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TEMPO E TEMPERATURA

MS será o terceiro estado brasileiro a divulgar qualidade do ar em tempo real

Projeto total para até 2021 é de R$ 900 mil

RAFAEL RIBEIRO

17/08/2019 - 16h25
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Vai ser instalada, em Campo Grande, no campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul uma estação de monitoramento da qualidade do ar. O projeto inédito no Estado coloca a Capital como a terceira no Brasil a oferecer em tempo real informações sobre qualidade do ar. O projeto envolve, posteriormente, instalação de outras seis estações em diferentes pontos da cidade.

O projeto da estação de monitoramento é da própria UFMS, por meio da Faculdade de Física e é coordenado pelo professor doutor Hamilton Pavão com o professor doutor Widinei Fernandes. A estação de monitoramento foi cedida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a primeira etapa do projeto, que é a de instalação, será custada com verba orçamentária indicada pelo gabinete do vereador Eduardo Romero (Rede), no valor de R$ 300 mil. O projeto total para até 2021 é de R$ 900 mil.

'Estive no INPE no dia que a estação foi liberada para a universidade. Como ambientalista, ser humano preocupado com a causa ambiental, saúde, qualidade de vida e legislador fiquei muito contente e ver que nosso mandato conseguiu colaborar com o projeto dos professores da UFMS e com a cidade, que entrará na seleta lista de municípios que realizam esse monitoramento no Brasil ', destaca Romero, que é vice-presidente da Comissão Permanente de Meio ambiente da Câmara da Capital.

A central que será instalada na UFMS próxima ao monumento conhecido como paliteiro e as outras seis estações automáticas são constituídas por monitores de material particulado (naturais como poeira, fuligem de incêndios, termoelétricas, indústrias, ozônio, enxofre, monóxido de carbono, óxido de nitrogênio), analisadores de gases, sistemas meteorológicos e sistema de aquisição e tratamento de dados. Além de dados em tempo real, também serão feitos relatórios mensais, trimestrais, anuais e por último relatório consolidado.

Vale lembrar que Campo Grande já fez parte do Projeto Vigiar, do Ministério da Saúde e que o último boletim de qualidade do ar emitido pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) foi emitido em 2017. Estes dados servem de parâmetro para desenvolvimento de políticas públicas, especialmente nas áreas de saúde em meio ambiente e o preparo para encarar períodos críticos de estiagem e aumento do número de incêndios urbanos, como o que está ocorrendo. Uma das ferramentas são as campanhas educativas como a instituída pela lei municipal que criou o Agosto Alaranjado, desenvolvida pelo Comitê Municipal de combate a incêndios Urbanos e Florestais. Este ano o início da campanha foi antecipado para junho pela quantidade de registros.

Atualmente apenas seis estados brasileiros e o Distrito Federal possuem programas de monitoramento da qualidade do ar, mas somente os estados de São Paulo e Espírito Santo divulgam em tempo real as informações. Quando tudo estiver funcionando, haverá um painel de led na UFMS com os dados para a população e ainda no site da universidade e site da prefeitura.

PESQUISA 

Por ano, em média, morrem 50 mil pessoas no Brasil por conta de problemas agravados ou gerados a partir da poluição do ar. O número é praticamente o mesmo de mortes no trânsito. Estes foram alguns dados apresentados pelo professor Paulo Saldiva, da USP, que durante a 71ª Reunião Anual da SBPC, maior evento científico da América Latina que aconteceu este ano no campus da UFMS em Campo Grande.

O médico apresentou pesquisas realizadas em São Paulo e outras cidades do País, além de dados internacionais que mostram a relação do modo de vida, o local que se vive, o tempo de deslocamento e exposição no trânsito e os reflexos que a poluição do ar junto a tudo isto ou apenas ela traz de malefícios para o ser humano.

Paulo Saldiva destacou durante a palestra o fato de Campo Grande estar com projeto para instalar a primeira estação de monitoramento da qualidade do ar. 'Recebi esta informação aqui e fiquei muito feliz’, destacou.

ADOTE!

Prestes a fechar, ONG precisa que animais sejam adotados urgentemente

Cachorrinhos são lindos, carinhosos, saudáveis, limpinhos e cheios de amor para dar

26/12/2024 12h00

Cachorrinho disponível para adoção

Cachorrinho disponível para adoção DIVULGAÇÃO/Guarda Animal

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Dezenas de animais da Organização Não Governamental (ONG) Guarda Animal – fechada recentemente – precisam ser adotados em caráter de urgência.

O contrato de aluguel da chácara, em que os animais estão, encerrará em março e os animais não terão lugar para morar.

Portanto, os bichinhos precisam de um lar e de um novo tutor.

Conheça alguns dos pets, abaixo, disponíveis para adoção. São lindos, carinhosos, saudáveis, limpinhos e cheios de amor para dar.

Interessados em adotar algum animal devem entrar em contato com o número (67) 99122-8509.

