Cidades

CAMPO GRANDE

Prefeitura volta atrás e tomba novamente canteiro da Afonso Pena

Nova legislação é mais sucinta e atende decisão judicial de 2014

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Menos de um mês depois de revogar o tombamento da avenida Afonso Pena, principal via de Campo Grande, o prefeito Marcos Trad (PSD) editou novo decreto. O texto foi publicado na edição desta sexta-feira (4) do Diário Oficial do município (Diogrande).

A nova versão da legislação é mais sucinta que a anterior. Desta vez, não há subdivisões do tombamento, ficando toda a extensão do canteiro, da avenida Tiradentes até a avenida do Poeta, protegida no livro de Tombo Histórico e Paisagístico do Município de Campo Grande. 

Segue proibido demolir, alterar, restaurar ou fazer qualquer tipo de alteração de espaços internos dos canteiros centrais da avenida, cabendo à prefeitura intervir no espaço. Porém, a Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb) deverá autorizar o trabalho. Apenas as árvores da espécie sibipiruna estão fora da proteção. 

SITUAÇÃO

Em novembro de 2014, a 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande determinou o tombamento dos canteiros centrais da avenida Afonso Pena.  A decisão mantém a ciclovia existente, mas proíbe a construção de um corredor de ônibus no espaço onde existem os canteiros.

A determinação atendeu pedido do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS). Conforme noticiou o Correio do Estado na época, o MPMS alegou que eram frequentes os rumores de que a Prefeitura Municipal estaria cogitando a hipótese de intervenção no canteiro central para a construção de corredores de ônibus e, mais recentemente, descobriu-se que foi destinado recurso de R$ 180 mil para o corte de 1,5 metros do canteiro e construção dos corredores de ônibus.

Somente em agosto deste ano, a prefeitura decretou o tombamento. A legislação resgatou o debate público sobre mobilidade urbana. Isso porque uma das alternativas levantadas durante as discussões, e que foi bastante defendida pelo sindicato e usuários do transporte coletivo é a possibilidade da via ter o canteiro central reduzido para comportar melhor a faixa exclusiva para os ônibus.

Com o decreto, a chance de alterar o canteiro ficou praticamente vedada. A avenida é trajeto de 21 linhas, com aproximadamente 720 veículos do transporte coletivo circulando por dia. Já a retirada dos ônibus coletivos da via é defendida pela prefeitura e Câmara Municipal para melhorar a mobilidade projetada para os próximos anos. A revelação dos planos da Prefeitura de tirar os ônibus da principal avenida da cidade foi revelada com exclusividade pelo Correio do Estado

No mesmo mês, o prefeito Marcos Trad descartou a criação de um corredor exclusivo de ônibus. “É uma decisão judicial e a nossa gestão até então vem cumprindo todas as decisões judiciais essa é mais uma que vamos cumprir. Se a decisão judicial impede eu acredito que nenhum gestor ousaria contrariar a determinação judicial”, explicou na ocasião.

Em setembro, Trad voltou atrás e revogou o primeiro decreto, alegando que o decreto de agosto não obedecia a decisão judicial de 2014, alegação dada para tombar o espaço. A mudança precisaria passar por lei complementar em votação pelos vereadores na Câmara.

INFÂNCIA SEGURA

Perigos das férias escolares; da alimentação a riscos dentro e fora de casa

Dra. Kamilla Moussa, pediatra da Unimed Campo Grande, dá dicas para os pais curtirem o descanso dos filhos em segurança

21/12/2024 18h00

Pedriatra confirma aumento nos atendimentos, já que férias podem resultar em acidentes, infecções ou questões relacionadas à alimentação

Pedriatra confirma aumento nos atendimentos, já que férias podem resultar em acidentes, infecções ou questões relacionadas à alimentação Arquivo/Ilustração

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Período em que os pequenos se vêem livres do ambiente escolar, as férias das crianças costumam deixar os pais de cabelo em pé e, seja por traumas ou outras doenças, os atendimentos pediátricos têm aumento nessa época entre os anos, então por isso é preciso estar atento os perigos que existem dentro e fora de casa. 

Em entrevista ao Correio do Estado, a Dra. Kamilla Moussa, pediatra da Unimed Campo Grande, confirma que é comum observer um aumento nos atendimentos pediátricos durante as férias escolares.

"Isso se deve à maior exposição das crianças a atividades ao ar livre, viagens e mudanças na rotina, que podem resultar em acidentes, infecções ou questões relacionadas à alimentação", afirma a Dra. 

Conforme a pediatra, há uma série de casos mais comuns nesse período de férias, por conta das exposições vividas pelos pequenos, que costumam inclusive ter "endereço certo", como bem alerta a profissional, como por exemplo: 

  • Traumas e fraturas: devido a brincadeiras em parques, atividades esportivas e quedas.
  • Afogamentos: em praias, piscinas ou balneários.
  • Queimaduras: relacionadas ao manuseio de fogos de artifício, churrasqueiras ou líquidos quentes.
  • Viroses: por contato mais frequente com outras crianças ou devido a mudanças alimentares que afetam a imunidade.

