Cidades

40 anos de lida e leads

Rua e calçada
‘‘abrigavam’’ arroz

Nas proximidades da pedreira, rua e beco eram utilizados pelos donos das beneficiadoras do produto

FAUSTO BRITES

28/09/2015 - 08h19
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Ao voltar de uma pauta, passando pelas proximidades da antiga Pedreira Nasser, no Bairro São Francisco, eu me deparei com uma cena interessante: uma rua transformada em um grande secador de arroz ao ar livre, com operários movimentando constantemente os grãos, sob o sol escaldante daquela tarde de 18 de março de 1976.  O produto, depois de passar por aquele “processo”, era levado para a máquina beneficiadora e, a partir daí, chegava às mesas dos consumidores. A produção era alta no Estado, aproximando-se da estimativa, embora não uma superssafra.

“Bastou o início da colheita, na microrregião de Campo Grande, para que pelo menos uma rua da cidade e um pequeno beco fossem novamente transformados em ‘secadores’ de arroz e, a exemplo do que ocorre todos os anos, agora um pouco mais cedo que o normal”, informava a reportagem da edição do jornal Correio do Estado, de 19 de março de 1976. Entrevistei alguns dos trabalhadores, e um deles disse que “a rua com asfalto é o melhor secador do mundo”. Isto porque, conforme explicou, bastava que o produto fosse convenientemente espalhado para que o sol se encarregasse de tirar grande parte da umidade do grão, uma vez que o processo rudimentar de revolvimento fazia com que os de baixo passassem para cima e vice-versa.

A utilização da rua também tinha uma explicação: o baixo índice de circulação de veículos. Mas, conforme a reportagem, o local apresentava já “grandes manchas de terra e cascalho, o que tem atrapalhado um pouco os encarregados da secagem, que evitam os trechos mais sujos e varrem os mais limpos para o emparelhamento do arroz”. 

O Correio do Estado informava, também, que a secagem na rua era um fato “mais do que normal” e, no caso, evidenciava não uma grande produção, mas “muito mais a falta de secadores, o que obriga os produtores a se utilizarem de todos os recursos para secar sua produção. Um simples olhar mostra que o arroz atualmente submetido ao processo de ‘secagem asfáltica’ é inferior ao do ano passado, com grãos menores e ainda com muita umidade”.

Quinze dias depois, a edição do dia 2 de abril trazia ampla reportagem sobre a produção de arroz na região sul do Mato Grosso (o estado não havia sido dividido). Informava que a colheita prosseguia normalmente e que, se a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria de Agricultura não fosse alcançada, ficaria muito próximo de que isso ocorresse, “apesar de todas as doenças, pragas e da estiagem verificada em algumas regiões”.

Houve um período de seca nos últimos dias de março daquele ano, o que ofereceu excelentes condições para as colheitas, fazendo com que as máquinas trabalhassem aceleradamente, enquanto, segundo a reportagem, em outras áreas de produção menores, os ceifadores também se empenhavam na colheita para aproveitar o período da estiagem.

“De um modo geral, já se pode dizer que a produção total de Mato Grosso atingirá de 30 milhões a 32 milhões de sacas, muito embora a Secretaria de Agricultura garanta que atingirá 35 milhões previstas em janeiro, com base no último levantamento das áreas fechadas. Para muitos produtores, as três pesadas – e gerais – chuvas da semana que passou foram altamente benéficas, melhorando as condições das áreas plantadas em dezembro e que estavam ameaçadas de prejuízos de monta, estimados em torno de 40% a 50%. As chuvas encontraram as plantas com os cachos ainda verdes e propícios à formação de grãos, aumentando consideravelmente a produtividade”, conforme trecho da reportagem. 

Informava, ainda, que nos municípios de Terenos, Aquidauana, Jaraguari, Rochedo, Bandeirante, Camapuã e outros que integravam a microrregião de Campo Grande, “os depósitos reservados para as sacas de arroz estão sendo totalmente tomados, o mesmo acontecendo com os espaços das empresas beneficiadoras que, diante da oferta, compram o mais que podem e chegam até mesmo a formar estoques nas calçadas”.    

Naquele ano, para se ter uma ideia, só a microrregião de Campo Grande (para efeito de previsão da safra, Mato Grosso foi dividido em sete) tinha uma projeção de 690 mil toneladas.

Uma foto, na capa, mostrava as sacas de arroz empilhadas na calçada de uma das beneficiadoras de Campo Grande: mesmo não sendo considerada uma 
superssafra, a colheita prosseguia refletindo o potencial econômico do grão e tendo Campo Grande, a “Capital Econômica” do Estado de Mato Grosso, como um desses pilares.

Cidades

Mulheres podem se alistar nas Forças Armadas em três cidades de MS

O processo seletivo incluirá entrevista, testes de saúde e físicos; o treinamento físico também será equivalente ao masculino, seguindo a métrica específica para cada Força

11/12/2024 16h28

Mulheres podem se alistar nas Forças Armadas em três cidades de MS

Mulheres podem se alistar nas Forças Armadas em três cidades de MS Foto: Centro de Comunicação Social do Exército

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De 1º de janeiro até 30 de junho, mulheres que completarem 18 anos em 2025 poderão realizar, de forma voluntária, o alistamento militar. O alistamento estará disponível em três cidades de Mato Grosso do Sul: Campo Grande, Corumbá e Ladário. A iniciativa, pioneira nas Forças Armadas, ofertará, inicialmente, 1.465 vagas, sendo 1.010 para o Exercito, 155 para a Marinha e 300 para a Aeronáutica. 

