Cidades

VILÕES OU ALIADOS?

Para lidar com o provão do Enem, lanches nada saudáveis são 'queridinhos' em Campo Grande.

Entre chocolates, batatas e refrigerantes, alimentos que fornecem energia aparecem como queridinhos para aturar as cinco horas de prova

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Ainda que o segundo dia de Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tenha 30 minutos a menos de duração prevista, o "provão" que é decisivo para o futuro de muitos ainda é encarado como desafio, onde vale inclusive "apelar" para lanches pouco saudáveis para aguentar as cerca de cinco horas da avaliação. 

Com candidatos considerando ainda o segundo dia do Enem como o "mais difícil", como bem acompanhou o Correio do Estado, seja para treineiros ou os que já estão no popular "terceirão", o cardápio para o dia de provas varia entre os que levam poucos itens e aqueles que "fazem a feira" para aguentar as cinco horas de prova. 

Potes com bolachas avulsas; pacotes de guloseimas; refrigerantes e o chocolate aparecem como os itens mais vistos na mão dos alunos, com candidatos repetindo o "cardápio", de olho inclusive no que fez falta durante o primeiro dia de provas.

Vale lembrar que, o topo dos alimentos adequados para os dias de prova no Enem traz na lista as famosas barras de cereal, como tratado pelo Correio do Estado, sendo que o candidato deve priorizar por alimentos práticos, leves e saudáveis para os dois dias de avaliação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o que não foi observado em Campo Grande. 

"Nossa, eu levei bastante doce, muito mesmo, só que eu esqueci minha água, então foi um pouco ruim", comenta Sabrina Franco. 

Aos 17 anos, a aluna do terceiro ano da Escola Estadual Profª Zélia Quevedo Chaves explica que a falta de água não chegou a atrapalhar seu desempenho na prova, levantando cerca de duas vezes apenas para ir ao banheiro, apontando a guloseima como aliada na prova. 

"O docinho ajudou, deu mesmo uma acordadinha mesmo o chocolate no primeiro dia e vou repetir a dose hoje", expõe Sabrina. 

Em busca de uma vaga para cursar medicina, ela revela que a preparação para o Enem 2024 foi boa, mas não suficiente para o curso desejado. 

"confio no meu potencial de uma nota boa, talvez não o suficiente, mas uma nota... honesta. No primeiro dia comecei pelo rascunho, depois passei a limpo nos 30 minutos finais e fui fazendo a prova durante. Fazia 15 e passava para o gabarito, as que eu não sabia não perdia muito tempo, lia e marcava o que achava que era", complementa ela. 

'Nada saudáveis'

Junto de Sabrina, Rafaela Correa, que busca cursar biomedicina também revelou seu cardápio ideal: as populares batatinhas, o que ela disse ajudar durante o primeiro dia e, por isso, vai repetir a dose. 

Isadora Marques Pacheco, de 17 anos, é aluna do terceiro ano do colégio Hércules Maymone, diz que matemática não é sua área, mas, mirando cursar biologia - com o 2º dia trazendo 90 questões de múltipla escolha, 45 de química, física e biologia, e 45 de matemática -, ressalta que consegue lidar melhor com a parte teórica dessas ciências naturais.

Porém, Isadora foi vítima da ansiedade e revela que, trazendo uma mochila cheia de guloseimas e outros lanches, para o primeiro dia de provas, acabou comendo o restante do investimento em lanches durante a semana e para este domingo (10) trouxe apenas a garrafa d'água. 

Entre as candidatas focadas no lanche para o Enem, cabe menção honrosa à treineira Sarah Silvestre, de 18 anos, que para o segundo dia de provas do Enem, neste domingo (10), até trouxe uma mochila carregada de guloseimas, porém, acabou esquecendo o documento. 

"O que tem de comida nessa mochila é brincadeira, comprei tudo o que vi pela frente. Trouxe pão; esquine; energético; chipa... a padaria inteira", brinca ela. 

Percebendo a falta do documento pessoal instantes antes do fechamento, a também aluna do Hércules Maymone que busca cursar educação física com o intuito de se tornar personal desistiu de concluir o segundo dia de provas.

 

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Previsão do tempo

Confira a previsão do tempo para hoje (28) em Campo Grande e demais regiões de Mato Grosso do Sul

Grande parte do estado terá chuva

28/11/2024 04h30

Tempo nublado em Campo Grande

Tempo nublado em Campo Grande Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Nesta segunda-feira (25), a previsão indica tempo com sol e, ao longo da tarde/noite de quinta e durante o próximo final de semana, espera-se aumento de nebulosidade e chuvas de intensidade fraca a moderada.

Pontualmente, podem ocorrer chuvas mais intensas e tempestades acompanhadas de raios e rajadas de vento. Essa situação meteorológica ocorre devido ao intenso transporte de calor e umidade, aliado ao deslocamento de cavados. Além disso, a atuação de uma área de baixa pressão atmosférica sobre o Paraguai e a aproximação de uma frente fria favorece a formação de instabilidades no estado de Mato Grosso do Sul.

Os ventos atuam do quadrante norte (norte/noroeste) com valores entre 40 km/h e 60 km/h. Pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.

