Cidades

Operação

Sejusp manda identificação de 46 novos veículos para Alexandre de Moraes

Veículos estavam estacionados irregularmente em manifestações bolsonaristas

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Nos dias 28 e 29 de novembro e 1º, 2 e 3 de dezembro de 2022, a Superintendência de Inteligência de Segurança Pública (Sisp), da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, identificou 46 novos veículos estacionados em desacordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), nas proximidades dos locais de manifestações bolsonaristas nos municípios de Campo Grande e Dourados.

Destes, 10 estavam com a placa tampada, uma infração gravíssima prevista no Art. 230 do Código de Trânsito Brasileiro, sujeito a multa de R$ 293,47 e apreensão do veículo.

Em Campo Grande, no entorno do Comando Militar do Oeste (CMO), foram identificados 36 veículos estacionados de forma irregular, quatro deles com a placa tampada.

Já em Dourados, cidade localizada a aproximadamente 300 quilômetros de Campo Grande, foram identificados seis veículos com placas cobertas nas proximidades da 4ª Brigada da Cavalaria Mecanizada. 

O documento, que possui placas dos automóveis, identificação dos proprietários e até mesmo imagens dos veículos, foi enviado pela Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) de Mato Grosso do Sul para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Os dados foram solicitados pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, para o processo que trata dos bloqueios de vias no Brasil. 

Operação

Alexandre de Moraes também deu início a uma mega operação da Polícia Federal para identificar os financiadores e líderes das manifestações antidemocráticas, que acontecem em todo o Brasil desde o início de novembro, após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no segundo turno das Eleições Majoritárias de 2022.

Na última quinta-feira (15) a Polícia Federal cumpriu 17 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul. 

Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, entre os alvos das ordens judiciais estão um ex-prefeito, uma médica e suplente de deputada federal e uma jornalista, que também se candidatou nas eleições, além de empresas cujos donos estariam envolvidos nos protestos. 

Marcelo Victor/Correio do Estado

A relação dos investigados não foi divulgada, contudo, a reportagem apurou nomes de três dos alvos: Waldeli Rosa dos Santos, que foi prefeito por 16 anos, entre 2001 e 2020, da cidade de Costa Rica; Sirlei Ratier, médica, que disputou vaga de deputada federal pelo PP em outubro e virou suplente; e, ainda, a jornalista Juliana Gaioso Pontes, que concorreu pelo PRTB ao mandato na Câmara dos Deputados.

De acordo com decisão do STF, os envolvidos teriam praticado crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Também são investigadas pessoas que atacaram integrantes do STF e financiaram as milícias digitais. 

O Supremo mandou a PF cumprir 103 mandados de busca e apreensão em oito estados (Espírito Santo, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Acre, Amazonas e Rondônia) e no Distrito Federal.

O início

As manifestações tiveram início na noite de 30 de outubro, após o resultado do segundo turno das Eleições Majoritárias de 2022, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi reeleito para seu terceiro mandato de presidente da República, com 50,9% dos votos válidos (60.345.999 votos). Jair Bolsonaro teve 49,1% dos votos (58.206.354 votos).

Mesmo depois de 47 dias sem uma resposta positiva, os eleitores do presidente em exercício permanecem nas ruas, pedindo por intervenção militar e contestando o resultado das urnas.

 

Colaborou: Eduardo Miranda, Celso Bejarano

 

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Educação à distância

Com 320 vagas, IFMS abre inscrições gratuitas para cursos de inglês e espanhol

Atividades são oferecidas em uma plataforma de ensino virtual, porém os matriculados deverão assistir a uma aula presencial por semana

15/12/2025 14h00

Divulgação/IFMS

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Com inscrições gratuitas, o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) oferta 320 vagas para ingresso em cursos de Espanhol e Inglês já no 1° semestre de 2026. 

As oportunidades são para os cursos de Inglês Básico I e II e Espanhol Básico I e serão ofertadas em: Amambai, Antônio João, Cassilândia, Costa Rica, Dourados, Nova Andradina e Paraíso das Águas. As inscrições devem ser feitas na Página do Candidato da Central de Seleção até 22 de janeiro.

Cabe destacar que a escolaridade mínima para se inscrever varia de acordo com o idioma escolhido. Os cursos são de Fomação Inicial e Continuada (FIC) e ofertados à distância.

As atividades são oferecidas em uma plataforma de ensino virtual, porém os matriculados deverão assistir a uma aula presencial por semana no polo escolhido, no período noturno.