Para adotar, deve-se mostrar um documento oficial com foto, comprovante de residência, vídeo mostrando quintais, portões e janelas e apresentar um breve relato da sua história com animais.

 

 

 

 

 

VEJA OUTROS ANIMAIS DISPONÍVEIS AQUI.

FECHAMENTO DA ONG

Organização Não Governamental (ONG) Instituto Guarda Animal encerrou o resgate de animais de rua em Campo Grande. Portanto, os resgates estão suspensos definitivamente.

Os motivos do fim são problemas financeiros, denúncias feitas por vizinhos em julho deste ano, cobrança de órgãos públicos e escassez de alimentos para os animais resgatados. O comunicado foi publicado nas redes sociais da instituição em 26 de novembro de 2024.

Foram 10 anos de um trabalho árduo e intenso de resgates diários de gatos e cachorros: resgate, socorro, medicação, acolhimento, abrigo, alimentação, cuidado, proteção, zelo e adoção.

Instituto Guarda Animal é uma ONG sem Fins Lucrativos, direcionada à causa animal, que visa acolher, abrigar e proteger cães e gatos abandonados, sem donos e em situação de rua.

A ONG recebe animais desde 2016, sobrevive de doações e não recebe ajuda do poder público.

Confira a nota divulgada na íntegra:

“É com grande pesar que informamos o encerramento do Instituto Guarda Animal depois de 10 anos de um trabalho árduo e gratificante, no qual sempre procuramos oferecer de forma incansável o melhor para nossos bichinhos e de tantas outras vidas que transformamos. Devido aos problemas financeiros que vem se arrastando por um longo período de tempo, por conta das subsequentes dificuldades que estamos enfrentando silenciosamente, cobranças de órgãos públicos por melhorias, falta de recursos como alimentação para nossos animais, temos 4 meses para deixar a chácara onde vivemos, enfrentando problemas de saúde física e emocional, infelizmente não tivemos outra escolha, se não encerrar nossas atividades. Desde já, agradecemos a confiança de vocês em nosso trabalho, por toda ajuda e apoio durante todos esses anos e pedimos encarecidamente uma corrente linda do bem para que todos nossos bichinhos sejam adotados e tenham uma vida melhor do que se encontram aqui, e desejamos sinceramente que continuem nos ajudando, até doarmos todos. A adoção é o melhor caminho para todos eles nesse momento. O que podemos dizer é que essa foi uma das decisões mais doloridas que tivemos que fazer, tudo que fizemos foi por amor incondicional pelo bichinhos e o Instituto foi criado para transformar vidas. E temos certeza que essa missão foi cumprida. Com carinho, Paola e Nati”.

Em julho de 2024, a ONG foi alvo de denúncias por poluição sonora (latido de cães), mau odor e perturbação do trabalho alheio.

Após queixas de vizinhos, uma equipe de investigadores da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais (DECAT) foi enviada a sede do abrigo, nesta quinta-feira (4), para averiguar os fatos.

A delegada, acompanhada de investigadores, peritos criminais e Vigilância Sanitária, realizou uma inspeção na propriedade, onde foram constatadas diversas irregularidades, como:

  • Acúmulo de dejetos, causando mau cheiro e atraindo insetos

  • Presença de moscas, mosquitos e larvas em piscina sem tratamento e em latas espalhadas no quintal

  • Animais com parasitas, representando risco à saúde humana

  • Vestígios de queima de lixo no quintal

  • Descarte irregular de resíduos sólidos e medicamentos

  • Omissão de cautela na guarda de animais ferozes

  • Grande quantidade de animais com sarna, em ambiente inadequado

  • Animais sem carteiras de vacinação ou com carteiras incompletas

  • Gatos presos em um cômodo imundo, com larva de mosquito

  • Fossa extravasando

De acordo com a advogada da ONG, Vitória Junqueira, as denúncias dos vizinhos são falsas e infundadas.

“Não é normal o que está acontecendo, é um absurdo desde 2021, as meninas estão sendo literalmente perseguidas simplesmente por fazerem o bem aos animais. Começou em 2021 e agora está se repetindo denúncias de vizinhos, denúncias infundadas de vizinhos que têm levado ao poder público falsas informações de que os protetores maltratam os seus animais dentro da ONG. Justamente elas têm propósito contrário, exatamente resgatam os animais, propiciam a vida, propiciam o carinho. E esse trabalho maravilhoso precisa continuar, independentemente dessas tentativas de derrubá-las”, afirmou a advogada em suas redes sociais.

fim da seca histórica

Nível do Rio Paraguai surpreende e transporte já pode ser retomado

Por conta de fortes chuvas em Mato Grosso, o nível na régua de Ladário passou de um metro nesta semana, o que permite a retomada do transporte de minérios

26/12/2024 11h50

ANTAQ abriu nesta quinta-feira (26) o período de consulta pública em busca de sugestões sobre

ANTAQ abriu nesta quinta-feira (26) o período de consulta pública em busca de sugestões sobre

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Depois de atingir o menor nível em 124 anos, o Rio Paraguai subiu mais rápido que em anos anteriores e durante o feriado de Natal ultrapassou a barreira de um metro na régua de Ladário. Com isso, o transporte de minérios pode ser retomado antes do esperado e bem antes que nos últimos anos. 

