Cidades

MATO GROSSO DO SUL

Mulher morre na aldeia Jaguapiru e MS ultrapassa feminicídios de 2023

Vanderli foi morta na cama do casal, com um tiro na cabeça, sendo que hematomas revelam agressões anteriores

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Vanderli Gonçalves dos Santos, morta com um tiro na cabeça onde o principal suspeito era até então seu marido e convivente, entra para os registros como a 31ª vítima de feminicídio de 2024 em Mato Grosso do Sul, índice esse que agora ultrapassa a marca registrada no ano passado. 

Vale lembrar que, o 30º feminicídio registrado em 2024 foi a morte da mulher de 56 anos, identificada como Sueli Maria, assassinada ainda no último dia 17 deste mês, quando Mato Grosso do Sul bateu o mesmo índice registrado no ano passado. 

O acusado, Jonemar de Ramos Machado, foi detido no fim da manhã de hoje (28), no Jardim Clímax no município, após intensa troca de tiros, já que o homem jogou seu carro contra viatura policial que agia em diligência. 

Informações publicadas pelo portal local, Ligado na Noticia, indicam que uma criança quase foi atropelada na tentativa de fuga do indígena. 

Cercado pela Guarda Municipal e equipes do Setor de Investigações Gerais (SIG) de Dourados, Jonemar já teria descido do veículo com uma pistola na mão, sendo dada ordem para que largasse a arma o que não foi acatado. 

Durante troca de tiros, foram feitos cerca de oito disparos entre as partes até que o homem fosse atingido e, após soltar a arma, imobilizado por equipes policiais, encaminhado depois para depoimento na sede do Setor. 

Relembre

Desde a instituição da "Lei do Feminicídio" (n.º 13.104/2015), os números desse crime em Mato Grosso do Sul apresentam perfil oscilante, com o primeiro ano dessa legislação à época encerrando com 18 mulheres mortas. 

De lá para cá, o índice teve altos e baixos, com o pico de feminicídios observado em 2022, quando 44 mulheres vítimas em território sul-mato-grossense. 

Atrás, o segundo pior índice foi anotado em 2022 (41 feminicídios), seguido pelos anos: 

  • 2016: 37 feminicídios 
  • 2018: 36 feminicídios 
  • 2021: 36 feminicídios
  • 2017: 33 feminicídios. 

Distante cerca de 245 km da Capital, importante esclarecer que, registrado  na Aldeia Jaguapiru, no município de Dourados, apenas o suspeito do crime, o homem de 47 anos, é indígena. 

Mais uma vítima

Registro policial indica que, após cometer o crime, o homem apontado como executor do crime fugiu do local dirigindo uma caminhonete modelo S10, de cor preta.

Informações apontam que, o homem e a vítima teriam começado uma discussão ainda por volta de 22h, segundo boletim de ocorrência, 

Em relato às autoridades, testemunhas indicaram ter ouvido o barulho da briga entre o casal, sendo que o homem teria atirado um único disparo contra a cabeça de Vanderli. 

Cabe destacar que, apesar de o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ter sido acionado para prestar socorro à vítima, assim que chegaram ao local já puderam observar que não seria possível salvar a vida de Vanderli e constataram o óbito. 

Vanderli foi morta na cama do casal, sendo que o corpo da mulher continha diversos hematomas espalhados por seus membros, o que segundo a polícia indica que a mulher já sofria agressões antes de ser morta. 

Polícia Civil, Militar e também perícia técnica foram acionadas, com o caso registrado como feminicídio e seguindo sob investigação no município. 

 

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MATO GROSSO DO SUL

Fazenda no Pantanal de MS mantinha 15 sob 'trabalho escravo'

Entre as demais condições desumanas, a alimentação era fornecida semanalmente pelos empregadores e considerada insuficiente, o que obrigava os funcionários locais a caçarem

28/11/2024 12h54

Operação de resgate contou com apoio das policias Militar e Federal, além de equipes dos ministérios do trabalho (MTE e MPT)

Operação de resgate contou com apoio das policias Militar e Federal, além de equipes dos ministérios do trabalho (MTE e MPT) Reprodução/PF

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Operação de resgate envolvendo os ministérios do trabalho (MPT e MTE) encontrou, em uma fazenda no Pantanal de Mato Grosso do Sul, 15 pessoas trabalhando em situações análogas à de escravo. 

Segundo a Polícia Federal em Nota, distante aproximadamente 425 km da Capital, Campo Grande, o flagrante foi registrado no município de Corumbá, sendo que denúncias foram responsáveis por desencadear a operação. 

Quanto às graves violações de direito, os trabalhadores que estavam em uma região "remota e de difícil acesso, alcançada apenas após três dias de viagem de barco", essas pessoas estavam expostas a: 

  • Privação de água potável;
  • Alimentação insuficiente e 
  • Impedimento de deixar o local de trabalho. 

Imagens obtidas pelo trabalho de investigação mostram, por exemplo, que a água disponível para esses trabalhadores era imprópria para consumo, o que gerava nessas pessoas constantes casos de diarreia. 

