Cidades

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Obama reafirma desejo de aproximar-se de muçulmanos

Obama reafirma desejo de aproximar-se de muçulmanos

Redação

31/05/2009 - 10h16
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        Da redação

         

O presidente norte-americano Barack Obama reafirmou hoje que a Casa Branca irá reforçar o compromisso de estreitar os laços com os países muçulmanos, "com base nos interesses e respeito mútuos", antecipando o tom de seu discurso durante viagem ao Egito na próxima semana.

A viagem de Obama começa na próxima quarta-feira, com sua chegada a Riad, capital da Arábia Saudita. Ele terá encontro com rei Abdullah para discutir inúmeros pontos, incluindo energia, paz no Oriente Médio e terrorismo.

 

Na sequência, ele parte para a Alemanha para encontrar a chanceler Angela Merkel, além de visitar o hospital militar de Landstuhl, onde se encontrará com soldados de tropas norte-americanas. Ele também conhecerá um antigo campo de concentração nazista, em Buchenwald. Obama passará pela França para reunir-se com o presidente Nicolas Sarkozy. No país, ele deve participar das atividades em comemoração ao 65º aniversário da invasão dos Aliados à Normandia, o chamado Dia D.

 

O centro das atenções na jornada de Obama será a visita à Universidade do Cairo, no Egito. Na ocasião ele fará o esperado discurso sobre as relações norte-americanas com o mundo muçulmano. Ele também terá reunião com o presidente Hosni Mubarak, além de visitar uma mesquita na cidade.

 

Este é mais um passo na tentativa de Obama de reparar as frágeis relações com os muçulmanos. "É preciso uma melhora substancial", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. Em seu discurso, Obama irá falar como os Estados Unidos e os países muçulmanos podem limitar suas diferenças. Ele deve falar sobre temas específicos, como a violência dos extremistas e o conflito entre israelenses e palestinos, assim como oportunidades de parcerias que poderá trazer benefícios tanto para americanos como muçulmanos. Em conferência por telefone, os conselheiros lembraram do histórico de alianças estratégicas entre o governo egípcio e os Estados Unidos. 

 

Com informações do Estadão

        

         

LICENCIAMENTO

Em MS, 49% de 1,8 mi de veículos estão irregulares, diz Detran

Segundo departamento de trânsito, 884,8 mil estão com licenciamento irregular, enquanto apenas 931 mil já realizaram o débito; outubro é o mês destinado ao veículos com placas de final 0

05/10/2024 14h45

884 mil veículos não estão regulares em MS

884 mil veículos não estão regulares em MS Gerson Oliveira / Arquivo

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O Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) divulgou que 48,7% dos carros, motos e caminhões do estado estão em débito em 2024 quando o assunto é o licenciamento anual. Segundo o órgão, 931.840 de 1.816.735 veículos sul-mato-grossenses estão devidamente regularizados, enquanto 884.895 estão irregulares.

Partindo para os dados específicos de cada placa, aquelas com final zero são as com a maior parcela de veículos "ilegais", 149.057 não pagos de 184.915 totais. 

Vale ressaltar que o prazo para os automóveis com placas de final zero pagarem o licenciamento anual iniciou na última terça-feira (1º) e segue por todo o mês de abril, com valor de R$ 222,23 para quem fizer o pagamento dentro do prazo, enquanto o pagamento com atraso é de 288,59. Após pagar o licenciamento, os proprietários devem emitir um novo Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV).

Em seguida, estão os proprietários de veículos com placas de final 9, com 103.005 não pagos de 182.623 totais, que deveriam ter sido regularizados no mês de setembro. Confira a tabela completa enviada pelo Detran-MS a reportagem do Correio do Estado:

884 mil veículos não estão regulares em MS
Veículos com licenciamento regular e irregular em MS - Fonte: Detran-MS

Inadimplentes e notificações passadas

Em junho deste ano, o Correio do Estado reportou que 55% dos veículos (naquela época apenas com placas com final 1, 2 ou 3) estavam em débito com o estado. Segundo o Detran-MS, um total de 107.109 não haviam pago o licenciamento na capital e outros 186.434 deixaram de pagar nas cidades do interior.

