Cidades

PRESO

Saiba quem é George Washington Sousa, bolsonarista que planejou atentado em Brasília

Empresário admitiu motivação política do crime e disse que objetivo era provocar intervenção das Forças Armadas

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George Washington de Oliveira Sousa foi preso no último sábado (24), por suspeita de tentar explodir um caminhão de combustível nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília.

Após ser preso, ele confessou ser o autor da tentativa de atentado e afirmou que havia motivações políticas para o crime.

Geoge Washington de Oliveira Souza tem 54 anos e é morador do Pará, onde é empresário do ramo de gás.

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro, no dia 31 de outubro, logo após o resultado das eleições que elegeram Lula como novo presidente, Sousa começou a participar de manifestações no próprio Pará.

No dia 12 de novembro, ele saiu de seu estado e foi até Brasília participar de atos no acampamento em frente ao QG do Exército, que protestam contra o resultado das urnas.

No entanto, o empresário também alugou um apartamento em área nobre de Brasília, onde ficava quando não estava nos atos de protesto.

Neste apartamento, foi apreendido um arsenal de armas, sendo duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, cinco emulsões explosivas, munições e uniformes camuflados.

Ele é inscrito como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) e alegou que o armamento foi levado do Pará até Brasília, em uma caminhonete própria.

Segundo a polícia, mesmo tendo o registro de CAC, Sousa não tinha autorização para transitar com as armas livremente, o que agrava a situação, pois viajou entre estados com o arsenal sem o guia de autorização de transporte.

Além disso, o armamento está fora das normas, segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Robson Cândido.

Já os explosivos foram enviados posteriormente e seriam oriundos de pedreiras e garimpos do Pará.

Sousa afirmou que, desde outubro de 2021, quando obteve licença como CAC , já teria gastado cerca de R$ 160 mil na compra de pistolas, revólveres, fuzis, carabinas e munições.

Ele afirmou ainda que as frases de Bolsonaro o motivaram a investir em armamento.

"O que me motivou a adquirir as armas foram as palavras do presidente Bolsonaro, que sempre enfatizava a importância do armamento civil dizendo o seguinte: 'Um povo armado jamais será escravizado'", disse o investigado.

Nas redes sociais, o homem criou perfil em abril deste ano, no Twitter, onde fazia inúmeras postagens a favor do presidente e mensagens de ódio contra Lula, a esqueda e movimentos sociais ligados ao PT.

Entre as mensagens, estão ameaças, como: "Bora enterrar de vez esse canalha ladrão mentiroso", e se colocando a disposição para lutar por Bolsonaro:

"Meu presidente, só tem uma forma de ganhar uma guerra, não desista! Estamos prontos! Basta uma ordem sua! Convoque e verás que um filho teu não foge a luta!", diz, em uma das publicações.

À polícia, ele confessou que o atentado tinha motivações políticas e que pretendia provocar uma explosão para chamar a atenção para o movimento que pede intervenção militar.

Ele disse, em depoimento, que planejou a explosão em dois locais, para "dar início ao caos" que levaria à decretação do estado de sítio no país, que por sua vez provocaria a intervenção das Forças Armadas.

Família era contra

A família do bolsonarista afirmou que soube da prisão do homem por meio da mídia, no domingo (25).

"Estou chocada e assustada. Isso não pode ter acontecido porque ela era uma pessoa pacifista. O meu marido nunca faria algo assim", disse a esposa, Ana Claudia Leite de Queiroz, 50, à Folha de São Paulo.

O pedido para que a família não fosse avisada partiu do próprio manifestante, que afirmou que não queria a comunicação no Natal.

O filho do casal disse que sempre foi contra a mudança do pai para Brasília.

"Quando o meu pai avisou que iria participar dessas manifestações, imaginamos que daria errado. Eu sabia que ia dar merda", afirmou à reportagem.

George Sousa será autuado por crime contra o Estado, e porte e posse de arma de fogo.

Entenda o caso

A Polícia Militar do Distrito Federal interceptou, no sábado (24), um explosivo que estava dentro de um caminhão de combustível na via que dá acesso ao Aeroporto Internacional de Brasília.

