O escritor e jornalista Pedro Spindola faleceu na noite dessa sexta-feira (09) em Campo Grande. A notícia foi divulgada na manhã deste sábado nas redes sociais. Segundo informações dos filhos, Spindola vinha travando uma batalha de 50 dias contra pneumonia e leucemia.
O velório acontece neste sábado (10), das 18 horas à 1 hora da manhã, e domingo (11), das 6 horas às 10 horas da manhã no Cemitério Jardim das Palmeiras, localizado na Avenida Tamandaré, 6934 - Vila Nasser. Em sequência, a cerimônia de despedida acontece no Crematório Campo Grande, com endereço na Avenida Tamandaré, 6781.
"É com grande pesar que nós Victor, Luciana, Letícia Spindola e Ordália Almeida anunciamos o falecimento do nosso querido pai Pedro Spindola. Ele veio lutando nos últimos 50 dias com um quadro grave de pneumonia e um diagnóstico de leucemia. Nessa última noite ele não resistiu. Fica na lembrança toda sua genialidade, bom humor e sua visão sonhadora e inventiva da vida. Fica também nosso grande amor por tudo que ele sempre representou para nós. Informaremos sobre velório e homenagens assim que possível. Agradecemos a todos por todo carinho e orações.", divulgou os familiares.
Pedro Spindola nasceu em 23 de junho de 1947, em Formosa (GO). Formou-se como técnico agrícola e encontrou no jornalismo sua vocação. A pedido do primeiro governador de Mato Grosso do Sul, Harry Amorim Costa (1927-1988), Pedro foi secretário-adjunto de Cultura. Também foi diretor da Fundesporte no período do governo de Pedro Pedrossian (1928-2017).
O jornalista conheceu o poeta Manoel de Barros quando fundou o informativo semanal da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul, a Acrissul, nomeado "Boletim do Fazendeiro". Abílio, irmão de Manoel, teria dito a Pedro que o poeta almejava conhecê-lo. Em 1982, num dia de eleição na Acrissul, ambos se conheceram e ali começaram uma amizade. Spindola pediu para Barros escrever um texto para o semanário e, das 30 crônicas publicadas, surgiu o "Livro de Pré-Coisas", lançado em prosa poética no ano de 1985. Os amigos moravam a dez quadras e caminhavam cerca de 1 hora por dia, no Bairro Jardim dos Estados.
Manoel de Barros e Pedro Spindola tornaram-se amigos em 1982 - Letícia Spindola
Após o falecimento de Manoel de Barros, em 13 de novembro de 2014, aos 97 anos, o filho do poeta, Silvestre de Barros procurou Pedro, que sonhava em eternizar a história do amigo, e compartilhou a ideia de transformar a residência num espaço de memória e cultura. Dessa forma, com a união de administradores culturais e artistas de Mato Grosso do Sul e de outros estados do país que compõem a Sociedade dos Amigos da Casa-Quintal Manoel de Barros, o espaço cultural ganhou vida, cumprindo o último desejo de Spindola em homenagem a Barros.