Perigos em casa

Com os pequenos mais tempo em casa e, consequentemente, os pais tendo que se desdobrar entre os cuidados com os filhos e a casa, as quedas de móveis; escadas ou andadores costumam ser comum e estar no topo dos acidentes mais comuns do período. 

Entranto, os perigos do lar não se resumem à isso, podendo até mesmo o fogão, ferro, líquidos quentes ou tomadas desprotegidas serem os causadores de queimaduras, por exemplo, além de outros riscos. 

São os casos dos afogamentos ou asfixias, que podem acontecer em baldes, tanques ou banheiras, mesmo com pouca quantidade de água, ou mesmo pela ingestão de objetos, brinquedos inadequados para a idade ou sacos plásticos.

Riscos ao ar livre

Da porta para fora também é preciso ter cuidados, quase que redobrados, já que, para além do já citado perigo de afogamento, ao qual as crianças ficam mais sucetíveis ainda em praias, rios e piscinas, há riscos ligados à picada de instos, por exemplo, ou mesmo acidentes com objetos cortantes ou perfurantes, como pedaços de vidro ou conchas, indica Camilla. 

Por isso, a pediatra alerta que os pais devem permanecer em supervisão constante; usar repelentes e roupas seguras, para evitar alguns desses problemas durante as férias. 

Além do risco de afogamento, a Dra. Camilla aponta demais riscos, bem como as medidas de segurança que os pais podem e/ou devem adotar. 

  • Exposição ao sol| Protetor solar adequado, chapéus e roupas leves são indispensáveis para evitar queimaduras e insolação.
     
  • Desidratação| Garantir hidratação frequente com água ou sucos naturais.
     
  • Infecções de pele| Como micoses devido ao contato prolongado com a umidade.
     
  • Cansaço extremo: Manter pausas regulares durante atividades para evitar exaustão.

Em complemento, ela cita ainda um perigo considerado quase invisível, já que está ligado à alimentação dos pequenos, à qual os pais também precisam estar ligados para não afetar a saúde dos filhos. 

"Sim, exageros com a comida são comuns, as crianças podem consumir: doces e alimentos gordurosos em excesso, levando a problemas digestivos como dor de estômago, vômitos ou diarreia. Bebidas açucaradas em excesso, que agravam quadros de desidratação em dias quentes, ou ainda algum tipo de alimento que pode estar malconservado, aumentando o risco de intoxicação alimentar".

Nesse sentido, durante a visita à praias ou balneários, há também o risco de que o pequeno consumo alguma quantidade de água contaminada, com a pediatra indicando que é preciso evitar justamente a ingestão e contato prolongado com qualquer área do tipo que seja considerada suspeita. 

"Durante as férias, a supervisão constante é essencial. É um período de diversão, mas os riscos aumentam pela maior liberdade nas atividades. Reforçar regras de segurança e manter um kit de primeiros socorros em casa e durante passeios pode evitar complicações", conclui a pediatra.

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TRAGÉDIA | MG

Com 38 mortes, acidente em rodovia federal é o maior desde 2007, diz PRF

Através das redes sociais, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva lamentou o acidente rodoviário

21/12/2024 17h30

Segundo a PRF, número de mortos pode ser maior, uma vez que o incêndio dificulta a localização de vítimas nos destroços.

Segundo a PRF, número de mortos pode ser maior, uma vez que o incêndio dificulta a localização de vítimas nos destroços. Reprodução/Corpo de Bombeiros MG

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Ainda nas primeiras horas deste sábado (21), uma batida envolvendo um ônibus e uma carreta, na rodovia BR-116, já é considerado o maior acidente rodoviário, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), já que pelo menos 38 morreram. 

Com o passar do dia, os números de vítimas fatais foram subindo, sendo inicialmente divulgado a morte de 22 pessoas, que após atualizações do Corpo de Bombeiros subiu para 38. 

Esse acidente foi registrado ainda durante a madrugada, por volta de 03h, na altura da cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais. 

Segundo os bombeiros, 37 corpos já foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), sendo que uma 38ª vítima morreu no hospital. Conforme a PRF esse é o maior acidente rodoviário desde 2007.

Mensagem da presidência

Através das redes sociais, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva lamentou neste sábado (21) o acidente rodoviário que deixou mais de 30 mortos durante a madrugada em Teófilo Otoni (MG).

Entenda

Informações repassadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), indicam que esse acidente foi causado depois que um grande bloco de granito, trasnportado pela carreta em questão, se desprendeu do veículo e bateu em um ônibus de viagem. 

Vindo no sentido contrário, com o impacto da rocha, segundo a PRF, o ônibus se incendiou e um terceiro carro, de passeio, também se chocou contra a carreta e seus três ocupantes ficaram gravemente feridos.

Nas palavras da própria PRF, esse número de mortos pode ser maior, uma vez que o incêndio dificulta a localização de vítimas nos destroços.

 

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