Cidades

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Relatório aponta precariedade na custódia de presos em delegacias

Relatório aponta precariedade na custódia de presos em delegacias

NADYENKA CASTRO

28/01/2010 - 22h25
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Relatório do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol) aponta que a custódia de presos em delegacias de municípios do interior está em situação precária. Vistorias foram realizadas nas unidades de Miranda, Bodoquena, Aquidauana, Anastácio e Dois Irmãos. A conclusão do sindicato é de que “delegacia não tem estrutura para abrigar presos”, conforme frisou o presidente, Alexandre Barbosa. Para o dirigente, o ideal seria o Governo do Estado fazer convênios com o Ministério da Justiça para construção de cadeias públicas. “Teria estrutura mais adequada, os presos estariam sendo ressocializados, não ficariam ociosos e teriam acompanhamento psicológico e com assistente social”, sugeriu. Segundo ele, delegacias de todos os municípios serão vistoriadas. Até então, a situação mais crítica é em Miranda, seguida por Bodoquena. Em Miranda, cinco celas deveriam abrigar quatro detentos cada uma. No entanto, 35 internos disputam cada centímetro do cubículo. Do total de presos, 25 são homens e 10 são mulheres, que não poderiam estar na mesma delegacia, ainda que em celas diferentes. Para resolver o problema, em novembro do ano passado as mulheres foram transferidas para a cadeia de Bodoquena. No entanto, como não havia no município fornecedor de alimentação ao custo de R$ 8 por dia por pessoa, elas tiveram que retornar ao antigo endereço 12 dias depois. Outro problema apontado pelo Sinpol na custódia de mulheres é que os policiais homens têm que cuidar delas, o que deveria ser feito por pessoas do mesmo sexo. Quanto à estrutura, não há ventilação nas celas, que apresentam danos hidráulicos e elétricos. O muro é baixo e a delegacia fica ao lado de uma pousada. A sala de atendimento ao público não está nos padrões adequados. Conforme o Sinpol, nos últimos três anos houve quatro tentativas de fuga na cadeia. Já a delegacia de Bodoquena é chefiada pelo delegado de Miranda. Os dois municípios são vizinhos. As duas celas da unidade da Polícia Civil, com capacidade para abrigar quatro presos cada, assim como todo o prédio, estão em péssimo estado de conservação, conforme o Sinpol. A delegacia não abriga presos desde 1º de dezembro do ano passado, quando as detentas de Miranda foram levadas de volta. Nas delegacias de Aquidauana, Anastácio e Dois Irmãos, a situação é menos precária. Em Aquidauana, ficam só presos homens. Em Anastácio, só mulheres, mas que são custodiadas por policiais do sexo masculino. E os detentos de Dois Irmãos são levados para o presídio da cidade. A Delegacia Regional de Aquidauana, que apresentou danos na rede elétrica, será reformada em breve. Os sindicalistas não foram autorizados a entrar nas celas da unidade. Vinte presos estão no local. A Diretoria Geral da Polícia Civil informou que os problemas apontados pelo Sinpol são verdadeiros e eram do conhecimento da instituição.

Afogamento

Menino autista é encontrado morto em lagoa no sul de MS

Criança estava desaparecida desde a manhã de ontem

08/07/2025 10h30

Hélio Fullioto Neto tinha 11 anos e era autista

Hélio Fullioto Neto tinha 11 anos e era autista Reprodução

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Uma criança de 11 anos, identificada como Hélio Fullioto Neto, foi encontrada morta na noite de ontem em uma lagoa próxima ao Frigorífico Naturafrig, em Nova Andradina.

O menino, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e com dificuldades na fala, fugiu de casa, no bairro São Vicente de Paula, por volta das 6h30 da manhã com o cachorro da família.

Após notar a ausência da criança, a família verificou as câmeras de segurança e constatou que a criança havia saído desacompanhada, vestindo uma blusa vermelha, short xadrez e descalça.

Hélio Fullioto Neto tinha 11 anos e era autista

Conforme explica o delegado Caio Leonardo Bicalho, a polícia foi informada do desaparecimento da criança em torno das 17h, quando começaram as buscas. 

