Cidades

SAÚDE

Rosana Leite assume comando da Sesau com promessa de tirar Hospital Municipal do papel

Secretária afirmou que a área, projeto e local do hospital serão divulgados no primeiro semestre de 2024

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Médica, Rosana Leite de Melo tomou posse como titular da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), na manhã desta segunda-feira (5), na sede administrativa da Sesau, localizada na rua Bahia, número 280, Centro, em Campo Grande.

Ela entra no lugar do médico e vereador Sandro Benites (Patriota), que voltará a assumir a cadeira na Câmara Municipal de Campo Grande, em busca da reeleição em 2024. Com isso, o suplente, Paulo Lands (Patriota), deixa o cargo.

O biólogo, Aldecir Dutra de Araújo, também assumiu como secretário-adjunto da Sesau, ao lado de Rosana Leite, em cerimônia de posse realizada nesta manhã (5).

Rosana Leite é médica pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), residente em Cirurgia Geral pelo Hospital Servidor Público Municipal (SP), residente em Cirurgia Oncológica no Hospital AC. Camargo e especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Sociedade Brasileira de Cabeça e Pescoço.

Aldecir Dutra (secretário-adjunto da Sesau), Adriane Lopes (prefeita de Campo Grande) e Rosana Leite (secretária da Sesau). Foto: Marcelo Victor

Foi professora da faculdade de Medicina da UFMS, médica-cirurgiã de Cabeça e Pescoço do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM-MS) entre 2016 e 2017, secretária-executiva da Comissão Nacional de Residência Médica no Ministério da Educação entre 2017 e 2018, diretora de Educação em Saúde do Ministério da Saúde entre 2018 e 2019, secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19 no Ministério da Saúde em 2021 e secretária-adjunta da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau) em 2022, 2023 e 2024.

Aldecir Dutra é biólogo, pós-graduado em Saúde Pública e Entomologia. É servidor público há 35 anos e mestrando em Saúde Pública.

Atuou como diretor distrital da extinta Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), vinculada ao Ministério da Saúde, entre 1995 e 1998, no município de Jardim, em Mato Grosso do Sul.

Rosana Leite, nova secretária da Sesau. Foto: Marcelo Victor

Foi diretor-administrativo da Sesau entre 1998 e 2004. Atuou como coordenador estadual de Controle de Vetores em Mato Grosso do Sul de 2006 a 2012.

Foi secretário municipal de Saúde nos municípios de Camapuã, de 2013 a 2016, e Miranda, de 2020 a 2021. Esteve à frente do serviço de Vigilância em Saúde do município de Ribas do Rio Pardo, entre 2021 e 2022.

De acordo com Rosana Leite, sua missão é ser referência em gestão e investir em recursos tecnológicos, como teleconsulta, hiperconsulta e agendamento exames por meio de aplicativos.

“Nós fizemos todo um planejamento e um plano de ação, como focar, principalmente, não só na atenção básica, que é importante, mas na inclusão tecnológica. Então, forma macro, não só a APS, mas principalmente a inclusão digital que isso vai retroalimentar todas as outras ações. Nós temos vários aplicativos, vários sistemas, mas o que é que nós identificamos é que algumas pessoas não conseguem utilizar, existem barreiras. A gente quer que a pessoa pegue lá no Conecte SUS e marque sua consulta, como teleconsulta e hiperconsulta. Não basta para a gente apenas criar um equipamento, estamos esperando que a população de fato use”, disse a secretária de saúde.

A prefeita, Adriane Lopes, desejou boas-vindas a Dr. Rosana Leite e Aldecir Dutra e afirmou que confia no trabalho de ambos.

