Cidades

FEMINICÍDIO

Pai pede que filha minta sobre 'brincadeira' que matou Lucilene

Preso escondido na casa do primo, Claudinei foi indiciado pelo crime autônomo de feminicídio, já enquadrado na nova lei com penas mais rigorosas

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Enquadrado já na nova lei de feminicídio - que prevê pena de até 40 anos de reclusão por matar uma mulher -, Claudinei, que confessou ter baleado a companheira, chegou a pedir que filha do casal mentisse em depoimento sobre a morte de Lucilene Freitas dos Santos. 

Informação repassada pelas delegadas da 1ª Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), em coletiva na manhã de hoje (14) apontam que o crime aconteceu enquanto a filha do casal estava na casa. 

Importante frisar que, pela atualização de legislação publicada no último dia 10 em Diário Oficial da União, o indivíduo que a partir de então for enquadrado pelo crime de feminicídio fica sujeito a uma pena aumentada que varia entre 20 até 40 anos de reclusão. 

Segundo a delegada Analu Lacerda Ferraz, Claudinei foi indiciado e já incorre no art.121 como crime autônomo de feminicídio, praticado inclusive na presença de menor de idade. 

Em escuta especializada, a filha do casal, de apenas 12 anos, estava bastante emocionada e, inicialmente, relatou que as coisas se deram como uma brincadeira do pai com a arma; com a mãe passando na frente e o armamento disparando na hora. 

Analu esclarece que essa coleta de informações não se dá em depoimento comum, com a oitiva da menor se estendendo por bastante tempo justamente pelo padrão emocional demonstrado pela adolescente. 

"Eu falei assim, mas você sabe quando e como é uma brincadeira e ela falou: não foi o meu pai que pediu para eu dizer isso. Então, assim, para a gente não tem dúvida de que ele quis e matou. Não foi brincadeira ou sem querer, até porque ninguém pegar uma arma de fogo e fica brincando na cabeça de outra pessoa", complementa a delegada. 

Diante disso, com a filha relatando que a afirmação de "disparo acidental" foi um pedido do próprio pai antes de sair de casa, as delegadas levantaram dúvidas sobre as poucas informações repassadas pelo acusado em depoimento. 

Relembre

Como bem acompanha o Correio do Estado sobre esse primeiro feminicídio de MS já enquadrado na legislação com novas penas, Lucilene chegou a ser levada para a Santa Casa, porém, após entrada no Centro de Terapia Intensiva (CTI), não resistiu aos ferimentos e faleceu na unidade na manhã de sexta (11)  

Acusado pelo crime, Claudinei foi localizado e preso na manhã de domingo (13), em ação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Mato Grosso do Sul (Ficco/MS) e Batalhão de Choque, no bairro Estrela Dalva, em Campo Grande.

Cabe apontar que, escondido na casa do primo após matar a própria esposa, Claudinei não foi longe para fugir da polícia. 

Isso porque, considerando a localização dos bairros, de onde o crime foi cometido e o local em que o indivíduo, as localidades ficam inclusive na mesma região de Campo Grande. 

Sendo ambos na região noroeste da Capital, com o crime acontecendo Jardim Presidente e o indivíduo se escondendo no Estrela Dalva, Claudinei atravessou basicamente a Avenida Coronel Antonino para buscar refúgio do crime, já que os bairros ficam no máximo 6 km de distância um do outro.

Além de confessar ser o executor de Lucilene, o acusado acumula passagens por alguns outros crimes, como furto e também tráfico de drogas. 

Enquanto o primo citado, que agora responderá por ocultar o acusado de feminicídio, também acumula registros de passagens criminais por atos mais violentos que os antecedentes já citados. 

Além de fornecer a casa, o primo registra passagens por: 

  • Homicídio,
  • Tentativa de Homicídio,
  • Violência Doméstica,
  • Agressão

Apesar de ter confessado o crime ao Batalhão de Choque durante sua prisão, em depoimento na Deam o acusado se valeu do direito de se manter em silêncio, não aproveitando da presença das autoridades para dar sua versão dos fatos. 

"Isso que ele confessou, nada resolve para fins de condenação, todavia a investigação trouxe elementos de depoimento especial da criança, dizendo que o pai pediu que ele mentisse falando que era uma brincadeira, além de vizinhos e parentes que serão ouvidos, como o preso pelo favorecimento", conclui a titular Elaine Cristina Ishiki Benicasa.

 

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ABASTECIMENTO

Rompimento de tubulação leva lama às casas do Rita Vieira, em Campo Grande

Moradores registraram uma água de coloração marrom saindo das torneiras; Rede de fornecimento de água informou que a tubulação foi danificada por terceiros

24/11/2024 17h30

Em algumas partes do bairro, moradores também sofreram com falta de água.

Em algumas partes do bairro, moradores também sofreram com falta de água. Foto: Arquivo

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Um vazamento em uma tubulação de água deixou diversos moradores do bairro Rita Vieira sem água potável neste fim de semana em Campo Grande (MS). Segundo registros, a água no encanamento das casas chegou a sair com coloração marrom devido à presença de terra. 

