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Risco extremo: Campo Grande entra na bandeira cinza, de restrições máximas do Prosseguir

A beira do colapso, Capital está no grau de risco de extremo; No Estado, maioria das cidades está na bandeira vermelha

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A beira do colapso, com quase 100 pessoas a espera de liberação de leitos de UTI, além do aumento no número de internações e mortes, Campo Grande entrou no grau de risco extremo da contaminação por Covid-19, classificado como bandeira cinza.

É o que consta no relatório situacional do Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir) divulgado nesta quinta-feira (18).

Em todo o Mato Grosso do Sul, maioria dos municípios está na bandeira vermelha, considerada grau de risco alto.

Conforme o Prosseguir, quando um município atinge o grau extremo, são recomendadas medidas mais rígidas, como o fechamento de atividades consideradas não-essenciais.

Atualmente, 62 serviços são considerados essenciais pelo executivo estadual, que vão de serviços de saúde e supermercados até praças. (Confira abaixo).

As medidas extremas do programa Prosseguir ainda recomendam a suspensão de serviços presenciais e não-essenciais da administração pública, manter suspensas as aulas presenciais e restrição do transporte coletivo somente aos trabalhadores da saúde e de atividades essenciais.

No entanto, as medidas listadas no programa são apenas recomendações e os municípios têm autonomia para decidir se irá adotá-las ou não..

O médico infectologista Júlio Croda defendeu, nesta quinta-feira (18), lockdown de 15 dias na Capital como medida para frear o contágio do coronavírus.

Até esta quinta-feira (18), a Capital soma 80.320 casos confirmados de Covid-19, com 1.631 mortes em decorrência da doença.

Só nas últimas 24 horas, foram 297 casos novos e oito mortes. Taxa de letalidade é de 2%.

Ocupação global de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é de 107% em Campo Grande, com 92 a espera de liberação de leitos de UTI em hospitais públicos.

Atividades essenciais

Atividades consideradas essenciais são aquelas que podem funcionar e permanecer abertas durante a vigência de medidas de restrição, desde que observando as medidas de biossegurança.

Os serviços considerados essenciais no Estado são:

  • Atividades e serviços considerados essenciais:
  • Assistência à saúde, incluídos serviços médicos, odontológicos (somente urgência e emergência), fisioterapêuticos e terapeutas ocupacionais e hospitalares;
  • Assistência social a vulneráveis;
  • Segurança pública e privada;
  • Defesa civil;
  • Transporte e entrega de cargas;
  • Transporte coletivo intermunicipal de passageiros;
  • Transporte de passageiros por táxi ou aplicativo;
  • Coleta de lixo;
  • Transporte coletivo;
  • Telecomunicações e internet;
  • Serviço de call center;
  • Abastecimento de água;
  • Esgoto e resíduos;
  • Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica;
  • Produção, transporte e distribuição de gás natural;
  • Iluminação pública;
  • Indústria e comércio de produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas;
  • Serviços funerários;
  • Atividades com substâncias radioativas e materiais nucleares;
  • Vigilância e certificações sanitárias e fitossanitárias;
  • Prevenção, controle e erradicação de pragas dos vegetais e de doença dos animais;
  • Inspeção de alimentos, produtos e derivados de origem animal e vegetal;
  • Vigilância agropecuária;
  • Controle e fiscalização de tráfego aéreo, aquático ou terrestre;
  • Serviços de pagamento, de crédito e de saque e aporte prestados;
  • Tecnologia da informação e data center para suporte das atividades essenciais;
  • Fiscalização tributária e aduaneira;
  • 1Transporte de numerários;
  • Mercado de capitais e seguros;
  • Fiscalização ambiental;
  • Produção, distribuição e comercialização de combustíveis e derivados;
  • Monitoramento de construções e barragens;
  • Geologia (alerta de riscos naturais e de cheias e inundações);
  • Atividades agropecuárias, incluindo serviços de produção pecuária e cultivos lavouras temporárias e permanentes;
  • Serviços mecânicos em geral;
  • Comércio de peças para veículos de toda natureza;
  • Serviços editoriais, jornalísticos, publicitários e de comunicação em geral;
  • Centrais de abastecimentos de alimentos;
  • Manutenção, instalação e reparos de máquinas, equipamentos, aparelhos e objetos de atividades essenciais e de baixo risco;
  • Serviços de entrega de alimentos, produtos de higiene e medicamentos;
  • Construção civil, montagens metálicas e serviços de infraestrutura em geral;
  • Serviços delivery em geral;
  • Drive Thru para alimentos e medicamentos;
  • Frigoríficos, curtumes, produção de artefatos de couro;
  • Extração mineral;
  • Indústria têxtil e confecções;
  • Serrarias, marcenarias, produção de papel e celulose;
  • Industrialização e distribuição de produtos à base de petróleo;
  • Indústrias do segmento de plástico e embalagens;
  • Produção de cimento, cerâmica, artefatos de concreto;
  • Indústria metalúrgica;
  • Indústria química;
  • Consultorias, serviços contábeis e advocatícios, imobiliária e corretagem em geral;
  • Serviços de engenharia, agronomia e atividades científicas e técnicas;
  • Usinas e destilarias de álcool e açúcar;
  • Serviços cartoriais;
  • Atividades da Justiça Eleitoral, incluídas a preparação e a realização dos pleitos;
  • Serviços de higienização, sanitização, lavanderia e dedetização;
  • Educação dos níveis fundamentais e médio, em formato presencial;
  • Educação de nível superior e pós-graduação, em formato presencial;
  • Parques públicos;
  • Serviços postais.

