Cidades

CAMPO GRANDE

Muro de contenção em canal de rio recebe reforço

Placas de concreto caíram após chuva no dia 23 de fevereiro

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Equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) de Campo Grande começaram a reforçar as placas de concreto do canal do rio Anhanduí. Serão fincadas no solo 14 estruturas de ferro e concreto que vão dar sustentação às quatro placas.

Antes de erguer as placas, os engenheiros optaram por implantar uma estrutura de sustentação com oito estacas de trilhos, quatro treliças metálicas e duas vigas de concreto. As placas serão reerguidas numa extensão de 24 metros da margem direita do canal (sentido  bairro), logo após a Rua Santa Adélia.

O trecho está no primeiro lote das obras de revitalização e controle de enchentes que a Prefeitura está executando no rio.  A previsão é que os reparos se estendam por duas semanas. Numa segunda etapa, já sob responsabilidade da empreiteira, as paredes de concreto serão “grampeadas” no solo, num sistema conhecido como ancoragem, já empregado no restante do canal: serão abertos furos, nos quais serão colocados cabos de aço que atravessarão as paredes, se estendendo por 11 metros no solo. Haverá ainda a injeção de concreto.

O projeto, que ainda está em fase de fechamento do orçamento, além dos 24 metros do canal danificado, prevê a ancoragem numa extensão de 70 metros (nas duas margens) do trecho do canal antigo.

HISTÓRICO

As placas caíram no dia 23 de fevereiro, quando o nível do rio subiu devido à chuva e com a força da correnteza, um trecho de 24 metros do canal caiu, trazendo parte do aterro sobre o qual estava encostado.

O rio Anhanduí, assim como o córrego Segredo, foi canalizado há mais de 40 anos. Segundo a Sisep, as ferragens de sustentação das paredes sofrem com os efeitos da ação do tempo, como a corrosão decorrente do contato com a correnteza, que recebe água contaminada por produtos químicos.

Como a queda de placas tem sido recorrente após chuvas intensas, a prefeitura vai contratar um projeto de revitalização para reforço de toda a estrutura do canal. De forma emergencial, a estrutura tem sido reforçada com trilhos e o barranco é contido com pedras e concreto.

Educação

Senado aprova proibição de celular nas escolas; medida por valer para 2025

Proibição foi aprovada no Senado e texto foi encaminhado para a sanção de Lula

18/12/2024 20h38

Celulares serão proibidos nas escolas

Celulares serão proibidos nas escolas Agência Brasil

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O plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (18), o texto-base do projeto de lei que proíbe o uso de celulares em escolas públicas e privadas de todo o país. A proposta foi aprovada de forma simbólica, sem a contagem de votos no painel, e segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A proposta ganhou apoio no Congresso Nacional após o Ministério da Educação endossar a mudança. A expectativa do governo federal é que a lei entre em vigor no início do próximo ano letivo.

O projeto passou com grande apoio em um intervalo de uma semana. Na Câmara dos Deputados, o texto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de forma terminativa, dispensando a votação no plenário. No Senado, a oposição se dividiu quanto à proposta.

A proibição abrange o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos móveis, como tablets e relógios conectados à internet, em toda a área escolar, incluindo aulas, recreios, intervalos e atividades extracurriculares.

O relator da proposta, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), afirmou que a medida tem mostrado resultados positivos em outros locais. “Em todos os lugares onde se implementou a medida de restrição ao uso de aparelhos celulares, você teve uma melhoria no desempenho escolar, na disciplina nas escolas e na redução de bullying”, declarou.

Renan Ferreirinha (PSD-RJ), secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, reassumiu seu mandato de deputado federal para relatar o projeto na Câmara. Ele acompanhou a votação no Senado, sendo o Rio de Janeiro uma das cidades pioneiras na proibição de celulares em escolas, desde o início deste ano.

São Paulo também aprovou uma legislação similar. A norma paulista é mais específica quanto ao armazenamento dos aparelhos, determinando que devem ser guardados de maneira que os alunos não tenham acesso a eles, o que exclui o uso de mochilas ou armários individuais.

O projeto de lei nacional, por sua vez, não define regras específicas para o armazenamento dos dispositivos. Esse aspecto poderá ser regulamentado posteriormente em nível nacional ou por legislações locais.

Denis Mizne, CEO da Fundação Lemann, ressaltou que o celular não tem lugar na sala de aula. “Ele gera enormes distrações para o processo de aprendizagem e prejudica não só o relacionamento com o professor, mas também com os colegas”, afirmou. Mizne também destacou que a tecnologia pode ser benéfica para a educação quando usada de forma adequada, orientada pelos professores.

“O que estamos discutindo não é a tecnologia na educação, mas o uso indiscriminado do celular dentro do ambiente escolar”, concluiu.
 

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Cidades

Brasileiros relatam menor renda e insegurança alimentar após pandemia

Mais pobres e casas chefiadas por mulheres tiveram maior impacto

18/12/2024 20h00

Foto: Agência Brasil

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A pesquisa Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil, realizada pelo Ministério da Saúde, mostra que 48,6% dos brasileiros relataram redução na renda devido à pandemia e 47,4% enfrentaram insegurança alimentar, ou seja, pessoas que não tinham a garantia de prover seu alimento diariamente. 

Os impactos foram mais frequentes nos mais pobres e nos domicílios chefiados por mulheres. Cerca de 34,9% das pessoas perderam o emprego e 21,5% interromperam os estudos durante a pandemia. Segundo o estudo, 14,7% dos entrevistados registraram morte de um familiar devido à Covid-19. 

A pesquisa mostra que mais de 28% da população brasileira, o equivalente a 60 milhões de pessoas, relatou ter sido infectada pela doença. 

Pesquisa

O Epicovid 2.0 foi conduzido em 133 cidades brasileiras, com uma amostra de 33.250 entrevistas. As pessoas entrevistadas foram selecionadas aleatoriamente, com apenas uma pessoa por residência respondendo ao questionário.  

Sob coordenação do Ministério da Saúde, a pesquisa foi realizada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com participação da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Getúlio Vargas (FGV). 

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