Em suma, 293.543 mil veículos com placas terminadas em 1, 2 e 3 estavam com o licenciamento irregular, de um total de 540.441 mil, ou seja, aproximadamente 55% inadimplentes. Juntos, eles deviam cerca de R$ 83,5 milhões ao Detran.

Em janeiro, uma notificação inicial já tinha sido enviada pelo órgão, referentes aos anos de 2018 a 2022, que soma uma dívida de R$ 416 milhões, sem considerar as inadimplências do ano passado.

Nesta primeira carta enviada aos proprietários de área urbana com três ou mais anos de atraso, 205,2 mil foram notificados e orientados para o pagamento da dívida até dia 29 de fevereiro. Porém, apenas 3% desses milhares regularizaram total ou parcialmente.

Em março, antes de começar novamente o processo anual de licenciamento, o Detran-MS notificou novamente os proprietários com atraso no pagamento, cerca de 216 mil donos de veículos, desta vez incluindo os proprietários localizados em endereço de área rural. Cada dívida chegou ao valor de R$ 854,10 reais.

Licenciamento de veículos

O licenciamento é um procedimento anual e obrigatório que autoriza o veículo a circular pelas vias, atestando que o automóvel encontra-se em conformidade com as normas de segurança e ambiental para o setor automotivo.

Detran alerta para que cada proprietário se atente ao prazo de pagamento para sua placa, pois trafegar com o veículo não licenciado é uma infração gravíssima, com aplicação de multa de R$ 293,47 e 7 pontos na carteira nacional de habilitação (CNH), além da medida administrativa de remoção do veículo ao pátio.

Para este ano, foi anunciado um novo procedimento para o pagamento dos débitos. Agora, todas as situações com licenciamento irregular serão enviadas à PGE, a fim da inclusão na dívida ativa.

Pagamento

Para efetuar o pagamento, o proprietário do veículo pode imprimir a guia no site do Detran-MS, sem a necessidade de se deslocar até uma agência. 

A taxa de licenciamento pode ser paga pelo autoatendimento, no portal de serviços Meu Detran ou pelo aplicativo Detran MS. Ou o cidadão pode buscar atendimento presencial em uma agência do Detran-MS.

Quem realiza o pagamento em dia pode parcelar no cartão de crédito em até 12 vezes, com a regularização imediata da situação do veículo.

Com a quitação do licenciamento, proprietário pode emitir o Certificado de Registro Veicular (CRV) e o Certificado de Registro de Licenciamento de Veículos (CRLV).

O porte do CRLV é obrigatório e deverá ser apresentado à autoridade de trânsito sempre que solicitado, seja o documento físico impresso ou digital por meio da CDT (Carteira Digital de Trânsito).

Motorista que não efetuar o pagamento e for flagrado com veículo não licenciado comete infração gravíssima.

O Detran-MS alerta que, neste ano, iniciou o processo de cobrança dos débitos de licenciamento pendentes. Os débitos não regularizados foram enviados à Procuradoria Geral do Estado (PGE) para inclusão em dívida ativa.

A medida atende uma orientação da Controladoria Geral do Estado (CGE) que identificou um alto índice de inadimplência no pagamento das taxas anuais nos últimos 5 anos. 

*Colaborou Alanis Netto, Glaucea Vaccari e Neri Kaspary

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Projeto Comprova

Não há evidências de que o governo tenha 'lista secreta' de estados onde pode ocorrer chuva preta

Postagem diz que o governo brasileiro tem uma lista secreta de estados que podem registrar a chamada chuva preta, no entanto, os dados são públicos, e não há evidências da existência dessa lista

05/10/2024 13h00

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Enganoso

Não há evidências de que o governo tenha uma “lista secreta” de estados brasileiros que podem registrar a chamada chuva preta. Ao Comprova, um meteorologista explicou que dados de monitoramento de eventos climáticos são públicos, portanto qualquer pessoa pode ter acesso. A conta que compartilhou a publicação se descreve como uma página de “histórias reais e fictícias de puro entretenimento”.

