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Réu por corrupção, Patrola tem multa ambiental milionária convertida em serviços

Empreiteiro foi investigado na operação 'Cascalhos de Areia', e é réu por fraude em licitações, peculato, corrupção, lavagem de dinheiro, entre outros crimes

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O empreiteiro e réu por corrupção, André Luiz dos Santos, o Patrola, se livrou de pagar uma multa ambiental de R$ 548 mil, referente a infrações cometidas em 2022 e 2023.

Isso porque o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), converteu o valor da penalidade por serviços para melhoria da gestão ambiental. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (13), no Diário Oficial do Estado (DOE).

Conforme o documento, a decisão está fundamentada nos termos do artigo 3º, III, do Decreto Estadual nº 15.156/2019.

O artigo em questão justifica a conversão da multa de Patrola “pela adesão aos investimentos e ao custeio, das ações, das atividades, das obras e dos projetos referentes aos serviços de preservação, de melhoria e de recuperação da qualidade do meio ambiente, executados pelo Imasul”.

A publicação do DOE, contudo, não especifica sobre as infrações cometidas por André Luiz dos Santos. O texto cita apenas os números dos autos de infração, colocados como 6913 de 2022 e 12644 de 2023.

O Correio do Estado entrou em contato com o Imasul para entender exatamente o conteúdo das infrações. Contudo, até a publicação da matéria, não recebemos resposta. 

As diretrizes da conversão de multas ambientais são estabelecidas pelo Programa Estadual de Conversão de Multas Ambientais (Pecoma). Assinado em 8 de fevereiro de 2019 pelo Reinaldo Azambuja - governador na época - o instrumento converte os valores das infrações por serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.

ESCÂNDALO

“André Patrola” foi um dos principais alvos da operação Cascalhos de Areia, desencadeada em junho de 2023 pelo Ministério Público Estadual em Campo Grande. 

Depois da conclusão da investigação, ele e outros onze envolvidos em um suposto esquema fraudulento para manutenção de ruas sem asfalto e aluguel de máquinas foram denunciados à Justiça, que aceitou os argumentos do MPE e todos viraram réus

Em segredo de Justiça, o caso tramita na quinta Vara Criminal de Campo Grande, sob responsabilidade do juiz Waldir Peixoto Barbosa. Os 12 réus foram denunciados por fraude em licitações, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, entre outros crimes. 

A operação foi desencadeada em 15 de junho de 2023 e apontou desvios da ordem de R$ 46 milhões em contratos superiores a R$ 300 milhões entre a prefeitura de Campo Grande.

Os principais alvos da operação foram “André Patrola” e Edcarlos Jesus Silva, controladores das empresas AL dos Santos, Engenex e MS Brasil. Oficialmente,  as empresas Engenex e MS Brasil pertencem a Edcarlos Jesus, mas os investigadores do MPE suspeitam que o verdadeiro proprietário seja André Patrola.

Mas, apesar de a denúncia ter sido aceita pela Justiça, os envolvidos seguem aptos a participarem de licitações. 

SUSPEITAS

A operação Cascalhos de Areia, do Ministério Público Estadual, foi desencadeada depois de denúncias de servidores municipais indicando que as empresas recebiam os pagamentos mesmo sem fazerem a manutenção das ruas sem asfalto. 

Além disso, as denúncias apontavam que as mesmas empresas também recebiam pela locação de máquinas que nem mesmo tinham.

Mesmo com todo esse histórico de irregularidades, André Patrola teve contrato para manutenção das estradas na região de Miranda renovado pelo Governo do Estado. Além disso, a Prefeitura de Campo Grande também fechou contrato milionário com o investigado.

PANTANAL

Além de Miranda, no Pantanal, especificamente,“André Patrola” tem três contratos com a prefeitura de Corumbá que lhe garantem faturamento anual de R$ 25,34 milhões. Em Ladário, venceu licitação para faturar outros R$ 3.767.784,24 por ano. Todos são para locação de máquinas e manutenção de estradas.

BRASILÂNDIA

Carro cai em lago e 4 pessoas da mesma família morrem afogadas em MS

Veículo, que ficou totalmente submerso, foi retirado com a ajuda de um trator guindaste

14/01/2025 08h05

Veículo Volksvagen Gol ficou totalmente submerso e de ponta cabeça no lago

Veículo Volksvagen Gol ficou totalmente submerso e de ponta cabeça no lago Crédito: CBMMS

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Alex Genival Soares da Silva, de 32 anos, Monique de Lins Neves, de 32 anos, e seus filhos, de 13 e 10 anoS, morreram afogados após o carro em que estavam cair em uma lagoa, nesta segunda-feira (13), na estrada Cascalho, em Brasilândia, município localizado a 365 quilômetros de Campo Grande.

