Cidades

Violência

Rapaz é morto em briga de grupos
rivais e corpo achado 4 horas depois

Discussão começou em tabacaria e terminou na morte do adolescente

ALINY MARY DIAS E RENAN NUCCI

09/02/2017 - 08h24
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Woshinton Marques, de 18 anos , foi morto na madrugada desta quinta-feira, no Jardim Uirapuru, em Campo Grande. O menino foi morto por integrante de grupo rival ao dele e apesar da polícia ter sido chamada no momento da confusão, o corpo só foi encontrado nesta manhã, cerca de 4 horas depois.

De acordo com relato de testemunhas para Polícia Militar, Woshinton, o irmão dele e um rapaz de 20 anos estavam em uma tabacaria, na Avenida dos Cafezais. Durante a noite, um grupo rival ao do adolescente chegou ao estabelecimento e houve desentendimento. Um dos integrantes do grupo teria tido discussão com amigo de Woshinton há 30 dias, em festa realizada em uma chácara.

Horas depois, entre às 2h30 e 3 horas de hoje, um dos integrantes do grupo rival ao do adolescente foi de carro até a Travessa Príncipe da Beira, onde estavam Woshinton e amigos.

Vários tiros foram disparados em direção ao grupo. Todos correram e o adolescente acabou ferido no tórax e de raspão no rosto. O irmão de Washington também foi ferido de raspão no braço, mas passa bem.

Equipes da Polícia Militar e do Batalhão de Choque da PM foram até o local e apesar das buscas por vítimas e suspeitos, ninguém foi encontrado. Nesta manhã, por volta das 7 horas, vizinhos que passavam pelo local encontraram o corpo do adolescente caído próximo de um terreno baldio.

O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas o menino já estava sem vida. Perícia da Polícia Civil constatou rigidez no corpo, o que indica que Woshinton estava morto há algumas horas.

Ninguém foi preso até agora e a polícia acredita em acerto de contas entre os grupos rivais.

TRÁFICO

Avião que saiu de MS carregado com cocaína é interceptado em SP

Aeronave pousou em pista clandestina no interior de São Paulo e foi preso, com 400 tijolos de pasta base

16/12/2024 18h00

Avião saiu de MS e fez pouso em aeroporto clandestino de São Paulo

Avião saiu de MS e fez pouso em aeroporto clandestino de São Paulo Foto: Secretaria de Segurança de SP

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Uma aeronave que saiu de Mato Grosso do Sul foi interceptada no estado de São Paulo, carregada com pasta base de cocaína, nesta segunda-feira (16).

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o avião de pequeno porte pousou em um aeroporto clandestino próximo ao terminal aéreo de Penápolis, na região de Araçatuba.

Policiais que estavam a bordo do helicóptero da Polícia Militar do estado, já de posse de denúncia sobre o tráfico, se aproximaram para abordagem.

O piloto percebeu a aproximação dos policiais assim que desceu na pista e tentou manobrar o avião e fugir, mas foi impedido pelos militares.

Dentro da aeronave estavam cerca de 400 tijolos de pasta base de cocaína.

O piloto do avião de 33 anos e um passageiro de 45 foram presos no local.

inda segundo a PM, um carro estava nas imediações do aeroporto clandestino para fazer o transporte da cocaína, que seria desembarcada do avião e levada para o destino por via terrestre.

Viaturas do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) realizavam o cerco, mas o motorista abandonou o veículo e fugiu.

A ocorrência está em andamento e, até a publicação desta reportagem, a droga ainda não pesada e não foi divulgado o valor estimado de prejuízo ao tráfico.

Os presos e a pasta base serão encaminhadas à Polícia Federal de Araçatuba, onde o caso será investigado.

Avião saiu de MS e fez pouso em aeroporto clandestino de São PauloAvião estava carregado com cerca de 400 tijolos de pasta base de cocaína (Foto: Divulgação / Secretaria de Segurança de São Paulo)

Nova rota

Apesar de Mato Grosso do Sul ainda ser uma rota do tráfico, devido a posição de fronteira, traficantes estão criando novas rotas do tráfico de cocaína da Bolívia para países europeus, mas dessa vez, desviando o caminho tradicional.

Conforme reportagem do Correio do Estado, descobertas da polícia boliviana identificaram que a rota aérea, usando Santa Cruz de la Sierra até a Polônia, pode ser um caminho encontrado pelos criminosos para desviar da fiscalização que vem ocorrendo a partir de Corumbá, bem como em portos de São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Essa situação passou a ser uma linha de investigação depois que uma tonelada de cocaína foi encontrada escondida em pequenas porções de amêndoas, que seriam exportadas para a Polônia por uma empresa de importação e exportação chamada Adonai.

Entre representantes dessa empresa está, inclusive, uma servidora municipal da prefeitura de Santa Cruz de la Sierra.

Equipes da FELCN identificaram esse carregamento no dia 22 de novembro. A cocaína, que pode alcançar valor estimado no mercado ilegal na Bolívia de mais de US$ 3,3 milhões, estava camuflada em mais de 50 caixas em que estavam as amêndoas. 