Conforme Alexandre Cavalcanti, um dos moradores afetados pelo problema na tubulação, a água estava “parecendo a do Rio Aquidauana”, com coloração escura e presença de terra. De acordo com o morador, um filtro de água da casa acabou entupindo com o barro e a caixa d'água da casa ficou suja.

Em outro caso, Aparecida Yamaciro, também moradora do bairro, relatou que percebeu a coloração estranha ainda pela manhã deste domingo (24), enquanto regava as plantas da casa. Apesar do susto, afirmou não ter sofrido grandes danos. 

“Só percebi que algo estava acontecendo quando fui molhar as plantas hoje de manhã. A água saiu da mangueira bem turva. Felizmente, a minha caixa d’água estava cheia e o dano foi bem menor”, explicou. 

De acordo com a Águas Guariroba, concessionária responsável pelo fornecimento de água na cidade, o problema foi causado devido a uma quebra na tubulação, causada por terceiros. A concessionária também informou que o fornecimento será normalizado até o fim da tarde deste domingo. 

Confira:

“Águas Guariroba informa que neste sábado uma tubulação da rede de água da região do Rita Vieira foi danificada por terceiros. Com isso, a água da região apresentou coloração. Ainda na noite de sábado as equipes da concessionária realizaram o reparo da rede de abastecimento.

Neste domingo, a concessionária está na região realizando "descargas" na rede, para que a água com coloração seja descartada.

A Águas Guariroba agradece a compreensão dos moradores da região e reforça que qualquer ocorrência que necessite de intervenção da empresa deve ser registrada nos canais oficiais: 0800 642 0115 (SAC e WhatsApp), site www.aguasguariroba.com.br e aplicativo Águas.”

Abastecimento

Em outro episódio recente, em outubro, moradores de algumas regiões de Campo Grande tiveram lidar com a falta de água. Em alguns locais, moradores relataram  sofrer com o desabastecimento desde o fim de agosto.

Na época, a concessionária Águas Guariroba informou, em nota, que uma oscilação de energia elétrica afetou o abastecimento de água na Capital.

"Diante do tempo que o sistema de abastecimento da concessionária de água leva para retomar a distribuição, pode ocorrer baixa pressão[...]. É recomendado que os moradores pratiquem consumo consciente", explicou a concessionária.

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SEGURANÇA

Policia Penal de MS transfere 29 detentos em operação contra comunicação ilícita

A ação ocorre em todo o âmbito nacional com objetivo de realizar revistas minuciosas nos pavilhões e celas das cadeias

24/11/2024 17h00

Segundo a Sejusp, 210 policiais penais fizeram a vistoria de 32 celas para combater a comunicação ilícita nos presídios

Segundo a Sejusp, 210 policiais penais fizeram a vistoria de 32 celas para combater a comunicação ilícita nos presídios Foto: Divulgação / Comunicação Agepen

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Durante a Operação Mute, a Policia Penal de Mato Grosso do Sul transferiu 29 detentos com objetivo de desarticular organizações criminosas atuantes dentro dos presídios impedindo a comunicação ilícita entre os envolvidos.

A ação ocorreu durante a 6ª fase da operação, que está sendo feita em âmbito nacional coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Em Mato Grosso do Sul, a operação, realizada ao longo de três dias, concentrou esforços em quatro unidades prisionais de Campo Grande: o Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho” (Máxima), o Instituto Penal de Campo Grande, o Presídio de Trânsito e o Centro Penal Agroindustrial da Gameleira.

Segundo a Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), 210 policiais penais estiveram envolvidos em MS, vistoriando 32 celas e resultando nesta transferência de 29 internos para outras unidades.

De forma simultânea em todo o país, as equipes conduziram revistas minuciosas nos pavilhões e celas, com foco na localização de aparelhos celulares e outros meios utilizados por organizações criminosas para planejar e executar crimes além das muralhas dos presídios.

No estado, as ações foram coordenadas pela Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp) e pela Diretoria de Operações da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), com participação de operacionais do Comando de Operações Penitenciárias (Cope) e supervisão de um representante da Senappen.

Realizada em 27 estados e no Distrito Federal, a operação tem como principal objetivo desarticular organizações criminosas atuantes dentro dos presídios e, com isso, reduzir os índices de violência no país.

OCORRÊNCIA

Tentativa de infiltrar celular em presídio falha, e Policia Militar apreende drone e aparelho celular que seria lançado pelo equipamento para dentro do Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), localizado no bairro Noroeste, no mês de setembro.

De acordo com as informações da Policia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), a guarnição do 9º Batalhão da Policia Militar foi acionada para apreender um drone e um celular, na estacão de tratamento de águas, localizado na BR 262.

O equipamento estaria sobrevoando a região em direção ao estabelecimento prisional do Instituto Penal de Campo Grande, quando devido a uma falha técnica, o drone que carregava o celular caiu nas proximidades do presídio.

Depois da Policia Penal interceptar em flagrante, no mês de maio,  um drone com baterias e fone de ouvido para celulares, que sobrevoava o Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) começou a se empenhar no combate ao uso de aparelhos celulares por detentos nas unidades prisionais do Estado.

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