Segundo fontes da corporação, o motorista do veículo percebeu que uma caixa com o explosivo havia sido colocada no interior do caminhão e decidiu acionar a PM.

No local, foi encontrada uma pequena dinamite com temporizador.

O explosivo foi retirado pelo esquadrão antibombas, e, de acordo com nota da PM, foi realizada a "desativação do artefato" ainda no local.

A pista foi interditada durante a operação, com as vias marginais liberadas para trânsito, e não houve impacto na operação do Aeroporto de Brasília.

O caso ocorreu em meio aos receios com a segurança da posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na noite de sábado, George Washington de Oliveira Sousa foi preso, por suspeita de ter sido o responsável pela tentativa e atentado, e confessou o crime.

"Tinha um grande material explosivo em sua residência, o que mostra que ele tinha mais intenções", afirmou o chefe da polícia, Robson Cândido.

O delegado-geral da PC-DF, Robson Candido, afirmou que o processo de buscar de novos envolvidos deve começar a partir desta segunda-feira (26).

"Temos informações preliminares e, ao longo da semana, mais envolvidos podem ser presos. Ele confessa a participação de outras pessoas na tentativa de explosão", disse.

Autoridades envolvidas na cerimônia do dia primeiro de janeiro falam na necessidade de revisão dos planos e reforço do policiamento diante do cenário.

Cidades

Campo Grande terá Drive-Thru da Reciclagem entre os dias 20 e 22 de março

Nesta edição também serão oferecidas palestras, jogos e visitas guiadas para professores e estudantes

18/03/2025 13h00

Campo Grande terá Drive-Thru da Reciclagem entre os dias 20 e 22

Campo Grande terá Drive-Thru da Reciclagem entre os dias 20 e 22 Divulgação

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O "Drive Thru da Reciclagem" chega a sua 12ª edição em Mato Grosso do Sul, com o tema "Cidades são sustentáveis" - a ação acontecerá entre os dias 6 a 8 de junho nos Altos da Avenida Afonso Pena entre o estacionamento ao lado do Bioparque Pantanal e o Espaço Municipal de Cultura Vila Morena.

Realizado pelo Instituto Lixo Zero e pela ONG Du Bem Negócios Sustentáveis, o evento que faz parte das celebrações pelo Dia Mundial da Água (22 de março) conta com o apoio da AGEMS, e tem como objetivo conscientizar a população para o descarte correto dos resíduos e mostrar os impactos positivos que são gerados com práticas sustentáveis.

Para participar, os condutores poderão entrar com o veículo e fazer o descarte correto sem precisar descer do carro, serão aceitos: papel, papelão, plástico, garrafa pet, vidro, óleo de cozinha usado, sucata de aço, ferro, eletrônicos, tecido, banner, medicamento vencido, ração, acessório e medicamento para pet, além de lâmpada, pilha, bateria, entre outros.

No espaço montado para o projeto também terá um ambiente destinado à captação de doações, onde poderão ser doadas peças de roupa, desde que estiver em boas condições de uso. Além disso, também serão oferecidas palestras, jogos e visitas guiadas para professores e estudantes.

“Sustentabilidade não é apenas um conceito, é um compromisso diário. O Drive-Thru da Reciclagem é uma excelente oportunidade para cada um fazer sua parte e ajudar a construir um futuro mais limpo e sustentável. Convidamos toda a população a separar seus resíduos e contribuir para essa grande corrente do bem pelo meio ambiente”, reforça o diretor-presidente da AGEMS, Carlos Alberto de Assis.

Dados gerais

Desde 2020, nas últimas 12 edições do projeto foram preservados: 63.245.078 de litros de água, mais de 52 toneladas de materiais recicláveis coletados, mais de 17 mil pessoas envolvidas e mais de 13 mil mudas doadas.

Somente na penúltima edição promovida em junho de 2024, houve a preservação de mais de 7 milhões de litros de água. Foram coletados 195 kg de medicamentos, 120 litros de óleo, 54 kg de vidro, 428 kg de papel e papelão, 28 kg de plásticos e 1860 kg de eletrônicos diversos.

