Cidades

Greve

Policiais Civis de MS estabelecem prazo para negociar com o governo

Com o fim do período estabelecido, caso a proposta feita pela categoria não seja aceita, pelo governo do Estado eles irão se reunir para votar se entram efetivamente em greve

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Após sinalizarem o indicativo de greve, os policiais civis de Mato Grosso do Sul irão até a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), na quinta-feira (29), em uma tentativa de alinhar um possível acerto.

O presidente do Sindicato dos Policiais de MS (Sinpol-MS), Alexandre Barbosa da Silva, afirmou que será dado o prazo de 20 dias para o governo do Estado.

“Estamos no indicativo de greve e, paralelo a isso, nós estamos fazendo manifestações. A primeira será quinta-feira na Assembleia Legislativa. Então, o prazo que damos para o governo negociar com a gente é de 20 dias, para podermos decidir pela greve ou não”, explicou o presidente do Sinpol-MS.

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, a categoria está em negociação com o governo do Estado desde o ano passado. Inclusive, Alexandre cobrou do governador Eduardo Riedel (PSDB) a recomposição salarial.

“Nós cobramos do governador, ainda quando ele era secretário, um compromisso que ele tem com o sindicato desde 2016, onde se afirmava na época que o salário dos policiais estaria entre os seis melhores do país, mas não foi cumprido. Ele disse que faria o aumento, nem que fosse parcelado", informou Alexandre.

Efetivo

Mato Grosso do Sul possui 1.600 profissionais, entre escrivães e investigadores. Em decorrência da demanda, o contingente necessário para atender à população seria de 2.500 trabalhadores.


Além do baixo salário, os profissionais contestam a carga horária que deveria ser de 40 horas semanais. No entanto, alguns trabalhadores chegam a cumprir até 80 horas por semana e, ainda, sem receber pelos extras.

Negociações

Durante reunião com representantes do sindicato na última terça-feira (20), Riedel recuou a decisão e não cumpriu com a promessa, oferecendo incorporar no subsídio o auxílio alimentação, o que segundo a classe, não supre a necessidade dos trabalhadores. Outra reclamação é em relação ao auxílio saúde no valor de R$ 2.000,00. 
 

Protocolo de ofício

Na última sexta-feira (26), o Sinpol-MS protocolou um ofício na Delegacia Geral de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (DGPC), cobrando a organização dos plantões. Entre as demandas estão a falta de escrivães e investigadores. Leia na íntegra:

“O Sindicato solicita adoção de providências junto às chefias de departamento, de regionais e titulares das unidades de Polícia Civil para que as escalas de plantão sejam reorganizadas, de forma a atender a carga horária definida por Lei e, especialmente, para que não haja plantão com um único policial, enfatizando que ‘não haverá mais tolerância a situações ilegais envolvendo nossos substituídos’.


“A entidade ainda solicita ser informada do motivo de ausência física dos delegados de plantão da 4ª Delegacia de Campo Grande e DEPAC Centro nos períodos noturno, fins de semana e feriados, situação que leva agentes a exercerem funções privativas e indelegáveis daqueles, como lavratura de boletins de ocorrências e demais peças com informação inverídica da presença física dos delegados. Por fim, o Sinpol destaca que a situação vem levando ao adiamento de perícias, oitivas, apreensões, entre outros serviços urgentes da Polícia Civil”.

A reportagem entrou em contato com  a Secretaria de Estado de Administração (SAD), que informou que "o governo de Mato Grosso do Sul dialoga com todas as categorias de servidores constantemente".

** Colaborou Thais Cintra

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cartas marcadas

Suspeita de direcionamento faz Tribunal de Contas paralisar licitação da Lotesul

Conselheiro Márcio Monteiro acatou pedido feito por Jamilzinho e por empresa de Dourados para investigar certame

12/04/2025 08h00

Empresa que comandar Lotesul poderá ter parceiras que ofereçam jogos de cassino, como o

Empresa que comandar Lotesul poderá ter parceiras que ofereçam jogos de cassino, como o "tigrinho" Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Decisão do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) Márcio Monteiro suspendeu a licitação para a escolha do gestor da Loteria Estadual de Mato Grosso do Sul (Lotesul). A medida atende a denúncias de direcionamento do certame, que deveria ter sido realizado no dia 17 de março, mas foi paralisado por um pedido de explicações.

De acordo com a determinação do conselheiro, datada de quarta-feira, a medida visa atender aos pedidos de impugnação feitos por Jamil Name Filho, o Jamilzinho, e a empresa Criativa Technology, de Dourados.

“Os denunciantes alegam que o edital de licitação impugnado contém indícios de direcionamento do certame, em virtude de condições incomuns e injustificadas, assim como impugnam diversos itens do termo de referência que comprometam a competitividade e/ou viabilidade econômica da licitação, tanto para os concorrentes quanto para o próprio estado de Mato Grosso do Sul”, diz trecho do documento.

Os mesmos requerentes que pediram a impugnação do certame e ganharam aceite do TCE-MS para apuração também haviam ingressado com pedido de impugnação na Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), porém, o pedido foi negado e a secretaria determinou o prosseguimento da licitação, como mostrou o Correio do Estado.