A força policial que identificou o carregamento de cocaína dentro das amêndoas tem unidade instalada em Puerto Suárez, que faz fronteira com Mato Grosso do Sul, e os policiais da FELCN fizeram troca de informações para tentar identificar possíveis rotas alternativas que podem ser criadas.

Do lado brasileiro, as forças de segurança em Corumbá já identificaram diferentes recursos que traficantes tentaram utilizar. 

Houve apreensão de 3,3 kg de cocaína em palmilha de tênis, em outubro, na Nova Corumbá, e outros 4,6 kg com três pessoas, também na palmilha de tênis, em agosto, no posto de fiscalização Lampião Aceso, na BR-262. 

Em maio, 6,5 kg foram localizados dentro de caixas de suco na BR-262, em ônibus de viagem interestadual. Ano passado, 13 kg de cloridrato de cocaína foram encontrados diluídos em cosméticos e foram descobertos pela Receita Federal, no Posto Esdras, com uma mulher equatoriana.

Conforme dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp), entre janeiro e novembro deste ano, a apreensão de drogas foi recorde e aumentou em 30% na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram interceptados 525.163,6 kg de droga em 2024, contra 403.540,8 em 2023.

Com relação à cocaína, houve a apreensão de 11.623,1 kg. A maconha foi a droga mais interceptada, com 499,76 toneladas. 

Trabalho

Falta de funcionários leva empresária a "arregaçar as mangas"

Precisando recomeçar a vida e sem trabalhadores, uma mulher teve que ir a campo para fazer instalações de segurança em Campo Grande

16/12/2024 17h47

Arquivo Pessoal

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A empresária Juliana Miranda de Oliveira, de 40 anos, proprietária de uma empresa de segurança, ao se deparar com a falta de mão de obra qualificada, não perdeu tempo e foi a campo para atender sua clientela.

Após o divórcio, Juliana contou ao Correio do Estado que precisou recomeçar a vida e decidiu entrar para o ramo de segurança, atuando com a instalação de cercas elétricas, câmeras e concertinas.

Como sempre teve facilidade com vendas, inicialmente entrava em contato com os clientes, negociava pacotes e enviava funcionários terceirizados para realizar as instalações.

No início, a empresária relata que tudo correu muito bem e havia bastante serviço. Entretanto, os funcionários começaram a deixar a desejar no atendimento de qualidade.

“Comecei a procurar mão de obra, mas estava muito difícil. Foi quando contratei um rapaz e comecei a acompanhá-lo, aprendendo no dia a dia”, explicou a empresária.

Foi ‘como andar de bicicleta’: quando se deu conta, já estava realizando o serviço e auxiliando nas instalações para que ficassem prontas antes do tempo previsto — um aprendizado que, como ela mesma definiu, aconteceu “no dia a dia”.

A empresa trabalha com a instalação de concertinas, cercas elétricas, travas de motor, interfones, câmeras, entre outros.

Mulher no batente


Juliana relatou que, por ser mulher, já se deparou com olhares de desconfiança dos clientes — uma percepção que muda quando ela tira a escada, estica a cerca elétrica e entrega o serviço.

“Quando é o primeiro contato, eu sinto essa desconfiança. Teve um parceiro que trabalha com toldos que me contou que tentou passar meu contato para um trabalho, mas a cliente questionou o fato de eu ser mulher e preferiu não aceitar a indicação.”

No entanto, apesar da desconfiança inicial, no final, quando tudo está instalado e funcionando perfeitamente - já que Juliana é detalhista quanto à estética -, os elogios sempre ocorrem.

Arquivo Pessoal

Confiança


Por outro lado, enquanto enfrenta um pouco de desconfiança, Juliana percebe que, quando visita a casa de outras mulheres, as clientes ficam mais à vontade com sua presença.

“Gosto muito da minha profissão. Inclusive, tenho orgulho de entregar um serviço bem feito e de qualidade. Geralmente, peço para o cliente conferir. Se precisar de retorno, não tenho esse problema. Me sinto orgulhosa do meu trabalho.”

A única coisa que a incomoda é o calor escaldante ao qual fica exposta. Porém, no geral, ela relatou que a sensação de utilidade ao entregar uma obra compensa todo o resto.

Coração


O “nascer” da empresa veio do coração de Juliana, que pesquisou o nome de uma estrela e escolheu Alpha Tauri, a estrela mais brilhante de uma constelação. Assim, surgiu a Alpha Tauri Segurança.

Dizem que o fruto não cai longe do pé, e esse é o caso de Juliana. Filha de um mestre de obras, ela sempre observou o pai construindo. Mesmo quando era casada, resolvia sozinha os problemas de casa, sem esperar por ninguém.

Posteriormente, Juliana fez alguns cursos e se dedicou à observação. Após 13 anos cuidando da casa, sem necessidade de trabalhar, começou como motorista de aplicativo e, agora, possui uma empresa consolidada há seis anos.

Caso alguém questione a capacidade de Juliana, uma das maiores obras que ela relata ter realizado foi a instalação de cerca elétrica e alarmes em um condomínio de mais de 400 metros lineares, além da instalação de concertinas na Fiocruz, entre outros projetos.

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