O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu nesta sexta-feira (10) aos americanos que não fiquem uns contra os outros e tenham tolerância religiosa, aludindo às controvérsias em relação ao Islã que dominam a sociedade americana nas últimas semanas com a ameaça de um pastor protestante de queimar exemplares do Alcorão, livro sagrado do Islã. "Temos que nos certificar que não comecemos a nos voltar uns contra os outros", afirmou Obama em entrevista na Casa Branca, na véspera do aniversário de nove anos dos atentados de 11 de setembro.
"E farei tudo que puder enquanto for presidente dos Estados Unidos para recordar ao povo americano que somos uma nação unida sob Deus e que podemos chamar esse Deus por diferentes nomes, mas que permanecemos uma única nação".
O presidente dos EUA, Barack Obama, dá entrevista nesta sexta-feira (10) na Casa Branca. (Foto: AP)Na entrevista, Obama também afirmou que os israelenses e palestinos "excederam as expectativas" no diálogo de paz iniciado na semana passada, uma negociação que, segundo ele, leva a riscos, mas que vale a pena.
Nesse sentido, pediu a Israel que estenda a moratória de construção de assentamentos que expira no fim desse mês, e sugeriu que os palestinos demonstrem sua vontade no diálogo de paz.
Em relação ao Afeganistão, afirmou que continuará mantendo a pressão sobre o presidente Hamid Karzai para resolver o problema da corrupção em seu país.
Obama também anunciou ter designado Austan Goolsbee como presidente do conselho de assessores econômicos da Casa Branca.
Goolsbee substituirá neste posto Christina Romer, que, em 3 de setembro, deixou suas funções para voltar a trabalhar como professora na Universidade da Califórnia.
"Austan é um amigo e um de meus conselheiros econômicos mais próximos há anos", afirmou o presidente.
"É um dos melhores economistas do país e trabalhou no conselho de assessores econômicos da Casa Branca desde que chegamos a Washington", acrescentou.
Austan Goolsbee, de 41 anos, é professor da Universidade de Chicago, foi jornalista econômico e é conselheiro econômico de Obama desde 2004.