Entretanto, na visão da Corte de Contas, a denúncia deve ser avaliada “com cautela”, para saber “se as exigências técnicas não direcionam o certame e estão alinhadas com a necessidade de contratação de solução tecnológica que assegure a segurança e a eficiência da gestão das atividades lotéricas”.

“Destaque-se, ainda, que o contrato previsto tem longa duração, o que potencializa os riscos de danos de difícil reversão à administração pública em caso de eventuais irregularidades. Assim, com fundamento no poder de recomendação e em atenção ao princípio da prevenção, determino ao jurisdicionado a postergação de quaisquer atos administrativos decorrentes do certame, até a manifestação desta Corte de Contas sobre a legalidade do procedimento licitatório, evitando, assim, prejuízos ao interesse público”, afirma o conselheiro em sua decisão.

O conselheiro relator ainda determinou a intimação do secretário de Estado de Fazenda, Flávio César, e da coordenadora de licitações do governo do Estado, Ana Carolina Batista Braz, “para apresentarem as justificativas e informações para uma completa apreciação da matéria em apreço”.

Para a defesa de Jamilzinho, a suspensão da licitação foi uma “medida adequada”. “O TCE-MS precisa examinar o edital impugnado com técnica e atenção ao interesse público, afinal, licitação nenhuma, segundo a lei, pode ser restritiva e eliminar interessados em dela participar”, declara o advogado André Borges.
A reportagem do Correio do Estado procurou a Sefaz para comentar a decisão do TCE-MS, porém, até o fechamento desta edição, nenhuma resposta foi enviada.

CARTAS MARCADAS

De acordo com as denúncias feitas tanto por Jamilzinho como pela empresa douradense, o certame teria sido feito de forma direcionada, para que poucas plataformas conseguissem participar. Ambos os pedidos de impugnação alegam que o texto “restringe a participação de fornecedores”.

Os pedidos de impugnação, como noticiou o Correio do Estado, foram feitos uma semana antes da data prevista para o certame, marcado para o dia 17 de março.

Apesar de não terem conseguido o resultado solicitado, no dia da licitação, poucos minutos após iniciado, o certame foi suspenso pelo leiloeiro, com a justificativa de responder a um pedido de “esclarecimento apresentado pelo sr. Rafael Willian de Melo, recebido em 15 de março de 2025”, traz o texto do pregoeiro Bruno Pereira Coelho. 

As propostas apresentadas eram feitas sobre o porcentual a ser repassado ao governo do Estado sobre o recebimento mensal da Lotesul. O mínimo, de acordo com o edital, era de 16,17%. Uma das empresas ofereceu exatamente o porcentual solicitado no edital, porém, outra ofereceu 17,20% e uma terceira destinava 21,57% ao governo.

Os nomes das empresas ainda não foram revelados no certame.

Saiba

Licitação bilionária

A empresa que vencer a licitação para comandar a Loteria Estadual de Mato Grosso do Sul (Lotesul) poderá ter um faturamento anual de até R$ 1,4 bilhão, segundo estimativa feita pelo Executivo de MS no termo de referência do certame, ao qual o Correio do Estado teve acesso.

Apesar de no edital de licitação constar que a “estimativa da receita média anual de remuneração da plataforma é de R$ 51.474.339,31”, no termo de referência está posto que o valor pode chegar até 0,85% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, que é de
R$ 166,8 bilhões.

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Ciências

Helena Nader é reeleita presidente da Academia Brasileira de Ciências

Primeira mulher a comandar a entidade ficará no cargo até 2028

11/04/2025 23h00

A biomédica Helena Nader, primeira mulher a comandar a Academia Brasileira de Ciências (ABC)

A biomédica Helena Nader, primeira mulher a comandar a Academia Brasileira de Ciências (ABC) Divulgação

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A biomédica Helena Nader, primeira mulher a comandar a Academia Brasileira de Ciências (ABC), foi reconduzida ao cargo por mais três anos. Ela foi reeleita para o segundo mandato como presidente da instituição para o triênio 2025-2028. 

O químico Jailson Bittencourt de Andrade seguirá na vice-presidência da ABC.

“Neste mundo complexo, onde novamente a ciência e educação estão sendo questionadas, a Academia Brasileira de Ciências, em conjunto com outras entidades e com a comunidade acadêmico-científica, terá papel muito importante na defesa da educação e ciência como motores para o desenvolvimento social, econômico e sustentável de qualquer nação, em especial do Brasil”, afirmou Helena, em nota.

O primeiro mandato de Helena Nader à frente da entidade iniciou em 2022.  Entre as metas elencadas para o novo mandato estão a busca de mais investimentos e a criação de fundos para a ciência. Ela também quer lutar pela valorização e direitos dos pós-graduandos e pós-doutores, combater a fuga de cérebros e estimular a capacitação de jovens cientistas

Segundo Helena, será formado um grupo de trabalho para discutir a nova divisão de áreas de conhecimento na ABC. 

“Faremos um estudo para discutirmos essas áreas, assim como já ocorreu em outras academias. Hoje a ciência é mais transversal, e precisamos ter um novo olhar sobre como abordá-la.”

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