O pico da seca ocorreu no dia 17 de outubro, quando a Marinha registrou 69 centímetros abaixo de zero na régua de Ladário, superando em nove centímetros o recorde negativo anterior, ocorrido em 1964. 

Desde meados de outubro, principalmente por conta das chuvas na região norte de Mato Grosso do Sul e na região sul de Mato Grosso, o rio começou a subir e na manhã desta quinta-feira (26) estava em 1,08 metro.

Este é o melhor nível para esta época do ano desde 2018, ano em que foi registrada a última grande cheia no Pantanal, com pico do Rio Paraguai em 5,35 metros em Ladário. Para efeito de comparação, o nível máximo em 2024 foi de apenas 1,47 metro, uma das menores cheias da história.

No dia 26 de dezembro do ano passado, o rio estava em 0,34 centímetros e seguia em queda. O nível de 1,08, igual ao desta quinta-feira, somente foi alcançado no dia 7 de abril, quase quatro meses mais tarde do que agora. Em Ladário, a média histórica para esta época do ano é de 1,4 metro. 

A explicação para esta recuperação rápida são as chuvas na região sul de Mato Grosso. Tanto na régua de Cáceres quanto na de Cuiabá, o nível dos últimos dias está acima da média histórica para esta época do ano e no maior nível dos últimos cinco anos, evidenciando que a região de Ladário tem alto volume de água para receber. 

Transporte

A partir do momento em que o rio chega à casa de um metro em Ladário o transporte de minérios já passa a ser viável economicamente. Porém, as barcaças ainda precisam descer com cerca de 50% de sua capacidade. As condições ideais, porém, ocorrem quando ultrapassa 1,5 metro, o que tende a ocorrer em meados de janeiro. 

A recuperação do Rio Paraguai coincide com a data em que a  Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) abriu o período de consulta pública para a concessão da Hidrovia do Rio Paraguai, marcando a primeira concessão hidroviária da história do Brasil. 

A consulta começou quinta-feira (26) e estará disponível até o dia 23 de fevereiro de 2025, período em que cidadãos, empresas e entidades poderão enviar contribuições, sugestões e subsídios para o aprimoramento da modelagem e dos documentos técnicos relacionados à concessão.

Para o diretor-geral da ANTAQ, Eduardo Nery, “esse é o momento de ouvirmos as contribuições da população e do mercado, assegurando que o modelo de concessão atenda às necessidades do país e das comunidades envolvidas. Estamos falando do maior projeto de infraestrutura em desenvolvimento regional na América do Sul”.

Ao contrário do inicialmente previsto, a concessão se limitará somente ao chamado tramo sul da hidrovia, ao longo dos 600 quilômetros entre Ladário e Porto Murtinho. Inicialmente, estava prevista também a concessão do trecho norte, entre Ladário e Cáceres, onde existe uma série de restrições para o transporte de cargas por conta da intensidade de curvas e da falta de profundidade do rio. 

Conforme a previsão, nos primeiros cinco anos de concessão, serão realizados serviços de dragagem, derrocagem, balizamento e sinalização adequados, construção de galpão industrial, aquisição de draga, monitoramento hidrológico e levantamentos hidrográficos, melhorias em travessias e pontos de desmembramento de comboio, implantação dos sistemas de gestão do tráfego hidroviário, incluindo Vessel Traffic Service (VTS) e River Information Service (RIS), além dos serviços de inteligência fluvial. 

Essas melhorias vão garantir segurança e confiabilidade da navegação. O investimento direto estimado nesses primeiros anos é de R$ 63,8 milhões. O prazo contratual da concessão é de 15 anos com possibilidade de prorrogação por igual período. 

Tarifa  

Ainda segundo a modelagem, foi definido que somente será feita a cobrança de tarifa para a movimentação de cargas quando a concessionária entregar os serviços previstos na primeira fase do contrato. Em relação ao transporte de passageiros e de cargas de pequeno porte não haverá cobrança de tarifa. 

A previsão de tarifa, pré-leilão, é de até R$1,27 por tonelada de cargas. O critério de licitação pode ser menor tarifa, por isso, esse valor ainda poderá ser reduzido. No entanto, existe a possibilidade, durante a realização da consulta pública, de alteração no critério do certame. 

Queda

O transporte de cargas do Rio Paraguai, após a concessão, está estimado entre 25 e 30 milhões de toneladas a partir de 2030, o que significa um aumento significativo de movimentação em relação ao praticado atualmente. No ano passado, fora transportados transportados 7,95 milhões de toneladas de cargas, um aumento de 72,57% em relação a 2022.  

Em 2024, porém, por conta da falta de água, o volume transportado despencou mais de 60% e tende a fechar o ano com menos de 2,8 milhões de toneladas. Desde julho o transporte de minérios está praticamente paralisado. 

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