Estado

No comparativo com mapa situacional anterior, aumentou de 31 para 44 cidades na bandeira vermelha. Na bandeira laranja, grau médio, houve uma queda de 38 para 32 cidades. Neste cenário a recomendação do programa é para atividades essenciais e não essenciais de baixo e médio risco.

Já na bandeira amarela, que é considerado o grau tolerável, houve redução de 10 para apenas dois municípios.

Nenhuma das 79 cidades está no risco baixo, classificado na bandeira verde.

Para gerar a classificação, o Prosseguir avalia indicadores municipais relacionados à disponibilidade de leitos de UTI, quantidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), busca por contatos de casos confirmados, redução da mortalidade por Covid-19, disponibilidade de testes, incidência na população indígena, redução de casos entre profissionais da saúde, redução de novos casos, fronteira ou divisa com estado que tenha aumento de casos e necessidade de expansão de leitos.

Classificação

Grau extremo - bandeira cinza

  • Campo Grande

Grau alto - bandeira vermelha

  • Amambai
  • Anaurilândia
  • Aparecida do Taboado
  • Aquidauana
  • Aral Moreira
  • Bela Vista
  • Caracol
  • Cassilândia
  • Chapadão do Sul
  • Corumbá
  • Costa Rica
  • Coxim
  • Deodápolis
  • Dois Irmãos do Buriti
  • Dourados.
  • Eldorado
  • Fátima do Sul
  • Figueirão
  • Guia Lopes da Laguna
  • Itaporã
  • Itaquiraí
  • Japorã
  • Jardim
  • Juti
  • Laguna Carapã
  • Maracaju
  • Mundo Novo
  • Naviraí
  • Paraíso das Águas
  • Paranaíba
  • Pedro Gomes
  • Ponta Porã
  • Porto Murtinho
  • Ribas do Rio Pardo
  • Rio Negro
  • Rochedo
  • Santa Rita do Pardo
  • São Gabriel do Oeste
  • Selvíria
  • Sidrolândia
  • Tacuru
  • Taquarussu
  • Terenos
  • Três Lagoas.

Grau médio - bandeira laranja

  • Água Clara
  • Alcinópolis
  • Anastácio
  • Angélica
  • Antônio João
  • Bandeirantes
  • Bataguassu
  • Bataiporã
  • Bodoquena
  • Bonito
  • Brasilândia
  • Caarapó
  • Camapuã
  • Corguinho
  • Coronel Sapucaia
  • Douradina
  • Glória de Dourados
  • Iguatemi
  • Inocência
  • Ivinhema
  • Jaraguari
  • Ladário
  • Miranda
  • Nioaque
  • Nova Alvorada do Sul
  • Nova Andradina
  • Paranhos
  • Rio Brilhante
  • Rio Verde
  • Sete Quedas
  • Sonora
  • Vicentina.

Grau tolerável - bandeira amarela

  • Jateí
  • Novo Horizonte do Sul

CAMPO GRANDE (MS)

Fórum debate questões climáticas e reúne especialistas do meio ambiente

Objetivo é estudar e propor políticas públicas para mitigação e adaptação às mudanças climáticas em meio ao aquecimento global

27/11/2024 12h15

Segundo Fórum de Mudanças Climáticas em Campo Grande.

Segundo Fórum de Mudanças Climáticas em Campo Grande. Marcelo Victor/Correio do Estado

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Segundo Fórum de Mudanças Climáticas ocorre nesta quarta-feira (27) e quinta-feira (28), no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MS), localizado em Campo Grande.

Serão dois dias de eventos com palestras, debates, rodas de conversa e reuniões. Além disso, haverá a posse dos membros do Fórum: secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck e secretário-executivo de Meio Ambiente da Semadesc, Artur Falcette; professor da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Daniel Vargas; advogada e doutora em governança climática, Natalia Renteria; professor indígena, Cajetano Vera e ex-ministra do Estado do Meio Ambiente e co presidente do International Resource Panel, Izabella Teixeira.

