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Regulação da saúde vira "cabo de guerra" entre prefeitura e governo do Estado

Executivo estadual divulgou no mês passado que faria o controle de vagas, mas Capital quer rever decisão de comissão

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A regulação das vagas do Sistema Único de Saúde (SUS) em Mato Grosso do Sul é disputada pelo governo do Estado e a Prefeitura de Campo Grande. Atualmente, existem duas centrais que decidem para onde vai cada paciente, uma controlada pelo Executivo estadual e outra, pelo Município.

No mês passado, o governo do Estado chegou a soltar nota anunciando a criação de uma Central Única de Regulação da Urgência e Emergência, porém, este plano foi suspenso a pedido de Campo Grande.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), na reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) que ocorreu no mês passado foi definido a criação de uma central única que reuniria pacientes das macrorregiões de Campo Grande e Três Lagoas.

Entretanto, na reunião deste mês da CIB, conforme a SES, o Município de Campo Grande “solicitou uma revisão da decisão e a realização de estudos complementares”.

“A proposta foi aprovada previamente na CIB (Comissão Intergestores Bipartite), em 23 de maio. Contudo, durante a última reunião da CIB, realizada no dia 6 de junho, o município de Campo Grande solicitou uma revisão da decisão e a realização de estudos complementares sobre o funcionamento da nova estrutura de regulação, antes de sua implementação”, informou a SES, em nota ao Correio do Estado.

Na prática, pelo que foi informado, as duas centrais devem permanecer ativas durante este processo. Então, a regulação de Campo Grande seguirá responsáveis pelos leitos da Capital, enquanto a de Três Lagoas regulará as vagas do interior.

A mudança, na visão do governo, traria uma maior agilidade no atendimento aos pacientes mais graves, com “diminuição significativa do tempo de resposta para atendimento de pacientes graves, redução do retrabalho decorrente da duplicidade nos processos regulatórios e aumento da transparência e da rastreabilidade das decisões”.

“Diferentemente do modelo atual, que concentra a regulação apenas na oferta de vagas, a nova proposta visa uma abordagem ampliada, que contempla toda a jornada do paciente – desde o atendimento em unidades municipais no interior, passando por prontos atendimentos em cidades de médio porte, até os hospitais de alta complexidade nos grandes centros urbanos”, explicou a SES.

*Saiba

No projeto apresentado pelo governo do Estado, conforme a SES, os objetivos são: eliminação da duplicidade de processos regulatórios, infraestrutura e tecnologia; melhoria nos tempos de resposta para atendimento de pacientes graves; e tornar o processo mais transparente e auditável.

“A SES reforça que o foco central da proposta é melhorar o cuidado ao cidadão, organizando de forma mais eficiente o acesso aos serviços de saúde e promovendo a integração entre os diferentes níveis de atenção no SUS”, completou.

O projeto ainda não teve andamento, mas, segundo o governo do Estado, ele não deve ser feito do dia para a noite, e sim em um processo de quatro estágios.

“A implantação da central única será realizada em quatro etapas. Primeiro, será feito um diagnóstico situacional, com revisão dos fluxos, contratos e indicadores das duas centrais atuais.

Em seguida, será planejada a integração, com unificação das estruturas físicas, reorganização das equipes, padronização dos fluxos regulatórios e integração dos sistemas de tecnologia da informação”, explicou o governo estadual, por meio de nota, em maio deste ano.

Também deverá ser feita a adequação do espaço físico, o treinamento das equipes e a implantação gradual dos novos fluxos com acompanhamento técnico. “Por fim, o processo será monitorado continuamente, com análise de indicadores e reuniões periódicas para avaliação dos resultados”.

Segundo o governo do Estado, a ideia é que não sejam feitas mudanças na estrutura física atual. A central continuará operando no mesmo local, mas sob gestão compartilhada entre Estado e municípios, “formalizada por meio de termo de cooperação a ser assinado entre os entes federativos. Este documento estabelecerá o fluxograma e o regimento interno da nova central”.

A reportagem tentou contato com a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, para saber o lado do Município de Campo Grande, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.

Regulação

No projeto apresentado pelo governo do Estado, que posteriormente foi aprovado, a nova central de regulação será responsável pela gestão do acesso aos leitos hospitalares do SUS destinados à urgência e emergência nas unidades públicas e também nas que tiverem contratos ou convênios com o Estado. 

A operacionalização deverá ser realizada pelo Complexo Regulador Estadual (Core), que exigirá a atualização em tempo real do mapa de leitos de todas as unidades envolvidas, o que deverá agilizar os atendimentos.

