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CAMPO GRANDE

Prefeita derruba projeto de bancada bolsonarista para banir atletas trans de competições

PL foi inicialmente apresentado por Rafael Tavares (PL), com os seguintes vereadores como coautores: André Salineiro (PL), Ana Portela (PL), Herculano Borges (Republicanos), Wilson Lands (Avante) e Leinha (Avante)

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Em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) de ontem (15), a prefeita Adriane Lopes trouxe assinatura no veto e derrubou o projeto da "bancada bolsonarista" aprovado há menos de um mês na Câmara Municipal, que buscava proibir e até banir atletas trans de competições esportivas. 

Esse projeto foi inicialmente apresentado pelo vereador Rafael Tavares (PL), com os seguintes parlamentares acompanhando o dito P.L.11.526 como coautores: André Salineiro (PL), Ana Portela (PL), Herculano Borges (Republicanos), Wilson Lands (Avante) e Leinha (Avante).

A publicação do veto total aponta inclusive que, durante a tramitação do projeto na Casa de Leis de Campo Grande, a própria Procuradoria Jurídica da Câmara Municipal havia opinado pela não tramitação do texto, por tratar-se de tema de competência da União e concorrente aos Estados e ao Distrito Federal.

A Procuradoria-Geral do Município (PGM) justificou que o projeto de lei "padece de vício formal de inconstitucionalidade por violação à repartição constitucional de competências estabelecida no artigo 24, IX, da Constituição Federal, não podendo o Município de Campo Grande legislar sobre o assunto". 

Através das redes sociais, a Associação das Travestis e Transsexuais e Mato Grosso do Sul (ATTMS), que é presidida por Cris Stefanny Venceslau, exaltou o veto ao projeto, dizendo que tal assunto ultrapassa a pauta LGBTQIAPN+, parabenizando a figura de Adriane Lopes. 

"Pela coragem de não se deixar levar por pressões, por entender que a lei é para todos e deve ser respeitada na sua essência. Parabéns por ter tido fibra e coragem de uma mulher sábia, em respeitar não a pauta ( LGBTQIAPN+), mas respeitar seres humanos que merecem Dignidade e Cidadania, respeitar as leis e a constituição", cita a publicação. 

Co-autor da proposta, o vereador André Salineiro já sinalizou a intenção de insistir na criação de uma lei específica de segregação de pessoas transgêneras. 

"Vou lutar para derrubar o veto no plenário e tentar tornar lei essa regra, porque estamos defendendo o direito das mulheres, que não querem isso. É o que as esportistas esperam de nós e estamos na Câmara para representá-las. Esse projeto visa proteger as mulheres. A pessoa trans pode competir com trans. A força biológica do homem é diferente, isso é científico", afirmou Salineiro em nota. 

Entenda

Na Capital, o estopim que levou à aprovação do projeto que proíbe atletas trans em competições esportivas na Câmara Municipal foi a recusa de atletas, do time Leoas de Campo Grande, de pisar no gramado contra a equipe Fênix pela Taça Tony Gol. 

Com uma atleta transgênero de 24 anos no time, a técnica Solange Rosa, mais conhecida como Sol, de 39 anos, chegou a afirmar que o projeto de lei só buscava tirar vantagem da competidora e que pautar o assunto sem discussões aprofundadas seria puro preconceito. 

"No futebol feminino a gente joga com homens, somos treinadas por homens e, no entanto, nunca debatemos isso. O que aconteceu no episódio do dia 6 [recusa das Leoas de entrar em campo] foi puro preconceito. Então, eu vejo que, ao aprovar essa lei, eles estão simplesmente jogando uma atleta na cova dos leões", argumentou Sol.

Antes desse episódio, vários outros jogos aconteceram normalmente sem esse tipo de intercorrência que pegou todas as atletas de surpresa, já que a jogadora em questão treina e joga no clube há quatro anos. 

Na Casa de Leis de Campo Grande, o PL para proibir atletas trans em competições anotou os seguintes votos:

Favoráveis

  • André Salineiro (PL);
  • Ana Portela (PL);
  • Carlão (PSB);
  • Clodoilson Pires (Podemos);
  • Dr. Jamal (MDB);
  • Dr. Victor Rocha (PSDB);
  • Fábio Rocha (União);
  • Herculano Borges (Republicanos);
  • Leinha (Avante);
  • Maicon Nogueira (PP);
  • Marquinhos Trad (PDT);
  • Neto Santos (Republicanos);
  • Otávio Trad (PSD);
  • Prof. Juari (PSDB);
  • Prof. Riverton (PP);
  • Rafael Tavares (PL);
  • Ronilço Guerreiro (Podemos);
  • Veterinário Francisco (União);
  • Wilson Lands (Avante).

Contra

  • Beto Avelar (PP);
  • Delei Pinheiro (PP);
  • Flávio Cabo Almi (PSDB);
  • Jean Ferreira (PT);
  • Landmark (PT);
  • Luiza Ribeiro (PT).

Como bem esclarece o veto, já no 1° artigo o PL apontava para o sexo biológico como "úniço critério definidor do gênero dos competidores em competições esportivas oficiais" em Campo Grande. 

