Cidades

CIGARRO ELETRÔNICO

Operação da Polícia Civil apreende 3 mil cigarros eletrônicos na capital

Equipes policiais cumpriram mandados de busca e apreensão nos bairros Jardim Bela Vista, Amambai e em tabacarias dos bairros Tiradentes e Vila Progresso; Venda do dispositivo é proibida pela Anvisa desde 2009

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Em uma ação coordenada para combater a venda de cigarros eletrônicos em Campo Grande (MS), a Polícia Civil apreendeu na última quarta-feira (27) mais de três mil dispositivos de fumo vendidos ilegalmente na capital.

A ação, realizada em conjunto com a Delegacia Especializada de Proteção ao Consumidor (DECON) e a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), teve como alvo pontos de vendas identificados em quatro pontos da cidade, nos bairros Jardim Bela Vista e Amambai, e em tabacarias dos bairros Tiradentes e Vila Progresso

Além da apreensão dos famosos “pods”, popularmente conhecidos como cigarros eletrônicos, cinco homens e uma mulher foram presos em flagrante pelo crime de contrabando e conduzidos à DECON.

Foto: Divulgação

Ao todo, a polícia apreendeu 730 acessórios para cigarros eletrônicos, 520 frascos de “juice” (uma essência realizada para preencher os vaporizadores), 239 fumos saborizados e 65 caixas de papel de seda importados sem as devidas informações legais. 

Segundo o PROCON/MS, a Vigilância Sanitária Estadual e a ANVISA estimam que a operação resultou na retirada de circulação de produtos no valor de meio milhão de reais.

Estado do “Pod”

Segundo a  pesquisa divulgada pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), que analisou dados de 2018 a 2023 com pessoas de 18 a 54 anos, o Mato Grosso do Sul é o segundo Estado do país com maior número de consumidores de cigarro eletrônico.  Conforme a pesquisa, cerca de 4% da população analisada (aproximadamente 31 mil pessoas) consomem o produto.

Além do consumo exagerado, MS é o vice-campeão no ranking nacional de apreensões, ficando atrás, novamente, apenas do Estado do Paraná. Em 2023, foram 363.911 registros de cigarros confiscados no Estado. Já no Paraná, líder das apreensões, foram 618.889 registros.

De acordo com a Receita Federal, as apreensões vêm crescendo em todo o Brasil desde o ano de 2019. Entre 2022 e 2023, houve um aumento de 25% dos confiscos no Estado. Em todo o país, foram 1.094.622 unidades apreendidas em 2022 contra 1.367.719 em 2023.

Venda proibida

No Brasil, a legislação proíbe a fabricação, importação, exportação e comercialização de alguns tipos de cigarro, dentre eles os famosos vapes e demais dispositivos eletrônicos para fumar.

A proibição dos cigarros eletrônicos (ou dispositivos eletrônicos para fumar) pela Anvisa começou em 2009 e se mantém até hoje.

A Resolução da Diretoria Colegiada RDC n° 855/2024 além de proibir a comercialização, importação, o armazenamento, o transporte e a propaganda dos DEF, reforça a proibição de seu uso em recintos coletivos fechados, público ou privado. 

O motivo alegado pela Anvisa foi a "falta de evidências científicas suficientes sobre a segurança e a eficácia desses dispositivos para cessação do tabagismo, além de preocupações com potenciais riscos à saúde, já que muitas dessas substâncias continham nicotina e outros aditivos prejudiciais".

O que são PODS?

 Pod é um dispositivo eletrônico portátil que vaporiza um líquido aromatizado, oferecendo uma experiência similar ao cigarro, mas com algumas diferenças em termos de tamanho, complexidade e regulamentação.

No entanto, apesar da aparência inofensiva, pods contêm nicotina e outras substâncias que podem causar dependência e prejudicar a saúde.

Por que os cigarros eletrônicos são proibidos enquanto os tradicionais são permitidos no Brasil?
 