“Com muito trabalho, dedicação e compromisso nós vamos dar continuidade a tudo que nós acreditamos e a tudo que a população de Campo Grande espera de todos nós. Quando a gente vai para a missão a gente abre mão de alguns projetos pessoais, a gente deixa de lado, às vezes, aquilo que é importante para aquele momento. Mas a gente foca em soluções, a gente foca naquilo que as pessoas têm cobrado. O intuito agora não é zerar e recomeçar e sim dar continuidade a um trabalho que já foi iniciado, a valorização dos nossos servidores, o trabalho feito com excelência, trazendo modernidade para dentro da gestão”, disse a prefeita.

HOSPITAL MUNICIPAL

Ex-secretário municipal de Saúde, Sandro Benites, anunciou, em setembro de 2023, a construção do Hospital Municipal de Campo Grande.

Porém, até o momento, a Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG) não divulgou o local, área, projeto ou estudo.

Conforme publicado pelo Correio do Estado em setembro de 2023, o investimento seria de R$ 200 milhões em uma área de 20 mil m².

O centro médico teria no mínimo 250 leitos, com possibilidade de aumentar para até 500 leitos, 25 salas de diagnóstico, 10 salas no centro cirúrgico e capacidade para atender até 1.500 pessoas por mês.

A secretária assume a pasta com a promessa de tirar o Hospital Municipal do papel. Adriane Lopes e Rosana Leite afirmaram que a área, projeto e local do hospital serão divulgados no primeiro semestre deste ano.

“Dr. Rosana já estava acompanhando a parte técnica, já estava nas mãos dela e agora ela vai dar continuidade. Num curto espaço de tempo, nós vamos convidá-los para novidade e já anunciar o local e como vai ser”, disse a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes.

A ideia de implantar um hospital municipal na Capital já existe há mais de 10 anos e nunca saiu do papel por esbarrar na falta de recursos para a construção. Gestões anteriores da Sesau tentaram recorrer ao governo federal, por meio de emendas parlamentares ou pelo Ministério da Saúde, mas o recurso nunca foi repassado.

Campo Grande

Secretária de Saúde admite falta de medicamentos e culpa fornecedores

Mães atípicas realizaram outro protesto contra a falha na distribuição de fraldas, dieta e remédios pelo município

09/01/2025 17h15

Secretária Municipal de Saúde, Rosana Leite, em entrevista coletiva nesta quinta (9)

Secretária Municipal de Saúde, Rosana Leite, em entrevista coletiva nesta quinta (9) Gerson Oliveira, Correio do Estado

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Após protestos de mães de crianças atípicas contra a falta de medicação e insumos no Centro Especializado Municipal (CEM), a Secretaria de Saúde do Município (Sesau) realizou um comunicado oficial na tarde desta quinta-feira (9), para dar explicações à população sobre a situação.

Conforme a secretária municipal de saúde, Rosana Leite, o cenário de problemas com a entrega das dietas e fraldas é consequência de problemas logísticos dos fornecedores do município. 

"Qual que é a situação? Nós temos controle de todas as demandas, contudo, alguns fornecedores não cumpriram com os nossos pedidos. O pior aconteceu com as dietas: temos oito empresas de 13 fornecedores que não nos entregaram corretamente. Por isso os insumos estão em falta. Essas empresas já foram devidamente notificadas, mas por conta desse problema a gente não está conseguindo entregar", explicou.

Ainda segundo a secretária, o município recebeu toda a demanda das fraldas infantis judicializadas. Entre as fraldas adultas, contudo, a prefeitura possui apenas algumas.

"Nós não temos todas as fraldas adultas nominais porque também não foram entregues pelos fornecedores. O prazo para a situação se normalizar pode chegar a 30 dias, mas esperamos resolver o mais rápido possível. Nós fizemos todos os processos devidos, as fraldas e as dietas são judicializadas. Hoje nós sabemos todos os pacientes que precisam dos insumos, e já fizemos as nossas compras, mas a aquisição de produtos no serviço público depende do fornecedor", ressaltou.