Enquanto o artigo seguinte estabelece as penalidades, o terceiro inclusive deixava expresso a previsão para que "o atleta transgênero que omitir sua condição da respectiva entidade de administração do desporto ou entidade de prática desportiva será banido do esporte no âmbito do Município de Campo Grande/MS". 

 

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operação

Funcionárias são flagradas lavando garrafas em fábrica clandestina de bebidas alcoólicas

Durante vistoria na manhã desta quinta-feira (6), o estabelecimento localizado em Terenos não comprovou a origem do álcool e foi flagrado rotulando garrafas recicladas

06/11/2025 18h00

Divulgação Polícia Civil

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Durante ação em uma fábrica clandestina, a polícia flagrou quatro funcionárias lavando garrafas de bebidas recicladas e colocando nova rotulagem no local, que fica na Estrada Colônia Nova, em Terenos. O local foi interditado.

A ação ocorreu por intermédio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), com apoio de fiscais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Segundo informações dos fiscais do Mapa, a fábrica estava com a atividade de produção suspensa desde março de 2023, sendo proibida qualquer tipo de fabricação de bebidas no local.

No entanto, a equipe policial flagrou, além do proprietário, quatro funcionárias, e o local foi novamente interditado nesta quinta-feira (6).

Segundo informações da equipe que esteve no local, as funcionárias estavam lavando garrafas e colocando novos rótulos, como “Vodka Shirlof – 900 ml – sh – 36% vol.”.

Além disso, a fábrica apresentava vestígios de que estaria produzindo e envasando bebidas, já que foram encontrados vários rolos de rotulagem de produtos referentes às seguintes bebidas:

  • Vodka Shirlof;
  • Coquetel Alcoólico Shirlof Blueberry;
  • Gin Shirlof.

A equipe verificou que as garrafas eram lavadas apenas com detergente e estocadas sem condições adequadas de higiene, muitas delas já rotuladas.

O local não possui autorização para a fabricação de bebidas e também não conta com um técnico responsável pela produção. A origem do álcool utilizado na fabricação da bebida não foi comprovada.

Divulgação Polícia Civil

Apreensão

Durante a batida, foram apreendidas oito garrafas de bebidas prontas para consumo em cima do “forno”, uma máquina usada para embalar o fardo com seis unidades cada.

Segundo o informe da fiscalização, a produção anterior havia sido encaminhada para venda.

Por não possuir autorização e pelo descumprimento das práticas previstas em lei, assim como pela ausência de comprovação da origem do álcool utilizado, o responsável pela fábrica foi autuado em flagrante por crime contra as relações de consumo, que prevê:

  • II – vender ou expor à venda mercadoria cuja embalagem, tipo, especificação, peso ou composição esteja em desacordo com as prescrições legais, ou que não corresponda à respectiva classificação oficial;
  • IX – vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria em condições impróprias ao consumo.

A pena prevista varia de dois a cinco anos de prisão.

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Que pena, amor

Raça Negra tem show cancelado em Campo Grande

Em nota, a assessoria da banda afirmou que houve descumprimento de cláusulas contratuais

06/11/2025 17h47

Show do Raça Negra é cancelado em Campo Grande por quebra de contrato

Show do Raça Negra é cancelado em Campo Grande por quebra de contrato Divulgação

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O show do grupo musical Raça Negra, que estava marcado para acontecer no dia 23 de novembro no Shopping Bosque dos Ipês em Campo Grande, foi cancelado nesta quinta-feira (6). 

A informação foi divulgada em nota oficial pela assessoria da banda. 

Segundo o informe, a decisão acontece devido ao descumprimento de cláusulas contratuais. 

A banda lamentou o ocorrido e reforçou o desejo de voltar a Campo Grande para reencontrar o público. 

Veja na íntegra:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A banda Raça Negra, em respeito ao público e aos fãs, comunica o cancelamento do show que seria realizado no dia 23 de novembro, em Campo Grande/MS, devido ao descumprimento de cláusulas contratuais por parte da contratante. A banda lamenta o ocorrido e reafirma o desejo de retornar em breve a Campo Grande/MS para reencontrar seu público e seus fãs.

O evento teria a participação de outros artistas, como Vai Quem Quer, Juci Ibanez, Sandro Bacelar, Daran JR e Niny de Castro.

Ingressos

O valor dos ingresso eram variados: na Área VIP, a inteira custava R$ 200 e a meia-entrada, R$ 100. Lançado em outubro, ainda havia a opção VIP Solidária por R$ 105 a partir da doação de um brinquedo.

Já os bistrôs, com serviço open bar, as mesas de quatro lugares estavam no valor de R$ 1.600. Para quem escolheu o setor de mesas, também com open bar, os preços para oito lugares variavam conforme a localização. No Setor A, cada mesa custava R$ 4.600; no Setor B, R$ 4.300; e no Setor C, R$ 3.900. 

A organização responsável pelo evento, ABP Eventos e Prod. LTDA, afirmou que o cancelamento do show se deu por "quebra de contrato e desacordo comercial".

O devolvimento do valor dos ingressos a quem já comprou começará a partir do dia 14 de novembro nos próprios cartões e nas contas onde foram feitas as compras pelo PIX. 

Em caso de dúvidas, o telefone disponibilizado pela agência é o 67 99921-0099. 

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