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Com nova tarifa técnica, passagem de ônibus em Campo Grande pode chegar a R$ 4,80

Audiência judicial foi realizada na tarde desta quarta-feira para definir reajuste salarial dos motoristas de ônibus

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Durante audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região para tentar solucionar o impasse do reajuste salarial dos motoristas de ônibus de Campo Grande, que paralisaram as atividades nesta quarta-feira (18), a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, afirmou que a proposta do Executivo para definir uma nova passagem de ônibus é que a tarifa técnica seja de R$ 5,80 e, partir disso, o consumidor passe a pagar até R$ 4,80 pelo passagem. 

A Chefe do Executivo se comprometeu a apresentar o valor proposto para o Conselho Municipal de Regulação ainda esta semana, antecipando a reunião que estava marcada com a entidade para a próxima terça-feira (24). A pressa se justifica porque a definição de um reajuste salarial para os motoristas só será viável quando o Consórcio Guaicurus, que opera o sistema de transporte coletivo na Capital, souber de quanto será o aumento da tarifa para este ano.

Em entrevista coletiva após a audiência, Adriane Lopes, afirmou que o reajuste tarifários está sendo pensado de uma forma que não tenha muito impacto no bolso do consumidor e a tarifa técnica proposta pela prefeitura ainda será discutida para que o novo valor da passagem seja definido

“Estamos buscando uma solução que impacte o quanto menos os usuários do transporte coletivo. Estamos buscando a renovação do convênio com o governo do Estado para que ele também subsidie os alunos das escolas estaduais”, afirmou. 

Ainda de acordo com Adriane, o governo de Mato Grosso do Sul teria sinalizado positivamente, mas o valor ainda não foi definido porque depende de quantos alunos vão estar matriculados na Rede Estadual de Ensino (REE). 

“Estamos buscando a renovação do convênio para que o Governo do Estado subsidie os alunos da rede estadual. Nós também vamos continuar fazendo o aporte para os alunos da Rede Municipal de Ensino, de acordo com o que já vinha sendo feito”, acrescentou a prefeita, destacando que o valor repassado pela municipalidade ainda será de R$ 1 milhão. 

Por outro lado, Felipe Barbosa, advogado que estava representando o Consórcio Guaicurus afirmou que se a tarifa técnica, que engloba o custo de todos os gastos do sistema de transporte coletivo, ser confirmado em R$ 5,80, a empresa não terá condições de se manter e nem garantir um aumento de salário para os trabalhadores. 

“A remuneração do transporte não se sustenta. Então, se realmente houver o reajuste da tarifa técnica no valor indicado, o Consórcio não tem forças para continuar.” A tarifa técnica deveria ser de R$ 7,72 ou r$ 7,79”. 

Quando questionado se a empresa não considera entregar a concessão para a prefeitura, já que não consegue encontrar um equilíbrio fiscal, o advogado afirmou que esta possibilidade “está sendo estudada e cada vez mais considerada pelo Consórcio”. 

REAJUSTE SALARIAL

Além da tarifa técnica e reajuste da passagem, durante a audiência ainda foi debatido como o reajuste salarial poderia ser concedido aos motoristas sem que a empresa ficasse no prejuízo e os funcionários insatisfeitos, já que esse impasse foi o principal motivo da paralisação de hoje e que levou a realização da audiência. 

A proposta apresentada pelo desembargador Tomás Bawden, que presidiu a audiência, para satisfazer ambas as partes foi a seguinte: conceder 10% de reajuste ao invés dos 16% pedidos pela categoria, sendo que 8% seria de imediato e retroativo a 18 de novembro, mais 1% em maio e mais 1% em setembro. 

Não houve uma decisão final sobre este tema e, de acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande (STTCU-CG), Demétrio Freitas, a proposta será apresentada em assembleia geral neste sábado (21). 

Caso não seja aceita pelos trabalhadores e o Consórcio não apresente outra alternativa que também abarque os benefícios como vale-alimentação e plano de saúde, no mesmo dia o sindicato pode votar em favor da greve. 

Por enquanto, não há qualquer definição, uma vez que é necessário que a empresa saiba qual o novo valor da passagem de ônibus para que negocie um reajuste salarial dentro das possibilidades. 

No entanto, Felipe Barbosa, adiantou em coletiva que se o valor da tarifa técnica for firmado em R$ 5,80, como propõe a prefeitura, o reajuste nos parâmetros sugeridos pelo desembargador durante a audiência, não será possível. 

