Polícia

OITIVAS

Envolvidos na Vostok prestam depoimento na Polícia Federal

Zé Teixeira, Ivanildo Miranda e Nelson Cintra foram ouvidos por delegado

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O deputado estadual Zé Teixeira (DEM) juntamente com o advogado Carlos Marques, além do pecuarista Ivanildo Miranda, alvo da operação e delator na Lama Asfáltica e o advogado Newley Amarilla estão neste momento na sede da Polícia Federal, em Campo Grande. 

Esteve também presente na superintendência, o ex-secretario e ex-prefeito de Porto Murtinho Nelson Cintra juntamente com o advogado Arnaldo Medeiros para ser ouvido. Ele informou ao Correio do Estado que essa já é a segunda vez que vem prestar depoimento na Polícia Federal desde que aconteceu a operação Vostok. "Da primeira vez eles queriam saber sobre os gados que vendi para a JBS, mas eu comprovei tudo. Agora eu quero saber porque me chamaram de novo", questionou Cintra.

De acordo com o advogado Carlos Marques que representa o deputa Zé Teixeira (DEM), o parlamentar foi ouvido durante 1 hora pelo delegado Igor  no qual o questionou sobre a venda de gados para a JBS. " Ele chegou foi para a sala de qualificação e depois foi prestar depoimento. Nós esclarecemos tudo", disse. 

Advogado do deputado Zé Teixeira (DEM), Carlos Marques.


Ontem (3), houve um desdobramento da Operação Vostok, ocorrida em setembro de 2018. A ação é um esforço coordenado para a realização de diligências relacionadas às medidas cautelares de busca e apreensão, afastamento de sigilos telefônicos e bancários decretados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Estão sendo intimadas aproximadamente 110 pessoas entre testemunhas e investigados. Os intimados terão as suas oitivas formalizadas nos estados de São Paulo, Paraná, Ceará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

A maior parte das oitivas, contudo, acontece na Superintendência da PF em Campo Grande, na região norte da Capital.
A investigação teve origem no acordo de colaboração dos executivos de conglomerado de empresas com destacada atuação no ramo de alimentos e apura um suposto esquema de corrupção na concessão de benefícios fiscais pelo governo do estado de Mato Grosso do Sul nos anos de 2015 e 2016.

A OPERAÇÃO

Entre acordos e propinas, a JBS deixou de recolher aos cofres públicos mais de R$ 209 milhões, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF). Foram emitidas notas fiscais frias para dissimulação do esquema de pagamento de propina outras empresas do ramo agropecuário e frigorifico. O rombo foi calculado somente nos dois primeiros anos da gestão atual.

A Operação Vostok, segundo nota divulgada na época pela Polícia Federal, teve as investigações iniciadas no começo deste ano, tendo por base termos de colaboração premiada de executivos da JBS. Os colaboradores detalharam os procedimentos adotados junto ao governo do Estado para a obtenção de benefícios fiscais.

Foram presos, na ocasião, o deputado estadual Zé Teixeira (DEM), o ex-deputado federal e ex-secretário de fazenda e atualmente conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Márcio Monteiro, além do agropecuarista de Maracaju, Élvio Rodrigues.

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) foi alvo de mandado de busca e apreensão em sua residência e no Parque dos Poderes.

O inquérito foi autorizado e tramita perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, que decretou as medidas em cumprimento. Aproximadamente 220 policiais federais cumprem 41 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão temporária, na capital do estado e nos municípios de Aquidauana, Dourados, Maracaju, Guia Lopes de Laguna; e Trairão no Estado do Pará. São alvos das medidas os endereços residenciais e comerciais dos investigados e os seus locais de trabalho.

Do total de créditos tributários auferidos pela empresa dos colaboradores, um percentual de até 30% era revertido em proveito da organização criminosa investigada. Nos autos do inquérito, foram juntadas cópias das notas fiscais falsas utilizadas para dissimulação desses pagamentos e os respectivos comprovantes de transferências bancárias.

Apurou-se também que parte da propina acertada teria sido viabilizada antecipadamente na forma de doação eleitoral oficial, ainda durante a campanha para as eleições em 2014; e que alguns pagamentos também teriam ocorridos mediante entregas de valores em espécie, realizadas nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, no ano de 2015.

No bojo da ação de hoje, foram cumpridos, ainda, três mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Estadual do Mato Grosso do Sul, no interesse da Promotoria do Patrimônio, cujo objeto vincula-se aos fatos investigados pela Polícia Federal.

 

*Matéria editada às 10h19 para acréscimo de informações 

HOMICÍDIO CULPOSO

Bebê de 6 meses morre na Santa Casa com ferimentos pelo corpo

Suspeita é que padrasto tenha agredido a criança na cabeça, costas e ouvido

18/03/2025 09h15

Maior hospital de Mato Grosso do Sul, Santa Casa de Campo Grande

Maior hospital de Mato Grosso do Sul, Santa Casa de Campo Grande GERSON OLIVEIRA

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Bebê, de 6 meses, morreu vítima de maus-tratos, nesta segunda-feira (16), no Hospital Santa Casa, localizado na rua Eduardo Santos Pereira, número 88, Centro, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, a criança teria ficado “aos cuidados” do namorado da mãe, no sábado (15), na casa em que moravam.

Mas, a mãe chegou em casa e encontrou a criança toda machucada e decidiu levá-la ao médico. Ela deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leblon com vários machucados, ferimentos e lesões pela cabeça, costas e ouvido.

Interrogada pelos médicos, a mãe disse que a criança tinha caído da cama. Mas, os médicos desconfiaram e disseram que os machucados não se tratavam de uma simples queda e acionaram a polícia.

Devido à gravidade dos ferimentos, a criança teve que ser transferida para a Santa Casa. No domingo (16), passou por cirurgia e seu estado de saúde ainda era delicado.