Algumas horas depois voluntários que auxiliavam nas buscas encontraram as roupas que Hélio usava no momento do desaparecimento.

Uma equipe do Setor de Investigações Gerais (SIG) foi até o local e confirmou que as peças encontradas pertenciam à criança e encontrou, a poucos metros de onde estavam as roupas, o corpo de Hélio já sem vida em uma parte rasa da lagoa.

A perícia e o Corpo de Bombeiros foram chamados para fazer a retirada do corpo e apontaram a inexistência de violência e um possível morte por afogamento. Caso ainda é investigado.

O Delegado reforça que a comunicação do desaparecimento de crianças e adolescentes deve ser sempre comunicada imediatamente à polícia, não sendo necessário esperar 24h.

Veja:

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CAMPO GRANDE

Câmara promulga garantia de fraldas e remédios para crianças atípicas

Sesau poderá depositar até R$ 12,5 mil diretamente para os familiares adquirirem itens importantes

08/07/2025 10h12

Veto foi derrubado de forma unânime pelos vereadores de Campo Grande, durante sessão ordinária realizada em 1° de julho

Veto foi derrubado de forma unânime pelos vereadores de Campo Grande, durante sessão ordinária realizada em 1° de julho Reprodução/CâmaraCG

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No Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) desta terça-feira (08), na sessão voltada para os atos do  Poder Legislativo, a Casa de leis trouxe a promulgação da lei que garante fornecimento de medicamentos,
fraldas descartáveis e outros itens para crianças atípicas da Capital. 

Esse projeto trata do cumprimento de determinações judiciais para garantia de determinados itens, como alimentação parenteral, suplementos alimentares, sondas e outros insumos como os já citados acima, destinados para tratamento de saúde de pessoas com deficiência. 

Com isso, como esclarece o texto, o Executivo de Campo Grande poderá cumprir as ordens judiciais para que o paciente adquira diretamente o produto pelo período de até 180 dias. 

Veto foi derrubado de forma unânime pelos vereadores de Campo Grande, durante sessão ordinária realizada em 1° de julho

100% aprovado

Aqui é importante a trajetória do projeto até a promulgação, com o projeto para garantir o cumprimento de decisões judiciais para fornecimento de medicamentos, fraldas descartáveis e demais itens sendo vetado por Adriane Lopes em 28 de maio. 

Segundo o Executivo à época, no texto aprovado seriam criadas obrigações administrativas específicas (prazos, fluxos, designação de unidades responsáveis, eventuais penalidades e provisão orçamentária) que impactam diretamente a organização interna da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).

Isso, por sua vez, conforme evidenciado pela equipe da prefeita, geraria despesas ao erário, pois trariam a imposição para compra de produtos e insumos não necessariamente previstos no orçamento anual.

Esse veto foi derrubado de forma unânime pelos vereadores de Campo Grande, durante sessão ordinária realizada em 1° de julho, em que mães de crianças atípicas e entidades ligadas ao movimento de luta marcaram presença na votação. 

Em sua fala na sessão o presidente da Casa, Epaminondas "Papy" Vicente Silva Neto (PSDB), reforçou o que chamou de papel institucional do legislativo, alegando que a Câmara "tem sido o poder moderador, conciliando e promovendo soluções para a cidade". 

"Sem perder o papel fiscalizador, porém construindo pelo diálogo e espaço democrático. Foi a vitória do diálogo e das pessoas com deficiência”, completou Papy. 

Coautor do projeto, o vereador Jean Ferreira (PT) celebrou a derrubada do veto de Adriane, chamando a conquista de um "marco para a luta de mães e familiares de crianças atípicas na Capital".

“É revoltante que as pessoas não tenham acesso a algo fundamental para as vidas de crianças. Com a derrubada do veto, podemos garantir dignidade a essas famílias”, disse. 

Através desse projeto, fica estabelecido que, em caso de decisão judicial, a Sesau poderá depositar até R$ 12,5 mil diretamente para os familiares adquirirem fraldas descartáveis, medicamentos, suplementos alimentares e insumos indispensáveis ao tratamento de crianças com deficiência.
**(Colaborou Alicia Miyashiro)

 

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