Cidades

Cidades

No segundo fim de semana de Enem, estudantes criticam ensino remoto durante a pandemia

Os portões foram fechados às 12h e os candidatos começaram a fazer as provas, rigorosamente, às 12h30

Continue lendo...

No segundo fim de semana de provas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), estudantes sul-mato-grossenses desabafam pelo fim do tormento por tantos estudos, dão graças a Deus pela assimilação de conhecimentos e, ao mesmo tempo, renovam as esperanças pela aprovação rumo ao ensino superior.

Para Rafael Correia, 18, esse Enem não é brincadeira e o objetivo é não fazer outros. Ele confessou que o período da pandemia foi complicado e que o estudo remoto - via internet - o atrapalhou. "Tive dificuldades, mas em geral foi tranquilo, principalmente se comparado a outros alunos que não tiveram oportunidade de estudar pela internet", analisoi Rafael, que quer fazer direito da Unidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).    

Ele recordou, ainda, que está fez boas provas fim de semana passado e está confiante, mesmo com a grande concorrência. "Fui bem no fim de semana passada, sem muita dificuldade na prova. A redação estava com um tema tranquilo. Hoje será mais pegado porque minha dificuldade está nas ciências exatas. Vamos ver. Ir bem hoje é mais determinante para os meus objetivos do que o fim de semana passado", detalhou o estudante.

A estudante Ana Helena Cabreira, 17, oriunda do ensino privado, relembrou o tema da redação, que foi: "Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil". Questionada se ser sul-mato-grossense ajuda mais na redação, ela considerou a possibilidade como indiferente. 

Sua amiga Larissa Cabral, 17, destacou que o objetivo dela e do grupo de amigos é único: "gabaritar, acertar todas as questões". Contudo, ela revelou que ser sul-mato-grossense, ou morar aqui ajudou "sim" na redação. Nasci em Dourados, mas moro em Campo Grande. O tema da redação me tranquilizou", disse. A jovem almeja cursar odontologia por meio do ensino público. 

A maior parte dos estudantes disse que quem obteve acesso ao ensino remoto obteve vantagem neste Enem. Para Marcos Antônio, 19, carioca radicado em Campo Grande há três anos e oriundo do ensino público, quem não teve acesso às aulas pela internet teve que se desdobrar. "Quando não há acesso é preciso compensar no esforço. Quem obteve acesso e condições mínimas de estudo larga na frente, sem dúvida" avaliou Marcos Antônio.

Neste Enem, Mato Grosso do Sul teve a terceira taxa do país no Enem digital e sexto no impresso. Acham que isso é bom pra quer fez os dois dias, o que em tese elimina a competição, ou ruim pelo ensino em geral. 

A estudante Vitória Insabralde, 17, que vem da escola pública, o desempenho das provas deste ano vai ser afetado por tudo o que aconteceu durante a pandemia "O ensino remoto é complicado, mas na medida do possível conseguimos estudar. A crítica é mais sobre o formato do ensino do que a continuidade", observou.

Baixa adesão

No primeiro dia de provas, realizado no último domingo (13), o índice de comparecimento no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Mato Grosso do Sul foi de 45,1% na modalidade digital e 68,8% no impresso.

Em todo o Brasil, mais de 3,4 milhões de pessoas eram esperadas para o exame, entretanto, cerca de 2,4 milhões fizeram a prova, comparecimento pouco superior a 72%.

Os números do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) indicaram que, com 572 comparecimentos e 1.269 inscrições, o estado obteve a 3ª pior taxa de presença na modalidade digital, superando apenas os estados de Goiás (44,7%) e Tocantins (33,1%). 

No impresso, o estado registrou a 6ª pior taxa de presença do país. Dos 43.415 inscritos, apenas 29.852 compareceram ao exame. Com 68,8% de presença, os índices do estado superam apenas os números de Roraima (64,2%), Goiás (68%),  Amazonas (56,8%), Rondônia (66,9%) e Acre (68,5%).

Sergipe liderou o índice de presenças na modalidade impressa. Dos 57.369 inscritos, 43.702 realizaram o exame. 76,6% de comparecimento, maior percentual entre as 27 unidades federativas do Brasil. Na modalidade digital, a maior taxa foi na Paraíba, onde 251 dos 451 inscritos fizeram a prova. Ao todo foram 32.376 presenças dos 66.544 inscritos na modalidade digital, comparecimento de 48,7%. 

Assine o Correio do Estado

Proteção à mulher

Agressor de jornalista volta para a prisão em Campo Grande

Envolvendo sobrinha de deputado estadual, caso de Nathalia Barros Corrêa é o segundo de violência contra mulher envolvendo profissional de imprensa na Capital

18/03/2025 10h57

Phillipe é faixa preta de karatê e teria agredido Nathalia em 03 de março

Phillipe é faixa preta de karatê e teria agredido Nathalia em 03 de março Reprodução/MontagemC.E

Continue Lendo...

Com a violência contra mulher sendo amplamente debatida, novas agressões que ganham destaque geram uma cobrança maior para contra os agressores, como no caso de Phillipe Calazans, que se apresentou à Delegacia Especializada ontem (17) após quebrar o nariz da jornalista Nathalia Barros Corrêa. 