As quatro pessoas são da mesma família. A suspeita é de que o acidente aconteceu entre a noite de domingo (12) e a madrugada de segunda-feira (13), mas, o carro só foi encontrado submerso na manhã de ontem (13).

Conforme apurado pela reportagem, a família participou de uma confraternização e os pais ingeriram bebida alcoólica na noite de domingo (12).

Veículo Volksvagen Gol ficou totalmente submerso e de ponta cabeça no lagoBombeiros militares retirando os corpos do carro. Foto: CBMMS

Em seguida, saíram da festa por volta das 23 horas e pegaram uma estrada vicinal nas proximidades da BR-158, quando, em determinado momento e por motivos desconhecidos, o carro saiu da pista e caiu dentro de uma lagoa.

A suspeita é de que o motorista tenha perdido o controle da direção, capotado o veículo e caído dentro do lago.

Todos os ocupantes do veículo, presos ao cinto de segurança, morreram afogados. O automóvel, que se tratava de um Volksvagen Gol, ficou totalmente submerso e de ponta cabeça no lago. 

Equipe de mergulho do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) foi acionada e compareceu ao local mas, não havia mais o que fazer, pois todos já estavam mortos há horas.

Polícia Civil, Polícia Científica e funerária estiveram no local para efetuar os procedimentos de praxe. Os bombeiros retiraram os corpos de dentro do veículo.

Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML) de Bataguassu para os exames necessários à determinação da causa oficial dos óbitos.

O carro, que ficou totalmente submerso, foi retirado com a ajuda de um trator guindaste. Após retirada, o ficou às margens do lago. As causas do acidente serão investigadas pela Polícia Civil de MS.

Confira as fotos do carro submerso:

Em 9 de novembro de 2023, outro caso parecido aconteceu em Mato Grosso do Sul. 

Engenheiro agrônomo, Anderson Rezzadori, de 30 anos, desapareceu no Rio Taquari na madrugada desta quinta-feira (9), em Coxim, município localizado a 253 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com o Corpo de Bombeiros (CBMMS), o rapaz conduzia uma Fiat Toro branca, quando se deparou com o rio no fim da rua.

Ele não percebeu que havia um rio à frente e o veículo acabou caindo dentro d’água. Enquanto o carro afundava, chegou a mandar localização e um áudio para os amigos pedindo socorro.

Geralmente, no interior do Estado, muitas ruas finalizam no rio. O condutor acha que é continuação de uma rua, mas, na verdade, é um rio.

Cidades

FUP protesta contra mudança que obriga a três dias de trabalho presencial na Petrobras

Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou que a entidade e os seus sindicatos vão realizar um ato nesta terça-feira, 14, em protesto contra a alteração das regras do trabalho remoto

13/01/2025 22h00

Divulgação FUP

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A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou que a entidade e os seus sindicatos vão realizar um ato nesta terça-feira, 14, em protesto contra a alteração das regras do trabalho remoto. A partir de abril, os trabalhadores terão que realizar o trabalho presencial por três dias, e não dois, como é atualmente.

Segundo a FUP, os protestos vão ocorrer na sede da Petrobras no Rio de Janeiro, e em outras bases administrativas, além de unidades operacionais.

"A FUP se posiciona contra essa mudança determinada unilateralmente e argumenta que as regras de teletrabalho precisam ser adaptadas às atividades específicas de cada trabalhador. A Federação acredita que há funções que podem ser realizadas integralmente de forma remota, enquanto outras exigem presença física", alertou a entidade em nota.

De acordo com a FUP, mesmo com a regra atual, muitos trabalhadores acabam indo para as unidades da Petrobras sem necessidade de interação presencial, caracterizando o que é conhecido como "teletrabalho presencial".

"A Federação propõe que a quantidade de dias de trabalho remoto e presencial seja avaliada de forma mensal e não semanal, oferecendo mais flexibilidade para atender às necessidades dos trabalhadores e da empresa. Para isso, a criação de um comitê em cada unidade para analisar individualmente cada caso é uma das sugestões", explicou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar

"Não há evidências de que o teletrabalho tenha prejudicado a produtividade", reforça Cibele Vieira, diretora da FUP. "Acreditamos que a mudança no modelo de trabalho deve ser discutida de maneira transparente, respeitando os interesses de ambas as partes", diz ela.

Na semana passada, a diretoria executiva da Petrobras aprovou ajustes ao modelo híbrido de trabalho. "Assim, todos que aderiram a esse modelo realizarão trabalho presencial de no mínimo três dias por semana, a partir de abril", informou a companhia.

"Os mencionados ajustes visam aprimorar a integração das equipes e os processos de gestão, além de contribuir para a agilidade na entrega de importantes resultados para a companhia, que está em fase de crescimento de projetos", explicou a estatal em nota.

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