Confira abaixo a previsão do tempo para cada região do estado: 

  • Para Campo Grande, estão previstas temperatura mínima de 26°C e máxima de 36°C. 
  • A região do Pantanal deve registrar temperaturas entre 26°C e 36°C. 
  • Em Porto Murtinho é esperada a mínima de 28°C e a máxima de 39°C. 
  • O Norte do estado deve registrar temperatura mínima de 24°C e máxima de 36°C. Há previsão de chuva.
  • As cidades da região do Bolsão, no leste do estado, terão temperaturas entre 24°C e 37°C. Pode chover.
  • Anaurilândia terá mínima de 25°C e máxima de 37°C. Irá chover.
  • A região da Grande Dourados deve registrar mínima de 25°C e máxima de 37°C. Chove.
  • Estão previstas para Ponta Porã temperaturas entre 25°C e 34°C. Pode chover.
  • Já a região de Iguatemi terá temperatura mínima de 25°C e máxima de 35°C. H´previsão de chuva.

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Antigo Twitter

Juiz de MS livra empresa de Elon Musk de pagar R$ 190 milhões

Pedido da Adecon-MS para indenizar consumidores pela eliminação da verificação em duas etapas no X não foi aceito por magistrado de Campo Grande

28/11/2024 04h25

Elon Musk comprou o Twitter e mudou de nome para X

Elon Musk comprou o Twitter e mudou de nome para X Arquivo

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O juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, Marcelo Ivo de Oliveira, rejeitou o pedido da Associação de Defesa do Consumidor de Mato Grosso do Sul (Adecon-MS) que pleiteava uma indenização de R$ 190 milhões do X, antigo Twitter, rede social do bilionário Elon Musk.

A sentença, assinada na terça-feira, veio oito meses após o ajuizamento da ação, que ocorreu em março. O magistrado discordou da Adecon-MS e também do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS), entendendo que o fim da autenticação em duas etapas para a verificação do usuário ao conectar na plataforma não deixou os usuários do X desamparados no que se refere à segurança.

Quando Elon Musk adquiriu o Twitter, a autenticação em duas etapas, oferecida gratuitamente na maioria das redes sociais, passou a ser paga. O serviço foi incluído no pacote Twitter Blue, disponível mediante assinatura.

O juiz Marcelo Ivo de Oliveira destacou a existência de métodos alternativos de autenticação.

“Mesmo o requerido [X] tendo passado a cobrar por um serviço, não colocou a segurança dos usuários em risco, uma vez que a rede social ainda permite que os usuários ativem a autenticação de dois fatores [2FA] por outros métodos, tais como aplicativos de autenticação, como Google Authenticator, Microsoft Authenticator, Authy, Duo Mobile e 1Password, os quais são seguros, gratuitos e simples de serem utilizados”, afirmou o magistrado.

Ainda cabe recurso da decisão do juiz de Campo Grande. Quando o X apresentou sua defesa, em abril, a rede social de Elon Musk ainda não havia fechado seu escritório no Brasil. Em maio, para não cumprir decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o X Brasil fechou suas operações no País. Posteriormente, por conta da desobediência à ordem judicial, a plataforma foi retirada do ar no Brasil nos meses de setembro e outubro, até que a decisão fosse cumprida.

Entenda o caso

A Adecon-MS ajuizou a ação civil pública no dia 22 de março. Na ocasião, a associação alegou que a demanda surgiu com a implantação do serviço Twitter Blue (ou X Blue) no Brasil e o fim da verificação em duas etapas oferecida de forma gratuita.

O serviço começou a ser oferecido em 20 de março de 2023, com assinatura mensal de R$ 60. A Adecon-MS e o MPMS entendem que, ao restringir a autenticação em duas etapas apenas para assinantes do Twitter Blue, a rede social viola o direito do consumidor, deixando os usuários não pagantes mais vulneráveis a clonagens e a ataques de hackers.

“O que causa maior revolta na nova política de segurança da requerida é que a citada autenticação sempre foi disponibilizada para todos os usuários do Twitter e agora, apenas quem tiver condições de pagar o plano Blue é que terá a manutenção de sua segurança na plataforma requerida”, argumentou a Adecon-MS na ação.

A associação também afirmou que os custos com a segurança do usuário deveriam ser arcados pela empresa de Elon Musk, e não transferidos ao consumidor.

“A segurança dos consumidores durante o uso da plataforma da requerida [X] é parte típica e essencial do negócio, risco da própria atividade empresarial que visa o lucro e integrante do investimento necessário que deve ser aportado pela requerida”, defendeu a entidade.

A Adecon-MS estimou o valor da indenização por danos morais coletivos em R$ 10 por usuário do X no Brasil. Segundo um relatório divulgado pela empresa no ano passado, a plataforma tem aproximadamente 19 milhões de usuários no País, justificando o pedido de R$ 190 milhões em indenização.

Por se tratar de uma ação civil pública, a associação praticamente não corre risco de arcar com honorários sucumbenciais em caso de derrota, o que contribui para a justificativa do pedido de alto valor.

Em parecer, o MPMS divergiu da defesa do X Brasil, afirmando que a causa envolve direitos difusos e coletivos, por conta da indivisibilidade do interesse e da proteção de consumidores futuros e virtuais.

O promotor de Justiça Luiz Eduardo Lemos de Almeida destacou que, antes da introdução do Twitter Blue, a autenticação de dois fatores era gratuita e incentivada pela empresa, tornando a cobrança por esse serviço uma violação dos direitos do consumidor.

“O dano moral coletivo não precisa ser irrefutavelmente comprovado, pois a lesão decorre imediatamente dos eventos lesivos”, argumentou o promotor, que considerou o pedido de R$ 190 milhões “irrazoável” e sugeriu que a indenização fosse fixada em R$ 10 milhões.

O MPMS também recomendou que, em caso de condenação, a indenização fosse destinada ao Fundo Estadual de Defesa dos Direitos dos Consumidores, e não ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, conforme solicitado pela Adecon-MS. Nenhuma das solicitações foi atendida, e o magistrado rejeitou o pedido. Agora, cabe recurso à segunda instância.
 

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