Cidades

Dignidade

Onda migratória: Mais de 30 pessoas chegam em situação de rua por dia

Prefeitura lançou a campanha "Não dê Esmolas, dê Dignidade. Não dê Esmolas, dê Oportunidades"

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Em evento realizado na manhã desta quinta-feira (23), a Prefeitura Municipal de Campo Grande lançou a campanha “Não dê Esmolas, dê Dignidade. Não dê Esmolas, dê Oportunidades”.

De acordo com a PMCG, o objetivo da campanha é impedir a doação de esmolas a pessoas vulneráveis em situação de rua. A doação atrapalha ao invés de ajudar, pois, mantém pessoas nas ruas, sustenta vícios e estimula a mendicância.

A vice-prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, disse que a campanha é de grande relevância e que depois da pandemia a cidade teve um aumento grande de vulnerabilidade social. 

“Essa campanha da dignidade e oportunidade, através de políticas públicas e de rede apoio. Mais de 30 pessoas chegam nessa situação diariamente, é um número muito alto”, exclamou a gestora. 

A orientação é que campo-grandenses acionem o Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS), órgão especializado em acolher moradores de rua. 

Quando acionado, pessoas em situação de pobreza são encaminhadas para uma das unidades de acolhimento.

De janeiro a agosto a SEAS realizou 2.812 abordagens. Além disso, realizou mais de 3,2 mil atendimentos em suas unidades de acolhimento de março a agosto deste ano. 

Foram realizados 926 encaminhamentos para o mercado de trabalho e 1447 passagens foram fornecidas a cidadãos em situação de rua e estrangeiros para retornar às suas cidades de origem.

Últimas notícias

Segundo o Secretário de Assistência Social, José Mário, o aumento da população nos semáforos ocorreu a partir de 2018, devido ao aumento de onda migratória no país e que aqui, em Mato Grosso do Sul, é um corredor de passagem.

“Pelos números que nós atendemos no último ano, mais de duas mil pessoas foram migrantes e imigrantes e, muitas vezes, estão aqui de passagem e precisam ser encaminhadas para suas famílias”, afirmou.

“Muitos deles no sul, onde há indústrias de embutidos.Não estamos falando só de situação migratória, estamos falando de pessoas que usam os semáforos para pedir ajuda”, continuou.

A Fundação Social do Trabalho de Campo Grande (Funsat) oferece mais de duas mil vagas de empregos para esse público e as pessoas não precisam já ser capacitadas, elas vão aprender durante o trabalho. 

Os números para contato da SEAS são os (67) 98404-7529 ou 98471-8149 e funcionam 24 horas. 

"Operação Pretense"

Gaeco caça "fantasma" que teria fraudado obra de hospital em MS

Segundo a investigação, empresa contratada para construir hospital em Coronel Sapucaia não tem sede, patrimônio ou funcionários

18/12/2024 11h09

Hospital de Coronel Sapucaia terá 2,2 mil metros quadrados e foi orçado em R$ 9,18 milhões em contrato assinado em junho de 2022

Hospital de Coronel Sapucaia terá 2,2 mil metros quadrados e foi orçado em R$ 9,18 milhões em contrato assinado em junho de 2022

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Depois de suspeitar da existência de fraudes nos processos licitatórios para construção do hospital municipal de Coronel Sapucaia, orçado em R$ 9.181.402,38 e que está em fase final de construção, integrantes do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e da polícia cumpriram, nesta terça-feira (18), uma série de mandados de busca e apreensão na cidade que faz fronteira com o Paraguai em busca de mais evidência que possam comprovar as supostas ilegalidades. 

Batizada de “Operação Pretense”,  que em inglês significa falsa aparência, a investigação suspeita de obras “realizadas pelas empresas com serviço de qualidade ruim e emprego de materiais reaproveitados, em verdadeira situação mascarada para desvio de recursos públicos”, informa nota distribuída pela assessoria do Ministério Público. 

E, segundo o MPE, a investigação aponta a “existência de indícios da prática de crimes de fraude a processos licitatórios e contratos deles decorrentes, envolvendo núcleo de empresas pertencentes a grupo familiar de Coronel Sapucaia, uma delas inclusive sem possuir sede, patrimônio ou funcionários, contratada para consecução de obra milionária do hospital municipal”. 

