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Prefeitura promete força-tarefa para tapar buracos na estiagem

Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos da Capital informou que está traçando um plano de recuperação viária para ser executado quando as chuvas cessarem

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Com a equipe do tapa-buraco de Campo Grande sem poder executar o serviço em função do período chuvoso, prefeitura promete uma força-tarefa de ações para recuperar as vias afetadas pelas precipitações. Segundo a prefeita Adriane Lopes (PP) informou ontem, essa medida deverá ser colocada em prática quando as chuvas cessarem, o que deve ocorrer no inverno.

“Se o buraco estiver com água, o solo todo encharcado e houver a execução do trabalho, esse trabalho vai ser perdido, com certeza, porque na próxima chuva vai ser levado”, disse a prefeita quando foi questionada sobre o assunto.

Em entrevista coletiva durante a inauguração do novo prédio do 3º Conselho Tutelar – Região Centro, a prefeita informou que, para resolver os danos causados pelas chuvas no asfalto da cidade, um plano foi feito para tapar buracos e realizar recapeamento de vias no período da estiagem.

“Temos vivenciado dias em que o solo da nossa cidade está encharcado. As equipes da Secretaria de Infraestrutura do município têm monitorado as regiões, e nós temos um plano de ação para ser executado no início da estiagem, que é o início do inverno na cidade, recuperando as áreas degradas pela chuva e trazendo as melhorias que a população tem nos cobrado diariamente”, declarou a prefeita.

Referente ao serviço de tapa buracos nas ruas, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), informou à reportagem do Correio do Estado que o serviço vem sendo “comprometido” por conta da aplicação de reparos no solo úmido.

“As precipitações intensas e diárias registradas nas últimas semanas têm comprometido a execução dos serviços de zeladoria, especialmente o tapa-buracos, uma vez que a aplicação do material no solo úmido resulta em desperdício e ineficiência”, respondeu a Sisep, em nota.

Com relação ao plano de ações de recuperação de ruas na cidade, a Sisep reiterou que o trabalho será realizado “assim que as chuvas cessarem”. 

“A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, está traçando um plano emergencial para executar uma força-tarefa de recuperação viária assim que as chuvas cessarem”, declarou a Sisep.

“Esse cenário climático exige planejamento para garantir que as ações corretivas sejam eficazes e duradouras. Ciente da necessidade de recuperação das vias, a gestão municipal está empenhada em, assim que houver uma estiagem, iniciar um mutirão de reparos nas sete regiões da cidade. O plano de recuperação será executado com equipes para garantir mais agilidade e minimizar os transtornos causados pelas chuvas”, completou, em nota, a Sisep.

Em março, choveu em Campo Grande 191,4 mm. Em comparação com de janeiro e fevereiro deste ano, março foi o mês mais chuvoso.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os dias 31 e 19 foram os mais chuvosos em março. No último dia do mês passado, choveu 43,6 mm e, no dia 19, foram registrados 64,2 mm. Ontem, conforme dados do Inmet, a precipitação foi de 9,2 mm. 

Atualmente, os serviços de reparos após estragos causados pela chuva estão concentrados na barragem do Lago do Amor, que cedeu novamente após um temporal.

Um dos pontos onde o asfalto foi carregado pela chuva na semana passada está localizado na Rua Nelson Figueiredo Júnior, no Jardim Bela Vista. O trecho já recebeu reparos emergenciais da prefeitura, com a colocação de camadas de brita graduada que tamparam partes tiveram o asfalto levado pela água.

BURACOS

O problema dos buracos em Campo Grande não é de agora, porém, diversas regiões da cidade estão necessitando de reparos no asfalto em função da ação das chuvas nos últimos meses.

Entre esses locais está a Rua Portugal e adjacentes, que fazem parte do Jardim América, onde diversos buracos dificultam a passagem de motoristas pela via.

Ao Correio do Estado, moradores e comerciantes do Jardim América reclamam da situação. Para o vendedor João Nantes, de 57 anos, o problema de buracos na Rua Portugal poderia ser resolvido de vez se houvesse um recapeamento total da via.

“Os bueiros aqui não conseguem drenar a água que vem descendo pelas ruas até chegar na avenida [das Bandeiras], aqui inunda tudo. Para acabar com buraco, deveria melhorar o escoamento de água, porque, se não chove, não tem buraco”, disse o vendedor.

