Cidades

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No caminho de grandes obras, pedras e papagaios

No caminho de grandes obras, pedras e papagaios

Redação

30/08/2010 - 07h00
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     Quem passa pela rodovia Régis Bittencourt na Serra do Cafezal, no Sul do Estado de São Paulo, o único trecho não duplicado na viagem entre a capital paulista e Curitiba (PR), mal imagina que o responsável pela falta da pista adicional pode estar na árvore ao lado. O papagaio de peito roxo, que vive na mata atlântica da região, impediu a duplicação daquele trecho.

        O Departamento de Infraestrutura de Transportes (Dnit) gastou um ano e meio para elaborar um estudo sobre como o papagaio se alimenta e como ele procria para evitar que o traçado da nova pista causasse danos à espécie. O governo enfrentou também temores de danos a sítios arqueológicos na área. No fim, a duplicação não foi feita. A rodovia foi entregue à iniciativa privada em 2008. A concessionária Autopista Régis Bittencourt, do grupo OHL, iniciou a duplicação este ano. Os órgãos ambientais não exigiram nenhuma providência em relação ao papagaio.

        No momento, o Dnit empreende outro estudo de fôlego: monitorar o comportamento dos peixes nos riachos que passam na região da BR 319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO). O estudo deve cobrir o período de chuvas e de seca, e consumirá pelo menos um ano de observação. Detalhe: a rodovia já existe e na década de 1980 era até pavimentada. O asfalto foi destruído e a intenção do Dnit é pavimentá-la novamente.

        São histórias como essa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse colecionar para escrever um livro. Em pelo menos duas ocasiões, na semana passada, em um encontro com empresários na Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) e na cerimônia de assinatura da concessão da hidrelétrica de Belo Monte, Lula pediu contribuições de "coisas hilariantes" para seu livro.

        Condicionantes impostas pelos órgãos de defesa do ambiente, do patrimônio histórico e pela Fundação Nacional do Índio (Funai) são baseadas em preocupações legítimas, mas o presidente não esconde sua impaciência com a demora que elas provocam. Os atrasos, diz ele, também têm custo para a sociedade.

        "Há pessoas que acham uma pedra e acham que parece um machadinho indígena, e para a obra oito meses, ali, para tentar ver, depois descobre que não é nada. E ninguém arca com o prejuízo, com a responsabilidade, ninguém diz quanto o povo brasileiro está pagando por esses atrasos, por essas irresponsabilidades", reclamou. O caso da machadinha ocorreu nas obras de interligação de bacias do São Francisco. Os estudos concluíram que se tratava de uma pedra simples.

         

        Monumento à perereca

        "Os obstáculos para quem quer empreender no Brasil são inúmeros", disse o presidente da Abdib, Paulo Godoy. "Eu defendo que se estabeleçam prazos para essas interrupções." Lula costuma animar suas plateias contando a história da perereca. A obra do viaduto da BR 101 na região de Osório (RS) foi paralisada por seis meses para que se estudasse um anfíbio do alagado sobre o qual o viaduto passa. No fim, concluiu-se que a espécie não estava ameaçada de extinção. "Eu já pedi para o Paulo Sérgio (Passos, ministro dos Transportes) que eu quero fazer um monumento à perereca", brincou o presidente.

        Os conflitos do ímpeto investidor de Lula com os animais começou em 2007, quando preocupações do Ibama em relação aos bagres do rio Madeira atrasaram a concessão das licenças para as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio (RO). O problema foi resolvido com a construção de passagem para os peixes.

        Havia muitos mitos também em relação à hidrelétrica de Tucuruí (PA), observou o presidente da Eletrobrás, José Antônio Muniz. "Diziam que a água ia ficar salgada, que ia apodrecer por causa da madeira submersa", contou. "Madeira não apodrece na água, pelo contrário, dizem que é boa para fabricar instrumentos musicais." Ele pretende reunir os "causos" de Tucuruí para contribuir com o livro de Lula.

         

        (Informações do Estadão)

APREENSÃO

Polícia Militar Rodoviária apreende 2 toneladas de drogas em ônibus escolar

Entorpecente foi avaliado em R$ 4 milhões e estava distribuído em tabletes

09/07/2025 08h25

Uso do veículo escolar chamou atenção pela tentativa de camuflar a atividade criminosa e dificultar a investigação

Uso do veículo escolar chamou atenção pela tentativa de camuflar a atividade criminosa e dificultar a investigação DIVULGAÇÃO/BPMRv

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Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (BPMRv) apreendeu 2.065 kg de maconha em um ônibus escolar, em uma propriedade rural de Ponta Porã, município localizado a 312 quilômetros de Campo Grande.

