Cidades

Transparência

Planos de Saúde devem explicar procedimentos médicos negados em MS

A lei aprovada nesta terça-feira (1º) obriga as operadoras de plano de saúde a justificar, em 24 horas, informando o consumidor caso neguem cobertura

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A partir desta terça-feira (1º), os planos de saúde terão 24 horas para informar, assim como fornecer documentação caso não ofereçam cobertura médica (exames ou procedimentos) em Mato Grosso do Sul.

O acréscimo à Lei nº 3.885, de 20 de abril de 2010, que determina a obrigatoriedade dos planos de saúde de enviar informações e documentos ao consumidor, foi sancionado pelo governador Eduardo Riedel (PSDB) e publicado no Diário Oficial.

Alteração:

A Lei 6.313 de 2024, proposta pelo deputado estadual Paulo Duarte (PSB), acrescenta a alteração que, na prática, conforme explicou a reportagem do Correio do Estado, oferece maior transparência.

Com isso, em caso de situações em que o plano de saúde não ofereça assistência, seja para algum exame específico ou intervenções complexas, terão que fornecer toda a justificativa ao consumidor.

"Não [estou dizendo] que o plano está sonegando informação ou está descumprindo contrato, mas existe uma coisa que é a falta de transparência. Porque quando você assina um contrato com regras que são de forma unilateral, quem estabelece as regras é o plano de saúde. E, cá entre nós, 99% das pessoas não conseguem ler tudo que está no contrato", explicou Paulo Duarte, e completou:

"Então o que acontece? Quando você precisa de um plano, às vezes você tem uma negativa, e a pessoa fica sem saber, ou pode correr o risco de ser uma mera interpretação do texto do contrato. E assim, ninguém quer usar plano de saúde até precisar. Eu diria que é mais uma coisa ligada a dar transparência à relação entre o plano de saúde e o usuário deste plano."

Dentro disso, os planos deverão informar:

  • negativa de cobertura parcial ou total de exames;
  • procedimentos médicos, cirúrgicos ou de diagnóstico;
  • tratamento e internação.

A comunicação deve ocorrer dentro do sistema do plano de saúde ou mesmo por envio de mensagem (SMS) dentro do prazo de 24 horas.

A operadora do serviço de saúde deve emitir o documento (mesmo sem solicitação), de maneira clara, explicando o motivo da recusa.

A lei ainda indica que a justificativa não deve conter informações vagas, abreviações ou códigos.

O que a lei entende como negativa?

A alteração ao texto da Lei nº 3.885 (20 de abril de 2010) considera como recusa o custeio da assistência à saúde "de qualquer natureza, ainda que fundamentada em lei ou cláusula contratual."

Caso o plano não ofereça cobertura, deverá entregar os seguintes documentos ao consumidor:

  • comprovante da negativa de cobertura com nome do cliente e número do contrato;
  • o motivo da negativa, de forma clara, inteligível e completa, vedado o emprego de expressões vagas, abreviações ou códigos;
  • a razão ou a denominação social da operadora ou seguradora;
  • o número do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) da operadora ou seguradora;
  • o endereço completo e atualizado da operadora ou seguradora;
  • uma via da guia de requerimento para autorização de cobertura.

Hospitais

Já na situação em que o paciente esteja internado, cabe ao responsável solicitar à unidade uma declaração que contenha o motivo da recusa de maneira concisa.

Além disso, deverão fornecer:

  • documento contendo a data e a hora do recebimento da negativa de cobertura;
  • laudo ou relatório do médico responsável, atestando a necessidade da intervenção médica e, se for o caso, sua urgência, ou documento reprográfico que o replique de forma fidedigna, sob responsabilidade do hospital.

Segundo a lei, o descumprimento dos termos implicará no art. 56 da Lei Federal nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que imputa sanções administrativas.

Situações que envolvam urgência e emergência, a recusa implicará em pena de multa em UERMS (Unidade Fiscal Estadual e Referência de Mato Grosso do Sul), que será definida pela Justiça.

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Sidrolândia

Motorista abandona quase 2 toneladas de maconha durante perseguição

A caminhonete abandonada estava com as placas trocadas, e os policiais encontraram um rádio comunicador no interior do veículo. Até o momento, o motorista não foi localizado

01/10/2024 19h00

Veículo com quase 2 toneladas de maconha foi abandonado

Veículo com quase 2 toneladas de maconha foi abandonado Fotos: PF/ FICCO

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Durante perseguição policial, os agentes da  FICCO/ MS (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Mato Grosso do Sul), apreenderam nesta terça-feira (1º), quase 2 toneladas de maconha, que foram abandonados em uma caminhonete próximo ao município de  Sidrolândia, a 71 quilômetros de Campo Grande. O condutor fugiu da ação e está sendo procurado. 