A empresa contratada pela prefeitura em meados de 2022 para construção do hospital é a A. D. M. Construtora. O nome da empresa é uma referência ao proprietário, Alan Douglas Maciel, que assina o contrato com o prefeito Rudi Paetzold.  

Hospital de Coronel Sapucaia terá 2,2 mil metros quadrados e foi orçado em R$ 9,18 milhões em contrato assinado em junho de 2022Construção do hospital está sendo bancada pelo Governo Estadual

Quando da assinatura do contrato, em junho de 2022, foi estipulado um prazo de dois anos para conclusão dos trabalhos e, conforme o anúncio, o novo hospital teria área construída de 2.299 metros quadrados, centro cirúrgico, parto humanizado, e internação com dezessete leitos adulto, oito leitos de pediatria e oito leitos de pós-parto, totalizando 33 leitos. 

O hospital está sendo construído na Rua Mário Gonçalves, no Jardim da Mata, e vai substituir o atual Hospital Municipal Aparício Vidal Garcia, construído em 1992.  Neste hospital de Coronel Sapucaia, município com cerca de 15 mil habitantes, são feitos em torno de 2,3 mil atendimentos mensais, conforme dados da prefeitura. 

OUTROS CONTRATOS

Além da construção do hospital, a empresa de Alan Douglas Maciel tem uma série de outros contratos com a prefeitura de Coronel Sapucaia. Dois deles foram assinados em junho deste ano, prevendo a reforma de dois postos de saúde. Cada um dos contratos vai garantir faturamento de R$ 683 mil à família do empresário que foi o principal alvo da investigação desta terça-feira. 

Antes disso, ainda em 2020, mas já sob a administração do atual prefeito, que está encerrando seu segundo mandato, ele assinou contrato para reforma de uma escola, pela qual faturou R$ 280 mil. 

Cidades

Homem fura sinal e mata motociclista de aplicativo em Campo Grande

Acidente entre duas motos aconteceu no cruzamento da Av. Ernesto Geisel com a rua Dom Aquino

18/12/2024 10h25

Naiara Camargo/Correio do Estado

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Por volta das 7h40 da manhã desta quarta-feira (18), um acidente envolvendo duas motos deixou um motociclista morto em Campo Grande. A colisão aconteceu no cruzamento entre a Avenida Ernesto Geisel e a rua Dom Aquino, na região central.

Informações preliminares apontam que o acidente tenha sido causado pelo condutor de uma Yamaha XJ6 azul, um homem de 27 anos, que trafegava pela avenida e furou o sinal vermelho, atingindo a vítima, que estava em uma Honda 125. A moto da vítima era alugada e utilizada como meio de trabalho.

Alguns pertences da vítima caíram dentro do córrego, e o corpo ficou na calçada, bem próximo à defesa que protege os pedestres de caírem na água.

O homem, que ainda não teve a identidade revelada, foi socorrido ainda com vida por equipes da Unidade de Resgate e Suporte Avançado (URSA), mas precisou ser intubado, não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do hospital.

O trânsito está interditado na Ernesto Geisel, entre as ruas Dom Aquino e Marechal Rondon.

Vítimas chegam a 50 no ano

Dados da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) mostram que, de janeiro a novembro, 47 motociclistas foram vítimas do trânsito em Campo Grande.

Em dezembro, já são três mortes registradas, sendo duas delas no último fim de semana.

Na noite do sábado, dia 14 de dezembro, Luiz Carlos (41) morreu após colidir contra o meio-fio, cair no asfalto e ser atropelado por outra moto. O acidente aconteceu na avenida Gunter Hans.

Conforme apurado pela reportagem, o motociclista trafegava no sentido centro-bairro quando perdeu o controle do veículo e colidiu contra o meio-fio do canteiro central. Ele caiu no meio da avenida, e o capacete se desprendeu da cabeça no momento em que foi arremessado em direção ao solo.

De acordo com testemunhas, logo após a queda outro motociclista, que vinha no mesmo sentido, atropelou a vítima, passando por cima de sua cabeça. Ele fugiu no local sem prestar socorro. Luiz morreu na hora.

Na tarde do domingo, dia 15 de dezembro, um motociclista de aplicativo de 26 anos morreu enquanto fazia o trajeto para efetuar uma entrega. Ele perdeu o controle do veículo, bateu em um poste de iluminação e caiu no canteiro da via. Ele chegou a ser socorrido, com dificuldades para respirar, mas não resistiu e morreu. A principal suspeita é de que ele tenha sofrido um mal súbito.

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