Saiba

Dentro do cronograma mensal da operação tapa buracos, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) tinha de 10 a 15 equipes empenhadas apenas na manutenção de vias.

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quarteirização?

Pivô de escândalo em MT renova contratos milionários em MS

Empresário foi preso em novembro passado em MT envolvido em suposto esquema de R$ 1,8 bilhão. Ele vai faturar R$ 8,41 milhões por ano em Água Clara

08/04/2025 11h49

Prefeitura de da pequena cidade de Água Clara vai destinar cerca de 5% de sua receita para empresa cuiabana de informática

Prefeitura de da pequena cidade de Água Clara vai destinar cerca de 5% de sua receita para empresa cuiabana de informática

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Preso em novembro do ano passado em Mato Grosso por suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção em contratos da ordem de R$ 1,8 bilhão naquele Estado, o empresário Jânio Correa da Silva garantiu, nesta terça-feira (8), faturamento anual de quase R$ 8,5 milhões em três contratos renovados com a prefeitura de Água Clara, cidade a 200 quilômetros ao leste de Campo Grande. 

Conforme publicação do diário oficial do Governo do Estado desta terça-feira, os contratos com a empresa cuiabana Centro América Comércio, Serviço, Gestão Tecnológica foram inicialmente assinados em abril de 2023 e no começo deste mês receberam o segundo aditivo, sendo prorrogados até o começo de abril de 2026. 

Em abril de 2023 eles somavam R$ 7,22 milhões e desde então já foram corrigidos em 17%, passando para R$ 8,41 milhões por ano. Neste período, a inflação acumulada (IPCA) é um pouco superior a 9%. 

O maior deles, de R$ 5.918.478,13, assinado pela prefeita Gerolina da Silva Alves (PSDB), é para atender as secretarias de infraestrutura, finanças, educação e meio ambiente. O outro, de R$ 2.215.228,00, é com a secretaria de saúde e o terceiro, de R$ 284.512,00, é para atender a secretaria de assistência social. 

Para assinar os três contratos, a prefeitura de Água Clara escapou das licitações tradicionais e pegou carona em uma ata de registro de preços feita pelo município mato-grossense de Peixoto de Azevedo, que foi um dos alvos da operação que em novembro passado resultou na prisão de Jânio e mais cinco familiares. 

Em 2023, a prefeita tucana informou, no diário oficial, que estava contratando “empresa especializada em sistema de gestão integrada de frotas com abastecimento, rastreamento, seguro e manutenção preventiva e corretiva englobando peças e serviços dos veículos”. 

No dia 18 de março deste ano, outro prefeito tucano, Juliano Ferro, de Ivinhema, assinou contrato com esta mesma empresa e informou que iria gastar R$ 4.995.750,45 por um período de seis meses. Conforme o diário oficial daquela data, o contrato é para quarteirizar a gestão da frota municipal. 

Alguns juristas conceituam a quarteirização como sendo a evolução do processo de terceirização, em que o gerenciamento dos terceiros passa para uma quarta empresa. Quer dizer, os contratos milionários são apenas para gerenciar contratos que as prefeituras firmaram com outras empresas.

A prefeitura de Água Clara não utiliza o termo quarteirização dos serviços, mas o contrato que neste  ano chegou a Ivinhema já existia há dois anos em Água Clara. Com 16,7 mil habitantes, a prefeitura de Água Clara vai gastar o equivalente R$ 508,00 por habitante com a empresa do cuiabano que em novembro passado ficou cinco dias na cadeia. 

Para efeito de comparação, o valor a ser repassado à empresa CAT, como é conhecida a empresa de Mato Grosso, equivale ao custo anual da Câmara de Vereadores, que no ano passado recebem em torno de R$ 8 milhões.

Equivale, também a cerca de 5% de todo o orçamento anual da prefeitura, que no ano passado estimou receitas e despesas de R$ 165 milhões. 

O gasto per capito anual em Ivinhema, município comandado pelo “prefeito mais louco do Brasil”, é um pouco menor, da ordem de R$ 338,00, já que a população da cidade é de 29,6 mil, conforme dados do censo de 2022. 

