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Maniaco em série aguarda por uma vaga no sistema prisional da Capital

O homem agrediu e estuprou senhoras que vivem no Bairro Vida Nova em Campo Grande, câmeras de segurança gravaram momento de ataque

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O criminoso de 36 anos que espancou e estuprou senhoras moradoras do Bairro Vida Nova em Campo Grande na última quarta-feira (23) aguarda uma vaga no sistema prisional de Campo Grande após juíza decretar prisão preventiva do indivíduo.

A audiência de custódia foi realizada nesta sexta-feira (25), pela juíza, May Melke Amaral que acatou o pedido de prisão preventiva feito pela delegada titular do caso, Sueli Araújo Lima Rocha da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). 

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O maniaco continuará detido na Deam até que uma vaga em presídio surja. 

O indivíduo atacou três senhoras, duas conseguiram ser socorridas após suplicarem por ajuda, diferente da terceira vítima, que foi estuprada e espancada pelo maniaco, tendo de ser internada na Santa Casa de Campo Grande, por apresentar um quadro de Traumatismo Cranioencefálico (TCE).

A primeira vítima foi uma senhora de 64 anos que estava chegando em casa por volta das 20h40, a segunda tinha 57 anos e foi atacada por volta das 20h53 em frente a uma escola da região, já a terceira vítima de 54 anos foi surpreendida em sua casa.

Câmeras de segurança da escola municipal onde a segunda mulher foi atacada registraram toda a abordagem. 

Nas imagens é possível ver o exato momento em que o autor passa do outro lado da rua, conduzindo a vítima a seu lado, segurando a pelos cabelos. 

O guarda do local percebe a movimentação, e corre para buscar a chave do portão da escola para prestar socorro a senhora, neste momento o autor que estava tentando esfaquear a mulher, foge e ela corre, sentando-se no meio fio bem no canto direito do vídeo.  

Durante a luta para se salvar, a vítima recebeu um golpe de faca no pescoço, que causou um corte superficial.

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Entenda a sequência dos ataques

Com uma faca, o maniaco buscou atacar mulheres de mais idade, desprotegidas. A primeira senhora, que não quis se identificar, relatou que mora sozinha e estava chegando em sua residência quando foi abordada pelo homem.  

"Ele estava agitado, chegou por trás, foi tudo muito rápido, quando vi a faca e ele me disse que iria me matar eu comecei a gritar, meu vizinho apareceu e ele saiu correndo, nunca vi ele pela região, fiquei apavorada, dormi na casa do meu filho depois disso", descreveu a senhora.

Segunda vítima

A segunda vítima, uma servidora pública de 57 anos, estava indo ao mercado comprar um creme de leite e na volta passou pela rua Maraú. Quando estava em frente a uma escola da região foi surpreendida pelo bandido.

De acordo com o depoimento da mulher, o criminoso a puxou pelo cabelo, falando que ia levar ela para um cantinho, que era para ela ficar quietinha. A vitima relata que suplicava para que Deus a salva-se.  

A movimentação estranha chamou a atenção do guarda da escola, que correu para socorrer a mulher. 

Antes de fugir o homem empurrou a mulher no chão e começou a agredi-la, durante o conflito o individuo golpeou a mulher com uma facada superficial no pescoço e fugiu do local.

Para a delegada dos casos, Sueyli Araújo Lima Rocha da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) o criminoso, não tinha a intenção apenas de roubar, mas de estuprar as mulheres.

"A segunda vítima ofereceu dinheiro e objetos para ele, mas ele não pegou, tudo indica que ele queria apenas roubar, mas também estuprar ela", relatou a delegada.

Terceira vítima

Se dirigindo para a rua Marata, o homem fez sua terceira e última vítima. A mulher de 54 anos, tinha acabado de chegar da igreja às 21h quando foi atacada pelo estuprador.

O maniaco espancou a mulher com o cabo da faca que carregava, amordaçou a vítima para que ela não gritasse e a estuprou. 

O homem deixou a casa por volta das 5h, levando dinheiro, objetos e os documentos da mulher.

Segundo relatado, ela passou a noite amarrada e só conseguiu pedir socorro aos vizinhos pela manhã, quando conseguiu se desvencilhar da amordaça e gritou explicando tudo que tinha acontecido. 

Rapidamente os vizinhos acionaram a polícia, que precisou arrombar a porta da casa para resgata-la.  

A vítima foi levada para o hospital, e esta internada na Santa Casa de Campo Grande com quadro de Traumatismo Cranioencefálico (TCE). Mesmo muito machucada, a mulher se encontra consciente.

Operação de busca

A Polícia Militar e Polícia Civil montaram força-tarefa para caçar o suspeito dos ataques, todas as equipes do pelotão Nova Lima, que soma cerca de 15 militares da 11º Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), uma equipe do setor de Inteligência da Polícia Militar e duas do Setor de Investigações Gerais (SIG) e da Deam, se mobilizaram para as buscas ao suspeito na região.

O homem foi encontrado na avenida Dr. Nasri Siufi no interior de uma construção abandonada. Os objetos roubados foram usados para o criminoso comprar drogas. O bandido tem diversas passagens pela polícia e estava foragido pelo crime de roubo.  