Sobrinha do deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), a violência contra Nathalia - ocorrida ainda no dia 03 de março - chegou até a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e gerou revolta de parlamentares, que pediram até mesmo afastamento de delegada que teria colocado o irmão da vítima como agressor ao invés de indiciar o agressor, como exposto em parlamento. 

Com o mandado de prisão preventiva expedido pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), o homem optou por entregar-se na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) ainda ontem (17). O caso segue em sigilo. 

Entenda

Sem o mesmo triste fim, a agressão contra Nathalia traz semelhanças com o segundo feminicídio do ano que foi registrado em Mato Grosso do Sul, vitimando a jornalista Vanessa Ricarte, esfaqueada pelo então companheiro Caio César Nascimento Pereira. 

Com ambas sendo profissionais da imprensa local, Nathalia no caso foi agredida em 03 de março e gravou um vídeo onde aparece com o rosto sangrando e a filha no colo para denunciar o agressor que, semelhante a Caio, também atuava como músico. 

Faixa preta de karatê e então vocalista da Banda Seven, já no dia 07 de março a página do grupo no Instagram usou o perfil para vir à público anunciar o desligamento definitivo de Phillipe Eugênio Calazans de Sales, de 38 anos. 


Juntos há pelo menos quatro anos, o casal voltava da casa de amigos após um dia de feriado de Carnaval, com as agressões contra Nathalia acontecendo enquanto ela ainda estava com a filha no colo, conforme noticiado publicamente. 

Em Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do bairro Coronel Antonino, foi constatado que a vítima tinha uma lesão no nariz e a necessidade de pontos no supercílio. 

Phillipe chegou a ser preso em flagrante, recorrendo à Justiça e conseguindo liberdade provisória há cerca de uma semana, sob condição do uso de tornozeleira eletrônica e de não se poder se aproximar de Nathalia.

Feminicídios

Até o primeiro dia de março, seis mulheres já tinham sido vítimas de feminicídio em Mato Grosso do Sul, com o último caso registrado sendo o de Giseli Cristina Oliskowiski, morta aos 40 anos, encontrada carbonizada em um poço no bairro Aero Rancho, em Campo Grande.

Antes dela, o primeiro caso de 2025 foi a morte de Karina Corin, de 29 anos, nos primeiros dias de fevereiro,  baleada na cabeça pelo ex-companheiro, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos. 

Já o segundo feminicídio de 2025 em Mato Grosso do Sul foi justmente a morte de Vanessa Ricarte, esfaqueada aos 42 anos, por Caio Nascimento, criminoso com passagens por roubo, tentativa de suicídio, ameaça, além de outros casos de violência doméstica contra a mãe, irmã e outras namoradas.

Após denúncia do Ministério Público de  Mato Grosso do Sul em quatro crimes, em caso de condenação e penas máximas aplicadas, o assassino de Vanessa pode pegar mais de 86 anos de cadeia, como abordado pelo Correio do Estado.

Os outros feminicídios de 2025 vitimaram: 

Assine o Correio do Estado

CAMPO GRANDE

Ciclista morre atropelado por carro ao atravessar BR-163

Condutor de uma SUV trafegava pela BR-163, quando a vítima, que estava em uma bicicleta, cruzou a via e ambos colidiram

18/03/2025 10h45

BR-163 - Imagem de ilustração

BR-163 - Imagem de ilustração GERSON OLIVEIRA

Continue Lendo...

Ciclista, Jesus Franklin Roque, de xx anos, morreu atropelado por um carro enquanto atravessava a BR-163, próximo ao Posto Arara Azul, altura do Jardim Colúmbia, saída para Cuiabá, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, o condutor de uma SUV Toyota RAV4 trafegava pela BR-163, quando Jesus, que estava em uma bicicleta, cruzou a via e ambos colidiram. O carro atingiu em cheio a bicicleta.

Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) e ambulância da CCRMSVia foram acionados, mas, ele morreu no local antes mesmo da chegada do socorro.

Polícia Rodoviária Federal (PRF) preservou o local para o trabalho da perícia. Polícia Civil, Polícia Científica e funerária também estiveram no local para efetuar os procedimentos de praxe.

O motorista realizou o teste do bafômetro, que resultou em 0,00 mg/l (negativo). Seu veículo estava em dia, sem nenhuma restrição. Os pertences da vítima ficaram guardados com as equipes da CCRMSVia.

O caso foi registrado como “Homicídio Culposo na Direção De Veiculo Automotor” na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC-CEPOL).

Em 19 de outubro de 2024, houve outra situação trágica semelhante à esta: homem, de 26 anos, em uma bicicleta, tentou atravessar a rodovia MS-497, em Paranaíba, mas morreu atropelado. 

Ele teve traumatismo craniano severo e morreu instantaneamente. Estava acompanhado da mãe, que não foi ferida. O motorista do veículo envolvido afirmou que tentou desviar, mas não conseguiu evitar a colisão.

Em 1º de outubro de 2024, Elias Rafael Camargo, de 62 anos, morreu atropelado por uma moto enquanto pedalava na MS-419, a 12 quilômetros trevo de Nioaque e Anastácio, trecho situado a 137,4 quilômetros de Campo Grande.

Ele chegou a ser socorrido pelo CBMMS, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).