Após cometer uma série de crimes por Mato Grosso do Sul, uma quadrilha mineira especializada em roubar Hilux - e usar o Aeroporto Internacional de Campo Grande no processo - foi freada por equipes do Batalhão de Choque, que conseguiram apreender diversas placas; veículos e armamentos, e ainda prender cinco dos seis indivíduos envolvidos, sendo um morto em confronto.
Conforme repassado pelo Batalhão de Choque, a equipe foi informada de um dos pontos em Campo Grande que a organização usava para trocar as placas dos veículos roubados, localizado na rua dos Caiuás, 499, no Bairro Santo Antônio.
Cabe apontar aqui que, sendo um grupo especializado vindo da região metropolitana de Minas Gerais, a quadrilha já tinha furtado diversas caminhonetes Hilux em Mato Grosso do Sul desde o último mês, crimes esses registrados nos dias 16 e 17 de setembro em Terenos.
Estavam envolvidos com a quadrilha os seguintes autores: Jean, de 38 anos, apontado como chefe da quadrilha; Adriano, 34; Rodrigo, 43; Hudson, 32; Arthur, 26, além de Agostinho Mota Maia Neto, morto em confronto aos 41 anos.
Agostinho foi encontrado durante diligências, na rua Brasília, quase em frente a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), depois que toda a quadrilha já tinha sido enquadrada, sendo que esse recebeu voz de prisão quando ainda estava dentro do veículo, mas não acatou a ordem dada pelos policiais para que saísse com as mãos para cima.
Ao sacar uma arma e apontar para os policiais, a ação do indivíduo foi contida pela equipe do Batalhão de Choque, que alvejou o motorista que conduzia um HB20 prata, e veio a óbito por volta de 22h56 deste domingo (1º de outubro).
No interior do veículo, no assoalho, a perícia encontrou o revólver calibre 38 que Agostinho teria apontado para o Choque, além de duas placas que seriam de duas Hilux, uma cinza e outra preta, respectivamente de Corumbá e Campo Grande.
Contagem interrompida
Aqui é importante ressaltar o modo que a quadrilha agia, já que as duas caminhonetes citadas acima, furtadas em Terenos, foram depois localizadas (ainda em 19 de setembro) estacionadas no Aeroporto Internacional de Campo Grande, já com as placas adulteradas.
Diante de um novo furto, dessa vez de uma Hilux branca, com informações da localização da quadrilha no bairro Santo Antônio, o choque foi até o endereço e encontraram o veículo e cinco indivíduos pertencentes ao grupo organizado.
Além dos envolvidos, os policiais encontram na casa várias placas adulteradas dos modelos de carro que a quadrilha furtava; colete a prova de balas; duas pistolas; chapéus de cowboy para disfarce; chaves de seis veículos; fone, tripé e óculos de atirador, além de várias ferramentas usadas nos crimes.
Ao tomar a frente das explicações aos policiais, o membro Jean detalhou que o grupo tinha um Voyage branco, uma caminhonete Ranger azul e o HB20 prata que estava com Agostinho, sendo que todos eram usados para cometer os crimes.
Vindos todos de Contagem, Jean revelou ser funcionário de uma especializada em equipamentos para proteção e rastreio de veículos. Em Campo Grande, há cerca de 15 dias, eles alugaram a casa em que estavam por meio de documentos falsos.
Chefe da quadrilha ao lado de Agostinho, Jean conta que os carros visados eram mesmo Hilux de 2019 a 2022, e que tinham um aparato especial que codificava as chaves para ligar cada veículos, sendo ele o responsável por abrir os carros.
Ainda, Agostinho e Arthur eram encarregados de escolher os veículos, enquanto Adriano, Rodrigo e Hudson levavam os carros até Corumbá, Fronteira com a Bolívia.
Foi revelado também que os carros eram negociados por cerca de R$ 30 mil, que era pago por pix pelo oleiro de Corumbá ao doleiro de Belo Horizonte, com os valores divididos em partes iguais pela quadrilha.




