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Sarampo cresce 18% no País; bebês com suspeita da doença receberão vitamina A

Sarampo cresce 18% no País; bebês com suspeita da doença receberão vitamina A

ESTADÃO CONTEÚDO

04/09/2019 - 23h30
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O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira, 4, que o número de casos de sarampo registrados no País cresceu 18% em uma semana. Entre 9 de junho e 31 de agosto, foram confirmados 2 753 casos e outros 15.430 estão em investigação. A pasta informou que vai oferecer para os Estados e o Distrito Federal cápsulas de vitamina A na concentração de 50 mil UI para casos suspeitos da doença em bebê com menos de 6 meses, faixa etária que não pode ser imunizada e que corre mais risco de ter complicações ou de morrer por causa da doença.

O vírus está circulando em 13 Estados e São Paulo tem o maior número de registros. De acordo com o balanço do ministério, foram 2.708 casos e três mortes no território paulista: dois bebês - uma menina de 4 meses em Osasco e um menino de 9 meses na capital; um homem de 42 anos, da capital, também foi vítima.

O levantamento mais atualizado de São Paulo, realizado pela Secretaria de Estado da Saúde, aponta que foram registrados 2 982 casos, dos quais 1.883 foram na capital. Os números do governo federal e estadual são diferentes porque o dado do País é atualizado com menos frequência. 

"O Ministério da Saúde já destinou 1,6 milhão de doses extras da vacina tríplice viral a todos os Estados para garantir a dose extra contra o sarampo em todas as crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias. Só para os 13 Estados que estão em situação de surto ativo de sarampo, vão ser destinadas, 960.907 mil doses. Desse total, 56% já foi enviado para São Paulo, que concentra 99% dos casos." Também há casos no Rio de Janeiro (15), em Pernambuco (12), em Santa Catarina (7) e no Distrito Federal (3)

A pasta diz que adquiriu 28,8 milhões de doses de vacina para garantir o abastecimento no Brasil até o próximo ano.

Vitamina A

Outro anúncio foi a disponibilização de cápsulas de vitamina A na concentração de 50 mil UI para casos suspeitos da doença em crianças com menos de 6 meses. Caso haja suspeita da doença, a criança deve tomar uma dose imediatamente e outra no dia seguinte.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tratamento restaura os níveis da vitamina, que podem cair durante a doença mesmo em crianças bem nutridas, e ajuda a evitar danos oculares e cegueira. Ainda de acordo com a OMS, suplementos de vitamina A demonstraram capacidade de reduzir o número de mortes por sarampo em 50%.

"A distribuição das cápsulas de 50 mil UI será iniciada para as unidades da federação em situação de surto, com o envio de 250 cápsulas (5 caixas) para São Paulo e 100 cápsulas (2 caixas) para cada estado em situação de surto de sarampo", explica o ministério.

Atualmente, a pasta distribui cápsulas de 100 mil UI e 200 mil UI de vitamina A na rotina dos serviços de saúde dentro do programa de suplementação para crianças maiores de 6 meses.

Sobre o bloqueio vacinal, o ministério reforçou a necessidade de vacinação em até 72 horas de pessoas que tiveram contato com o caso suspeito, mas destacou que não há necessidade de revacinação de quem já tomou as doses e tem comprovação vacinal

Entenda o sarampo

O sarampo é uma doença grave e que pode levar à morte, mas pode ser evitada pela vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Ela integra o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e é aplicada aos 12 meses, com reforço aos 15 meses com a tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela).

Até os 29 anos, a recomendação é tomar duas doses do imunizante. Entre 30 e 59 anos, a pessoa deve ser vacinada uma vez. Para quem não sabe se já tomou o número adequado de doses da vacina, a orientação é se vacinar.

Desde agosto, o Ministério da Saúde recomenda que crianças a partir de 6 meses sejam vacinadas contra a doença. Chamada de "dose zero", a imunização não substitui as doses que devem ser tomadas aos 12 e 15 meses.

Quem já teve sarampo não precisa se vacinar, pois já possui os anticorpos para que a doença seja evitada. Clique aqui para saber mais sobre quem deve tomar a vacina.

 

INFÂNCIA SEGURA

Perigos das férias escolares; da alimentação a riscos dentro e fora de casa

Dra. Kamilla Moussa, pediatra da Unimed Campo Grande, dá dicas para os pais curtirem o descanso dos filhos em segurança

21/12/2024 18h00

Pedriatra confirma aumento nos atendimentos, já que férias podem resultar em acidentes, infecções ou questões relacionadas à alimentação

Pedriatra confirma aumento nos atendimentos, já que férias podem resultar em acidentes, infecções ou questões relacionadas à alimentação Arquivo/Ilustração

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Período em que os pequenos se vêem livres do ambiente escolar, as férias das crianças costumam deixar os pais de cabelo em pé e, seja por traumas ou outras doenças, os atendimentos pediátricos têm aumento nessa época entre os anos, então por isso é preciso estar atento os perigos que existem dentro e fora de casa. 

Em entrevista ao Correio do Estado, a Dra. Kamilla Moussa, pediatra da Unimed Campo Grande, confirma que é comum observer um aumento nos atendimentos pediátricos durante as férias escolares.

"Isso se deve à maior exposição das crianças a atividades ao ar livre, viagens e mudanças na rotina, que podem resultar em acidentes, infecções ou questões relacionadas à alimentação", afirma a Dra. 

