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Professor da UCDB infarta após aula, não resiste e morre em Campo Grande

Aos 54 anos, o docente morreu na manhã desta segunda-feira (17). Ele deixa esposa e dois filhos

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O professor Hemerson Pistori, de 54 anos, que lecionava no curso de engenharia na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), infartou e veio a óbito na manhã desta segunda-feira (17), em Campo Grande.

Por meio de nota, a UCDB lamentou o falecimento do professor. Hemerson atuava como cientista da computação e docente na universidade desde 1994.

Chegou a ser pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação de 2009 a 2017. Durante sua gestão, a UCDB tornou-se referência em pesquisa científica, o que foi fundamental para a criação dos cursos de Doutorado, assim como ocorreu o fortalecimento da internacionalização e o fomento à inovação.

Hemerson era casado e deixa dois filhos.

Leia a nota na íntegra:

“Um dos maiores expoentes da ciência em Mato Grosso do Sul, Hemerson liderava o grupo Inovisão, pioneiro nos estudos sobre o uso da visão computacional/inteligência artificial no Centro-Oeste. Em 2023, foi considerado um dos cientistas-destaque na Área de Ciências Exatas no Prêmio Fundect Pesquisador Sul-Mato-Grossense.

Sua contribuição para a ciência e para a formação de milhares de alunos é comprovada pelas inúmeras publicações em revistas científicas. Também pelas orientações de alunos de graduação e pós-graduação. Era docente nos cursos de Engenharia e professor titular nos Programas de Pós-Graduação stricto sensu em Desenvolvimento Local e em Ciências Ambientais e Sustentabilidade Agropecuária.

A UCDB se solidariza à família do querido professor Hemerson e agradece imensamente sua contribuição por uma vida inteira dedicada à docência e aos avanços científicos, sempre com gentileza e humanidade. Seu legado será eternamente lembrado, e as sementes plantadas frutificarão em sua memória”.

Por meio da rede social, o Facebook, alunos lamentaram a partida do mestre. 

 

"Hoje é um dos dias mais tristes da minha vida. Perdemos nosso grande mestre, minha maior referência como pesquisador, meu orientador amado, meu grande e eterno amigo, Prof. Dr. Hemerson Pistori. Juntos, tivemos a honra de receber em Brasília-DF o maior prêmio internacional promovido pelo CNPq e MCTI, o Prêmio MERCOSUL de Ciência e Tecnologia. Lembro-me do seu orgulho ao contar do prêmio para seus amigos, e de como me senti valorizado ao seu lado.

O que mais deixará saudade serão nossas conversas, nossas reflexões sobre o mundo, os projetos para o futuro e as discussões sobre nossas limitações enquanto seres humanos. Hoje, a dor na alma é imensa. Quanta falta você fará, meu amigo! Descanse em paz, e que Deus o receba de braços abertos."

Outro também escreveu:

"Um grande cientista, um enorme ser humano e um gigante humanista... Esse era o Dr. Hemerson Pistori, uma das referências em Inteligência Artificial e Visão Computacional no Brasil, e extremamente citado em artigos de relevância internacional.

Conheci Hemerson na adolescência, no saudoso Colégio Salesiano Dom Bosco, onde estudamos o ensino médio. Eu gostava de tocar violão, e ele também. Ambos tivemos bandas de Rock; a dele foi duradoura. Ambos éramos apaixonados por computadores e tecnologia.

Estive conversando com ele semana passada sobre projetos de pesquisa em Inteligência Artificial.

Que Deus o abençoe e o receba com todo carinho e amor ao Seu Lado, e abençoe imensamente sua linda família. Meus sinceros sentimentos a toda sua família. Deus os abençoe."

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Mato Grosso do Sul

MPT quer desapropriar fazenda que usava trabalho escravo e destinar à reforma agrária

A Fazenda Carandazal já havia sido autuada em 2015 pelas mesmas irregularidades trabalhistas deste ano

25/03/2025 18h29

Fazenda é flagrada com trabalhadores em situação análoga à escravidão

Fazenda é flagrada com trabalhadores em situação análoga à escravidão Policia do MPU

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Ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Mato Grosso do Sul requereu, na Justiça, a desapropriação da Fazenda Carandazal, em Corumbá, além do pagamento de R$ 25 milhões a um dos proprietários, como punição à conduta de um dos proprietários. A ação contra a propriedade tramita na Vara do Trabalho de Corumbá. 

Os autos da ação narram várias evidências que apontam para uma sucessão de vítimas de trabalhos análogos à escravidão na propriedade de Moacir Duim Júnior e de sua esposa, Cristiane Kanda Abe.

Em fevereiro deste ano, foram resgatados quatro trabalhadores na fazenda em condições análogas à escravidão, vindos de um longo histórico de exploração de mão de obra. 

Um dos proprietários é reincidente na prática de violação de direitos dos trabalhadores, o que leva a expropriação da fazenda a ser uma punição justa a essa conduta, segundo o MPT.

A Carandazal deverá ser destinada à reforma agrária e a indenização monetária por danos morais será revertida a instituições e projetos de interesses sociais, caso os pedidos dos MPT sejam acolhidos pela Justiça. 

O procurador do trabalho Paulo Douglas Moraes defende que a ação do MPT busca reverter as punições em benfeitorias para a sociedade. “A ação na vara do MPT visa atingir vários objetivos: o de punir a conduta da redução de trabalhadores ao trabalho análogo ao escravo, mas vai além. Busca ressarcir a própria sociedade com dano moral coletivo, para que possamos reverter para a sociedade os valores que compensam os danos causados por esse fazendeiro e, nesse caso, dada a gravidade da situação, onde houve uma tentativa deliberada de ocultação de provas, há, também, o pedido para expropriação da propriedade.” 

