O período epidêmico passou e o temnpo secou, mas nem por isso a dengue deixou de ser uma preopcupação em Mato Grosso do Sul. Com os dados do boletim divulgados pela Secretaria de stado da Saúde nsta semana, o Estado chega à média de uma notificação nova da doença a cada cinco minutos.
Segundo os números, são 33.205 casos contabilizados ao todo no ano até a última quarta-feira (8), data do último boletim divulgado pela Pasta.
O número é 1,4% maior que o apresentado no último dado publicado pela secretaria.
Mais da metade das notificações ocorreram em Campo Grande: 16.284 casos. O número é quase cinco vezes maior que o registrado pela segunda cidade sul-mato-grossense com mais notificações, Três Lagoas, com 3.509 casos.
A doença fez 27 vítimas ao longo de 2019. Campo Grande e Dourados registraram cada oito casos. A última morte foi de uma idosa, de 78 anos, moradora do município do interior. Em Três Lagoas são três mortes e Coxim mais duas. Maracaju, Ponta Porã, Corumbá, Costa Rica, Amambai e Miranda têm uma morte cada.
Dos 79 municípios, 75 apresentam alta incidência, ou seja, acima de 300 casos por 100 mil habitantes. Somente Aquidauana, Anastácio, Inocência, Juti e Paranhos estão na lista de municípios com média incidência da doença, registrando de 100 a 300 casos por 100 mil habitantes.
PRECAUÇÃO
Agora, com o retorno do período chuvoso, aumenta a preocupação das autoridades com o número de casos da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
A principal forma para combater a proliferação das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue, zika e chinkungya, é evitando a proliferação do mosquito, efetuando a limpeza das calhas, caixas d’água e piscinas.
Os potes de água dos animais de estimação, pratos que ficam em baixo de vasos de plantas, banheiros que não são frequentemente utilizados e até brinquedos espalhados pelo quintal também precisam de atenção, já que os ovos do mosquito permanecem no recipiente por até seis meses mesmo sem água, esperando o momento exato para eclodirem.
AÇÕES
Mesmo com r$ 15,5 milhões a menos, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, oficializou em julho o repasse de R$ 9,5 milhões para a Secretaria Municipal da Saúde de Campo Grande, sendo que o pedido feito era de R$ 25 milhões.
O pedido de recurso extra para o combate ao mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chicungunha foi pedido em março. O prefeito de Campo Grande Marcos Trad (PSD) disse que o combate e o tratamento dos pacientes infectados estavam sendo custeado exclusivamente pelo município.
De acordo com o Ministério da Saúde, a verba deve ser destinada para a compra de reagentes, realizações de exames, aquisições de insumos como leitos, macas, poltronas para hidratação, soro, agulhas, colchões e medicamentos.
Trad chegou a ir para Brasília tentar liberar esse recurso que veio aquém do esperado. Incialmente, o prefeito tinha pedido R$ 28 milhões que foi negado. O novo pedido que foi agora de R$ 25 milhões era para ser usado nos gastos provenientes de medicamentos, plantões e exames.