Na segunda-feira (17), não resistiu aos ferimentos e faleceu.

O padrasto, de 25 anos, que não tem a identidade divulgada, é o principal suspeito pela morte do bebê. Ele tem passagens pela polícia por tráfico de drogas, ameaça, roubo e roubo majorado e cumpre pena em regime domiciliar desde 30 de dezembro de 2024.

O caso foi registrado como “Homicídio Culposo e Maus Tratos, se do Fato Resulta Morte’ e vai ser investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente (DEPCA).

O caso é semelhante ao da menina Sophia de Jesus Ocampo, morta aos 2 anos e 7 meses de idade, em 26 de janeiro de 2023, após ser agredida pela mãe, Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos, e pelo padrasto, Christian Campoçano Leitheim, de 25 anos.

A menina era agredida constantemente e chegou a frequentar o posto de saúde, com partes do corpo quebradas, mais de 30 vezes, antes de ser morta. Ela também foi estuprada.

A cada consulta, a mãe dizia que Sophia caiu ou se machucou enquanto brincava. A surra que Sophia levou antes de morrer foi tão forte que a cabeça da menina chegava a girar 360º, pois teve os ligamentos do pescoço rompidos.

Em 6 de dezembro de 2024, mãe e padrasto foram condenados a penas que somam 52 anos de prisão.

Stephanie foi condenada a 20 anos de prisão por homicídio qualificado por omissão.

Já Christian foi condenado a 33 anos de prisão, sendo 20 anos por homicídio qualificado pelo motivo torpe, meio cruel e contra menor de 14 anos, e a 12 anos de prisão por estupro.

COMO DENUNCIAR?

Maus-tratos contra a criança e ao adolescente é crime.

De acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente, nenhuma criança ou adolescente deve ser objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão.

O objetivo é que a vida, saúde e integridade da vítima sejam preservadas. É importante denunciar e expor o delinquente para que as autoridades tomem as medidas cabíveis.

Caso não queria ser identificado, é possível efetuar a denúncia em anônimo por meio de vários canais de comunicação, existentes em Campo Grande. Confira:

  • Polícia Militar - 190

  • Bombeiro Militar – 193

  • Ministério Público – 127 ou 0800-647-1127

  • Polícia Civil - 197

  • 1º Conselho Tutelar Sul - (67)3314-6370 / (67)99941-2195 (plantão)

  • 2º Conselho Tutelar Norte - (67)3314-4483 / (67)99688-1623 (plantão)

  • 3º Conselho Tutelar Centro - (67)3314-4337 / (67)99715-9024 (plantão)

  • 4º Conselho Tutelar Bandeira - (67)3314-4482 / (67)99989-3692 (plantão)

  • 5º Conselho Tutelar Lagoa - (67)3314-4482 / (67)99847-9119 (plantão)

APREENSÃO

DOF apreende meia tonelada de agrotóxico na MS-379

Defensivo agrícola foi avaliado em R$ 510 mil

17/03/2025 11h00

Fiat Palio modelo 16V/1996 recheado de agrotóxico

Fiat Palio modelo 16V/1996 recheado de agrotóxico DIVULGAÇÃO/DOF

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Policiais militares do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) apreenderam 500 quilos de defensivos agrícolas, neste sábado (15), na MS-379, entre Dourados e Laguna Carapã, a 250 quilômetros de Campo Grande.

O agrotóxico foi avaliado em R$ 510 mil. Os defensivos agrícolas estavam distribuídos em pacotes. Um homem, de 31 anos, foi preso em flagrante.

Conforme apurado pela reportagem, os policiais faziam bloqueio na MS-379 quando abordaram um Fiat Palio modelo 16V/1996.

Vistoriaram o veículo e localizaram 500 pacotes de defensivos agrícolas, totalizando meia tonelada do material contrabandeado.

Questionado, o motorista afirmou que carregou o automóvel em Pedro Juan Caballero (PY) e levaria até Itaporã (MS), onde receberia R$ 1 mil pelo transporte.

O material foi apreendido e entregue na Delegacia da Polícia Federal em Dourados. A ação ocorre dentro do Programa Protetor das Fronteiras e Divisas, parceria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Em 27 de janeiro de 2025, policiais do DOF apreenderam oito toneladas de defensivos agrícolas contrabandeados em Laguna Carapã.

Os defensivos, contrabandeados do Paraguai, estavam em um caminhão Mercedes Benz. Homem, de 37 anos, foi preso em flagrante. O prejuízo estimado ao crime foi de R$ 8,1 milhões.

Conforme apurado pela reportagem, os militares realizavam patrulhamento na cidade, quando pararam o caminhão e abordaram o condutor.

Questionado pelos policiais, ele confessou que o veículo estava carregado com os produtos contrabandeados.

Ele afirmou que carregou o caminhão em Laguna Carapã e descarregaria em Nova Andradina, onde receberia R$ 500 pelo transporte.

O material apreendido foi encaminhado à Delegacia da Polícia Federal em Dourados.

Em 4 de janeiro de 2025, militares do DOF apreenderam defensivos agrícolas contrabandeados, avaliados em R$ 4 milhões, em Aral Moreira, município localizado a 376 quilômetros de Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, os militares faziam bloqueio na MS-386, quando deram voz de parada ao caminhão. Durante interrogatório dos policiais, o homem apresentou controvérsias sobre o motivo da viagem.

Os militares revistaram o compartimento de carga e flagraram diversos galões com 1.130 litros de defensivo agrícola e 2.800 quilos em sacos.

Questionado, o autor afirmou que pegou os defensivos agrícolas em Ponta Porã e levaria até a cidade de Caarapó, onde receberia R$ 8 mil.

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