Secretária Municipal de Saúde, Rosana Leite, em entrevista coletiva nesta quinta (9)Secretária municipal de saúde, Rosana Leite. Foto: Gerson Oliveira, Correio do Estado

Sobre os problemas no fornecimento de fraldas e dietas, Rosana Leite explicou ainda de que maneira a Sesau está gerenciando a crise.

"Quando acontecesse problemas desse tipo com os fornecedores, a gente tem que notificar. Nós notificamos uma primeira vez e se não resolve no prazo, nós notificamos uma segunda vez. É essa a medida que o serviço público pode fazer, ele não vai poder mais entrar em outra situação. Caso o problema continue, nós teremos que abrir um novo processo", esclareceu.

Diante do problema, para amenizar a situação, a chefe de gabiente da pasta, Isabela Volpe, relatou que a Sesau está substituindo os itens em falta por alternativas disponíveis no estoque. Além disso, conforme Isabela, a pasta realiza um acompanhamento com uma nutricionista para avaliar a viabilidade de dietas similares às solicitadas pelas mães. Ao todo, são 42 tipos diferentes de dietas à disposição do município.

Segundo o Superintendente de Economia em Saúde Pública do município, Danilo de Souza Vasconcelos, a Prefeitura investiu, até o momento, R$ 7,7 milhões em insumos nutricionais e fraldas descartáveis. Deste montante, são R$ 5,86 milhões para as fórmulas nutricionais e R$ 1,27 milhão para as fraldas.

"Esses investimentos foram feitos e são pensados para suprirnos por um ano. No entanto, muitos [fornecedores] alegam que existe uma alta demanda por farmacêuticos no período de fim de ano, e por isso, enfrentaram problemas de entrega", explicou.

Ainda segundo Vasconcelos, ao todo, entre os meses de setembro e dezembro de 2024, foram distribuídas 26.986 unidades de dietas enterais para 693 pacientes. Já entre as tiras de fralda, foram 263.938 para 1.556 pessoas.

Secretária Municipal de Saúde, Rosana Leite, em entrevista coletiva nesta quinta (9)Mães estiveram presentes na sede da Sesau durante coletiva. Foto: Gerson Oliveira, Correio do Estado

Novos protestos

Mesmo o município admitindo os problemas e apresentando possíveis soluções, as mães atípicas realizaram um novo protesto contra a falta dos insumos nesta quinta-feira (9) na sede da Sesau. Lilidaiane Ricaldi tem 42, é mãe de um menino de 8 anos, que possui deficiência chamada espinha bífida.

Ricaldi enfatizou que a última vez que conseguiu retirar os insumos para seu filho no Centro de Especialidades Médicas (CEM) de maneira satisfatória foi no mês de setembro.

"Consegui as fraldas um pouco antes do primeiro turno [das eleições], e depois do segundo turno das já não tinha mais. É muito estranho, a Prefeitura faz uma compra de milhões e aí a gente vai buscar o material e acabou. O que explica? Eles gastam esse dinheirão e fica por isso mesmo?, contesta.

Camila Latre Dias, 39, é mãe de Isadora Latre Araújo, 11, que retirou 180 unidades de fraldas no ano passado. Ela também estava presente no protesto, e relatou que a situação é cansativa.

"Minha filha sofre de mielomeningocele, hidrocefalia, bexiga e intestino neurogênico. Ela não tem controle da perda urinária e tem incontinência urinária severa. Não é qualquer marca de fralda que serve para ela. Quando a gente chega para buscar só tem fralda para bebê e no tamanho GG. É cansativo a gente [as mães] sempre sair como mentirosas", protestou.

Mães de crianças PCD denunciam falta de fraldas e medicação em Campo Grande

Mães de crianças com baixa mobilidade iniciaram o ano reivindicando alimentação especial, fraldas e medicação. Situação que, conforme a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), foi resolvida emergencialmente em outubro de 2024. O ano novo, entretanto começou com "problemas velhos".