Entenda

Entre as demais condições desumanas, a alimentação era fornecida semanalmente pelos empregadores e considerada insuficiente, o que obrigava os funcionários locais a caçarem para complementar as próprias refeições 

Operação de resgate contou com apoio das policias Militar e Federal, além de equipes dos ministérios do trabalho (MTE e MPT)Reprodução/PF

Além disso, o local reservado como alojamento desses trabalhadores eram improvisados, com um punhado de madeiras montando o que seriam os pilares e estruturas, que eram cobertos e envolvidos por lonas e material vegetal seco. 

Sem qualquer proteção, para afastar animais ou mesmo as condições mais adversas do clima (como vento e chuva) os funcionários se amontoavam em camas e redes dispostas entre as cabanas e cobertas com mosquiteiros. 

Sem instalações sanitárias ou água para banho, esses  trabalhadores eram ainda ameaçados, segundo a Polícia Federal em nota, para que não denunciassem a situação.

Investigação detalhada permitiu que o operação policial não só identificasse exatamente onde os trabalhadores estavam alojados, como também possibilitou o resgate seguro. 

Depois disso, foi garantida assistência imediata às vítimas, que recebem também acompanhamento à partir desse momento, bem como suporte para restabelecer seus direitos trabalhistas e sociais.

"Os empregadores responderão pelas sanções administrativas e trabalhistas cabíveis, sem prejuízo de sua responsabilização criminal pelo crime de redução a condição análoga à escravidão", expõe a PF.

'Lista Suja'

Conforme última atualização do Ministério do Trabalho e Emprego da chamada "Lista Suja", ao todo seis propriedades de Mato Grosso do Sul entraram, neste ano de 2024, na relação de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão. 

Cabe lembrar que, ainda no fim de 2023, como bem acompanha o Correio do Estado, a "Lista Suja" tinha 21 propriedades sul-mato-grossenses relacionadas. 

Ainda em 07 de outubro veio a público a última atualização da Lista, por parte do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), apontando que, dos 727 nomes totais, 13 propriedades de Mato Grosso do Sul aparecem relacionadas atualmente. 

Vale lembrar que, nessa leva recente de atualização, até mesmo Emival Eterno da Costa - o popular cantor Leonardo - entrou para a "lista suja do trabalho escravo do MTE. 

Na série histórica, desde 1995, Mato Grosso do Sul já acumula 3.112 trabalhadores em Condições análogas à escravidão encontrados pela Inspeção do Trabalho. 

Nesse período, o ranking de municípios de MS com mais autos de infração lavrados são: 

  1. º 317 - Água Clara
  2. º 258 - Corumbá
  3. º 224 - Porto Murtinho 
  4. º 220 - Ribas do Rio Pardo
  5. º 163 - Brasilândia. 

No último ano, 77 trabalhadores foram encontrados em condições análogas à de escravo pela Inspeção do Trabalho, com Corumbá liderando o ranking. 

Conforme o MTE, na Cidade Branca, em 2023, 49 autos de infração foram lavrados no município corumbaense, seguido por: Porto Murtinho (30); Aquidauana (25); Bela Vista (20) e Nova Alvorada do Sul (14). 

 

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PREVISÃO DO TEMPO

Meteorologia prevê volta da chuva a Campo Grande nesta sexta-feira

Capital ficou cerca de uma semana sem receber chuvas intensas

28/11/2024 12h10

Embora fraca, chuva deve aliviar o tempo na capital

Embora fraca, chuva deve aliviar o tempo na capital Marcelo Victor

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Depois de aproximadamente uma semana sem chuvas intensas, um novo temporal se aproxima da capital. A partir desta sexta-feira (29), Campo Grande deve registrar mais chuva do que nos últimos dias.

Conforme a previsão meteorológica Climatempo, o sol deve se esconder a partir desta sexta-feira em Campo Grande, com céu nublado, chuva pela manhã e garoa no começo da tarde. Ainda de acordo com o portal, a cidade tem 69% de chance de chuva, com 24mm de precipitação previstos.  A temperatura deve variar entre 25ºC e 33ºC

Durante o restante do fim de semana, no sábado, a previsão é de muitas nuvens e pancadas de chuva à tarde que se estenderão até à noite, acumulando 14 mm de precipitação. A umidade deve variar entre 94% e 75% e a temperatura não passará dos 29ºC.

No domingo, o clima será de chuva o dia todo, mas com um volume de apenas 1.7 mm de precipitação. As temperaturas mínimas e máximas devem ficar entre 23ºC e 30ºC.

Confira:
 

Alerta de tempestade

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de "perigo" para Mato Grosso do Sul, indicando a possibilidade de tempestades e chuvas intensas a partir de hoje (27). O aviso faz parte de uma série de alertas que abrangem diversas regiões do país, com Mato Grosso do Sul sendo um dos estados mais afetados.

O alerta de "perigo" para o estado prevê chuvas com precipitações entre 30 e 60 mm por hora e ventos intensos que podem chegar a 100 km/h.

Essas condições meteorológicas gerar uma série de riscos potenciais, incluindo: cortes no fornecimento de energia elétrica, queda de galhos e árvores, alagamentos e descargas elétricas.

*Colaborou Marianna Piel 

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