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Justiça de São Paulo mantém Hytalo Santos e Euro presos após audiência de custódia

Os advogados do casal apresentaram um habeas corpus para a Justiça da Paraíba pedindo a revogação da prisão

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A Justiça de São Paulo decidiu pela manutenção da prisão do influenciador digital Hytalo Santos e do seu marido, Israel Nata Vicente - conhecido como Euro -, após audiência de custódia realizada neste sábado, 16, em Carapicuíba, onde a dupla foi detida na última sexta-feira, 15.

Hytalo e Euro são acusados pelo Ministério Público da Paraíba e pelo Ministério Público do Trabalho de praticarem crimes de tráfico de pessoas e exploração sexual infantil a partir de conteúdos produzidos nas redes sociais. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Comarca de Bayeux, na Paraíba. A defesa alega inocência (veja abaixo).

A audiência foi realizada de forma virtual e serviu para checar se alguma ilegalidade foi cometida no ato da prisão. "Eles permanecem presos", informou o Tribunal de Justiça, em comunicado.

Questionada, a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado (SAP) informou que, até a tarde deste sábado, ambos ainda não tinham dado entrada no sistema da SAP. A defesa de Hytalo e Euro foi procurada após, a decisão da audiência de custódia, mas não se manifestou.

Habeas Corpus

Os advogados do casal apresentaram um habeas corpus para a Justiça da Paraíba pedindo a revogação da prisão. O caso é investigado e será julgado lá, mas recebe o apoio da Polícia Civil de São Paulo. Os defensores argumentam que a investigação sobre o caso existe desde 2020 e, por isso, não haveria justificativa legal para decretar a prisão preventiva neste momento.

Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Antonio Rudimacy Firmino de Sousa, da 2ª Vara de Bayeux (PB), sob o argumento de que Hytalo e Euro poderiam destruir provas e ocultar valores financeiros obtidos com a prática das ações de exploração sexual infantil.

O juiz escreveu que os dois já estavam atuando para "destruição deliberada de documentos e tentativa de coação de testemunhas".

O habeas corpus foi apresentado na segunda instância, ao Tribunal de Justiça da Paraíba. Por se tratar de final de semana, foi distribuído a um desembargador plantonista, que vai analisar o caso.

Fuga

O delegado Fernando David, titular da 3.ª Delegacia de Investigações sobre Estelionato e Crimes contra a Fé Pública (DIG), afirmou que o influencer Hytalo Santos e o seu marido, Israel Nata Vicente - conhecido como Euro -, planejavam fugir do País e que ambos já sabiam da possibilidade de os mandados de prisão serem expedidos.

"Há, sim, a suspeita de que eles estavam tentando se evadir. Sabiam já que seria expedido um mandado de prisão (...) na madrugada de ontem", afirmou David (veja o vídeo acima). Ainda segundo o delegado, eles estavam em São Paulo desde quinta, 14, e a cidade poderia servir de rota para a fuga.

Eles foram capturados em uma residência de alto padrão, onde estavam hospedadas oito pessoas - todas maiores de idade. Para realizar a prisão, o serviço de inteligência da polícia monitorou o veículo usado pelo casal - um Land Rover - que ficou estacionado na frente da mansão em Carapicuíba.

O caso ganhou repercussão nacional após denúncias do youtuber Felca sobre episódios de adultização de crianças e adolescentes. Hytalo foi banido da rede social Instagram e o marido, Euro, também teve a conta desativada após tentar defender o influencer
 

Operação Uxoris

Denúncia de ex-esposa desencadeou operação contra lavagem de dinheiro e contrabando

Mulher descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome, feitos pelo ex-marido, e acionou a PF

03/12/2025 11h30

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade MARCELO VICTOR

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Operação Uxoris, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) nesta quarta-feira (3), surgiu a partir da denúncia da ex-esposa de um dos integrantes da organização criminosa, que utilizava os documentos pessoais dela para abrir pessoas jurídicas (PJs), sem autorização, para praticar delitos.

A partir disso, ela descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome e acionou a PF. Em posse das informações, PF e RFB iniciaram as investigações há dois anos e desencadearam a Operação Uxoris, cujo nome faz referência a essa situação conjugal.