Em agosto de 2015, um dos donos da Fazenda Carandazal recebeu cinco autos de infração da Fiscalização do Trabalho. Destes, um deles por manter empregado sem registro e outro por deixar de fornecer Equipamento de Proteção Individual (EPI) aos seus empregados. Os mesmos autos foram registrados em fevereiro deste ano. 

Para o MPT, essa postura de menoscabo decorre do grande lapso temporal sem novas abordagens e as penalizações brandas soam como um estímulo ao descumprimento das normas trabalhistas. “Percebemos ao longo do tempo que há uma falta de sensibilidade, sobretudo dos empregadores rurais do estado com relação a necessidade de revisar e superar questões culturais que envolvem e levam à naturalização do trabalho escravo.” 

Devido a essa insensibilidade somente com a aplicação de multas e danos morais, o MPT decidiu "lançar mão deste novo expediente que é a expropriação da terra e assim buscar e atentar um reposicionamento dos empregadores em relação a esse crime que é um crime que não pode ser tolerado”, explica o procurador. 

Segundo a Assessoria do MPT, desde o resgate destes trabalhadores, foram realizadas duas tentativas de se chegar a um acordo extrajudicial das questões cíveis e trabalhistas, mas, em ambas as audiências, além de não comparecer e apenas enviar representantes legais, o dono da fazenda informou não haver interesse em assinar o acordo, alegando não ser o responsável pela contratação da equipe. 

A orientação do Ministério Público do Trabalho às vítimas é o de aguardarem as notícias quanto ao andamento das ações judiciais. Nenhuma verba rescisória ou acerto financeiro foi acertado aos trabalhadores. 
 

Cidades

Olheiro de pistoleiro do narcotráfico é preso em Campo Grande

Homem teria indicado a posição de Thiago Leite Neves, conhecido como 'Diabolin', no dia do crime

25/03/2025 18h14

Olheiro de pistoleiro do narcotráfico é preso em Campo Grande

Olheiro de pistoleiro do narcotráfico é preso em Campo Grande Divulgação

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No terceiro dia de desdobramento dos casos de homicídio por narcotráfico em Campo Grande, as investigações realizadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontaram que o suspeito de assassinato de Thiago Leite Neves, conhecido como Diabolin, ocorrida no último dia 10 de março, teria um olheiro, preso na manhã desta terça-feira (25). 

Na ocasião, Thiago e sua companheira estavam em frente à residência do casal, quando foram atingidos por disparos de arma de fogo, realizados por um desconhecido, que estava na garupa de uma motocicleta. 

Durante a investigação, foi descoberto que os executores contaram com o auxílio do olheiro, que indicou a posição da vítima no dia do crime. O homem foi localizado no Parque Lageado. 

Ao ser abordado, ele estava na companhia de outro indivíduo que, ao ser checado nos sistemas policiais, verificou-se ser também um foragido da Justiça.

Ambos receberam voz de prisão e foram conduzidos até a DHPP, onde foram interrogados.

Morte em confronto

Na noite da última quinta-feira (20), um homem, de 22 anos, apontado como o principal suspeito de assassinar Thiago Leite Neves, morreu em confronto com policiais militares do Batalhão de Choque (BPMCHoque), na região da antiga estação Guavira, próximo a BR-060, saída para Sidrolândia, zona rural de Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, militares estavam em diligências para apurar uma série de homicídios na Capital, quando localizaram dois homens no local citado, momento este que o criminoso tentou fugir e pulou em uma residência. Os policiais o perseguiram e deram voz de abordagem, mas ele desobedeceu, sacou a arma e atirou contra os militares.

Para se defenderem, revidaram, balearam e desarmaram o homem. Ele tinha mandado de prisão em aberto, estava evadido do sistema prisional e possuía diversas passagens pela polícia, como quatro homicídios, roubo, furto e receptação.

Polícia Civil, Polícia Científica e funerária estiveram no local para efetuar os procedimentos de praxe.

Participação em outros homicídios

Nesta segunda-feira (23), foi identificado que o cúmplice do atirador morto no último dia 20 de fevereiro, identificado como M.S.R, seria o coautor de outras duas mortes num período de 50 dias.

O primeiro aconteceu no dia 1° de fevereiro, Filipe Augusto de Brito Correa foi morto no interior de uma oficina mecânica, de acordo com M.S.R, o crime teria sido encomendado por um traficante de drogas, que afirmou que a vítima estaria prejudicando-o.

Nesse caso, M.S.R afirmou ser o autor dos disparos, no entanto, ele não revelou a identidade do piloto da motocicleta que o levou até o local do crime, bem como a do mandante.

Já no dia 8 do mesmo mês, Douglas Cosme dos Santos Rocha, conhecido como Cuiabano foi morto com a justificativa de que estaria com dívida por aquisição de drogas. Da mesma forma, M.S.R confessou ser o autor dos disparos, mas não forneceu informação sobre o indivíduo que pilotava a motocicleta utilizada na empreitada.

Em ambos os casos foi utilizada uma pistola calibre 9mm e efetuados múltiplos disparos contra as vítimas.

Outro caso em que M.S.R também está envolvido é no da morte de Thiago Leite Neves, conhecido como Diabolin - executado em frente a sua casa, no bairro Dom Antônio. Neste, M.S.R disse que estaria sendo ameaçado pela vítima, pontuou ainda que ele o monitorou e pilotou a motocicleta que levou o verdadeiro atirador ao local dos fatos.

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