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TRÂNSITO

Queda no custo da CNH deve reduzir desabilitados, diz Detran

Desde 2021, quase 70 mil já foram flagrados dirigindo sem o documento no Estado, um dos maiores motivos para as mudanças, segundo o governo federal

12/12/2025 08h40

Oficializada na terça-feira pelo governo federal, a CNH do Brasil alterou muitas regras para tirar a carteira de habilitação que eram de conhecimento popular há mais de duas décadas

Oficializada na terça-feira pelo governo federal, a CNH do Brasil alterou muitas regras para tirar a carteira de habilitação que eram de conhecimento popular há mais de duas décadas Gerson Oliveira

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Com a queda de cerca de 80% nos custos para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o número de motoristas sem o documento circulando pelas ruas e as rodovias de Mato Grosso do Sul deve diminuir consideravelmente, segundo o diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS), Rudel Trindade.

Oficializada na terça-feira pelo governo federal, a CNH do Brasil alterou muitas regras para tirar a carteira de habilitação que eram de conhecimento popular há mais de duas décadas.

Entre as principais justificativas para a mudança na legislação está o número de condutores flagrados sem o documento e a quantidade de pessoas aptas a terem a CNH que não conseguem em razão do alto preço do processo, que conta com exames, taxas e provas.

De acordo com o portal de estatísticas do Detran-MS, de 2021 até agora, foram identificados 68.328 motoristas dirigindo sem CNH no Estado, sendo 23.017 somente em Campo Grande.

A cerca de 20 dias para a virada do ano, já foram registrados 15.339 motoristas sem CNH (5.856 na Capital), dados semelhantes aos do ano passado, com 16.718 motoristas em Mato Grosso do Sul e 5.816 na Capital.

Oficializada na terça-feira pelo governo federal, a CNH do Brasil alterou muitas regras para tirar a carteira de habilitação que eram de conhecimento popular há mais de duas décadas

Analisando esses números, Rudel Trindade comenta que a nova legislação trará um impacto positivo.

“Eu acho que isso [as mudanças] vai favorecer muita gente. A gente tem acompanhado principalmente a questão dos motociclistas. A grande maioria dos motociclistas que se acidentam fatalmente não tem CNH. Esse fato de o cidadão não ter CNH por conta de custo e burocracia é injusto. Então, acho que isso vai beneficiar”, disse.

Um dos maiores pontos de debate entre os especialistas é se a obtenção mais facilitada do documento não vai aumentar o número de motoristas despreparados para enfrentar o trânsito e, consequentemente, a quantidade de acidentes.

Para o diretor-presidente do Detran-MS, essa não é uma preocupação, já que os órgãos pretendem manter ou até aumentar o rigor nas provas teóricas e práticas.

“Nós já temos 20 milhões de não habilitados transitando no Brasil. Então, o que a gente tem que fazer é trazer esses 20 milhões para a legalidade. Quando o condutor está documentado, ele tem uma postura melhor. O exame teórico vai continuar e vai ser mais rígido ainda. Depois, é importante que a gente tenha um exame prático rigoroso, como a gente sempre teve. Se ele [candidato] não souber dirigir, aqui no Detran não vai passar”, afirma Rudel Trindade.

Acerca do tempo de implementação de todas as alterações, Trindade pede paciência à população, mas afirma que o objetivo é que o Detran-MS seja um dos primeiros departamentos estaduais de trânsito do Brasil a realizar todas as mudanças previstas e necessárias da CNH do Brasil.

“Eu acho que em 60 dias, no máximo, a gente tem capacidade para estar com tudo em ordem. Com certeza nós vamos ser os primeiros a implementar todas essas ações”, reforça.

Em nota publicada nesta quarta-feira, o Detran-MS descreveu a nova resolução como “a maior atualização dos processos de formação, habilitação e renovação da CNH dos últimos anos” e acrescentou que, por serem mudanças complexas, “impactam sistemas, fluxos internos, normas e rotinas operacionais”.

MODERNIDADE

Outra mudança prevista na nova legislação é a retirada da obrigatoriedade de o motorista ter a CNH física, podendo ela ser armazenada digitalmente, por meio de um aplicativo.

Para as emissões do documento físico, o Detran-MS mantém contrato com uma empresa, responsável por essa função. Agora, com a digitalização da carta, o contrato será revisto.