“É inviável dentro do que a prefeitura propõe. A empresa não terá condições de dar qualquer valor de reajuste para seus funcionários se a tarifa técnica realmente ser fixada em R$ 5,80. Não é possível dar um reajuste digno para eles”, declarou. 

Em relação às tratativas de reajuste, o presidente do sindicato disse que a proposta sugerida pelo desembargador será apresentada em assembleia para os demais trabalhadores e há chances de ser aceita. Contudo, também será preciso que os benefícios sejam reajustados. 

Hoje também foi firmado um acordo para que nenhuma outra paralisação deve acontecer no restante da semana e, se as partes não chegarem a um acordo e a categoria decidir por uma greve sem tempo determinado para acabar, é preciso garantir que pelo menos o mínimo da frota de ônibus saia das garagens nos dias de protesto para que o consumidor não seja prejudicado.

Colaborou Alanis Netto

CASO VANESSA RICARTE

Áudio de jornalista chega a Brasília e Ministério vai apurar conduta da DEAM

Patrulha Maria da Penha deveria ter acompanhado Vanessa até em casa, diz Ministério das Mulheres

15/02/2025 09h15

Jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, foi morta pelo ex-noivo

Jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, foi morta pelo ex-noivo Foto: Reprodução/instagram

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Áudio da jornalista assassinada, Vanessa Ricarte, de 42 anos, revelando o descaso do atendimento oferecido pela Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) – Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande (MS), causou grande repercussão e chegou até o Ministério das Mulheres, em Brasília (DF).

O áudio, de 4 minutos e 4 segundos, gravado pela vítima a uma amiga horas antes de morrer, revela que a equipe da DEAM não deu a assistência e atendimento necessários à jornalista.

Vanessa disse, na gravação, que a equipe da DEAM a atendeu de maneira fria, seca e que ficou impactada com o descaso no atendimento oferecido à mulher vítima de violência.

“Fui tentar explicar toda a situação e a delegada me tratou bem prolixa sabe, bem fria e seca. Eu estou bem impactada com o atendimento da Casa da Mulher Brasileira. Se eu, que tenho toda a instrução e escolaridade, sou tratada dessa maneira, imagina uma mulher vulnerável, uma pobrezinha, chegar lá toda vulnerável, sem ter uma rede de apoio nenhuma… Essas que são mortas, essas que vão para a estatística do feminicídio”, contou a jornalista a uma amiga, por meio de áudio, em um aplicativo de mensagem.

Caio tem passagens pela polícia por violência contra outras mulheres e Vanessa queria entender melhor a ficha criminal do ex-noivo, mas, a delegada se recusou a falar.

“Ela falou para mim que não podia passar o histórico dele, mas que eu já sabia, porque ele mesmo tinha falado de agressões. Aí eu falei, não, eu queria entender a natureza dessas agressões, Aí ela falou, não, você não vai, eu não posso passar isso aí, é sigiloso. Parece que tudo protege o cara, o agressor”, detalhou a vítima.

Na quinta-feira, as delegadas da DEAM, Elaine Benicasa e Analu Ferraz, afirmaram, em coletiva de imprensa, que todo o apoio da Polícia Civil foi prestado à jornalista, inclusive com oferecimento de alojamento e abrigo na DEAM, mas, o áudio contradiz o discurso feito pelas delegadas.

O áudio impactou a sociedade sul-mato-grossense, gerou indignação, comoção, escândalo nas redes sociais na noite desta sexta-feira (14) e foi parar em Brasília. Por conta do ‘alvoroço’, o Ministério das Mulheres divulgou uma nota oficial na madrugada deste sábado (15).

A nota diz que o Ministério das Mulheres encaminhou um ofício à Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul solicitando a abertura de procedimento investigativo para apurar o atendimento prestado à jornalista Vanessa Ricarte e ao Ministério Público a respeito de providências a serem tomadas.

A equipe do Ministério das Mulheres vem a Campo Grande, ainda neste final de semana, para dialogar com representantes da rede de atendimento.

De acordo com o órgão, o percurso de Vanessa até sua casa não poderia ter ocorrido sem a escolta da Patrulha Maria da Penha, de acordo com o protocolo de avaliação de risco para mulheres em situação de violência e que orienta o atendimento na Casa da Mulher Brasileira.

O assassinato de Vanessa acende uma série de erros da segurança pública na assistência prestada ao atendimento da mulher vítima de violência.