As candidatas poderão se alistar de forma totalmente online ou presencial em uma Junta de Serviço Militar, aquelas que se interessarem, devem apresentar documentos como certidão de nascimento, comprovante de residência, identidade ou carteira de trabalho e documento com foto. 

São critérios para o alistamento possuir residência em um dos municípios contemplados no Plano Geral de Convocação  e completar 18 anos em 2025 (nascidas em 2007). 

Ao todo são 28 municípios em 13 estados: Águas Lindas de Goiás (GO), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Canoas (RS), Cidade Ocidental (GO), Corumbá (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Formosa (GO), Fortaleza (CE), Guaratinguetá (SP), Juiz de Fora (MG), Ladário (MS), Lagoa Santa (MG), Luziânia (GO), Manaus (AM), Novo Gama (GO), Pirassununga (SP), Planaltina (GO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Santa Maria (RS), Santo Antônio do Descoberto (GO), São Paulo (SP) e Valparaíso de Goiás (GO).

Mulheres podem se alistar nas Forças Armadas em três cidades de MS

Seleção

O processo seletivo incluirá entrevista, testes de saúde e físicos. Nesse momento, a candidata escolherá a Força que pretende integrar. Cabe ressaltar que será levada em conta a aptidão dela para o cargo e a disponibilidade de vaga.

No serviço militar, não haverá distinção entre homens e mulheres, que terão os mesmos direitos e deveres, assim como passarão por cursos de capacitação profissional em áreas distintas, oferecidos pelo Projeto Soldado Cidadão.

O treinamento físico também será equivalente ao masculino, seguindo a métrica específica para cada Força.

Divisão por Força

  • Mulheres na Marinha serão marinheiros-recrutas;
  • No Exército, serão soldados;
  • Na Força Aérea, serão soldados de segunda classe.
  • Tempo de carreira

O serviço militar tem duração de 12 meses, podendo ser estendido anualmente, com a possibilidade de chegar a até 8 anos — desde que as duas partes concordem.

Durante o período de serviço à pátria, as militares receberão os mesmos benefícios que os homens, como:

  • remuneração;
  • auxílio-alimentação;
  • licença maternidade;
  • contagem de tempo para aposentadoria.
  • Tempo de serviço.

Concluído o período de serviço, as militares receberão o Certificado de Reservista e a Certidão de Tempo de Serviço.

No período de reserva, devem se apresentar anualmente por cinco anos após o licenciamento, para que o cadastro no banco de dados dos reservistas permaneça atualizado.

É importante ressaltar que, caso haja necessidade, elas serão convocadas juntamente com os homens, seguindo o que está regulamentado pela Lei do Serviço Militar.

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Confira!

IFMS divulga resultado de Exame de Seleção 2025; confira

Ao todo foram ofertadas 1.760 vagas em 11 opções de cursos técnicos integrados ao ensino médio

11/12/2024 16h16

IFMS divulga resultado de Exame de Seleção 2025; confira

IFMS divulga resultado de Exame de Seleção 2025; confira Reprodução/ IFMS/ Alexandre Oliveira

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O Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) divulgou nesta quarta-feira (11), o resultado preliminar do Exame de Seleção 2025, prova para ingresso nos cursos técnicos integrados ao ensino médio.

Ao todo foram ofertadas 1.760 vagas em 11 opções de cursos, oferecidos nas cidades de Aquidauana, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Ponta Porã e Três Lagoas. O resultado final será divulgado no próximo dia 17 deste mês e os aprovados começam a estudar em março de 2025. Realizado em outubro último, o exame contou com 30 questões de múltipla escolha, sendo 10 de Língua Portuguesa, 10 de Matemática e outras 10 de conhecimentos gerais.

Cabe destacar que metade das vagas é reservada a estudantes que cursaram todas as séries do ensino fundamental em escola pública, sendo que parte irá para quem tem renda per capita menor que um salário mínimo e a outra parte para quem tem qualquer renda.

Há vagas reservadas para negros e pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. Neste tipo de curso, o estudante faz os três anos do ensino médio e, ao mesmo tempo, cursa disciplinas específicas de um curso técnico. Ao final, é possível ingressar no mundo do trabalho e/ou em um curso superior.

No resultado preliminar, o candidato encontra as notas que obteve em cada área do conhecimento e a pontuação total. A lista dos nomes está em ordem alfabética.

Os  interessados podem entrar com recurso nesta quinta e sexta-feira, 12 e 13, exclusivamente, pela Página do Candidato da Central de Seleção, da seguinte forma:

  • Preencher Login e Senha;
  • Clicar em Minhas Inscrições;
  • Acessar o ícone Recurso;
  • Preencher as informações solicitadas; e
  • Clicar em Enviar.

Os recursos serão apreciados pela Diretoria de Educação Básica (Direb), que emitirá decisão fundamentada e comunicará o candidato. Após a análise dos recursos, será divulgado o resultado final do processo seletivo, com a classificação definida a partir da pontuação dos candidatos e aplicação dos critérios de desempate.

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