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Chuva promete aliviar calor em MS nos próximos dias

Pancadas isoladas na quinta (26) e sexta-feira (27) devem reduzir temperaturas momentaneamente

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Previsão do tempo aponta que há possibilidade de chuva, nesta quinta (26) e sexta-feira (27), em todas as regiões de Mato Grosso do Sul.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os municípios que devem registrar pancadas de chuva e trovoadas isoladas são Campo Grande, Corumbá, Três Lagoas, Sonora, Bonito, Dourados, Ponta Porã, Naviraí, Amambai, Sete Quedas, Mundo Novo, entre outros.

A chuva promete aliviar o calorão temporariamente, reduzir temperaturas, trazer frescor, aumentar a umidade relativa do ar e melhorar a qualidade de respiração.

As pancadas farão a temperatura máxima cair de 38ºC para 25ºC e a mínima de 24ºC para 15 na maioria dos municípios. Isto significa que permanecerá calor, mas não tão calor como nos últimos dias.

O tempo quente promete dar uma trégua na quinta (26), sexta-feira (27) e sábado (28), mas, no domingo, volta com tudo novamente.

Confira as temperaturas mínimas/máximas e as condições meteorológicas para os próximos dias:

MUNICÍPIO

DATA

TEMPERATURA MÍNIMA

TEMPERATURA MÁXIMA

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

Mundo Novo

Quinta-feira, 26 de setembro

20ºC

33ºC

Muitas nuvens com pancadas de chuva isoladas

Mundo Novo

Sexta-feira, 27 de setembro

17ºC

26ºC

Muitas nuvens

Mundo Novo

Sábado, 28 de setembro

15ºC

31ºC

Poucas nuvens

Campo Grande

Quinta-feira, 26 de setembro

24ºC

36ºC

Muitas nuvens com pancadas de chuva isoladas

Campo Grande

Sexta-feira, 27 de setembro

20ºC

29ºC

Muitas nuvens com possibilidade de chuva isolada

Campo Grande

Sábado, 28 de setembro

18ºC

33ºC

Muitas nuvens

Naviraí

Quinta-feira, 26 de setembro

21ºC

37ºC

Muitas nuvens com pancadas de chuva isoladas

Naviraí

Sexta-feira, 27 de setembro

17ºC

27ºC

Muitas nuvens

Naviraí

Sábado, 28 de setembro

15ºC

32ºC

Poucas nuvens

Dourados

Quinta-feira, 26 de setembro

22ºC

38ºC

Muitas nuvens com pancadas de chuva isoladas

Dourados

Sexta-feira, 27 de setembro

19ºC

30ºC

Muitas nuvens

Dourados

Sábado, 28 de setembro

16ºC

34ºC

Poucas nuvens

Ponta Porã

Quinta-feira, 26 de setembro

19ºC

35ºC

Muitas nuvens com pancadas de chuva isoladas

Ponta Porã

Sexta-feira, 27 de setembro

16ºC

30ºC

Muitas nuvens

Ponta Porã

Sábado, 28 de setembro

15ºC

34ºC

Poucas nuvens

Amambai

Quinta-feira, 26 de setembro

21ºC

35ºC

Muitas nuvens com pancadas de chuva isoladas

Amambai

Sexta-feira, 27 de setembro

16ºC

26ºC

Muitas nuvens

Amambai

Sábado, 28 de setembro

14ºC

32ºC

Poucas nuvens

Sete Quedas

Quinta-feira, 26 de setembro

20ºC

31ºC

Muitas nuvens com pancadas de chuva e trovoadas isoladas

Sete Quedas

Sexta-feira, 27 de setembro

16ºC

25ºC

Muitas nuvens

Sete Quedas

Sábado, 28 de setembro

14ºC

31ºC

Poucas nuvens

Corumbá

Quinta-feira, 26 de setembro

21ºC

44ºC

Muitas nuvens com pancadas de chuva isoladas

Corumbá

Sexta-feira, 27 de setembro

19°C

35°C

Muitas nuvens

Corumbá

Sábado, 28 de setembro

19°C

39°C

Poucas nuvens

Três Lagoas

Quinta-feira, 26 de setembro

24°C

41°C

Muitas nuvens com possibilidade de chuva isolada

Três Lagoas

Sexta-feira, 27 de setembro

23°C

33°C

Muitas nuvens com chuva isolada

Três Lagoas