O objetivo é estudar e propor políticas públicas para mitigação e adaptação às mudanças climáticas em meio ao aquecimento global; contribuir para tornar Mato Grosso do Sul um Estado Carbono Neutro até 2030 e sugerir medidas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa (GEEs).

Participam do evento representantes de instituições públicas e privadas, civis, alguns militares do Corpo de Bombeiros (CBMMS) e Polícia Militar Ambiental (PMA), acadêmicos de universidades e pesquisadores.
Ao todo, 60 membros vão atuar para tornar Mato Grosso do Sul um Estado Carbono Neutro até 2030.

As autoridades que irão compor a mesa de trabalhos são governador de MS, Eduardo Riedel, (PSDB); secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck e secretário-executivo de Meio Ambiente da Semadesc, Artur Falcette.

Além disso, também participarão das atividades o arquiteto Fábio Oliveira Bitencourt Filho; o geógrafo Luiz Eduardo Panisset Travassos e o agrônomo Renato Roscoe.

De acordo com o presidente do Sebrae-MS, Cláudio Mendonça, até o ano que vem, a iniciativa será aplicada em todos os 79 municípios de MS.

“Até o ano que vem, vamos aplicar nos 79 municípios. Dos 43 municípios, hoje mais a metade já tem uma governança local, já tem um trabalho minimamente iniciado, quer dizer, o solo está fértil para que a gente possa realmente colocar o Mato Grosso do Sul no mapa dos melhores estados para a questão climática do Brasil”, ressaltou.

Segundo o governador de MS, Eduardo Riedel, a iniciativa beneficia o principal destino turístico de Mato Grosso do Sul: Bonito.

“É responsável por atrair mais de 300 mil turistas para o nosso Estado. Faz parte de um grande negócio de desenvolvimento do Estado, que é o turismo. Todos podem ganhar e a gente caminhar em projetos estruturantes para o município de Bonito. Estado próspero, crescimento, desenvolvimento, emprego, renda, sustentável, verde, no que diz respeito principalmente à questão ambiental, sempre com olhar no social, por isso inclusivo e de maneira tecnológica”, pontuou o chefe do executivo estadual.

ROADMAP

O Roadmap é uma ferramenta que foi aplicada em 43 municípios de MS e apoia na criação e execução de políticas ambientais direcionados a mitigação das mudanças climáticas e acesso a financiamentos climáticos.

De acordo com a assessoria do Sebrae-MS, Inicialmente, a estratégia foi construída para uma atuação focada nos municípios do Pantanal, com a proposta de apoiar as gestões municipais e os empreendedores presentes no bioma a identificarem alternativas sustentáveis e, até mesmo, novas oportunidades de negócio a partir da necessidade do território em reduzir os impactos ambientais, e, após isso, com o sucesso da ação a aplicação da metodologia foi ampliada para mais cidades de MS.

PROGRAMAÇÃO

Dia 1: 27 de novembro

9h – Abertura oficial: assinatura de documentos e posse do Conselho de Notáveis do Fórum

10h às 11h – Painel de abertura

Tema: Mato Grosso do Sul: caminhos para a transição energética e o protagonismo no mercado de carbono

Palestrantes:

• Natália Braga Renteria, doutora em Governança Climática e especialista em mercados de carbono.

• Daniel Barcelos Vargas, doutor e mestre em Direito pela Harvard Law School e pela Universidade de Brasília. Professor na Escola de Economia da FGV em São Paulo e na FGV Direito Rio, coordena o Observatório da Bioeconomia da FGV.

• Eduardo Riedel, atual governador de Mato Grosso do Sul, no cargo desde janeiro de 2023.

• Jaime Verruck, Secretário da Semadesc e diretor-presidente da empresa de Gestão de Recursos Minerais (MS Mineral).

Foco: Estímulo à construção de uma agenda climática estruturante em MS.

11h às 12h- Menção às instituições que compõem o Fórum de Mudanças Climáticas de Mato Grosso do Sul

Contexto: Sessão de posse formal dos membros das instituições representativas no Fórum.

Participação: Jaime Verruck, Eduardo Riedel, Artur Falcette

14h às 17h30 - Painéis Temáticos:

• Painel 1 (14h30 às 15h40) - Mercado de Carbono e a nova NDC brasileira: como as agendas convergem?

Palestrante: Daniel Barcelos Vargase Natália Braga Renteria

• Painel 2 (16h às 17h40) - Territórios complexos, soluções complexas

Palestrante: Fábio Oliveira Bitencourt Filho (arquiteto e pesquisador em Arquitetura para a Saúde) e Luiz Eduardo Panisset Travassos (geógrafo, especialista em Geografia, Carstologia, Geoconservação e Cultura)

Dia 2: 28 de novembro

8h às 18h - Câmaras Técnicas (debates e deliberações):

Objetivo: Discussão de medidas práticas para mitigação, adaptação e enfrentamento das mudanças climáticas no Estado.