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Operação Uxoris

Denúncia de ex-esposa desencadeou operação contra lavagem de dinheiro e contrabando

Mulher descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome, feitos pelo ex-marido, e acionou a PF

03/12/2025 11h30

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade MARCELO VICTOR

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Operação Uxoris, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) nesta quarta-feira (3), surgiu a partir da denúncia da ex-esposa de um dos integrantes da organização criminosa, que utilizava os documentos pessoais dela para abrir pessoas jurídicas (PJs), sem autorização, para praticar delitos.

A partir disso, ela descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome e acionou a PF. Em posse das informações, PF e RFB iniciaram as investigações há dois anos e desencadearam a Operação Uxoris, cujo nome faz referência a essa situação conjugal.

"A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada pela ex-esposa, de um dos integrantes do grupo criminoso, ela comunicou a Polícia Federal a utilização de seus documentos pessoais para abertura de pessoas juridicas que estariam sendo utilizadas para a pratica desses delitos, gerando passivos tributarios, sem autorização dessa senhora. A partir disso, a Polícia Federal iniciou as investigações da Operação Uxoris, em referencia justamente a essa outorga conjugal”, detalhou o chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade.

OPERAÇÃO UXORIS

Efetivo de 70 servidores, sendo 50 policiais federais e 20 agentes da Receita Federal, alocados em 12 viaturas, deflagram a Operação Uxoris, na manhã desta quarta-feira (3), em Mato Grosso do Sul e São Paulo (SP).

Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo oito em Campo Grande (MS) e um em Osasco (SP). Na Capital sul-mato-grossense, os mandados foram cumpridos no Centro, bairro Universitário, Vila Nhá-Nhá, entre outros locais.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Esses produtos - eletrônicos, brinquedos, utensílios domésticos e acessórios eletrônicos- eram vendidos em lojas online (marketplace) e lojas físicas, todas localizadas em Campo Grande (MS). As mercadorias eram distribuídas em todo o território nacional.

Os itens são oriundos de vários países e entraram no País através da fronteira Brasil/Paraguai.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões. Wellington da Silva Cruz, policial militar, é um dos integrantes do grupo criminoso.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O grupo criminoso utilizava a modalidade de pagamento “dólar-cabo”, que é um sistema informal de transferência de dinheiro para o exterior.

Em vez de enviar o dinheiro fisicamente, a pessoa no Brasil paga em reais a um "doleiro", que então garante que a mesma quantia seja entregue em dólares em uma conta no exterior. Essa operação é frequentemente utilizado em atividades ilícitas e considerada crime de evasão de divisas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o delegado da PF, Anezio Rosa de Andrade, os crimes desencadeiam em concorrência desleal, que é é algo que prejudica os comerciantes que pagam os devidos impostos.

“Um comerciante que faz o pagamento formal, que tem a sua empresa regularizada, muito dificilmente consegue concorrer com outras empresas, com outros comerciantes, que não atuam da mesma forma. Então, o nosso objetivo também, além de combater a questão aduaneira e tributária, é também fortalecer a concorrência lícita dentro do território nacional”, explicou.

Operação Uxoris

PF e Receita desmantelam esquema de contrabando de mercadorias ilegais

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande (MS) e Osasco (SP)

03/12/2025 08h15

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Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) cumpriram nove mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (3), durante a Operação Uxoris, em Campo Grande (MS) e São Paulo (SP).

Na Capital sul-mato-grossense, os mandados supostamente foram cumpridos nos altos da avenida Afonso Pena e bairro Universitário.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Conforme apurado pela reportagem, os produtos eram distribuídos em todo o território nacional, por meio de vendas online (marketplace) e através de lojas físicas localizadas em Campo Grande (MS).

De acordo com a PF, o grupo criminoso utilizava a modalidade conhecida como dólar-cabo para efetuar pagamentos das mercadorias, realizando remessas ilegais de valores ao exterior mediante compensações financeiras irregulares.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

CONTRABANDO E DESCAMINHO

Contrabando e descaminho são crimes relacionados à importação e exportação de mercadorias. Contrabando é a importação ou exportação de mercadorias proibidas.

Descaminho é à importação ou exportação de mercadorias lícitas sem o pagamento dos tributos devidos. A principal diferença reside na natureza da mercadoria: no contrabando, a mercadoria é proibida; no descaminho, a mercadoria é legal, mas o tributo não é pago.

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 68 ocorrências de contrabando e 56 de descaminho foram registradas, entre 1º de janeiro e 27 de novembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

Em relação ao descaminho, 0 ocorreu em janeiro, 11 em fevereiro, 2 em março, 5 em abril, 5 em maio, 2 em junho, 5 em julho, 9 em agosto, 4 em setembro, 11 em outubro e 2 em novembro.

Em relação ao contrabando, 2 ocorreram em janeiro, 8 em fevereiro, 4 em março, 2 em abril, 9 em maio, 9 em junho, 5 em julho, 8 em agosto, 4 em setembro, 13 em outubro e 4 em novembro.

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