Sábado, 28 de setembro

20°C

37°C

Muitas nuvens com chuva isolada

Sonora

Quinta-feira, 26 de setembro

24°C

42°C

Muitas nuvens com possibilidade de chuva isolada

Sonora

Sexta-feira, 27 de setembro

23°C

35°C

Muitas nuvens com chuva isolada

Sonora

Sábado, 28 de setembro

23°C

39°C

Muitas nuvens

Bonito

Quinta-feira, 26 de setembro

19°C

37°C

Muitas nuvens com pancadas de chuva isoladas

Bonito

Sexta-feira, 27 de setembro

18°C

30°C

Muitas nuvens

Bonito

Sábado, 28 de setembro

17°C

34°C

Poucas nuvens

* Fonte: Inmet

De acordo com o meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (CEMTEC-MS), Vinicius Sperling, a chuva deve vir acompanhada de queda nas temperaturas.

"A chuva não é uma unanimidade entre os modelos de previsão, mas existe a possibilidade sim, lembrando que deverá ocorrer uma queda das temperaturas", explicou o meteorologista ao Correio do Estado.

RECOMENDAÇÃO

De acordo com o Ministério da Saúde, o tempo seco requer cuidados aos sul mato-grossenses. Confira as recomendações:

  • Não praticar exercícios físicos durante as horas mais quentes do dia
  • Evitar exposição ao sol das 9h às 17h
  • Usar protetor solar
  • Beber muita água
  • Usar roupas finas e largas, de cores claras e tecidos leves (de algodão)
  • Não fazer refeições pesadas
  • proteger-se do sol com chapéus e óculos de proteção
  • Manter o ambiente arejado, com umidificador de ar, ventilador, toalhas molhadas, baldes cheios d’água e ar condicionado

O tempo chuvoso requer cuidados aos sul-mato-grossenses. Confira:

  • Em caso de chuva: usar guarda-chuvas; não enfrentar pontos de alagamento ou enxurradas; procurar rotas alternativas no trânsito; dirigir devagar e proteger os pés e as mãos com botas e luvas de borracha ou sacos plásticos duplos
  • Em caso de raio: evitar locais abertos; não ficar debaixo de árvores; não ficar próximo a cercas de metal; ficar calçado e desligar eletroeletrônicos da tomada
  • Em caso de granizo: tomar cuidado no deslocamento após chuva de granizo, pois o chão fica escorregadio
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INTERIOR

Por inveja de terras, homem incendeia casa com duas crianças dentro em aldeia

Polícia Civil prende homem que tentou tirar a vida dos pequenos e depois agrediu esposa e filha

21/11/2024 09h33

Acusado foi localizado e preso em flagrante; deve responder por violência doméstica e tentativa de homicídio qualificado

Acusado foi localizado e preso em flagrante; deve responder por violência doméstica e tentativa de homicídio qualificado Reprodução/PCMS

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Distante cerca de 380 km da Capital de Mato Grosso do Sul, um homem foi preso após botar fogo em uma residência onde haviam duas crianças, de seis e 10 anos, em uma onda de violência supostamente causada pela inveja na regularização de terras. 

Segundo a Polícia Civil em nota, os crimes foram registrados na véspera do feriado da Consciência Negra, na aldeia Guassuty, que fica localizada no município de Aral Moreira. 

Após as autoridades policiais serem informadas pela liderança indígena local, a Polícia Civil e equipe policial da delegacia de Aral Moreira foram até o local. 

Durante escuta, testemunhas relataram toda a dinâmica de terror observada na aldeia, que teve início ainda por volta de 06h, sendo que as apurações quanto à suposta motivação apontam justamente para a disputa de terras na aldeia. 