Segundo informações da agência policial, o veículo estava em atitudes suspeitas pela rodovia e os policiais fizeram sinal de parada ao condutor, que foi desrespeitado, acelerando o  veículo na pista. 

Durante a perseguição, o condutor acabou invadindo um terreno às margens da pista, abandonando o veículo com 1.961 toneladas de maconha. 

Além de descobrir o transporte dos entorpecentes, os policiais constataram que a camionete estava com a placa trocada. Dentro do veículo, foram encontrados rádio comunicação clandestina, indicando a possibilidade de de que o condutor estaria se comunicando com mais envolvidos na prática criminosa. As investigações seguem em andamento para que seja feita a identificação dos envolvidos. 

Diante dos fatos, o veículo e a droga foram encaminhados para realização dos procedimentos cabíveis.
 

Veículo com quase 2 toneladas de maconha foi abandonado Fotos: PF/ FICCO

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três dias

Policiais civis entram novamente em greve e só atenderão casos urgentes

Apenas 30% do total de policiais irão trabalhar pelos próximos três dias; categoria reivindica reajuste salarial e novo concurso público, entre outros

01/10/2024 18h44

Em greve, Polícia Civil deverá atender apenas urgências

Em greve, Polícia Civil deverá atender apenas urgências Arquivo/ Correio do Estado

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Em apenas 12 dias, policiais civis realizam pela segunda vez, a paralisação de 70% dos serviços em Mato Grosso do Sul. Na contraproposta foi pedido o sexto salário parcelado até 2026, auxílio saúde e efetivos por meio de concurso público. 

Segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol), serão três dias com atendimentos entre 8h e 20h, atendendo apenas os serviços essenciais como prisões em flagrante, violência contra menores de idade e concessão de medidas protetivas - violência doméstica.

O presidente do Sinpol, Alexandre Barbosa da Silva disse que após o período de paralisação, será realizada uma assembleia para analisar como está o movimento. 

"Caso o Governo não tenha respondido às nossas contrapropostas, provavelmente vamos continuar o movimento".

Nesta manhã, um grupo de policiais iniciou o ato em frente à Delegacia de Pronto Atendimento (Depac), que é responsável pelo registro de boletins de ocorrência. Os agentes tiveram que manter a entrada principal da delegacia fechada. 

Além disso, outras unidades, como a Cepol e a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), também terão seus serviços afetados, especialmente aqueles relacionados a flagrantes.

Durante a manifestação, os policiais exibiram faixas com reivindicações e direcionaram suas cobranças ao governador Eduardo Riedel. 

Paralisação anterior

No dia 19 de setembro, a classe paralisou atividades por 24 horas - como bem acompanhou o Correio do Estado -, com as delegacias de Mato Grosso do Sul operando apenas com 30% do efetivo e atendendo apenas com serviços essenciais. 

Agindo apenas em casos de prisão em flagrante; medidas protetivas e ocorrências em caso de menor vítima, a categoria buscou chamar atenção do Poder Executivo do Estado, que colocou na mesa duas propostas. 

Na ocasião, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul, Alexandre Barbosa, falou sobre o resultado da assembleia híbrida do dia 21 de setembro, ambas foram recusadas pela classe, que comporta 1,6 mil investigadores e escrivães ativos atualmente em MS. 

Uma das propostas incorporava o auxílio-alimentação, com mais um abono de R$ 130 para as classes iniciais, que antes mesmo da assembleia já era tida como "aquém" do esperado. 

Já a segunda consistia em reestruturar a tabela e modificar os valores de referência, que contemplaria apenas 275 agentes de Polícia Judiciária. 

Sendo que a categoria já se via na posição de "não poder ficar doente", com o auxílio saúde concedido apenas para delegados e fiscais de renda em maio, a sensação interna agora é que o governo está "engessado". 

Os policiais que trabalham na ponta, com atendimento ao público; lidando com presos, estariam consequentemente mais expostos a doenças (como tuberculose e covid), sem receber o auxílio de saúde que foi só para os delegados. 

Em maio desse ano, tanto delegados quanto os fiscais de renda receberam o chamado "auxílio saúde", que em valores absolutos acrescenta dois mil reais para esses oficiais, o que não se estendeu para as classes mais baixas. 

Hoje, caso o policial dessa "linha de frente" precise de um atendimento psicossocial, é um custeio que precisa tirar do próprio bolso, categoria essa que no nível I é remunerada atualmente com R$ 5.767,12, distante dos valores entre 10 e 13 mil para a chamada classe especial. 

"E com déficit de 900 policiais em todo o Mato Grosso do Sul; com concurso público prometido desde o começo do ano, que não saiu até agora; muitos estão adoecendo, a saúde mental deles está abalada e tem que tirar do próprio bolso para se tratar", conclui Alexandre.

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