Em sua descrição, a CAT diz ser  “uma empresa que atua no desenvolvimento de programas de computador sob encomenda”. Entre as principais atividades está o “desenvolvimento de programas de computador sob encomenda; oferecimento de produtos que utilizam tecnologia de última geração; fornecimento de equipamentos de ótima qualidade; integração de informações dos clientes; foco na transparência e praticidade do processo na gestão tecnológica, pública e privada”.


SODOMA E GOMORRA

Há exatos cinco meses,  a operação Gomorra, que já foi uma sequência da Operação Sodoma, apontou que havia uma “organização criminosa constituída para fraudar licitações e obter vantagens indevidas em prefeituras e câmaras de Mato Grosso”, conforme texto publicado em 7 de novembro do ano passado pelo MPE de Mato Grosso.

Segundo o MPE-MT, “as investigações revelaram que nos últimos cinco anos, os montantes pagos às empresas chegam à quantia de R$ 1.8 bilhão, conforme a lista de contratos divulgada no Radar MT do Tribunal de Contas do Estado (TCE).”

Segundo a apuração , “as empresas investigadas atuam em diversos segmentos, sempre com foco em fraudar a licitação e disponibilizam desde o fornecimento de combustível, locação de veículos e máquinas, fornecimento de material de construção até produtos e serviços médico-hospitalares”.

O “cabeça” do suposto esquema de corrupção em Mato Grosso foi apontado como sendo Edézio Correa, que é tio de Jânio Correa da Silva. Os dois e mais quatro familiares foram detidos naquela data. Jânio e quatro familiares foram soltos no dia 12 de novembro, mas o tio continuou na cadeia. 

Em novembro, o principal alvo da operação foi a prefeitura de Barão de Melgaço. Mas, por se tratar de uma investigação complexa, o MP não descartou a “realização de novas fases da operação Gomorra com foco nas mais de 100 prefeituras e câmaras que possuem contratos homologados com as empresas investigadas”.
 

Atraso

Campo Grande amanhece com "sumiço" e recolhimento exagerado de ônibus

Após ônibus não aparecer em três horários previstos, passageiros fecharam terminal para protestar

08/04/2025 11h00

População fechou Terminal para protestar após nenhum ônibus aparecer por mais de uma hora

População fechou Terminal para protestar após nenhum ônibus aparecer por mais de uma hora Marcos Vello

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No início desta terça-feira (8), passageiros que aguardavam a linha 072 (T. Morenão/ T. Nova Bahia) realizaram um protesto devido ao atraso do ônibus por mais de uma hora. A população fechou os portões e tomou a pista do Terminal Nova Bahia.

O motivo da revolta foi a falta de ônibus entre as 5h10 e as 6h10. De acordo com informações do site Moovit, três ônibus da linha deveriam ter aparecido nesse intervalo de tempo. Eram previstas partidas às 5h25, às 5h43 e às 6h02.

A linha 072 é uma das principais a conectar os subúrbios da capital a bairros nobres como Carandá Bosque, Santa Fé e Chácara Cachoeira.

Ligando os Terminais Nova Bahia e Morenão, a linha é majoritariamente utilizada por prestadores de serviço como empregadas domésticas, que tiveram um grande prejuízo com o atraso do transporte.

Veja os vídeos do protesto:

 

 

1, 2, 3, 4... RECOLHE

População fechou Terminal para protestar após nenhum ônibus aparecer por mais de uma horaFonte: Antônio Carlos / Correio do Estado

Outro problema enfrentado na manhã desta terça-feira por usuários do transporte público de Campo Grande foi o número exagerado de ônibus sendo recolhidos. 

Passageiros que aguardavam nos pontos da Rua 13 de Maio, no Centro da capital, relatam terem presenciado até quatro veículos seguidos com o letreiro "RECOLHE" ligado em pleno horário de pico, entre as 7h e as 8h.

População fechou Terminal para protestar após nenhum ônibus aparecer por mais de uma horaFonte: Antônio Carlos / Correio do Estado

Justificativa

Em nota, a assessoria do Consórcio Guaicurus informou que a falta de ônibus na linha 072 ocorreu em virtude da falta de um motorista. "Houve uma falha no processo operacional pelo motorista de plantão, o que acarretou na manifestação de alguns passageiros no terminal".

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