Entenda

Insatisfeito após uma mãe dessa mesma aldeia conseguir a regularização de um terreno, esse homem teria se contaminado de inveja e passado a proferir ameaças constantes à família. 

Com a intenção de tirar a vida das crianças, o homem botou fogo na casa com os dois pequenos dentro, sendo que o mais velho, de 10 anos, conseguiu sair na hora e buscar a ajuda de um vizinho. 

Esse, por sua vez, foi quem conseguiu adentrar no imóvel em chamas e retirar a criança de seis anos de lá, sendo que o mais velho relata que antes do acusado incendiar a casa ouviu o homem dizer: "eu vou matar vocês". 

Ainda, depois de incendiar a casa, esse homem teria voltado para sua residência onde agrediu não somente sua companheira como também a própria filha, sendo que ambas foram socorridas com ferimentos e internadas para atendimento médico, indica a PC em nota. 

Depois disso, o acusado foi localizado e preso em flagrante, encaminhado para a 1ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã, onde aguardará à disposição da Justiça, sendo que deve responder por: 

  •  Violência doméstica e
  •  Tentativa de homicídio qualificado

Local de tensão

Esse mesmo território Guassuty marca outro crime, registrado em meados de setembro de 2023, que envolve a carbonização, morte de indígenas, onde o casal Nhandesy Sebastiana e Nhanderu Rufino foi encontrado morto na aldeia. 

Uma das suspeitas incialmente levantada à época, por entidades indigenistas, indicavam que o crime era fruto de "uma série de discursos de ódio, intolerância racismo religioso recorrente nos territórios Kaiowá e Guarani". 

Sebastiana era líder espiritual, rezadora, no caso, com ela e o marido sendo conhecidos entre os indígenas da região. Naquele dia a casa onde o casal morava foi totalmente destruída pelo fogo. 

Não distante da morte do casal, o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana de Mato Grosso do Sul, o CDHU-MS, lançou relatório de alerta contra a violência que afeta mulheres indígenas no Estado. 

"Foram, pelo menos, 17 casas de rezas indígenas incendiadas nos últimos cinco anos, sem que se tenha notícia de que os autores fossem identificados e/ou responsabilizados.

Nesses últimos anos cresceu vertiginosamente o número de parteiras, rezadores (as) perseguidas e demonizadas, assim como as pessoas que seguem religiões tradicionais indígenas sendo atacadas e xingadas por seus vizinhos e vizinhas que não professam a fé tradicional", diz trecho do relatório. 

Porém,o  delegado da Polícia Civil, Maurício Vargas, destacou ao Correio do Estado à época que, nesse caso específico, a motivação do homem teria sido passional. 

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efeito antônio joão

Após 11 anos, conflito entre indígenas e fazendeiros de Sidrolândia está perto do fim

Área tem 15 mil hectares e foi palco de disputa em 2013 que resultou em morte; uma das fazendas pertence a Ricardo Bacha

21/11/2024 09h30

Em 2013, indígenas chegaram a retomar fazendas em Sidrolândia

Em 2013, indígenas chegaram a retomar fazendas em Sidrolândia Foto: Gerson Oliveira/arquivo

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Usando como referência o bem-sucedido acordo em Antônio João, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) planeja o início de tratativas para um novo acordo indenizatório que deve pôr fim ao conflito entre indígenas e o ex-deputado Ricardo Bacha, além de outros proprietários, demarcando a Terra Indígena (TI) Buriti, em Sidrolândia.

Ao Correio do Estado, o secretário-executivo do MPI, Luiz Eloy Terena, informou que a Pasta tem o desejo de retomar as negociações de acordo indenizatório da TI Buriti.

“Há dez anos, teve uma mesa de diálogo para discutir a Terra Indígena de Buriti. Esse caso ficou paralisado, e nós queremos retomar novamente o processo de mediação para buscar uma resolução a esse caso específico”, declarou Eloy.

No dia 15 de maio de 2013, uma retomada de terra realizada por Terenas ocupou quatro fazendas, incluindo uma propriedade do pecuarista e ex-deputado estadual Ricardo Bacha.