Conteúdo investigadoVídeos publicados no TikTok que apontam a existência de uma suposta lista secreta em que o governo compila os estados que devem registrar chuva preta. Em uma das gravações, sobreposto às imagens, um texto diz: “Alerta urgente. Assista antes que o vídeo seja retirado pelo governo”. Na outra filmagem, o post diz: “Alerta urgente. Chuva preta decreta estados de emergência”.

Onde foi publicado: TikTok.

Conclusão do Comprova: Não há evidências de que o governo tenha uma “lista secreta” com os estados propensos a registrar a chamada chuva preta, fenômeno que atingiu alguns municípios brasileiros entre agosto e setembro em decorrência das queimadas. Em entrevista ao Comprova, o meteorologista da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Lucas Fumagalli, explicou que os dados para identificação do fenômeno são públicos e, por essa razão, não faz sentido falar em lista secreta. Segundo o especialista, os dados são observados em tempo real, disponibilizados de forma gratuita e estão à disposição de “todos aqueles que consigam interpretar as imagens”.

“Por exemplo, estou observando nesse momento as imagens de satélite. Estou vendo uma grande pluma de fumaça entre a Bolívia, Paraguai, Mato Grosso do Sul, Paraná, e uma frente fria avançando sobre essa região com fumaça. O que provavelmente poderia acontecer nessa situação? A ocorrência de um fenômeno deste tipo. Então, essas informações não são privadas ou confidenciais do governo. Elas são informações públicas, geralmente divulgadas a partir de satélites, que também não são satélites brasileiros, são estrangeiros”, pontuou Fumagalli.

O satélite referenciado pelo meteorologista é o geoestacionário GOES-16, de fabricação americana, que fornece dados publicamente. “As informações estão prontamente disponíveis. Por esse motivo, acredito que não faz sentido pensar em uma lista secreta de estados ou municípios que poderiam ser afetados pela chuva preta”, complementa.

Questionado, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) destacou que “a chuva preta pode ter ocorrido em diversas localidades, especialmente nas áreas onde havia fumaça”, mas não comentou sobre a questão da “lista secreta”.

Mesmo dizendo que a lista era secreta e estava sendo protegida pelo governo, o autor da publicação menciona os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

A meteorologista Rafaela Gomes, que também atua na Funceme, explicou que os estados mencionados pelo conteúdo estão inseridos em regiões que possuem alto índice de incêndios florestais, acarretando em uma quantidade mais densa de queimadas e, portanto, mais suscetíveis ao fenômeno.

“Nessas regiões do Brasil, tanto Norte quanto essa parte Centro-Oeste e Sudeste, houve um grande número de queimadas este ano. Essas queimadas, especialmente entre agosto e setembro, fizeram com que aumentasse a quantidade de poluentes na atmosfera, e com o fenômeno das chuvas que ocorre nesta época do ano, acaba que, quando chove, tem essa mistura entre a poluição e a gotícula de água”, afirmou Rafaela.

O perfil alvo da checagem menciona outras alegações sem qualquer evidência, como a de que escolas estavam sendo fechadas devido ao fenômeno, que alguns estados decretaram emergência por causa da chuva preta e que o problema também estava sendo enfrentado em Portugal, país em que “o dia virou noite”. No entanto, os decretos de emergência (Pará e RondôniaSão PauloMato GrossoEspírito Santo) foram motivados pelas condições climáticas, como altas temperaturas, tempo seco e incêndios florestais, e não pela chuva preta. Também não foram encontrados registros de que o fenômeno tenha ocorrido em Portugal. Além disso, as publicações faziam menção a meteorologistas fictícios, que não foram encontrados pelo Comprova.