"A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada pela ex-esposa, de um dos integrantes do grupo criminoso, ela comunicou a Polícia Federal a utilização de seus documentos pessoais para abertura de pessoas juridicas que estariam sendo utilizadas para a pratica desses delitos, gerando passivos tributarios, sem autorização dessa senhora. A partir disso, a Polícia Federal iniciou as investigações da Operação Uxoris, em referencia justamente a essa outorga conjugal”, detalhou o chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade.

OPERAÇÃO UXORIS

Efetivo de 70 servidores, sendo 50 policiais federais e 20 agentes da Receita Federal, alocados em 12 viaturas, deflagram a Operação Uxoris, na manhã desta quarta-feira (3), em Mato Grosso do Sul e São Paulo (SP).

Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo oito em Campo Grande (MS) e um em Osasco (SP). Na Capital sul-mato-grossense, os mandados foram cumpridos no Centro, bairro Universitário, Vila Nhá-Nhá, entre outros locais.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Esses produtos - eletrônicos, brinquedos, utensílios domésticos e acessórios eletrônicos- eram vendidos em lojas online (marketplace) e lojas físicas, todas localizadas em Campo Grande (MS). As mercadorias eram distribuídas em todo o território nacional.

Os itens são oriundos de vários países e entraram no País através da fronteira Brasil/Paraguai.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões. Wellington da Silva Cruz, policial militar, é um dos integrantes do grupo criminoso.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O grupo criminoso utilizava a modalidade de pagamento “dólar-cabo”, que é um sistema informal de transferência de dinheiro para o exterior.

Em vez de enviar o dinheiro fisicamente, a pessoa no Brasil paga em reais a um "doleiro", que então garante que a mesma quantia seja entregue em dólares em uma conta no exterior. Essa operação é frequentemente utilizado em atividades ilícitas e considerada crime de evasão de divisas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o delegado da PF, Anezio Rosa de Andrade, os crimes desencadeiam em concorrência desleal, que é é algo que prejudica os comerciantes que pagam os devidos impostos.

“Um comerciante que faz o pagamento formal, que tem a sua empresa regularizada, muito dificilmente consegue concorrer com outras empresas, com outros comerciantes, que não atuam da mesma forma. Então, o nosso objetivo também, além de combater a questão aduaneira e tributária, é também fortalecer a concorrência lícita dentro do território nacional”, explicou.

Operação Uxoris

PF e Receita desmantelam esquema de contrabando de mercadorias ilegais

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande (MS) e Osasco (SP)

03/12/2025 08h15

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Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) cumpriram nove mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (3), durante a Operação Uxoris, em Campo Grande (MS) e São Paulo (SP).

Na Capital sul-mato-grossense, os mandados supostamente foram cumpridos nos altos da avenida Afonso Pena e bairro Universitário.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Conforme apurado pela reportagem, os produtos eram distribuídos em todo o território nacional, por meio de vendas online (marketplace) e através de lojas físicas localizadas em Campo Grande (MS).

De acordo com a PF, o grupo criminoso utilizava a modalidade conhecida como dólar-cabo para efetuar pagamentos das mercadorias, realizando remessas ilegais de valores ao exterior mediante compensações financeiras irregulares.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

CONTRABANDO E DESCAMINHO

Contrabando e descaminho são crimes relacionados à importação e exportação de mercadorias. Contrabando é a importação ou exportação de mercadorias proibidas.

Descaminho é à importação ou exportação de mercadorias lícitas sem o pagamento dos tributos devidos. A principal diferença reside na natureza da mercadoria: no contrabando, a mercadoria é proibida; no descaminho, a mercadoria é legal, mas o tributo não é pago.

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 68 ocorrências de contrabando e 56 de descaminho foram registradas, entre 1º de janeiro e 27 de novembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

Em relação ao descaminho, 0 ocorreu em janeiro, 11 em fevereiro, 2 em março, 5 em abril, 5 em maio, 2 em junho, 5 em julho, 9 em agosto, 4 em setembro, 11 em outubro e 2 em novembro.

Em relação ao contrabando, 2 ocorreram em janeiro, 8 em fevereiro, 4 em março, 2 em abril, 9 em maio, 9 em junho, 5 em julho, 8 em agosto, 4 em setembro, 13 em outubro e 4 em novembro.

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