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CASA DE LEIS

Câmara de Campo Grande aprova abertura de 'CPI do Consórcio Guaicurus'

Idade da frota, equilíbrio financeiro da concessionária e fiscalização por parte da prefeitura estão entre os pontos de apuração da Comissão

18/03/2025 12h44

"Papy" anunciou instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o transporte coletiv Reprodução

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Durante a sessão ordinária desta terça-feira (18) a Câmara Municipal de Campo Grande, na figura do presidente da Casa Epaminondas "Papy" Vicente Silva Neto, anunciou instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o transporte coletivo da Capital que é mantido pelo Consórcio Guaicurus. 

Papy leu a conclusão do parecer favorável da Procuradoria Jurídica da Casa de Leis, indicando os três objetivos de investigação da CPI, sendo:

  • Emprego de frota com idade (média e máxima) dentro do limite contratual e o estado de conservação dos veículos, nos últimos cinco anos;
     
  • Equilíbrio financeiro contratual após a aplicação dos subsídios públicos concedidos pelo Executivo Municipal de Campo Grande à empresa concessionária por meio das Leis Complementares 519/2024 e 537/2024;
     
  • Fiscalização da Prefeitura Municipal, pela Agereg e pela Agetran, no serviço de transporte público prestado pelo Consórcio após a assinatura do Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) perante o TCE-MS, em novembro de 2020.

Em parlamento, Papy afirmou após a leitura que o campo-grandense sofre ao usar o transporte coletivo local, que ele classificou como de "baixa qualidade" e, consequentemente, gera atrasos e lotações constantes em veículos que não tem nem mesmo ar-condicionada, com a CPI servindo para "jogar luz" sobre o contrato.  

Essa CPI está acima dos interesses pessoais e de qualquer vaidade. Vamos num caminho coletivo, de uma resposta do Parlamento Municipal, do Poder Legislativo aos anseios da população de CG, a Câmara está do lado das pessoas e é por isso que hoje essa CPI será instaurada para discutir e evidenciar os problemas do transporte público. 

A Procuradoria da Câmara analisou dois requerimentos apresentados - por Dr. Lívio com 15 assinaturas) e Junior Coringa (12 assinaturas), que disputavam o controle da CPI -, com ambos analisados e resultando por fim na instauração da Comissão. 

Nas palavras do procurador da Casa, Dr. Gustavo Lazzari, “eventual CPI a ser instaurada deve englobar ambos os requerimentos”, já que os dois requerimentos abarcam os mesmos fatos determinados.

Durante sessão apenas o PL indicou nome (de Ana Portela, no caso) para compor a Comissão Parlamentar de Inquérito, CPI essa que será composta por cinco vereadores que devem conduzir os trabalhos pelo prazo de cerca de quatro meses (120 dias totais). 

CG e os ônibus

Com o contrato original firmado em 2012, há tempos  a possibilidade de uma CPI é discutida nos bastidores políticos pela Casa de Leis de Campo Grande, graças aos sinais apresentados pela gestão do transporte coletivo urbano da Capital. 

Após 12 de contrato, dados fornecidos pelo Consórcio Guaicurus indicam, por exemplo, uma queda de quase 25% no total de ônibus em circulação, como abordado pelo Correio do Estado no início do ano. 

Em outubro de 2012, quando assinado o contrato com o Consórcio Guaicurus, a Capital contava com 574 carros atendendo o transporte coletivo, com o balanço mais recente indicando apenas 460 ônibus em operação. 

Na contramão, o número de habitantes saltou de 805.397 para 898.100 moradores, conforme  comparação da estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) à época e os dados do Censo Demográfico realizado pela instituição em 2022.

em 23 de janeiro deste ano a passagem de ônibus subiu 20 centavos, chegando a R$ 4,95 após esse reajuste. 

Antes mesmo do fim de 2024, a mesma Câmara aprovou o projeto de lei que concedia subsídio extra, no valor de R$ 3,3 milhões, ao Consórcio Guaicurus, por parte da Prefeitura.

Isso fez os valores de repasses para a concessionária saltarem de R$ 19,5 milhões para R$ 22,8 milhões, sem contar os valores repassados pelos governos estadual e federal.

 

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