 80% sobre a água, é uma região muito crítica que vamos apoiar as forças militares que lá atuam O trabalho lá será de formiguinha, ou seja, andar casa por casa retirando as pessoas", disse o comandante do CBMMS, coronel Frederico Reis.

CALAMIDADE

Boletim divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (3) aponta que as chuvas já resultaram em 31 mortes, 74 desaparecimentos e 56 feridos, em todo o Estado, desde terça-feira (30). Até o momento, existem 7.165 desabrigados e 17.087 desalojados.

As chuvas começaram na terça-feira (30) e atingem 235 municípios do RS. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), 53 trechos de rodovias federais estão bloqueados, sendo 39 totais e 14 parciais.

Alguns foram interditados por quedas de barreiras, desmoronamentos, erosão e acúmulo de água e outros foram realizados de forma preventiva por apresentarem rachadura na pista ou ponte coberta pelas águas dos rios.

Na quarta-feira (1º), o governo do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública em todo o estado por causa das fortes chuvas.

A medida estabelece que os órgãos e entidades da administração pública “prestarão apoio à população nas áreas afetadas” por “eventos climáticos como chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais”, causando “danos humanos, com a perda de vidas, e danos materiais e ambientais, como a destruição de moradias, estradas e pontes”, além de comprometer o funcionamento de instituições públicas.

O decreto é válido por 180 dias e não impede que o governo estadual reconheça (homologue) decretos de calamidade pública declarados pelas prefeituras.

O decreto de estado de calamidade pública é o reconhecimento legal, pelo Poder Público, de uma situação anormal, provocada por desastres, e que causa sérios danos à comunidade afetada, inclusive à segurança e/ou à vida das pessoas. 

O texto classifica a situação como um desastre do nível III, ou seja, de grande intensidade. O que significa que os danos já são vultosos, embora suportáveis e superáveis caso as comunidades e órgãos e entidades públicas estejam devidamente informadas, preparadas e mobilizadas e haja o necessário aporte de recursos financeiros.

O decreto também permite ao governo adotar medidas administrativas para agilizar o processo de contratação de bens e serviços necessários para socorrer a população e recompor serviços e obras de infraestrutura essenciais.

* Com Agência Brasil

Cidades

Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024

05/12/2025 19h00

Foto: Emerson Nogueira/Futura Press/Estadão Conteúdo

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Em crise, os Correios decidiram não renovar este ano um benefício de vale-natal de R$ 2,5 mil aos seus funcionários, valor que foi pago em 2024, após Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A empresa comunicou seus funcionários sobre o não pagamento na noite de quarta-feira. Ao mesmo tempo, a estatal espera a avaliação da equipe econômica sobre os próximos passos nas negociações com os bancos.

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024. Ele vem sendo renovado, enquanto a atual direção negocia novos termos, mas o benefício de Natal foi cancelado em função da crise e da necessidade de cortes de custos. A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.

Em paralelo, a empresa aguarda avaliação do Tesouro Nacional sobre o plano de recuperação, para poder voltar a negociar com os bancos um empréstimo na casa dos R$ 20 bilhões. A expectativa era de que isso fosse concluído ainda esta semana, mas o desfecho dessa análise deve ficar para a semana que vem.

Na terça-feira, o Tesouro informou à estatal que não dará aval a um empréstimo de R$ 20 bilhões caso as taxas de juros estejam acima de 120% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). A proposta dos bancos, segundo apurou o Estadão, foi de 136% do CDI. Ou seja: com essa taxa, a proposta foi recusada, dando início a uma nova rodada de negociação.

A equipe econômica estuda uma forma de dar um fôlego de curto prazo para a companhia, para que ela não negocie com os bancos sob forte pressão. Mas o desenho dessa ajuda ainda não foi definido.

Nesta quinta-feira, 4, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que se isso ocorrer com aportes do Tesouro, será dentro das regras fiscais.

Rombo bilionário

Os Correios correm para conseguir a liberação do empréstimo para lidar com uma crise financeira sem precedentes. De janeiro a setembro deste ano, a empresa teve prejuízo de R$ 6,05 bilhões, em uma combinação de queda de receitas com aumento de despesas.

Com o empréstimo, a empresa pretende quitar uma dívida de R$ 1,8 bilhão, além de financiar um programa de desligamento voluntário (PDV) e fazer investimentos para tentar recuperar espaço no mercado de encomendas e elaborar novas fontes de receitas.

A estatal também precisa regularizar pendências com fornecedores Isso é visto como crucial pela atual gestão para que a empresa recupere a performance no setor de entregas, a confiança de clientes e tenha aumento de receitas.

Cidades

Prefeita sanciona lei que dificulta emissão de atestado médico em Campo Grande

Lei pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestado

05/12/2025 18h45

Foto: Reprodução

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A prefeita Adriane Lopes (PP) sancionou a o Projeto de Lei que endurece e dificulta o acesso a atestado médico aos pacientes da rede municipal de Saúde em Campo Grande.

O texto foi aprovado em regime de urgência e única discussão instituindo o Programa Atestado Responsável, com a finalidade de endurecer a emissão de atestados, proposta  dos vereadores Rafael Tavares e André Salineiro.

Segundo o texto aprovado, a emissão de atestados deverá ocorrer de forma criteriosa e ética, sendo prerrogativa exclusiva do médico, que decidirá sobre a necessidade e o período de afastamento do paciente.

Quando não houver justificativa médica para afastamento, poderá ser emitida apenas uma declaração de comparecimento, comprovando a presença do paciente na unidade de saúde. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica sobre a apresentação deste documento para abonar  a falta no trabalho, ou seja, a empresa não tem a obrigação de pagar o salário do dia.

Conforme a lei, o programa “Atestado Responsável” tem objetivo de promover a emissão de atestados médicos de forma responsável e ética, priorizando as reais necessidades clínicas dos pacientes, contribuir para a redução da sobrecarga de atendimentos nas UPA’s e Postos de Saúde, direcionando os recursos para os casos de maior urgência e gravidade. 

Além disso, pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestados para fins de justificação de ausências sem real necessidade de afastamento laboral, fortalecer a autonomia, a segurança e a responsabilidade do profissional médico na tomada de decisão clínica sobre a necessidade de afastamento do trabalho.

Conforme o texto, o intuito do programa é implementar medidas de controle, registro e transparência na emissão de atestados médicos incluindo o monitoramento da quantidade de documentos emitidos, identificação de padrões de uso e eventuais fraudes, de modo a permitir a avaliação contínua da política pública e seus ajustes futuros.

O que diz as regras da CLT?

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica a declaração de comparecimento, exceto em situações específicas, prevista no Artigo 473, em que o trabalhador pode se ausentar sem prejuízo do salário para acompanhar a esposa ou companheira durante a gravidez até dois dias para consultas médicas e exames, ou para acompanhar um filho de até 6 anos em consulta médica, uma vez por ano.

Para outros tipos de consultas e exames, o abono de faltas não é previsto na lei e a aceitação do documento depende da política interna da empresa ou de acordos coletivos.

 

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