Após semanas de tensão na região de Sidrolândia, em ação de reintegração de posse feita pela Polícia Federal, o indígena Oziel Gabriel Terena foi morto durante a operação em confronto entre os indígenas e a polícia.

Na época, indígenas e produtores reuniram-se em audiência de conciliação, mas não houve acordo entre as partes, e a Justiça determinou, então, que a desocupação fosse imediata.

Porém, segundo o advogado de parte dos fazendeiros, Newley Amarilla, que é especialista em direito agrário em casos envolvendo conflito de interesses em terras indígenas, após décadas do ocorrido, os fazendeiros que têm propriedades na TI Buriti se propuseram a voltar à mesa de discussões indenizatórias. 

“Existe essa possibilidade de acordo, já que foi solicitada audiência ao ministro [do Supremo Tribunal Federal] Flávio Dino para que esse assunto seja tratado entre as partes interessadas. A nosso ver, a curto e médio prazos, não há outra possibilidade de solução que não seja a indenização dos proprietários rurais pelo valor das terras e das benfeitorias”, afirmou o advogado. 

“O Estado brasileiro titulou regularmente essas terras, de modo que, agora, pretendendo destiná-las aos índios, deve indenizar cabalmente seus proprietários”, completou.

O desfecho inédito do acordo indenizatório da TI Ñande Ru Marangatu, ocorrido em setembro, quando o governo federal decidiu indenizar os proprietários rurais da região de Antônio João, pode ter sido primordial para o interesse de renegociar o pagamento de benfeitorias e terra nua na TI em Sidrolândia.

“Não há dúvida de que o modelo de acordo implementado pelo STF referente à TI denominada Ñande Ru Marangatu pode e deve ser estendido a todas às terras indígenas em situação assemelhada. Há que se destacar que a indenização de terras regularmente tituladas a particulares, depois declaradas como indígenas, tem base constitucional”, classificou o advogado.

“Além disso, o STF, ao julgar o Tema 1.031 de Repercussão Geral, em setembro do ano passado, definiu o entendimento que deve nortear todo o Judiciário brasileiro, de que as pessoas que adquiriram de boa-fé terras que depois foram declaradas indígenas devem ser indenizadas totalmente, isto é, pelo valor de mercado da terra nua e pelas benfeitorias”, dissertou Amarilla.

Em audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a TI de Antônio João, conforme estabelecido entre as partes, do total de R$ 146 milhões, R$ 102 milhões serão pagos pela União aos proprietários rurais pela terra nua, por meio de precatórios.

Na semana passada, os últimos fazendeiros que tinham propriedades na TI Ñande Ru Marangatu deixaram o local, saída que aconteceu após a União finalizar o pagamento indenizatório de R$ 27,8 milhões aos produtores rurais que viviam na terra situada na fronteira com o Paraguai.

TENTATIVA DE ACORDO

Em janeiro de 2014, o Ministério da Justiça apresentou em audiência de conciliação os valores das indenizações das 30 propriedades que incidem sobre 15 mil hectares da Terra Indígena Buriti, no município de Sidrolândia. 

De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o valor indenizatório, na época, totalizava R$ 78,5 milhões. A avaliação das benfeitorias e da terra nua foi exposta a proprietários de terra e indígenas em Brasília (DF).

Durante a reunião, o grupo de fazendeiros que participavam da negociação teria declarado que “isso não serve. Acabou a mesa de negociação. Vamos pro pau”.

Na época, como advogado do Cimi, Luiz Eloy Terena, hoje secretário-executivo do MPI, que compunha o grupo de trabalho jurídico da mesa de negociação, disse que os valores avaliados estavam acima do valor comum praticado nos processos de demarcação de terras indígenas da época e que os fazendeiros não conseguiriam vender por mais que o ofertado.

Saiba

O processo demarcatório da TI Ñande Ru Marangatu, que estava paralisado há 19 anos, só voltou a ser revisto por causa da morte de um indígena.

(Colaborou Daiany Albuquerque)

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