Cidades

PREVENÇÃO

Polícia escolta carros em Humaitá (AM) para evitar confusão com índios

Polícia escolta carros em Humaitá (AM) para evitar confusão com índios

FOLHA PRESS

02/02/2014 - 19h00
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Diante do clima de tensão entre moradores e índios, equipes da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança começaram a escoltar os veículos que precisam passar por dentro da reserva indígena dos tenharim, em Humaitá (AM).

A operação de acompanhar os carros começou na sexta-feira, um dia depois de cinco índios terem sido presos pela Polícia Federal. A PF aponta os cinco como responsáveis pela morte de três homens que viajavam juntos de carro e passavam pela reserva. Eles estão desaparecidos desde 16 de dezembro.

A escolta começa a partir do desembarque de carros da balsa de Humaitá, no rio Madeira.

São veículos que transitam pela rodovia Transamazônica (BR-230) em direção ao Pará.

Os policiais esperam formar um comboio de veículos para então entrar na área indígena. São 40 quilômetros de Transmazônica que cruzam a reserva dos tenharim.

Por medida de segurança, a operação da balsa no rio Madeira passou a se encerrar mais cedo, às 14h. Normalmente, ela funciona até as 19h.

A operação da PRF e da Força Nacional segue por tempo indeterminado. O objetivo é evitar qualquer tipo de confronto entre indígenas e a população.

Em razão do desaparecimento do funcionário da Eletrobras Aldeney Salvador, do representante comercial Luciano Ferreira e do professor Stef de Souza, moradores de

Humaitá até atearam fogo no prédio da Funai no fim do ano passado.

Mortes

Estão detidos em um presídio de Porto Velho (RO) o cacique Domiceno, da aldeia Taboca, Valdinar e Simião, da aldeia Marmelo, e os irmãos Gilvan e Gilson, da aldeia Kampinho. Ao todo, são oito aldeias que compõem o território dos tenharim, onde vivem cerca de 800 índios.

A defesa dos cinco índios vai pedir habeas corpus amanhã. Segundo o advogado Ricardo Tavares de Albuquerque, eles negam a acusação de homicídio.

Familiares dos desaparecidos afirmam, porém, que o delegado da Polícia Federal Alexandre Alves deu detalhes a eles de como Salvador e os dois colegas foram assassinados no momento em que tentavam atravessar a reserva pela Transmazônica.

Segundo Stefanon Pinheiro de Sousa, irmão do professor Stef de Sousa, os três foram parados pelos índios em uma das barreiras localizadas dentro da área tenharim.

"O delegado disse que o Aldeney saiu do carro e apresentou o crachá da Eletrobras. Até porque ele era conhecido dos índios, mas foi obrigado a se ajoelhar e acabou degolado".
Souza e Ferreira, conforme o irmão do professor, foram mortos a tiros, quando ainda estavam dentro do veículo.

Procurada, a Polícia Federal se manifestou apenas por nota, na qual afirma que os índios mataram os três e esconderam os corpos.

"As conclusões da investigação apontam para a ocorrência de homicídio praticado pelos presos dentro de uma das aldeias e posterior ocultação dos cadáveres. Os corpos ainda não foram localizados", informou a PF. 

Influenza

Mais uma morte confirmada por gripe em MS

O boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (19) registrou o óbito de um homem, natural de Corumbá

19/09/2024 18h48

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Conforme o Boletim Epidemiológico desta quinta-feira (19), um idoso de 71 anos é a nova vítima de influenza em Mato Grosso do Sul. Em 2024, o Estado acumula 78 óbitos por gripe.

Entre as causas de morte, estão:

  • 18 - Influenza A H1N1
  • 50 - Influenza A H3N2
  • 9 - Influenza A não subtipado
  • 1 - Influenza B


Neste boletim, destaca-se que apenas o idoso de 71 anos, natural de Corumbá, faleceu em 11 de setembro por Influenza A não subtipado. A vítima possuía comorbidades de doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus.

Imunização

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta que a única forma de prevenção é manter o esquema vacinal atualizado.

“A vacinação contra a influenza é uma das medidas de prevenção mais eficazes para proteger contra essa doença e, principalmente, contra a evolução para complicações e óbitos. A vacinação também contribui para a redução da circulação viral na população, protegendo especialmente os indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.”

O perfil dos casos de influenza hospitalizados é composto por crianças de 1 a 9 anos, que correspondem a 20,9%; seguido por idosos com idade entre 80 e 98 anos, com 15,0%; e, em seguida, por aqueles com 60 a 69 anos, com 13,4%.

A faixa etária de 70 a 79 anos corresponde ao menor índice de internação entre os idosos, com 11,6%.

Divulgação SES

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Poluição

Fumaça tóxica de queimadas pode tomar céu de Campo Grande

Conforme a medição feita pela QualiAr, a condição do ar em Campo Grande caiu para moderada, e deve piorar com a chegada da fumaça das queimadas de outros estados

19/09/2024 18h00

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Depois de dias de refresco devido à frente fria que trouxe chuva a diversas regiões do Estado, o céu será, mais uma vez, encoberto por fumaça com poluentes nocivos à saúde incluindo a Capital.

No dia 1º de setembro a fumaça tomou o céu de Campo Grande, foram treze dias em que a poluição intensificou a ponto de a qualidade do ar ser apontada como a pior do ano.

Com o avanço da frente fria e a chuva no final da noite de domingo (15), o meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), Vinícius Sterling, explicou que os ventos vindos do sul empurraram a fumaça para a região mais ao norte, especificamente para os estados de Mato Grosso (MT) e Goiás (GO).

Divulgação Cemtec

É preciso ressaltar que, como não houve chuva na Amazônia (brasileira e boliviana) e em Mato Grosso - o estado que mais queima no país -, com a mudança de direção do vento, a fumaça tóxica das queimadas retorna para Mato Grosso do Sul.

No entanto, conforme o meteorologista ressaltou, é difícil cravar um cenário; as condições podem variar. Em uma estimativa favorável parte do Estado volta a receber chuva a partir de amanhã.

Poluição

Em conversa com o Correio do Estado, o professor e coordenador do Laboratório de Ciências Atmosféricas, Widinei Alves Fernandes, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, alertou que a qualidade do ar nesta quinta-feira (19) está moderada, e a tendência para os próximos dias é de piora.

“A qualidade do ar hoje está moderada, mas possivelmente ela vai piorar”, pontuou o professor.

Durante a semana, a condição do ar chegou a ficar boa. A mudança ocorre devido a várias regiões do país estarem em chamas e, é claro, ao Pantanal e à Amazônia.

Segundo o professor, ventos vindos do leste do estado de São Paulo, que registrou focos de incêndio em diversos municípios, também contribuem para a situação. “Vamos ter uma fumaça proveniente da Bolívia e da região noroeste do estado, está vindo da Amazônia. Então, haverá uma piora da qualidade do ar entre hoje e amanhã cedo.”

Índice

A qualidade do ar moderada está na medida 43, enquanto, para ser considerada como “boa”, precisa estar em 40. “Nesses próximos dias, possivelmente, vai ficar nessa condição moderada que estamos tendo, que estamos vendo hoje.”

O alerta para o perigo da poluição das queimadas está na presença do material particulado, que em altos índices pode causar diversas doenças, como câncer de pulmão.

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