Cidades

RIO DE JANEIRO

Paraty e Ilha Grande recebem título de Patrimônio Mundial da Unesco

Paraty e Ilha Grande recebem título de Patrimônio Mundial da Unesco

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A cidade de Paraty e a Ilha Grande, no Rio de Janeiro, foram reconhecidas como Patrimônio Mundial pelo comitê da Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura (Unesco), durante reunião em Baku, no Azerbaijão. Agora, são 22 bens brasileiros na lista dos sítios de excepcional valor universal. O local é o primeiro bem brasileiro inscrito na categoria de sítio misto, ou seja, cultural e natural.

O novo patrimônio abrange um território de quase 149 mil hectares, que reúne o centro histórico de Paraty e quatro grandes áreas de conservação ambiental: Parque Nacional da Serra da Bocaina, Parque Estadual da Ilha Grande, Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul e a Área de Proteção Ambiental de Cairuçu, envolvendo, ao todo, seis municípios de Rio e São Paulo

"Nós, orgulhosamente, voltamos para casa com esse título na bagagem", afirmou a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa. "Em Paraty e Ilha Grande vemos de maneira excepcional e única uma conjunção de beleza natural, biodiversidade ímpar, manifestações culturais um fabuloso conjunto histórico, além de importantes testemunhos arqueológicos."

Paraty e Ilha Grande receberam o título, em grande parte, por causa da interação da presença humana com o ambiente natural. Ali, testemunhos culturais incluem o centro histórico de Paraty, ainda bem preservado, uma parte do antigo Caminho do Ouro - por onde escoava o minério de Minas Gerais - e comunidades vivas de quilombolas, indígenas e caiçaras.

São duas terras indígenas, dois territórios quilombolas e 28 comunidades caiçaras, que vivem da relação com a natureza, da pesca artesanal e do manejo sustentável de espécies da biodiversidade. Essas comunidades tradicionais mantêm os modos de vida de seus antepassados, preservando a maior parte de suas relações culturais como, ritos, festividades e religiões.

Com cerca de 85% da cobertura vegetal nativa bem conservada, a área abarcada pelo sítio misto forma o segundo maior remanescente florestal de Mata Atlântica do País, com muitas espécies raras e endêmicas.

Foi a terceira vez que Paraty disputou o título de Patrimônio Mundial da Unesco, na expectativa de atrair investimentos para preservar a região e resolver antigos problemas da região, como a falta de saneamento.

A primeira tentativa, em 2004, não seguiu critérios formais e foi desqualificada. A segunda candidatura, em 2009, foi rejeitada pelo comitê da Unesco após recomendação do Icomos, um conselho associado à ONU que avalia cada inscrição. Desta vez, no entanto, o conselho deu sinal verde à entrada da cidade à seleta lista da Unesco, mas sinalizou desafios a serem superados pela candidatura.

Meio Ambiente

Churrasco improvisado pode ter causado incêndio no Pantanal em 2024

Polícia Federal e perícia têm indícios de que incêndio em morraria nos municípios de Corumbá e Ladário foi causado por ação humana, ao lado de torre de internet

22/01/2025 17h05

Incêndio começou em churrasqueira improvisada

Incêndio começou em churrasqueira improvisada Reprodução

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Um churrasco improvisado pode ter sido a causa de um incêndio de grandes proporções no ano passado, no Pantanal Sul-Mato-Grossense, em 18 de julho de 2024. É o que indica um laudo da Coordenadoria-Geral de Perícias de Mato Grosso do Sul, anexado ao inquérito conduzido pela Polícia Federal.

Na época, uma área de 5,42 hectares, na divisa dos municípios de Ladário e Corumbá, no topo de uma morraria, foi destruída pelas chamas. Era um período de longa estiagem, de ar muito seco e de incêndios se espalhando por todo o Pantanal.

O incêndio começou ao lado de uma torre de telefonia, próximo ao alto da morraria. A área é cercada por matas e, inclusive, está ao lado da Área de Preservação Permanente de uma das fazendas atingidas pelas chamas.

“Ao chegarmos no local, nos deparamos com uma grande área queimada e, como dito anteriormente, os três focos de incêndio estavam muito próximos um do outro, o que indica que o fogo pode ter iniciado a partir de um só local”, afirmou a Polícia Federal no relatório inicial do inquérito.

“Um dos pontos estava localizado em uma antena de telefone e/ou internet (...) E próximo à antena, havia algumas churrasqueiras improvisadas, além de alguns recipientes de óleo”, relatou a Polícia Federal.

Na primeira parte do inquérito, a Polícia Federal ouviu pessoas das fazendas vizinhas ao local: Fazenda Vale do Paraíso e Fazenda Santa Luzia. Obteve a informação de que uma equipe da empresa dona da antena, a ACM Comunicações, teria ido ao local para realizar manutenção.