Leia a nota na íntegra:

“No papel de monitorar, supervisionar e fiscalizar a efetividade das políticas e serviços destinados a mulheres em situação de violência, o Ministério das Mulheres encaminhou um ofício à Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul solicitando a abertura de procedimento investigativo para apurar o atendimento prestado à jornalista Vanessa Ricarte, vítima de feminicídio na última quarta-feira, e ao Ministério Público a respeito de providências a serem tomadas.

Em áudio veiculado nesta sexta-feira (14), Vanessa descreve ter informado, durante atendimento na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Campo Grande, a decisão de retornar até sua casa, onde estava o agressor, Caio Nascimento. O percurso não poderia ter ocorrido sem a escolta da Patrulha Maria da Penha, de acordo com o protocolo de avaliação de risco para mulheres em situação de violência e que orienta o atendimento na Casa da Mulher Brasileira.

A equipe do Ministério das Mulheres viaja a Campo Grande ainda neste final de semana para dialogar com representantes da rede de atendimento. O órgão se solidariza com familiares, amigos e amigas de Vanessa e reafirma o compromisso de atuar pela prevenção e enfrentamento a todos os tipos de violência contra as mulheres, em especial o feminicídio, com investimentos em diversas políticas públicas focadas em informação e em atendimento. Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada”.

O ASSASSINATO

Jornalista, Vanessa Ricarte, de 42 anos morreu esfaqueada pelo noivo, Caio Nascimento, de 47 anos, na noite de quarta-feira (12), no Jardim São Bento, em Campo Grande.

Ela foi socorrida e encaminhada ao Hospital Santa Casa, passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. A morte foi confirmada por amigos em um grupo de jornalistas do WhatsApp às 23h55min de quarta-feira (12).

Caio está preso na DEAM.

Eles namoravam há 4 meses e moravam juntos. Ele tem passagens pela polícia por roubo, tentativa de suicídio, ameaça e violência doméstica contra a mãe, irmã e outras namoradas.

A jornalista iria completar mais um ano de vida no próximo domingo (16). Ela era assessora de imprensa do Ministério Público do Trabalho (MPT) e se formou em jornalismo pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

CAMPO GRANDE

Grávida morre em colisão entre carro x moto no Pioneiros

Chovia muito na hora do acidente e as condições de visibilidade eram baixíssimas

14/02/2025 08h35

Avenida foi interditada por algumas horas

Avenida foi interditada por algumas horas DIVULGAÇÃO

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Maiara Moraes de Souza, de 31 anos, morreu em colisão entre carro e moto, na rua Francisco dos Anjos, região do bairro Pioneiros, próximo ao cemitério Parque das Primaveras, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, ela estaria grávida, mas não se sabe de quantos meses.

De acordo com o boletim de ocorrência, Maiara conduzia uma motocicleta Honda CG, quando tentou ultrapassar um veículo e colidiu frontalmente com um Fiat Palio.

Ela bateu no vértice anterior esquerdo do automóvel. Chovia muito na hora do acidente, a pista estava molhada e as condições de visibilidade eram baixíssimas.

A vítima morreu na hora, antes mesmo da chegada do socorro.

Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram acionados, mas a vítima já estava sem sinais vitais.

Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica e funerária também compareceram ao local para efetuar os procedimentos de praxe.

O motorista do carro não apresentava sinais de embriaguez, mas, mesmo assim, fez teste do bafômetro, que deu negativo. A via foi totalmente interditada por algumas horas e posteriormente liberada.

Os pertences de Maiara – bolsa preta, celular, capacete e crachá da Santa Casa – foram entregues à delegacia a qual foi feito o boletim de ocorrência.

Após ser avisado do acidente, o irmão da vítima compareceu a delegacia para retirar os pertences da irmã. A motocicleta foi encaminhada ao pátio de uma empresa.

OUTRO ACIDENTE COM MORTE

Militar do Exército Brasileiro, Marcos Vinícius Fernandes, de 21 anos, morreu em colisão entre carro x moto, em 4 de fevereiro, na esquina das avenidas Ludio Martins Coelho e Nereu Ramos, no Jardim Bonança, em Campo Grande.

O motociclista, que conduzia uma Honda CG preta, furou o sinal vermelho em alta velocidade e colidiu brutalmente contra um Volkswagen Gol branco. 

Ele morreu na hora. O motorista do carro não se machucou. 

 

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