Cidades

MATO GROSSO DO SUL

Reprovados e ausentes somam 18 mil candidatos no concurso da Polícia Civil

Prazo de recursos para essa etapa fica aberto até 23h59 min de amanhã (26), com o resultado da prova objetiva marcado para 1° de outubro

Continue lendo...

Nesta quinta-feira (25), por meio do Diário Oficial de Mato Grosso do Sul, a Secretaria de Estado de Administração (SAD) publicou o resultado do Concurso Público da Polícia Civil, que somou 84% dos participantes entre "reprovados e ausentes" e somente 3,4 mil aprovados entre os mais de 21 candidatos na disputa. 

Esse concurso público, para provimento dos cargos de Escrivão e Investigador de Polícia Judiciária - como bem acompanhou o Correio do Estado - somou 27 mil inscritos, antes de serem aplicadas as provas no domingo de 14 de setembro. 

Após essa etapa, já foi possível observar uma leve queda na concorrência entre as 400 vagas, tendo em vista que apenas 21.422 candidatos acabaram realizando as provas para terem a chance de alcançar um salário inicial de R$ 6.569,53.

Agora, conforme documento assinado pelo titular da SAD, Frederico Felini; pelo secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Antônio Carlos Videira) e pelo delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Lupérsio Degerone Lucio, a relação de reprovados e ausentes soma mais de 18 mil candidatos, sendo: 

  • 12.916 - reprovados
  • 5.098 - ausentes

Há uma série de pontos e datas as quais os candidatos precisam estar atentos, como os 60 dias a partir da publicação do edital para consulta individual das "folhas de respostas" e dos boletins de desempenho nas provas objetivas, que ficam disponíveis no Portal do Instituto Avalia pelos próximos dois meses. 

Além disso, há a possibilidade de interpor recurso quanto ao resultado preliminar da Prova Escrita Objetiva, "por desconformidade da marcação do gabarito com o resultado preliminar apresentado", como cita o edital, o que precisa ser protocolado em formulário próprio disponível no mesmo portal. 

Para essa etapa de recursos há um prazo específico, que dura apenas dois dias, portanto vai desta quinta-feira (25/09) até 23h59min de sexta-feira (26).

"Após as 23 horas e 59 minutos do dia 26/09/2025, o sistema de interposição de recursos será fechado, ficando o candidato, a partir desse horário, impossibilitado de apresentar eventuais recursos contra o resultado preliminar da Prova Escrita Objetiva. " frisa o edital de resultado publicado hoje. 

Ou seja, dos mais de 27 mil inscritos e 21.422 que realizaram as provas, sem esses mais de 18 mil reprovados e ausentes o Concurso Público da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul agora conta com apenas 3.408 candidatos na disputa pelas 300 vagas para investigador e outras 100 para escrivão. 

Próximas etapas

  • 25 e 26 de setembro: envio dos recursos contra o resultado preliminar.
  • 1º de outubro: resultado da prova objetiva.

Aprovados na prova objetiva

  • 15 de outubro| convocação para envio de documentos. 
  • 15 a 22 de outubro| prazo para envio de documentos.
  • 15 de outubro| convocação para avaliação psicológica.
  • 26 de outubro| avaliação psicológica.
  • 12 a 14 de novembro| exames médico-odontológicos.

Após serem aprovados nas etapas de exames médicos, os candidatos seguem para o Teste de Aptidão Física (TAF), com aplicação prevista para acontecer entre os dias 22 e 23 de novembro, com o resultado preliminar saindo cerca de quatro dias depois, em 27 deste penúltimo mês em questão. 

Com isso, a classificação preliminar deve sair apenas no último mês de 2025, marcada para 11 de dezembro, conforme previsto em edital, com prazo para recursos que deve se estender a partir de então até o dia 12. 

 

A versão final está marcada para o dia 17, classificação essa que define quem será convocado para o Curso de Formação, que abrirá o prazo para matrículas online de 17 a 22 de dezembro.

Com no mínimo 600 horas/aula, esse curso acontece de 20 de janeiro a 15 de maio de 2026, na Academia de Polícia Civil (Acadepol), em Campo Grande.

 

Assine o Correio do Estado

Itaquiraí

Mãe e filha morrem em acidente triplo na BR-487

Colisão ocorreu em trecho conhecido como estrada boiadeira, próximo ao município de Itaquiraí

13/12/2025 16h30

Foto: Portal Conesul

Continue Lendo...

Gabrieli de Freitas Vieira e sua filha Julia Pereira de Freitas, de apenas 3 anos morreram na manhã deste sábado após um acidente triplo na manhã deste sábado (13), na BR-487, próximo a região do Assentamento Santo Antônio, situado em Itaquiraí, distante 405 quilômetros de Campo Grande.

Conforme a imprensa local, ambas estavam em um Jeep Compass com uma familiar de 40 anos, e seguiam de Maringá (PR) com destino a Dourados, cidade em que possuíam comércio. A família seguia na rodovia sentido BR-163 quando tentou uma ultrapassagem forçada e atingiu a traseira de um veículo Polo, que seguia na mesma direção.

Com o impacto da colisão, testemunhas afirmam que o veículo teria capotado e batido na traseira de uma carreta que seguia na pista contrária, impacto suficiente para arremessar o carro da família para fora da pista, ao lado de uma borracharia. 

De acordo com a imprensa local, o acidente aconteceu por volta das 9h30. Gabrieli e a filha morreram no local. Socorrida, a outra pessoa da família foi levada ao hospital de Itaquiraí, consciente e orientada, apesar de cortes na cabeça.

Os demais motoristas envolvidos não sofreram ferimentos graves e testaram negativo para consumo de álcool.. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal e da Perícia estiveram no local. As causas do acidente serão investigadas na Delegacia de Itaquiraí.