Outra alegação do vídeo é de que a chuva preta estaria deixando os bombeiros “sem saber o que fazer”. Na verdade, as equipes se mobilizaram para combater incêndios florestais, que causam destruição de biomas, deixam o ar carregado de fumaça e podem facilitar o acontecimento do fenômeno. Especialistas explicam (veja mais abaixo) que a chuva preta em si não tem potencial para tamanha destruição: ela nada mais é do que a junção das gotículas de chuva com partículas de fuligem da fumaça causada pelas queimadas, que deixam a água ‘suja’ e em tom escuro. No mais, o aviso de chuva preta se deve ao fato de que não é recomendada a exposição a essas gotículas, justamente por estarem carregadas de poluentes.

O Comprova entrou em contato com o autor da postagem, que não retornou às mensagens.

Enganoso, para o Comprova, é o conteúdo retirado do contexto original e usado em outro de modo que seu significado sofra alterações; que usa dados imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.

Alcance da publicação: O Comprova investiga os conteúdos suspeitos com maior alcance nas redes sociais. Até 3 de outubro, um dos vídeos tinha mais de 944 mil visualizações e 45 mil curtidas. Já o outro, alcançou 5.3 milhões de visualizações e mais de 96 mil curtidas.

Fontes que consultamos: Inmet, Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e meteorologistas.

Entenda o que é a chuva preta

Segundo o meteorologista Lucas Fumagalli, da Funceme, a chuva preta nada mais é do que a junção das gotículas de chuva com partículas de fuligem da fumaça causada pelas queimadas, que deixam a água “suja” e em tom escuro.

“Quando a chuva ocorrer, ela vai levar também todo esse material particular do que está presente na atmosfera em direção à superfície da terra. E é por isso que se observa, então, essa chuva preta, porque ela está carregando não só o vapor da água que estava presente na atmosfera, mas também por todo o material particular que estava presente”, comentou Fumagalli.

O alerta de chuva preta se deve ao fato de que não é recomendada a exposição a essas gotículas, justamente por estarem carregadas de poluentes, como explicou o meteorologista Natálio Abrahão em entrevista concedida ao Correio do Estado, jornal de Mato Grosso do Sul, um dos estados onde foi registrado o fenômeno em setembro.

“É sempre importante não expor, tanto pessoas quanto animais, às chuvas que ocorrem depois de longos períodos de estiagem”, pontuou.

No mês de setembro, a chuva preta foi registrada em quatro municípios de Mato Grosso do Sul, o que havia sido antecipado pela meteorologia. Cidades do Oeste e do Sudoeste e do Paraná, assim como Santa Catarina e São Paulo também registraram o fenômeno, o que foi igualmente alertado pela meteorologia.

Quem emite os alertas

O meteorologista Fumagalli explicou que os alertas são emitidos tanto pelo Inmet e por órgãos estaduais, como por empresas privadas de meteorologia. Ele aponta que nem a iniciativa pública nem a privada tendem a fazer uso de listas secretas sobre onde o fenômeno irá ocorrer.

“O meteorologista se encarrega de interpretar todas essas informações e, no caso do Instituto Nacional de Meteorologia, aplicar os avisos quando forem pertinentes. Mas eu acredito que, relativo à chuva preta, esse tipo de previsão não é feita. Foi constatado que houve esse tipo de precipitação, porque se tinha uma grande quantidade de fuligem na atmosfera, devido à quantidade muito recorde de queimadas, e essa chuva preta foi coletada por observadores e, em geral, a própria sociedade”, ponderou.

Por meio de uma nota enviada ao Comprova, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) reforçou que os alertas meteorológicos são emitidos para as defesas civis municipais e estaduais, pelo Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), com base nas previsões do Inmet, do Ministério da Agricultura e Pecuária, e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Por que o Comprova investigou essa publicação: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984.

Outras checagens sobre o tema: Questões envolvendo crise climática são frequentemente checadas pelo Comprova. Verificamos, por exemplo, que não há evidências de que MST tenha ameaçado “incendiar o agro” antes das queimadas recentes e que um vídeo foi tirado de contexto para dizer que brigadistas estariam causando incêndio no Pantanal. Além disso, explicamos que o decreto no Pará é de emergência climática, e não lockdown.

 

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