Formação: Participação aberta aos membros da Plenária que compõem o Fórum Sul-mato-grossense de Mudanças Climáticas,

Divisão dos trabalhos:

Manhã: Serra da Bodoquena e Pantanal.

Tarde: Impactos Climáticos e Adaptações Urbanas; Recursos Hídricos

paz no campo

Lula confirma para 4 de dezembro a 3ª visita a MS neste ano

Presidente vai finalizar repasse de quase R$ 145 milhões para que proprietários desistam da posse de 9 mil hectares em Antônio João. Terras serão oficialmente repassadas a indígenas

27/11/2024 11h30

No final de julho, em meio à crise das queimadas no Pantanal, na segunda vinda ao estado, Lula se reuniu com Guatós em Corumbá

No final de julho, em meio à crise das queimadas no Pantanal, na segunda vinda ao estado, Lula se reuniu com Guatós em Corumbá

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Depois de adiar a visita a Mato Grosso do Sul que estava prevista para o dia 25 de novembro, o presidente Luís Inácio Lula da Silva agendou para o próximo dia 4 de dezembro a vinda ao Estado para oficializar o acordo histórico entre indígenas e proprietários rurais de Antônio João, na região de fronteira com o Paraguai. 

A confirmação da data foi feita pela deputada federal Camila Jara (PT), uma das que deve  acompanhar a comitiva presidencial ao sul do Estado, onde será oficializada a demarcação da Terra Indígena (TI) Ñande Ru Marangatu, que tem pouco mais de nove mil hectares. 

Esta será a terceira visita do presidente a Mato Grosso do Sul somente neste ano. Em abril, Lula veio a Campo Grande anunciar a ampliação das exportações de carne do Brasil para a China. Três meses depois, no final de julho, sobrevoou o Pantanal e visitou Corumbá em meio à crise dos incêndios florestais que assolava a região.

No último dia (14), os fazendeiros Roseli Ruiz e Pio Silva foram os últimos a deixar a terra após a União finalizar o pagamento indenizatório de R$ 27 milhões aos produtores rurais que viviam na terra situada na fronteira com o Paraguai.

Anunciada pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, a retirada dos produtores encerrou um ciclo de conflitos de 27 anos entre fazendeiros e indígenas, uma vez que o pagamento torna a terra de 9.317,216 hectares propriedade da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Em acordo indenizatório histórico realizado em setembro último, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia determinado que a área é território ancestral indígena. Ao todo, a União repassou R$ 27.887.718,98  a título das benfeitorias apontadas em avaliação da Funai em 2005, valores  corrigidos pela inflação e a Taxa Selic.

Além disso, os proprietários também devem receber indenização, da União, no valor de R$ 101 milhões pela terra nua. Além disso, o Governo do Estado vai repassar mais R$ 16 milhões em indenização aos produtores, totalizando quase R$ 145 milhões em indenizações para colocar fim aos conflitos. 

No dia 23 de um indígena Guarani Kaiowá de 23 anos foi morto a tiros por policiais militares que foram à região para desocupar um dos imóveis em disputa e que havia sido tomado por indígenas semanas antes. E foi justamente essa morte que acelerou a formalização de um acordo no STF dias depois. 

Outros conflitos

Além de formalizar o acordo relativo às terras em Antônio João, a visita do presidente Lula, cuja programação ainda não foi anunciada, deve anunciar avanço nas negociações sobre a disputa pela posse de 13 mil hectares em Dois Irmãos do Buriti e Sidrolândia. 

A disputa pelas terras começou ainda em 2003, mas o conflito ganhou maior proporção maior dez anos mais tarde, quando o índio Oziel Gabriel foi morto durante confronto com a polícia na Fazenda Buriti.

A Terra Indígena Buriti tinha 2 mil hectares e a pretensão dos indígenas é ampliá-la para 15 mil hectares. O conflito envolve 27 propriedades, que hoje estão tomadas por indígenas. 

Porém, até hoje estes proprietários não receberam a indenização pelas benfeitorias e nem pela terra nua, valor que supera os R$ 200 milhões. 

Além desta área de 13 mil hectares, em Mato Grosso do Sul existem outras quatro que estão na lista de prioridades, conforme afirmou nesta quarta-feira o governador Eduardo Riedel. E, de acordo com ele, a única saída viável atualmente é que o STF seja intermediador para acabar com os conflitos também nestas áreas, uma vez que não existe lei que permita a indenização da terra nua no caso de disputas com indígenas, de acordo com ele. 

 

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