 

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16 dias internado

Morre segunda vítima de acidente envolvendo mureta na Gunter Hans

Daniel Moretti, de 26 anos, será velado nesta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande

15/12/2025 09h35

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimo

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimo Reprodução Instagram

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Daniel Moretti Nogueira, de 26 anos, morreu na madrugada desta segunda-feira (15), no Hospital Santa Casa, após ficar 16 dias internado em estado gravíssimo.

Ele é o motorista do carro que se envolveu em um acidente grave, em 29 de novembro de 2025, na mureta da avenida Gunter Hans. Na ocasião, Ângelo Antônio Alvarenga Perez, de 23 anos, passageiro, faleceu no local do acidente.

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimoCarro ficou completamente destruído. Foto: divulgação

Conforme apurado pela reportagem, os jovens seguiam em um Peugeot 2008 na avenida Gunter Hans, sentido centro-bairro, por volta das 22 horas de 29 de novembro, quando colidiu violentamente contra a mureta do corredor de ônibus.

O motorista vinha em alta velocidade e freou quando viu a mureta, mas, não conseguiu evitar a colisão.

A lateral direita do veículo ficou destruída. Daniel Moretti era o motorista e foi socorrido em estado grave. Já Ângelo Alvarenga era o passageiro e morreu no local.

Quatro viaturas do Corpo de Bombeiros (CBMMS), duas da Polícia Militar (PMMS), uma da Polícia Civil (PCMS), uma da Polícia Científica e um carro funerário estiveram no local para socorrer as vítimas, isolar a área, recolher os vestígios do acidente, realizar a perícia e retirar o corpo, respectivamente.

Daniel Moretti será velado a partir das 10h desta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande.

O acidente repercutiu na imprensa campo-grandense e pôs em questão a inutilidade da mureta do corredor de ônibus da Gunter Hans, que está sem utilidade há anos devido a obra inacabada.

INADIMPLÊNCIA

Imasul divulga mais de 9 mil empresas inadimplentes por Lei da Logística Reversa

Fabricantes e importadoras que venderam produtos em 2022 e não implementaram sistema de acordo com a lei estão sujeitos a multas por crime ambiental

15/12/2025 09h32

Imasul divulga nome de 9 mil empresas inadimplentes devido a lei de logística reversa

Imasul divulga nome de 9 mil empresas inadimplentes devido a lei de logística reversa Divulgação: Governo do Estado

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Publicado no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul desta segunda-feira (15), o Instituto do Meio Ambiente do Estado, o Imasul, por meio de edição de suplemento, divulgou mais de 9 mil empresas que não cumpriram com a lei da logística reversa.

Segundo o documento, 9.130 comerciantes geraram embalagens descartáveis há 3 anos atrás, em 2022 e ainda não comprovaram a existência de um sistema de logística reversa, que é previsto obrigatoriedade na legislação de Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), baseada na Lei nº 12.305 de 2010.

A lei a princípio estabelece para fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e também poder público, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, com foco principal na destinação correta de embalagens e resíduos pós-consumo.

Os produtos e, consequentemente, empresas sujeitas à logística reversa, são as que fabricam mercadorias de:

  • Agrotóxicos e embalagens;
  • Óleos lubrificantes, com resíduos e embalagens;
  • Pneus inservíveis – que estão no fim da vida útil;
  • Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e de mercúrio;
  • Baterias e pilhas;
  • Equipamentos eletroeletrônicos, que geram lixo eletrônico;
  • Medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, além das embalagens;
  • E embalagens de alimentos, bebidas, produtos de higiene, cosméticos, limpeza, entre outros.

Agora, as empresas citadas no documento são consideradas inadimplentes e estão sujeitas à multas e penalidades ambientais, com base no Decreto Federal nº 6.514/08 e na Lei Federal de Crimes Ambientais, que responsabilizam sobre crimes do tipo.

Entre as identificadas, aparecem empresas da área de saúde e medicamentos, como farmácias e clínicas odontológicas, além de empresas de eletrônicos, confeitarias, de decoração e papelaria, agrícolas e têxtil. Também estão na lista comércios de bebidas, alimentos e calçados.

Confira a lista divulgada no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul aqui.

* Saiba

Algumas grandes empresas contam com programas individuais que estabelecem sistemas de coleta das embalagens, como em comércio de cosméticos, com a devolução de frascos nas próprias unidades, ou também no comércio de bebidas com a criação de embalagens retornáveis, com reintrodução na cadeia produtiva.

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