Assine o Correio do Estado

Cidades

TCE suspende licitação para reforma de ponte sobre o rio Paraguai

Inconsistências e riscos de gastos excessivos na licitação levaram o Tribunal de Contas do Estado a suspender o certame

13/12/2025 13h30

Imagem divulgação

Continue Lendo...

Menos de um mês depois de assumir como conselheiro do Tribunal de Contas, o ex-integrante do governo do Estado, Sérgio de Paula, suspendeu a licitação de R$ 11,7 milhões para obras na ponte da BR-262, sobre o Rio Paraguai.

A decisão foi publicada nesta sexta-feira (12), em edição extra do Diário Oficial do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul.

No dia 26 de novembro, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul) lançou a licitação prevendo investimento de até R$ 11.728.608,10 para a execução de obras de recuperação estrutural.

Os envelopes com as propostas feitas pelas empreiteiras seriam abertos na segunda-feira (15). No entanto, foi determinada a suspensão do certame após a equipe técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS) identificar “inconsistências e lacunas” em informações como:

  • Caderno de desenhos;
  • Relatório de critérios e especificações técnicas;
  • Verificação estrutural;
  • Projeto de recuperação estrutural;
  • Projeto de sinalização temporária;
  • Plano de execução.

A justificativa para suspender o processo licitatório da reforma da ponte foram inconsistências no Projeto Básico, que podem gerar gastos acima do necessário. Para isso, foi apontada a necessidade de atualização dos dados técnicos.

“Tais inconsistências podem acarretar riscos de sobrepreço, aditivos contratuais futuros e execução inadequada da obra, comprometendo a economicidade e a eficiência, em desacordo com a Lei nº 14.133/2021. Embora o projeto tenha avançado em sua conformidade com a nova Lei de Licitações, as lacunas técnicas e a necessidade de atualização são significativas. Para uma decisão embasada e para mitigar risos futuros, é crucial que as informações complementares e as atualizações necessárias sejam providenciadas e analisadas”, consta no ato.

Diante dos indícios de irregularidades no Estudo Técnico Preliminar (ETP) e no Projeto Básico, o relator, conselheiro Sérgio de Paula, determinou a aplicação de medida cautelar para suspender o processo licitatório até a regularização dos pontos apontados.

Previsão

Com previsão de início das obras somente no segundo trimestre de 2026, o valor estimado, como adiantou o Correio do Estado, indica que a reforma da ponte pode custar o dobro do apontado pelo ex-secretário de Obras, Hélio Peluffo.

Em 2023, ele previu gastos em torno de R$ 6 milhões na recuperação da estrutura da ponte, que tem sofrido diversas intervenções e situações que resultaram em tráfego em meia pista.

Essa situação ocorreu em 2023, quando a interdição durou mais de um ano, até que os reparos emergenciais fossem concluídos na pista de rolamento.

Além disso, há situação emergencial nos “amortecedores” instalados entre as pilastras e a parte superior da ponte (pista), que apresentam desgaste por falta de manutenção. Essa obra deverá ser bancada, agora, com recursos públicos.

Pedagiada "até ontem"
 

Investimento público em uma ponte seria algo normal não fosse a cobrança de pedágio, feita até setembro de 2022. Pequena fatia da receita era repassada ao Estado e a única obrigação da empresa era fazer a manutenção da estrutura, que tem dois quilômetros e foi inaugurada em 2001.

Porém, em 15 de maio de 2023 a empresa Porto Morrinho encerrou o contrato e devolveu a ponte Poeta Manoel de Barros sem condições plenas de uso, embora tivesse faturamento milionário.

Em 2022,  com tarifa de R$ 14,10 para carro de passeio ou eixo de veículo de carga, a cobrança rendeu R$ 2,6 milhões por mês, ou R$ 21 milhões nos oito primeiros meses daquele ano.

No ano anterior, o faturamento médio mensal ficou em R$ 2,3 milhões. Conforme os dados oficiais, 622 mil veículos pagaram pedágio naquele ano. Grande parte deste fluxo é de caminhões transportando minério. A maior parte destes veículos têm nove eixos e por isso deixavam R$ 126,9 na ida e o mesmo valor na volta.

Esse contrato durou longos 14 anos, com início em dezembro de 2008, e rendeu em torno de R$ 430 milhões, levando em consideração o faturamento do último ano de concessão. 

Em março de 2017, a Porto Morrinho conseguiu um abatimento de 61% no valor da outorga. Na assinatura, em 22 de dezembro de 2008, o acordo previa repasse de 35%  do faturamento bruto obtido com a arrecadação tarifária estabelecida em sua proposta comercial. A partir de março de 2017, porém, este valor caiu para 13,7%. 

Se tivesse de repassar 35% dos R$ 2,6 milhões arrecadados por mês em 2022, a Porto Morrinho teria de pagar R$ 910 mil por mês ao Estado. Com a repactuação do contrato, porém, este valor caiu para a casa dos R$ 355 mil. Em ambos os casos os valores teriam alguma variação porque ainda seria necessário descontar impostos.

Ou seja, a repactuação garantiu R$ 555 mil mensais a mais aos cobres da concessionária, que mesmo assim não cumpriu com sua única obrigação, que era manter a ponte em condições de uso. 

E, mesmo depois de parar de cobrar pedágio, ela continuou cuidando da ponte, entre setembro de 2022 até maio de 2023.  Neste período, recebeu indenização milionária, de pouco mais de R$ 6 milhões. 

O pedágio acabou por causa do fim do acordo do governo estadual, que construiu a ponte, com o DNIT, já que a rodovia é federal. Porém, o governo federal só aceita receber a ponte depois que estiver em boas condições de uso. 

** Colaborou Neri Kaspary

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).