Cidades

CAMPO GRANDE

Por dívida de R$ 630, policial mata empresário durante audiência de conciliação no Procon

Delegado afirma que PM não gostou de serviço prestado e "perdeu a cabeça" durante audiência

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O tenente reformado da Polícia Militar, José Roberto de Souza, atirou e matou o empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, durante audiência de conciliação no Procon estadual, em Campo Grande, na manhã desta segunda-feira (13).

De acordo com informações apuradas pelo Correio do Estado, a vítima era dono da empresa Aliança Só Hilux, especializada em peças de Hilux e SW4.

O policial militar era cliente e estaria devendo R$ 630 ao empresário, por uma prestação de serviço.

O irmão da vítima confirmou ao Correio do Estado que o cliente era um policial, mas devido ao momento de luto, preferiu não dar mais declarações.

Por conta dessa dívida, foi marcada a audiência de conciliação na sede do Procon estadual, na Rua 13 de Junho, para tentar resolver o caso.

Na sexta-feira (10) já havia ocorrido uma tentativa de conciliação no mesmo local e, hoje, nova tentativa seria realizada.

A audiência ocorria no primeiro andar no prédio, na presença de funcionários do Procon, quando o policial militar efetuou disparos.

Segundo testemunhas, foram três tiros, mas a vítima foi atingida por dois, sendo um na testa e outro no tórax, segundo o Corpo de Bombeiros, e morreu no local.

O policial militar fugiu em seguida.

O delegado William Rodrigues de Oliveira Júnior, que atendeu a ocorrência, disse que o policial “perdeu a cabeça”.

“Eles estavam tentando resolver uma pendência que eles tiveram numa prestação de serviço e aí, eu acho que no calor da situação ali, o rapaz [suspeito] acabou perdendo a cabeça”, disse o delegado.

Ainda segundo o delegado, o motivo da dívida não ter sido paga teria sido insatisfação.

“A vítima prestou um serviço, acho que não ficou de maneira satisfatória no ponto de vista do autor, ele foi, perdeu a cabeça no momento ali da conciliação”, acrescentou Oliveira Júnior.

O delegado também disse que o policial reformado tem porte de arma e que ele está sendo procurado.

O caso será investigado pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.

A Polícia Militar, por meio da assessoria de imprensa, disse que está ciente do ocorrido e que espera que o policial se apresente à Polícia Civil.

O órgão disse ainda que uma nota será emitida posteriormente sobre o caso.

Procon

Devido ao homicídio, o atendimento no Procon foi suspenso pelo restante do dia.

As audiências de conciliação que estavam marcadas para hoje serão remarcadas.

A secretária estadual de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead), Patrícia Elias Cozzolino de Oliveira, confirmou que não era a primeira audiência para tentar resolver o problema com um acordo.

"Nós estamos apurando todos os fatos, o Governo do Estado lamenta muito esse acontecido e estamos levantando tudo o que aconteceu", disse.

A secretária disse ainda que a questão da segurança no prédio público será apurada e medidas serão tomadas para reforçá-la".

"Vamos reforçar na questão da triagem das pessoas que vem para a conciliação e checar se houve ou não alguma falha de segurança. Estamos em processo de levantamento", explicou.

Entre as medidas que podem ser tomadas está a implantação de detectores de metais, que podem evitar que pessoas entrem armadas no local.

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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