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Restrição ao uso de celulares derruba violência nas escolas de Mato Grosso do Sul

Legislação foi sancionada em janeiro deste ano e a medida começou a ser aplicada já no primeiro semestre letivo

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Às vésperas do retorno das aulas na Rede Estadual de Ensino (REE), uma pesquisa feita pela Secretaria de Estado de Educação (SED), à qual o Correio do Estado teve acesso com exclusividade, mostra que a proibição do uso de celulares nas salas de aulas contribuiu para uma redução significativa da agressividade dos alunos, tanto com os colegas como com os professores, o que reduziu a violência no ambiente escolar.

Conforme o secretário de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul, Hélio Daher, a pesquisa foi realizada com os 342 diretores de escolas estaduais de MS em referência ao primeiro semestre deste ano, quando foi implantado a proibição do uso do aparelho nas unidades educacionais.

Aos diretores, foi perguntado: “desde a implantação da lei, você percebeu algum impacto no comportamento social dos estudantes?” A pergunta se refere a agressividade dos estudantes no ambiente escolar.

Em resposta, 223 diretores, ou 65,20%, disseram ter percebido “impacto muito positivo” do fim do uso dos celulares pelos alunos. Outros 102, ou 29,82%, disseram ter “percebido uma leve melhora”. Apenas 4,09%, ou 14 diretores, disseram não ter identificado “nenhuma mudança significativa”, e 0,87%, ou 3 diretores, relataram “impacto negativo”, com o aumento da agressividade dos estudantes.

Em números totais, 325 diretores notaram que a agressividade e a consequente violência foram reduzidas com a implantação da proibição dos celulares. Isso significa dizer que a violência caiu em 98,1% das escolas estaduais de Mato Grosso do Sul.

De acordo com o secretário de Estado de Educação, a redução da agressividade entre os alunos e com os professores e a consequente queda da violência não eram o foco da pesquisa, porém, ele avalia que foi uma grata surpresa.

“Para a Secretaria de Educação, foi uma consequência positiva. A nossa preocupação maior na restrição do uso de celulares e equipamentos com tela era com as aulas, uma dedicação maior e também na melhoria da socialização entre os estudantes. Uma consequência foi justamente essa questão da melhora na agressividade, uma melhora da relação entre eles. A gente ficou bastante contente de ter percebido esse efeito positivo dentro da ação”, declarou Daher ao Correio do Estado.

OUTRAS PERGUNTAS

Além desta pergunta, o levantamento também questionou se todas as escolas já implantaram a Lei nº 15.100/2025, sancionada em janeiro deste ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Conforme a pesquisa, apenas uma escola relatou que ainda não segue a determinação outras 19 disseram que acataram parcialmente a legislação, pois “algumas regras foram estabelecidas, mas ainda precisam ser aprimoradas”. As outras 322 unidades afirmaram que cumprem a determinação.

Outro ponto abordado pela pesquisa mostra que, apesar de ter tido resistência no início, a maioria dos estudantes respeita a proibição do uso dos celulares. Segundo os diretores, em 97 escolas a reação foi positiva, em 196 houve algum tipo de resistência, mas depois houve melhora, e apenas em 49 unidades educacionais de todo o Estado ainda há certo grau de resistência à medida.

No caso do armazenamento dos celulares, 80,9%, ou 277 diretores afirmaram que os estudantes guardam os aparelhos “desligados dentro das mochilas ou bolsas”. Porém, a pesquisa mostra que as escolas do Estado também têm dado outras opções para guardar o equipamento.

Em 20 escolas, a instituição “recolhe e armazena em local coletivo [caixas, envelopes, armário geral]”,e em 8 colégios estaduais os celulares são “guardados em armários individuais disponibilizados pela escola”. Há também o caso de outras 8 escolas que afirmam que os “estudantes não costumam trazer aparelhos eletrônicos”. Já 29 escolas disseram que “não há controle definido sobre onde os aparelhos ficam”.

O maior impacto apresentado pela pesquisa está justamente relacionado à qualidade da aprendizagem dos alunos. A esmagadora maioria dos diretores afirmou ter percebido melhora no ensino: 61,6%, ou 211, disseram ter notado “aumento na concentração e engajamento nas aulas”. Outros 35,3%, ou 121 diretores afirmaram que houve “leve melhora, ainda que pontual”. Apenas 10 diretores, ou 2,9%, não sentiram “nenhuma mudança”.

Ao serem perguntados se consideraram a medida como positiva, 331, ou 96,7%, dos diretores declararam que sim. Desses, 149, porém, afirmaram que a medida ainda necessita de ajustes. Apenas 2 disseram que a lei era negativa ou de difícil aplicação, e outros 9 se disseram neutros e que a medida “não trouxe mudanças relevantes”.

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Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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Cidades

Tribunal de Justiça aprova projeto com 300 cargos para assessores de confiança

Aprovado na LOA para 2026, TJMS terá orçamento avaliado em mais de R$ 1,4 bilhão, o que equivale a um aumento de 7,3% em relação ao valor atual

17/12/2025 17h30

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação / TJMS

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aprovou, nesta quarta-feira (17), projeto que cria novos cargos em comissão de assessoria. De acordo com o órgão público, a medida busca enfrentar o aumento da demanda processual, reduzir atrasos e garantir melhores condições de trabalho às unidades judiciais, especialmente aquelas com maior acúmulo de processos.

Ao todo, o projeto prevê a criação de 300 cargos para assessores comissionados, sendo 50 vagas para assessor de desembargador e 250 para assessoria vinculados a juizes de primeiro grau, divididos em 150 para a entrância especial, 75 para a segunda entrância e 25 para a primeira entrância, além de cargos de assessoramento jurídico-administrativo. 

Durante a discussão na sessão administrativa do Órgão Especial, foi destacado que o Judiciário estadual enfrenta dificuldades decorrentes da vacância de cargos e da elevada carga de trabalho em determinadas varas. Como alternativa, a administração propôs a ampliação do número de assessores, priorizando juízos mais sobrecarregados, de forma gradual e conforme a disponibilidade orçamentária.

A iniciativa da presidência do TJMS, sob o comando do desembargador Dorival Renato Pavan, será submetida à apreciação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, após os trâmites necessários, poderá ser implementada conforme as possibilidades financeiras do Tribunal.

Aumento na gastança

Em meio ao cenário de corte de gastos por conta da queda na arrecadação de tributos, o Governo do Estado publicou, na terça-feira (16), no Diário Oficial, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê aumento de gastos nos Poderes.

Enquanto os orçamentos dos respectivos setores aumentaram em 7,9%, a estimativa de crescimento geral de receitas do Executivo, responsável pelos repasses a estes órgãos públicos, teve acréscimo de apenas 2,9%. 

O Tribunal de Justiça, que terá mais 300 salários de assessores para pagar caso seja implementado o projeto, simplesmente acrescentou R$ 100 milhões ao orçamento de 2026, passando dos atuais R$ 1.364.912.200,00 para R$ 1.464.780.100,00, o que equivale a um acréscimo de 7,3%.

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