Conforme a pediatra, há uma série de casos mais comuns nesse período de férias, por conta das exposições vividas pelos pequenos, que costumam inclusive ter "endereço certo", como bem alerta a profissional, como por exemplo: 

  • Traumas e fraturas: devido a brincadeiras em parques, atividades esportivas e quedas.
  • Afogamentos: em praias, piscinas ou balneários.
  • Queimaduras: relacionadas ao manuseio de fogos de artifício, churrasqueiras ou líquidos quentes.
  • Viroses: por contato mais frequente com outras crianças ou devido a mudanças alimentares que afetam a imunidade.

Perigos em casa

Com os pequenos mais tempo em casa e, consequentemente, os pais tendo que se desdobrar entre os cuidados com os filhos e a casa, as quedas de móveis; escadas ou andadores costumam ser comum e estar no topo dos acidentes mais comuns do período. 

Entranto, os perigos do lar não se resumem à isso, podendo até mesmo o fogão, ferro, líquidos quentes ou tomadas desprotegidas serem os causadores de queimaduras, por exemplo, além de outros riscos. 

São os casos dos afogamentos ou asfixias, que podem acontecer em baldes, tanques ou banheiras, mesmo com pouca quantidade de água, ou mesmo pela ingestão de objetos, brinquedos inadequados para a idade ou sacos plásticos.

Riscos ao ar livre

Da porta para fora também é preciso ter cuidados, quase que redobrados, já que, para além do já citado perigo de afogamento, ao qual as crianças ficam mais sucetíveis ainda em praias, rios e piscinas, há riscos ligados à picada de instos, por exemplo, ou mesmo acidentes com objetos cortantes ou perfurantes, como pedaços de vidro ou conchas, indica Camilla. 

Por isso, a pediatra alerta que os pais devem permanecer em supervisão constante; usar repelentes e roupas seguras, para evitar alguns desses problemas durante as férias. 

Além do risco de afogamento, a Dra. Camilla aponta demais riscos, bem como as medidas de segurança que os pais podem e/ou devem adotar. 

  • Exposição ao sol| Protetor solar adequado, chapéus e roupas leves são indispensáveis para evitar queimaduras e insolação.
     
  • Desidratação| Garantir hidratação frequente com água ou sucos naturais.
     
  • Infecções de pele| Como micoses devido ao contato prolongado com a umidade.
     
  • Cansaço extremo: Manter pausas regulares durante atividades para evitar exaustão.

Em complemento, ela cita ainda um perigo considerado quase invisível, já que está ligado à alimentação dos pequenos, à qual os pais também precisam estar ligados para não afetar a saúde dos filhos. 

"Sim, exageros com a comida são comuns, as crianças podem consumir: doces e alimentos gordurosos em excesso, levando a problemas digestivos como dor de estômago, vômitos ou diarreia. Bebidas açucaradas em excesso, que agravam quadros de desidratação em dias quentes, ou ainda algum tipo de alimento que pode estar malconservado, aumentando o risco de intoxicação alimentar".

Nesse sentido, durante a visita à praias ou balneários, há também o risco de que o pequeno consumo alguma quantidade de água contaminada, com a pediatra indicando que é preciso evitar justamente a ingestão e contato prolongado com qualquer área do tipo que seja considerada suspeita. 

"Durante as férias, a supervisão constante é essencial. É um período de diversão, mas os riscos aumentam pela maior liberdade nas atividades. Reforçar regras de segurança e manter um kit de primeiros socorros em casa e durante passeios pode evitar complicações", conclui a pediatra.

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TRAGÉDIA | MG

Com 38 mortes, acidente em rodovia federal é o maior desde 2007, diz PRF

Através das redes sociais, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva lamentou o acidente rodoviário

21/12/2024 17h30

Segundo a PRF, número de mortos pode ser maior, uma vez que o incêndio dificulta a localização de vítimas nos destroços.

Segundo a PRF, número de mortos pode ser maior, uma vez que o incêndio dificulta a localização de vítimas nos destroços. Reprodução/Corpo de Bombeiros MG

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Ainda nas primeiras horas deste sábado (21), uma batida envolvendo um ônibus e uma carreta, na rodovia BR-116, já é considerado o maior acidente rodoviário, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), já que pelo menos 38 morreram. 

Com o passar do dia, os números de vítimas fatais foram subindo, sendo inicialmente divulgado a morte de 22 pessoas, que após atualizações do Corpo de Bombeiros subiu para 38. 

Esse acidente foi registrado ainda durante a madrugada, por volta de 03h, na altura da cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais. 

Segundo os bombeiros, 37 corpos já foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), sendo que uma 38ª vítima morreu no hospital. Conforme a PRF esse é o maior acidente rodoviário desde 2007.

Mensagem da presidência

Através das redes sociais, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva lamentou neste sábado (21) o acidente rodoviário que deixou mais de 30 mortos durante a madrugada em Teófilo Otoni (MG).

Entenda

Informações repassadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), indicam que esse acidente foi causado depois que um grande bloco de granito, trasnportado pela carreta em questão, se desprendeu do veículo e bateu em um ônibus de viagem. 

Vindo no sentido contrário, com o impacto da rocha, segundo a PRF, o ônibus se incendiou e um terceiro carro, de passeio, também se chocou contra a carreta e seus três ocupantes ficaram gravemente feridos.

Nas palavras da própria PRF, esse número de mortos pode ser maior, uma vez que o incêndio dificulta a localização de vítimas nos destroços.

 

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