O entorpecente foi avaliado em R$ 4 milhões e estava distribuído em tabletes. Duas pessoas foram presas em flagrante.

Conforme apurado pela mídia, os policiais flagraram dois homens carregando o ônibus com a droga. O entorpecente e o veículo foram apreendidos.

O uso do veículo escolar chamou atenção pela tentativa de camuflar a atividade criminosa e dificultar a investigação.

A suspeita é de que o ônibus, que deveria ser utilizado para conduzir estudantes, era usado para conduzir as atividades ilegais.

O caso será investigado pelas autoridades competentes para identificar outros possíveis envolvidos e apurar a origem do entorpecente.

TRÁFICO DE DROGAS

O tráfico de drogas é um problema crescente no Brasil.

Comércio, transporte e armazenamento de cocaína, maconha, crack, LSD e haxixe são proibidos no território brasileiro, de acordo com a Lei nº 11.343/2006.

Mas, mesmo proibidos, ainda ocorrem em larga escala em Mato Grosso do Sul. O Estado é reconhecido como um importante corredor para o tráfico de drogas no Brasil, devido à sua extensa fronteira com outros países e é uma das principais rotas utilizadas para a entrada de substâncias ilícitas no país. 

O tráfico resulta em diversos crimes direta e indiretamente, como furto, roubo, receptação e homicídios.

Dados divulgados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 7.685 quilos de cocaína, 236.373 quilos de maconha e 75 quilos de outras drogas foram apreendidos, entre 1º de janeiro e 9 de julho de 2025, em Mato Grosso do Sul.

A apreensão de drogas cresceu 151% no primeiro trimestre de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024, no Estado.

Números mostram que 116,3 toneladas de entorpecentes foram apreendidas entre 1º de janeiro e 31 de março de 2025, frente a 46,2 toneladas capturadas no mesmo período do ano passado. O número representa um crescimento de 151%.

Os órgãos responsáveis em apreender entorpecentes são Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Polícia Militar (PMMS), Polícia Civil (PCMS) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

*Com informações de Ponta Porã News e Dourados News

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Bebê de 5 meses morre após carro atingir bovinos em rodovia

Outras duas pessoas que estavam no carro continuam internadas; a Polícia Civil investiga o caso para identificar o responsável pelos animais que causaram o acidente

09/07/2025 08h15

Até o momento, não há informações sobre a identificação dos responsáveis pelos animais

Até o momento, não há informações sobre a identificação dos responsáveis pelos animais Idest

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Um bebê de apenas cinco meses morreu e os pais ficaram feridos em um grave acidente provocado por animais soltos na pista, na noite desta terça-feira (8), na rodovia MS-430, em São Gabriel do Oeste. A colisão aconteceu no quilômetro 41 da via, no trecho que liga o município a Rio Negro.

De acordo com a Polícia Civil, o veículo Fiat Uno onde a família seguia colidiu com dois animais – um novilho e uma vaca – que estavam soltos na pista. O casal, identificado como Nair Maia, de 42 anos, e Antonio Henrique de Matos Arruda, de 35, mora na área rural da região, nas proximidades do local do acidente.

A colisão aconteceu por volta das 19h30, nas proximidades da entrada da Fazenda Recreio, cerca de 15km do município de São Gabriel do Oeste. Outros automóveis que transitavam pelo trecho também teriam atingido os animais.

De acordo com o portal de notícias Idest, algumas pessoas que passavam pelo local prestaram os primeiros socorros e conseguiram retirar uma criança antes da chegada das equipes de resgate. Uma mulher, com ferimentos graves, e um homem também foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e pelo Corpo de Bombeiros. 

A criança no entanto, não resistiu aos ferimentos e morreu ainda durante os procedimentos de transferência, dentro da ambulância que faria o transporte à Capital.

O corpo do bebê será encaminhado ao Instituo Médico Legal (IMOL) de Coxim. 

Já a mulher ainda deve ser transferida em vaga zero para Campo Grande. O homem, que apresentava dores no tórax, segue internado na unidade hospitalar do município. 

A Polícia Civil investiga o caso para identificar o responsável pelos animais que causaram o acidente. Segundo a corporação, os dois bovinos não ostentavam marcas de propriedade, o que pode dificultar a identificação do dono.

A presença de animais soltos em rodovias é considerada infração grave e representa risco constante de acidentes, especialmente em trechos com baixa visibilidade.

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