A carga horária total dos cursos varia de 160 a 200 horas/aula, o que equivale a uma duração média de 5 meses. O início das aulas está previsto para a semana de 16 a 20 de março de 2026.

Inscrições 

O candidato deve acessar o sistema, atualizar seus dados (caso necessário), escolher o campus ou polo de oferta e o curso que pretende fazer.

Em seguida, deve clicar em ‘Enviar Inscrição’ e, depois, conferir o recebimento do e-mail de confirmação ou conferir, no próprio sistema, a efetivação da inscrição.

Cronograma - A seleção dos inscritos será feita por sorteio eletrônico, previsto para 27 de janeiro, com a publicação do resultado preliminar no dia 29.

A classificação final do processo seletivo e publicação da primeira chamada estão previstas para 3 de fevereiro.

Entre os dias 4 e 10 de fevereiro será aplicada a prova on-line de nivelamento para os candidatos inscritos no curso de Inglês Básico II, com o resultado publicado no dia 12.

As matrículas dos convocados na primeira chamada deverão ser feitas entre 13 e 27 de fevereiro. Caso as vagas não sejam preenchidas, novas chamadas serão publicadas.

Saiba*

Em caso de dúvidas sobre o edital, o contato deve ser feito pelo e-mail [email protected].

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Cidades

STF: Gilmar e Dino votam para derrubar lei que validou marco temporal

Decano do STF também votou para estabelecer um prazo de dez anos para o governo federal

15/12/2025 13h35

Ministro Gilmar Mendes

Ministro Gilmar Mendes Andressa Anholete/STF

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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta segunda-feira, 15, no plenário virtual, para reafirmar a decisão do plenário que declarou inconstitucional a tese do marco temporal, que limita a demarcação de terras indígenas. Ele foi acompanhado por Flávio Dino.

O decano do STF também votou para estabelecer um prazo de dez anos para o governo federal concluir todos os processos de demarcação pendentes.

"Passados mais de 35 anos da promulgação da Constituição Federal, parece-me que já transcorreu lapso suficiente para amadurecimento definitivo da questão, de modo que não há mais como remediar a solução desse problema, cabendo, dessa forma, ao Poder Executivo o devido equacionamento da matéria e finalização dos procedimentos demarcatórios em prazo razoável, porém peremptório", defendeu.

O julgamento no plenário virtual fica aberto até a próxima quinta-feira, 18, para os ministros juntarem os votos na plataforma online. Se houver pedido de vista (mais tempo de análise) ou de destaque (transferência do processo ao plenário presencial), a votação é interrompida.

A tese do marco temporal estabelece que povos indígenas só podem reivindicar terras que ocupavam em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.

Em 2023, em uma decisão histórica, por 9 votos a 2, o STF derrubou a interpretação e definiu que o direito das comunidades a territórios que tradicionalmente ocupavam não depende de uma data fixa.

O tema voltou ao tribunal porque, logo em seguida, o Congresso aprovou um projeto de lei para restringir as demarcações com base no marco temporal. O presidente Lula vetou o texto, mas os vetos foram derrubados pelo Legislativo.

Em paralelo, o Senado provou um projeto de emenda à Constituição (PEC) no mesmo sentido. Com isso, os senadores buscam incluir o critério de demarcação na Constituição. O texto seguiu para análise da Câmara.

Em seu voto, Gilmar Mendes reafirmou a decisão do STF. O ministro afirmou que o tribunal "não pode se esquivar de sua missão constitucional" e, em um aceno ao Congresso, defendeu que a atuação da Corte não pode "ser considerada como afronta ao Poder Legislativo".

"A análise do Supremo Tribunal Federal, no exercício do controle de constitucionalidade, equivale à prevalência da Constituição sobre os poderes constituídos quando estes atuam em descompasso com os limites impostos pela própria Lei Maior e pelo papel contramajoritário das Cortes Constitucionais, no caso o direito natural à própria existência dos indígenas, na medida em que a imposição de determinado limite temporal distante no tempo equivale à vulneração de seu status protetivo constitucional", argumentou o ministro.

O decano ressaltou que a lei é desproporcional e gera insegurança jurídica ao impor um marco temporal de forma retroativa, atingindo comunidades que não dispõem de documentação formal de ocupação.

"Nossa sociedade não pode conviver com chagas abertas séculos atrás que ainda dependem de solução nos dias de hoje, demandando espírito público, republicano e humano de todos os cidadãos brasileiros (indígenas e não indígenas) e principalmente de todos os Poderes para compreender que precisamos escolher outras salvaguardas mínimas para conduzir o debate sobre o conflito no campo", diz outro trecho do voto.

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