Incêndio começou em churrasqueira improvisada Incêndio destruiu aproximadamente 5 hectares/Reprodução

De posse do caderno de entradas e saídas, confirmou-se que duas pessoas da empresa estiveram no local. No entanto, o primeiro relatório não permitiu aos policiais concluírem que os integrantes da companhia de internet teriam sido os autores do incêndio.

Incêndio começou em churrasqueira improvisada Churrasqueira improvisada

Agora, a Coordenadoria de Perícias concluiu o laudo, e a conclusão é de que a causa do incêndio foi humana, e que a ignição ocorreu justamente ao lado da antena, onde havia os tambores e a churrasqueira improvisada.

“Conclui-se que o referido sinistro teve como agente causador a ação antrópica de terceiros no local, sendo que todos os elementos técnicos apresentados (...) sustentam o parecer técnico aqui expedido”, alega Bruno Oliveira Gonçalves, perito oficial forense que assina o laudo.

Agora, o próximo passo do inquérito será a Polícia Federal decidir se indicia ou não os autores deste incêndio, um entre os milhares de focos que devastaram parte do Pantanal Sul-Mato-Grossense no ano passado.
 

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Cidades

Tecnologia: empresa do MS ganha R$ 160 milhões com plataforma digital

'Fintech' foi fundada dentro de garagem em 2012, inspirada no sucesso das 'big techs', Google e Facebook

22/01/2025 16h15

Renato Fairbanks, presidente da Iugu

Renato Fairbanks, presidente da Iugu Divulgação, Iugu

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Uma empresa de Dourados, a 220 quilômetros da capital Campo Grande, faturou R$ 160 milhões com plataforma digital, classificada como uma empresa "fintech".

Conhecida como Iugu, a companhia começou na garagem da mãe do fundador, Patrick Negri, em 2012, inspirada no sucesso das big techs Google e Facebook na época.

Após 11 anos, em 2023, a receita da empresa aumentou em 73%, subindo seu faturamento de 93 milhões para 161 milhões de reais.

Esse desempenho assegurou o 8° lugar no ranking Exame Negócios em Expansão, na categoria de empresas com faturamento entre 150 e 300 milhões de reais.

Planejamento e trajetória

Negri teve o objetivo de simplificar processos financeiros e melhorar a eficiência. Com uma carteira de 700 clientes, o foco inicial da empresa foi a automação de cobranças recorrentes das empresas, conforme o site Exame.

No primeiro ano, Negri conheceu Renato Fairbanks, primeiro executivo a investir na empresa. Fairbanks tornou-se presidente em 2020 e Negri ficou como diretor de tecnologia, setor na qual atua até hoje.

Atualmente, conta com diversas empresas como clientes, como Conta Azul, Isaac, Contabilizei, Alice e Pier Seguradora.

A trajetória da Iugu começa com uma demanda do mercado: muitas empresas enfrentavam dificuldades para administrar processos financeiros de maneira eficaz, desperdiçando tempo e recursos.

"Empresas queriam crescer, mas lidavam com obstáculos operacionais devido a processos ineficientes. Nossa missão foi automatizar essas operações e liberar o potencial dos nossos clientes", afirma Renato Fairbanks, presidente da Iugu.

"Estar no centro onde os investimentos aconteciam foi essencial para o nosso crescimento. O Brasil estava vivenciando uma recuperação no setor de tecnologia, especialmente com o crescimento das soluções baseadas na nuvem", comenta o executivo após mudar-se para São Paulo em menos de um ano de fundação.

A plataforma de gestão para clínicas odontológicas Clinicorp, por exemplo, conseguiu aumentar em 45% o volume total de transações processadas entre 2023 e 2024, graças à API da Iugu, que automatizou a jornada de venda e cobrança dos clientes da empresa.

A plataforma de conteúdo educacional, Eduzz, é um outro exemplo. Ela necessitava de uma instituição de pagamento regulamentada pelo BC para agilizar a distribuição de pagamentos aos profissionais que geravam conteúdo na plataforma. Após encontrar a Iugu em 2020, manteve parceria com a fintech até atualmente.

O que são fintechs?

Conforme o Banco Central (BC), as empresas fintechs são companhias que introduzem inovações nos mercados financeiros por meio do uso intenso de tecnologia, com potencial para criar novos modelos de negócios. Atuam por meio de plataformas online e oferecem serviços digitais inovadores relacionados ao setor.

No Brasil, há várias categorias de fintechs: de crédito, de pagamento, gestão financeira, empréstimo, investimento, financiamento, seguro, negociação de dívidas, câmbio, e multisserviços.

Podem ser autorizadas a funcionar no país dois tipos de fintechs de crédito – para intermediação entre credores e devedores por meio de negociações realizadas em meio eletrônico: a Sociedade de Crédito Direto (SCD) e a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP), cujas operações constarão do Sistema de Informações de Créditos (SCR).

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