Oficializada na terça-feira pelo governo federal, a CNH do Brasil alterou muitas regras para tirar a carteira de habilitação que eram de conhecimento popular há mais de duas décadasExame para obtenção de CNH deve continuar rígido, segundo diretor-presidente do Detran-MS - Foto: Gerson Oliveira

“Ontem [quarta-feira] conversei com a empresa. Falei: ‘Já comecem a rever o contrato, porque, quando ele for digital, eu não vou pagar a impressão’. A grande maioria dos condutores quer a digital. Eu tenho milhares de CNHs aqui no Detran que o cidadão fez a CNH, fez todo o processo e não veio retirar porque baixou a digital automática”, explica o diretor-presidente do Detran-MS.

MUDANÇAS

As novas medidas anunciadas pelo governo federal tornam o documento mais barato e acessível, cortando até 80% dos custos do processo para tirar a carteira. Uma das novas determinações é a retirada da obrigatoriedade da autoescola, o que levantou debates entre especialistas de trânsito.

Além disso, as aulas teóricas serão gratuitas e disponibilizadas pelo Ministério dos Transportes. Sobre as aulas para a prova prática, serão 2 horas-aula – antes eram 20 horas-aula –, e candidato vai ter o poder de escolher entre autoescolas tradicionais, instrutores autônomos credenciados ou preparações personalizadas.

A União também editou uma medida provisória (MP) que beneficia motoristas que não cometem infrações, tirando a necessidade de pagar taxas de renovação do documento. Portanto, a renovação agora será feita automaticamente e sem custos.

Em Mato Grosso do Sul, a retirada da obrigatoriedade para pagamento das taxas de renovação significa uma economia de quase R$ 380 para o condutor sem atividade remunerada e de cerca de R$ 576 para os que a exercem.

Esses valores eram pagos ao Detran-MS. Segundo Rudel Trindade, ontem 100 motoristas já poderiam ter sido beneficiados por essa medida, porém, ainda estão sendo feitas adequações na legislação de MS para conseguir contemplar essas pessoas.

*SAIBA

Em pesquisa recente realizada pelo governo federal, Mato Grosso do Sul apresentou a segunda CNH mais cara do País, custando cerca de R$ 3.525,00 para as categorias A e B (carro e moto), atrás apenas da CNH do Rio Grande do Sul, que custa cerca de R$ 4,4 mil.

Também foi constatado que o sul-mato-grossense que ganha a renda per capita do Estado (R$ 2.169) demoraria 5,42 meses para pagar o documento, caso comprometesse 30% da renda mensal (R$ 650,70).

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Campo grande

Atropelamento de animal volta a provocar acidente grave no anel viário

Tatiane Gonçalves Medeiros, de 33 anos, morreu atropelada por caminhão após atingir uma capivara na BR-262

12/12/2025 08h25

Capivara foi lançada para o canteiro da pista e também morreu

Capivara foi lançada para o canteiro da pista e também morreu MARCELO VICTOR

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Tatiane Gonçalves Medeiros, de 33 anos, morreu em acidente de moto, na noite desta quinta-feira (11), no KM-352 da BR-262, nas proximidades do Posto Taurus, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, Tatiane trafegava de moto pela BR-262, quando colidiu contra uma capivara, que invadiu a pista repentinamente.

Após a colisão, a vítima se desequilibrou e caiu no asfalto. Em seguida, foi atropelada por um caminhão que vinha logo atrás e morreu na hora.

Capivara foi lançada para o canteiro da pista e também morreuCapacete de Tatiane, após o acidente. Foto: Marcelo Victor

O condutor não teria conseguido frear a tempo, passando com o caminhão sobre a motocicleta e sobre Tatiane, que veio a óbito no local. Ele foi submetido ao teste do bafômetro, que deu negativo.

Com o impacto, a capivara foi lançada para o canteiro da pista e também morreu.

Após o acidente, a motocicleta deslocou-se lateralmente e atingiu a lateral esquerda (lado do motorista) do caminhão da Solurb, que trafegava no sentido contrário.

Polícia Rodoviária Federal (PRF), Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), Polícia Civil, Polícia Científica e funerária estiveram no local para isolar a área, socorrer os envolvidos, recolher os vestígios do acidente, realizar a perícia e retirar o corpo, respectivamente.

Em 12 de junho de 2024, uma carreta tombou no anel viário após atropelar um tamanduá. O motorista, de 40 anos, não teve ferimentos graves e foi encaminhado ao hospital para atendimento médico.

Ambos acidentes aconteceram em uma rodovia em que há vegetação nativa no entorno, o que propicia o aparecimento de animais.

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