Muito embora no dia 18 de outubro, como bem acompanhou o Correio do Estado, a Sesau tenha afirmado que havia adquirido um lote de alimentação para pelo menos um ano, algumas crianças não têm tido acesso às respectivas fórmulas, que estão em falta no Centro de Especialidades Médicas (CEM).

Em conversa com a reportagem, quatro mães relataram preocupação, já que passaram cerca de 80 dias, e alguns itens essenciais para a vida das crianças continuam em falta.

Fatalidade

Após três meses bebê afogada pela mãe morre em MS

A confirmação foi feita pela avó, na madrugada desta quinta-feira (09), por meio das redes sociais

09/01/2025 17h00

Reprodução Redes Sociais

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A bebê Emília Lara, de 1 ano, que ficou com complicações após ser afogada em uma bacia pela própria mãe, em setembro de 2024, não resistiu e morreu na madrugada desta quinta-feira (09), em São Gabriel do Oeste.

Como acompanhou o Correio do Estado, a mãe da bebê, de 31 anos, foi presa em setembro do ano passado após atentar contra a vida da própria filha.

Em decorrência da gravidade do estado de saúde da bebê, ela deu entrada na Santa Casa de Campo Grande, no Centro de Terapia Intensiva (CTI), e, segundo avaliação médica, ainda que sobrevivesse, teria sequelas.

A menina lutou pela vida por 45 dias e teve alta no dia 18 de outubro, mas apresentou complicações e foi internada novamente no Hospital Regional de Campo Grande devido a um quadro de pneumonia.

Após esse período, chegou a retornar para casa, mas, no dia 19 de dezembro, deu entrada no Hospital de São Gabriel do Oeste. A avó, de muita fé, comemorou a alta da pequena, que fez 1 ano no dia 25 de dezembro.

Por meio das redes sociais, a avó compartilhava os momentos que passou com a neta. No dia 1º de outubro, publicou uma foto ao lado dela com os dizeres:

“Às vezes, Deus te usa para salvar alguém, ou coloca alguém na sua vida para te salvar. E, em alguns momentos, Ele une vocês, para que se salvem juntas”, e assinou que estava 'vovózeando'.

Por meio das redes sociais, nas quais a avó atualizava cada progresso e momento, veio o aviso do falecimento da menina:

“Hoje o céu vai brilhar mais forte, pois ganhou uma nova estrelinha. A despedida sempre é dolorosa, mas eu sei que você está bem melhor agora… Te amarei para sempre”, escreveu.

Entenda


A investigação foi conduzida pelo delegado Matheus Alves Vital, que relatou que a mulher teria tentado afogar a filha em uma bacia com água, usada para dar banho na bebê.

O ato foi interrompido pela genitora - avó da vítima -, que, ao chegar, viu a criança submersa e acudiu a neta. Ela prestou os primeiros socorros e correu para pedir ajuda na rua.

A mãe foi autuada em flagrante pelo crime de homicídio qualificado, na forma tentada. Durante interrogatório, confessou que realmente tentou matar a criança.

Por meio de vídeo o delegado contou detalhes do interrogatório e disse que ao questionar os motivos do crime, ela informou que tinha brigas constantes com sua própria mãe, a avó da criança, que havia dito que era para ela "sair de casa", que "não gostaria mais que ela criasse a neta dela" e que "ela queria criar a neta".

"Com o objetivo de atingir a sua própria mãe, essa investigada foi e tentou tirar a vida da própria filha", disse o delegado.

Segundo Matheus Vital, foi verificado na delegacia que a autora possui problemas psiquiátricos, faz uso de remédio controlado e é usuária de drogas.

"Não foi possível identificar, no ato do flagrante, se ela estava consciente ou não dos atos que ela estava praticando, e por conta disso ela foi atuada pelo crime de homicídio qualificado na forma tentada", acrescentou.

** Colaborou Alanis Netto

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